RESENHA CRÍTICA - Embutidos do mar: projeto valoriza a pesca artesanal

Prévia do material em texto

INSTITUTO BRASILEIRO DE MEDICINA E REABILITAÇÃO 
 
 
 
GIOVANNA TOPFER 
 
 
 
RESENHA CRÍTICA 
A1 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2020 
RESENHA CRÍTICA 
Embutidos do mar: projeto valoriza a pesca artesanal 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado no curso de 
graduação do Instituto Brasileiro de 
Medicina e Reabilitação. 
 
 
 
 
Rio de Janeiro, 13 de abril de 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2020 
Sobre o projeto A.MAR, liderado pelo administrador Rodolfo Vilar e por 
outros amantes da gastronomia, podemos dizer que foram sábios demais em 
transformar aquilo que seria perda na economia, em grandeza na culinária. 
Ao assumir a frene desse projeto onde reverteram a proposta de ensinar 
aos pescadores a fazer a conserva do peixe sem necessitar de gelo ou câmera 
frigorífica, partiram para um novo protocolo, o de iniciação ao peixe defumado. 
Fizeram com que um produto, que era extremamente perecível, ganhasse um 
maior tempo de validade. 
A comunidade de pescadores da praia do Bonete na Ilha Bela em São 
Paulo não despunha de fartura de luz elétrica, o que implicava na conservação 
do seu negócio: o peixe. Alimento esse que em sua venda direta só teria 
aproveitamento se fosse refrigerado. Mas não! Com o novo modelo de 
comercialização, se puseram em novo e grande estilo, trazendo de volta a 
valorização da pesca artesanal. 
Com toda a fabricação de um produto na linha defumados que precisa de 
métodos especiais, bem como charcutaria, ganhou-se também um enorme valor 
de mercado, sendo o trabalho bastante artesanal e em menor escala. 
O projeto conta ainda com a liderança de um morador da ilha, o Alex de 
Jesus, que segue representando a comunidade de pescadores, à frente desse 
processo de defumação, que diante dessa novidade adquiriu novo 
conhecimento. 
Diante dessa proposta inovadora, a praia do Bonete passou a ter sua 
economia ativa, por garantir a compra de toda a pesca pelos mentores do projeto 
e que as colocam em um mercado de muita exigência. 
 Na obra “História da Alimentação no Brasil”, por Luís da Câmara 
Cascudo, podemos observar o passado da gastronomia e como ela chegou até 
hoje com um toque de cultura africana. O capítulo “Mitos e realidades da cozinha 
africana no Brasil” traz um conjunto de fatos importantes sobre como a cultura 
africana pode estar presente na culinária brasileira. 
Podemos dizer que o projeto A.MAR colocou a comunidade de 
pescadores da praia do Bonete nas mesas de grandes apreciadores da 
gastronomia, devolvendo à eles a certeza de que outros caminhos podem ser 
trilhados. E que não só tiveram uma saída para driblar com a falta de energia da 
localidade, assim como a oportunidade de conhecimento e informação de novas 
técnicas para comercializar seu produto, carregando ainda a preocupação de 
não interferir na condição ambiental e preservação da mesma. 
Os embutidos do mar, como manteiga com bottarga e sal Maldon, 
conserva de lula com kombu e shitake, karasumi (ovos de tainha curadas à moda 
japonesa) e outra iguarias podem ser encomendados pelo instagram da marca, 
onde você pode encontrar também diversas informações extras e curiosidades.