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Primeira consulta do RN, amamentação e puericultura

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PEDIATRIA 
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DO 
RECÉM-NASCIDO 
CAPURRO 
É preciso ter conhecimento da idade 
gestacional afim de determinar o grau de 
maturidade do recém-nascido 
Pré termo: - 37 semanas completas 
Prematuro tardio: de 34 a 36 semanas 
Termo: entre 37 e 42 semanas 
Pós termo: +42 semanas 
Com o objetivo de simplificar a avaliação da 
idade gestacional, Capurro propôs um método no 
qual 6 características são avaliadas nas 48 
primeiras horas do recém-nascido. A pontuação é 
somada à uma constante e o resultado corresponde 
à idade gestacional em semanas. 
COOMBS 
Permite a detecção no soro de anticorpos não 
aglutinantes do sistema Rh, utilizando o soro da 
antiglobulina humana. 
Direto: avalia diretamente as células 
vermelhas do sangue, verificando se há anticorpos 
ligados à hemácia e se esses anticorpos são 
derivados do próprio sistema imune da pessoa ou 
recebidos por transfusão. Esse teste normalmente 
é realizado para detectar anemias hemolíticas 
autoimunes. 
Indireto: avalia o soro do sangue, 
identificando os anticorpos ali presentes, e 
geralmente é solicitado em situações de 
transfusão, para garantir que o sangue que vai ser 
doado é compatível com quem está recebendo. 
APGAR 
Verifica o grau de atividade do RN. Índice 
utilizado na avaliação clínica do recém-nascido, 
feito no 1º, 5º e 10º minutos após o nascimento e 
em intervalos de 5 minutos, por 20 minutos em 
crianças com score menor do que 7. 
Esse índice indica a necessidade de 
continuidade das manobras de ressuscitação em 
RN e avaliar a resposta a tais manobras. 
Apesar de não predizer a mortalidade do 
indivíduo ou a ocorrência de adventos 
neurológicos, Apgar < 5 em 5 e 10 min aumenta o 
risco de paralisia cerebral. 
Existem inúmeros fatores que podem 
influenciar o Apgar: anestesia ou sedação 
materna, malformações congênitas, idade 
gestacional, trauma. 
Sinal 0 1 2 
Cor da 
pele 
Azul 
Cianótico 
Corpo 
rosado 
Extremida
de 
cianosada
s 
Rosado 
FC 0 bpm <100 bpm >100 bpm 
Esforço 
respirat
ório 
ausente irregular Choro 
forte 
Tônus 
muscular 
flácido Pouca 
flexão 
Movimen
tos ativos 
Reflexos nulo alguns Com 
choro 
REFERÊNCIAIS ANTROPOMÉTRICOS 
São tabelas ou gráficos que demonstram, 
para cada idade e sexo, os valores normais de cada 
medida corpórea, com base em amostras de 
crianças e adolescentes avaliados como normais e 
sadios. Apresentam, também, a tendência de 
evolução em função da idade. Esses dados podem 
ser organizados em percentil ou em Zscore. 
PERCENTIL 
Apresentação em cada idade, e em ambos os 
sexos, dos valores ordenados de maneira 
crescente, como se fossem 100 valores. Dessa 
ordenação resulta um valor de parâmetro para 
cada percentil e cada percentil representa a 
posição que aquele valor tem na distribuição 
ordenada dos valores considerados normais. 
Ex: criança com peso na posição do 
percentil 50 significa que, das crianças com seu 
mesmo sexo e idade, metade (50%) tem percentil 
superior ao seu e metade tem percentil inferior. 
Um percentil 95 significa que apenas 5% 
apresentam peso maior que o seu e 95% têm peso 
menor. 
Os valores de tendência central (percentil 
50) são considerados normais. 
ZSCORE 
É a apresentação em tabelas e gráficos dos valores 
de cada parâmetro de acordo com a sua diferença 
em relação ao valor mediano estimado. 
Zscore= (valor medido na criança – valor da 
mediana) / desvio padrão. 
Ou seja, se uma menina de 6 anos de idade 
apresenta 112 cm de estatura e outra da mesma 
idade 103 cm, sendo 106 cm a mediana de estatura 
para a idade e o desvio padrão 3 cm, a primeira 
menina terá escore z de estatura igual a +2, 
enquanto a segunda terá escore z de -1 
VALORES DE NORMALIDADE DO 
RECÉM-NASCIDO 
PERÍODO DE TRANSIÇÃO 
Refere-se às 6 a 12 primeiras horas de vida 
do recém-nascido e termina quando os sinais 
vitais, a alimentação e as funções renal e 
gastrointestinal são normais. 
• FC ao nascer: 120 a 140 bpm; 
• FC após o nascimento: 160 a 180; 
• FC em 30 min: 100 a 120 bpm; 
A respiração é irregular nos 15 primeiros 
minutos, variando entre 60 e 80 irpm. Ocorre 
queda na temperatura corpórea. 
Ocorre surgimento de RHA, eliminação de 
mecônio e produção de saliva. 
Alimentação: deve ser iniciada após as 
primeiras 6 horas de vida. A SBP não recomenda 
determinar horários de amamentação e de duração 
dela. Em geral, um bebê em aleitamento materno 
exclusivo mama de oito a 12 vezes ao dia. 
As necessidades calóricas do RN são de 
30cal/kg no primeiro dia, 80cal/kg ao final da 
primeira semana de vida e 120 a 150cal/kg ao 
final da segunda semana. 
Eliminações: 91% apresentam diurese nas 
16 primeiras horas; não apresentar diurese nas 
primeiras 24hrs é preocupante, mas não 
desesperador. O mecônio é eliminado entre 24 e 
48hrs. 
 
