TESTES ESPECIAIS DE COTOVELO

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Escrito por Mariana Martins Felipe 
Instagram: @mmfisiomari 
 
 
 
 
 O cotovelo é uma articulação estável, sendo comum envolver 
fraturas por este motivo. Assim que recebemos um paciente, devemos 
avaliá-lo e fazer uma anamnese minuciosa para elaborar uma hipótese 
diagnóstica e, por fim, realizamos os testes especiais para fechar o caso 
clínico ou excluir as hipóteses. 
 
Testes de estabilidade ligamentar 
 Os testes para estabilidade ligamentar tem o objetivo de verificar 
a integridade dos ligamentos colaterais de cotovelo, pois caso haja 
lesão, o jogo articular estará maior para o lado afetado em relação ao 
outro. 
 Para testar o ligamento colateral lateral, colocamos uma mão 
sobre a porção medial do cotovelo, e com na porção lateral do 
punho, empurrando o membro para próximo do corpo. Caso haja 
lesão, o paciente vai sentir dor. 
 Para testar o ligamento colateral medial, colocamos uma mão 
sobre a porção lateral do cotovelo e a outra na porção medial 
do punho, empurrando-o para afastado do corpo. 
 
 
 
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Teste de Cozen 
 O teste de Cozen ou do cotovelo de tenista avalia a epicondilite 
lateral de forma ativa, ou seja, colocamos o músculo a prova de 
resistência. 
 Para a realização do teste, o examinador palpa o epicôndilo 
lateral com uma mão, e pede para que o paciente coloque o 
antebraço em pronação, e faça um desvio radial e depois 
extensão, enquanto este movimento é resistido. 
 O teste é positivo quando o paciente refere dor. 
 
Teste de Mill 
 O teste de Mill ou do cotovelo de tenista avalia a epicondilite 
lateral de forma passiva, colocando o músculo a prova de sua própria 
função. 
 O examinador palpa o epicôndilo lateral, e pede para que o 
paciente faça uma pronação de antebraço, extensão de 
cotovelo e flexão de punho, alongando os músculos extensores. 
 O teste é positivo quando o paciente refere dor. 
 
Teste do cotovelo de golfista 
 O teste do cotovelo de golfista avalia a epicondilite medial, ou 
seja, dos músculos que se originam no epicôndilo medial do úmero. 
 Enquanto o examinador palpa o epicôndilo medial, o antebraço 
é passivamente colocado em supinação, o cotovelo em 
extensão e o punho em extensão, alongando os músculos 
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flexores; então é solicitado que o paciente faça uma flexão de 
punho enquanto o examinador resiste ao movimento. 
 O teste é positivo quando o paciente sente dor. 
 
Teste do sinal de Wartenberg 
 O teste do sinal de Wartenberg tem o objetivo de avaliar a 
integridade do nervo ulnar. Sabe-se que este é responsável por fazer a 
inervação no 4º e 5º dedo, então caso esteja acometido por algum 
problema, dará problema neste trajeto. 
 Para a execução do teste, o examinador deve estar sentado e 
colocar as mãos sobre a mesa com a palma da mão voltada 
para a superfície lisa. O examinador abre os dedos do paciente e 
solicita que ele os feche, voltando para a posição inicial. 
 O teste é positivo quando o paciente é incapaz de retornar o 
dedo mínimo para próximo dos outros. 
 
Teste para o túnel cubital 
 Entre as duas porções do músculo flexor ulnar do carpo, forma-se 
o túnel cubital, por onde o nervo ulnar passam inferiormente. Quando se 
realiza muitos movimentos de flexão, os músculos flexores podem se 
hipertrofiar e comprimir o espaço por onde o nervo passa. 
 Para testar a hipótese diagnóstica, se pede para que o paciente 
faça uma flexão de punho enquanto o examinador resiste ao 
movimento. 
 
 
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Teste para o nervo mediano 
 É comum que o nervo mediano esteja relacionado com a 
síndrome do músculo pronador redondo, visto que é por dentro deste 
que o nervo passa. 
 Assim, quando um paciente faz muitos movimentos de pronação, 
o músculo pode hipertrofiar, comprimindo o espaço por onde passa o 
nervo mediano. 
 Para testar esta hipótese, o paciente fica sentado com o 
cotovelo flexionado em 90º. Então é solicitado que o paciente 
faça uma pronação, enquanto o examinador resiste ao 
movimento e faz ma extensão de cotovelo. 
 O teste é positivo quando o paciente refere parestesia na 
distancia do nervo do antebraço até a mão. 
 
Teste para o nervo interósseo anterior 
 Quando ocorre uma hipertrofia na porção distal do antebraço, os 
músculos flexor longo do polegar, flexor profundo do II dedo e pronador 
quadrado podem ficar comprometidos. 
 O teste de preensão com pinçamento avalia que o paciente 
consiga fazer o movimento de pinça. 
 O teste é positivo quando o paciente é incapaz de realizar o 
movimento. 
 
Teste para o nervo radial 
 O nervo radial passa anteriormente ao capítulo do úmero, e 
segue caminho pelo músculo supinador que, caso seja muito utilizado, 
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pode hipertrofiar, o que causa compressão do espaço por onde passa 
o trajeto do nervo citado. 
 Para testar a compressão do nervo radial, se pede para que o 
paciente faça uma supinação, enquanto o movimento é resistido 
pelo examinador. 
 O teste é positivo quando o paciente refere dor.