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1 Clara Rêgo – 6° Semestre 2021.1 O motivo dessa divisão até os 3 meses, é porque esse período é de extrema importância para o desenvolvimento do bebê. Nos primeiros 3 meses é o momento de maior crescimento extra-uterino e que o bebê ainda é imuno-incompetente, por isso é necessário acompanhamento de perto. Nas consultas precisamos avaliar se a amamentação está adequada; fiscalizar imunização da criança; acompanhamento do amadurecimento do SN; e é um período que surgem muitas dúvidas da família. ALIMENTAÇÃO ➔ Aleitamento materno exclusivo no primeiro semestre de vida! ➔ Temos que ter uma certa sensibilidade... mães que tem alguma contraindicação para amamentação, seja temporária ou definitiva, é necessário complementação da alimentação com fórmulas. Se o lactente está recebendo a fórmula na quantidade, tempo e intervalo correto e está ganhando peso corretamente, o diagnóstico alimentar está ok? SIM! SONO Os bebês habitualmente nascem com desregulação do ritmo circadiano. Por isso, é necessário colocarmos ele numa rotina de higiene do sono, para que ele comece a entrar no ritmo. ➔ Durante o sono há estimulação correta da metalotina, IGH... ➔ 1 mês: dorme total de 16 a 20 horas por dia, porém são divididos em ciclos de sonos de 1 a 4 horas de duração independente de ser noite ou dia. Com o tempo o SN vai se acostumando e percebendo que existe uma rotina de sono... ➔ 3 meses: lactentes nessa fase dormem 15 horas por dia, com 6 a 9 horas de sono durante a noite e com algumas sonecas durante o dia. VACINAÇÃO ➔ AO NASCER : BCG e hepatite B. ▪ BCG: dose única intradérmica. Contra tuberculose. ▪ Hepatite B: primeira dose. ➔ 2 MESES: pentavalente, VIP, pneumocócica, rotavírus humano. ▪ Pentavalente: previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus Influenzae B. Essa é a primeira dose. Está indicada até 7 anos de idade e mesmo se as crianças já tenham tido alguma dessas doenças, é necessária a vacinação ainda. ❖ Intra-muscular no vasto-lateral (sempre em crianças). ❖ Em caso de doença aguda com febre alta, vacinação deve ser adiada. ❖ Em pessoas com doença que aumentam o risco de sangramento, pode ser aplicada pelo subcutâneo. ❖ Qual o componente mais relacionado às complicações neurológicas como efeito adverso? O Pertussis → causa coqueluche. ❖ Vacina inativada. ▪ VIP: contra poliomielite. Primeira dose. ❖ Via intramuscular. ❖ Indicado para toda criança até 5 anos de idade. ❖ A gotinha também é contra a poliomielite. ❖ Vírus inativado. ▪ Pneumocócica 10 valente: contra infecções graves por pneumococos (meningite, otite e pneumonia). ❖ Via intramuscular. ❖ Crianças > 2 meses até 6 anos está recomendada a VPC10 ou VPC13 (está só em particular). ❖ > 6 anos, adolescentes e adultos estão indicados as VCP13 e VCP23. ▪ Rotavírus humano: 2 Clara Rêgo – 6° Semestre 2021.1 ❖ Via oral monovalente (pelo SUS). ❖ Via oral pentavalente no sistema particular. ❖ Primeira dose NÃO PODE PASSAR de 3 meses e 15 dias. E a segunda dose não pode passar de 7 meses e 29 dias. ❖ É um vírus vivo atenuado. ➔ 3 MESES: meningocócica C (conjulgada). ▪ Vacina contra Neisseria meningitidis do sorotipo C. ▪ Via intramuscular. ▪ Indicada para crianças; para adultos e idosos com condições que aumentem o risco para a doença meningocócica e para viajantes com destino às regiões com