Peso ano nascer: 
• Peso extremamente baixo: <1kg 
• Muito baixo peso: <1,5kg 
• Baixo peso: entre 1,5 e 2,5kg 
• Peso normal: entre 2,5 e 4kg 
• Macrossômico: +4kg 
Consideram-se normais tanto uma perda de peso 
de até 10% ao nascer quanto a sua recuperação até 
o 15º dia de vida. A perda de peso fisiológica 
ocorrida a partir do nascimento consiste 
principalmente em perda de água e é acentuada 
pelo prolongamento do jejum. 
Perímetro cefálico 
 
O perímetro cefálico com medidas acima ou 
abaixo de dois desvios-padrão (< -2 ou > +2 
escores “z”) pode estar relacionado a doenças 
neurológicas, como microcefalia (de causa 
genética ou ambiental) e hidrocefalia, o que exige, 
portanto, melhor avaliação e encaminhamento 
Perímetro torácico: antes do início da respiração 
do RN, mede 2cm a menos que o cefálico, em 
média 30 a 33cm. 
Estatura para meninos: 
 
Estatura para meninas: 
 
Sinais vitais: 
Frequência cardíaca: 120 a 140 bpm. 
Respiração: abdominal. Entre 30 e 60 irpm. 
Temperatura: normal situa-se entre 36,4ºC e 
37,5ºC. 
Padrão de sono: os recém-nascidos dormem 
tanto de dia quanto de noite, mas o sono começa a 
diminuir com o passar das semanas. Ele dorme 
cerca de 20 a 22hrs por dia, acordando apenas por 
fome ou desconforto. Aos 2 meses, dorme de 6 a 8 
horas de noite e outras 10 a 12 horas em sonecas 
diurnas. Esse tempo diminui à medida que seu 
desenvolvimento lhe permite interesses pelo 
ambiente. 
Eliminações: 
Fezes: nas primeiras horas de vida mecônio é 
eliminado. Falta de eliminação de mecônio após 
24 horas deve fazer pensar em obstrução. 
Ao 4 a 5 dias de vida, as eliminações perdem o 
aspecto de mecônio e tornam-se de “transição” 
(liquefeitas e heterogêneas) e, em seguida, 
assumem um aspecto de fezes normais do lactente, 
dependendo da dieta. 
Urina: ao nascer, a bexiga pode conter até 50 ml 
de urina. Alguns urinam na sala de parto, 75% 
dentro das 12 primeiras horas. No fim de 48hrs 
todas já urinaram. 
Nos primeiros dias, a urina pode apresentar 
sedimento em cor vermelho-tijolo, representados 
por uratos. 
 
PRIMEIRA CONSULTA DO RN 
Deve ocorrer na primeira semana de vida do 
RN, uma vez que constitui um momento propício 
para estimular e auxiliar a família nas dificuldades 
do aleitamento materno exclusivo, para orientar e 
realizar imunizações, para verificar a realização da 
triagem neonatal (teste do pezinho) e para 
estabelecer ou reforçar a rede de apoio à família. 
Deve-se utilizar e preencher adequadamente 
a Caderneta de Saúde da Criança, identificar 
riscos e avaliar a saúde da mãe. 
 