maior risco da doença. ▪ As outras meningocócicas são feitas no sistema particular. DESENVOLVIMENTO O bebê começa a se comunicar com os pais através da linguagem não verbal, com sorrisos, faz sons e leva a mão para objetos. ➔ A boca é a primeira área do corpo que o bebê consegue controlar = desenvolvimento emocional da fase oral. A maior parte da energia libidinal disponível é direcionada ou focalizada nessa área. Então por isso é comum o neném morder e traz prazeres. ➔ 1° mês: postura de barriga para cima com braços e pernas fletidos e cabeça lateralizada; consegue observar um rosto; reage ao som com mudança de olhar; eleva a cabeça ao ser pronada. ➔ 2° mês: sorriso social quando estimulada; cabeça cai quando puxado para sentar; abre as mãos; emite sons e movimenta ativamente os membros; preta atenção em vozes. ➔ 3° mês: segura objetos; emite sons; de bruços levanta a cabeça com ajuda do apoio de antebraços; desaparecimento de Moro; resposta ativa ao contato social; sorrir emitindo sons.] REFLEXOS PRIMITIVOS ➔ REFLEXO DE MORO: “solta” o bebê de forma súbita e espera-se abdução dos MMSS e apertura das mãos. Presente em 100% dos bebês a termo e deparasse até o sexto mês. ➔ REFLEXO DE ENCURVAMENTO DO TRONCO : estímulo tátil horizontal no trajeto de qualquer raiz dorsal, desencadeia um encurvamento do tronco. Desaparece até o oitavo mês. ➔ REFLEXO ANTI-ASFIXIA: colocada a face do bebê para o colchão e ele consegue virar o rosto em alguns segundos para respirar. 3 Clara Rêgo – 6° Semestre 2021.1 ➔ REFLEXO DE PRENSSÃO : palmar (até o sexto mês) e palmar (até o fim do primeiro ano). ➔ REFLEXO TÔNICO CERVICAL ASSISMÉTRICO : rodando a cabeça para um lado, do qual o braço e MI ipsilateral se esticam e os contralaterais fletem. ➔ REFLEXO CURÂNEO PLANTAR EM EXTENSÃO : a criança ainda não adquiriu a marcha não é Babinski, pois não adquiriu a maturidade neurológica. SEGURANÇA ➔ Estímulo ao uso do bebê conforto; ➔ Berço seguro: evitar dormir na cama dos pais. ➔ Prevenção de morte súbita do RN = dormir de barriga para cima. ➔ Temperatura água do banho. SUPLEMENTAÇÃO ➔ VITAMINA D ORAL : ▪ A termo: 400UI/dia para lactentes de 0 a 12 meses a partir da primeira semana de vida. Independente da alimentação do bebê. ▪ Pré-termo: 400UI/dia quando o peso for > 1500g e houver tolerância à ingesta oral. ▪ De 12 meses até 24 meses a dose aumenta para 600UI/dia. ▪ Então vitamina D é suplementada da primeira semana até 2 anos de vida. ➔ FERRO: muda pro ministério da saúde e SBP. ▪ A SBP recomenda suplementação dos 3 meses até 2 anos de idade. EXAME FÍSICO O lactente deve estar em decúbito dorsal horizontal, com examinador à sua direita e com a mãe no seu campo de visão. ➔ CABEÇA E PESCOÇO: a fontanela posterior fecha em torno do primeiro mês e a anterior em um ano e meio. Outra coisa é prestar atenção ao formato do crânio 4 Clara Rêgo – 6° Semestre 2021.1 ➔ ALTERAÇÕES COMUNS: ▪ Granuloma umbilical: o umbigo geralmente cai em 21 dias (ainda período de RN), entretanto, quando não há cicatrização no tecido inferior ao coto encontra-se um tecido granulomatoso que pode secretar sangue ou serosa (0,5 a 2 cm). Deve-se reforçar a limpeza do local com álcool 70% e queimar com nitrato de prata bastão 2 vezes por dia protegendo a região em volta com vaselina por exemplos em torno de 3 a 5 dias ja estará cicatrização, caso não resolva podemos estar em frente à anomalias umbilicais. ▪ Hérnia umbilical: é muito comum de desaparecer até 2 anos de idade. Porém se ocorre a herniação, quando as alças intestinais que estão lá dentro, deslizam para o anel umbilical, ocorre inflamação pela dificuldade em drenagem naquela região, podendo isquemiar e gerar um abdome agudo perfurativo. ▪ Fimose: A fimose é um anel fibrótico no prepúcio que não permite a exposição da glande. Podemos indicar uma pomada de corticoide para ajudar a soltar esse prepúcio, porém nunca devemos fazer exercícios para evitar o quadro de parafimose. A partir dos 4 anos é indicado cirurgia caso não ocorra a exposição adequada da glande. ▪ Hidrocele: acúmulo de líquido na bolsa escrotal. Para diferenciar faz-se a transiluminação, se há passagem de luz = hidrocele. 5 Clara Rêgo – 6° Semestre 2021.1 ▪ Dermatite das fraldas: provocada pelo contato da pele com fralda associada a urina e fezes. Deve-se aplicar quantidade generosa de pasta ou pomada protetora (Óxido de zinco como Hipogloss, VASELINA SÓLIDA, sucralfato e dexpantenol). Ter atenção com infecção secundária– principalmente cândida. ▪ Dermatite seborréica: chamada de crosta láctea. É inofensiva e temporária geralmente até 4 meses de idade, mas pode seguir até 1 ano. Pode-se encontrar escamas semelhantes nas pálpebras, nas orelhas, ao redor do nariz e na virilha. Não se entende a patogênese. ❖ Se as escamas forem espessas e aderentes, pode-se aplicar-se óleo de amêndoas doces o vaselina liquida cerca de 2 horas antes, massageando suavemente com uma escova macia e lavar a cabeça com shampoo suave, sem forçar as crostas. ❖ Pode-se utilizar anti-seborreicos contendo cetoconazol, bifonazol entre outros quando existe inflamação ou descamação intensa. ❖ Se houver inflamação persistente pode fazer corticoide tópico de baixa potência como hidrocortisona 1% creme, usando 1x por dias por 7-10 dias. ❖ Nas áreas afetadas, se houver fungo, deve-se aplicar creme imidazólico (cetoconazol creme, bifonazol creme) 1-2x dia durante 10-14 dias. ▪ Cólica do lactente: multifatorial (imaturidade do TGI, ausência de microbiota intestinal e alimentação materna). É uma dor em cólica que geralmente no final da tarde que se inicia em torno de 15 dias de vida. Costumam melhorar por volta do terceiro mês. Tentar coloca-lo de bruços e massagear suas costas = acalmar o bebê. Não tem outros sintomas associados. ▪ Constipação funcional: ausência de dejeções por até 10 dias, aleitamento materno exclusivo e ausência de outros sintomas. E quando ele evacua, são fezes normais, sem sangue e sem choro. ▪ “Diarreia” do lactente: pela imaturidade do TGI, o reflexo gastrocólico é exacerbado = fezes líquidas, parece diarreia, mas não é. ▪ Refluxo gastroesofágico: é fisiológico em todos os bebês, então não irritam ou geram outros sintomas, como perda de peso, no lactente. Para melhorar = medidas posturais. 6 Clara Rêgo – 6° Semestre 2021.1 ▪ Anemia fisiológica do lactente: o RN tem muita Hb fetal, mas vai diminuindo ao longo do crescimento. E além disso a EPO ainda não está funcionando a todo vapor. Por isso é fisiológica uma anemia, pela diminuição de hemácias e ainda sem eritropoiese plena. Acontece mais ou menos 3 meses de vida. ❖ Inclusive a suplementação do ferro ajuda aqui, que se inicia nos 3 meses de vida.
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