ANAMNESE 
Deve-se avaliar as condições de nascimento 
da criança – tipo de parto, local do parto, peso ao 
nascer, idade gestacional, índice de Apgar, 
intercorrências clínicas na gestação, no parto e no 
período neonatal e os tratamentos realizados. 
Também os antecedentes familiares (condições de 
saúde dos familiares, número de irmãos, número 
de gestações anteriores). 
EXAME FÍSICO 
Peso, comprimento e perímetro cefálico. 
Desenvolvimento social e psicoafetivo:é preciso 
observar o relacionamento do cuidador/mãe com o 
RN – como respondem às suas manifestações, 
como interagem com o bebê e se lhe 
proporcionam situações variadas de estímulo. 
Estado geral: 
• Postura normal: extremidades fletidas, as 
mãos fechadas e o rosto, geralmente, 
dirigido a um dos lados. 
• Padrão respiratório: observar a presença de 
anormalidades como batimentos de asas do 
nariz, tiragem intercostal ou diafragmática 
e sons emitidos. 
• Estado de vigília: estado de alerta, sono 
leve ou profundo e choro. 
• Sinais de desidratação e/ou hipoglicemia: 
pouca diurese, má ingestão (a criança não 
consegue mamar ou vomita tudo o que 
mama), hipoatividade e letargia. 
• Temperatura axilar. 
Face: observar assimetria, malformação, 
deformidade ou aparência sindrômica. 
Pele: 
• presença de edema (IC, sepse, doença 
hemolítica perinatal, se generalizado); 
• palidez (sangramento, anemia); 
• cianose (doenças cardiovasculares se 
generalizada; hipotermia se nas 
extremidades); 
• icterícia (preocupante se iniciada antes das 
primeiras 24hrs de vida ou após o 7º dia); 
• assaduras 
• pústulas (impetigo) e bolhas palmo-
plantares (sífilis). 
Esclarecer quanto a benignidade do eritema 
tóxico. 
Crânio: 
Exame das fontanelas: a fontanela anterior mede 
de 1cm a 4cm, tem forma losangular, fecha-se do 
9º ao 18º mês e não deve estar fechada no 
momento do nascimento. A fontanela posterior é 
triangular, mede cerca de 0,5cm e fecha-se até o 
segundo mês. Não devem estar túrgidas, abauladas 
ou deprimidas. 
Céfalo-hematoma: acúmulo de sangue entre o 
osso e o periósteo. Mais frequente nos ossos 
parietais. Não ultrapassa o osso, é flutuante, 
indolor e sem alterações de coloração da pele. 
Desaparece, aproximadamente, em algumas 
semanas, podendo, todavia, demorar até 2 a 3 
meses. 
Bossa serinossanguínea: caracterizada por uma 
coleção serossanguínea, localizada entre o couro 
cabeludo e o periósteo, não respeitando as suturas, 
podendo exceder o osso. Tem um aparecimento 
mais precoce do que o céfalo-hematoma, surgindo 
no decurso do parto normal ou logo após, porém 
desaparecendo nas primeiras semanas. 
Olhos: 
Reflexo motor: projeta-se um feixe de luz em 
posição ligeiramente lateral a um olho. A pupila 
deve se contrair rapidamente. O teste deve ser 
repetido no outro olho, devendo ser comparado 
com o primeiro. Avalia basicamente a estrutura 
anátomo-funcional. 
Teste do reflexo vermelho ou Bruckner test: com 
o oftalmoscópio colocado aproximadamente de 
5cm a 10cm de distância dos olhos da criança (o 
importante é que o oftalmoscópio ilumine os dois 
olhos simultaneamente), para se observar o 
reflexo vermelho nos dois olhos. Se for notado um 
reflexo diferente entre os olhos ou a presença de 
opacidade, a criança deverá ser avaliada por um 
oftalmologista com urgência. 
A opacidade pode indicar condições congênitas 
(catarata, retinoblastoma e glaucoma), infecções 
(toxoplasmose, sífilis, HIV, herpes e rubéola), 
exposição a drogas (álcool, cocaína, crack), 
medicações (talidomida, Misoprostol, 
benzodiazepínicos). 
Conjuntivites: a presença de secreção purulenta 
evidencia uma conjuntivite e, principalmente no 
RN, é importante descartar a infecção por 
gonococo, clamídia e herpes vírus. coletar a 
secreção e solicitar exame bacteriológico e 
bacterioscópico. A coleta pode ser feita do fundo 
de saco, com espátula para swab, e encaminhada 
ao laboratório de microbiologia em meio de 
cultura. Após a coleta, deve-se iniciar 
imediatamente o tratamento com colírio 
(tobramicina ou ofloxacina) e, após o resultado, 
deve-se tratar o agravo de acordo com o agente 
etiológico. 
Orelhas e audição: o teste da orelhinha deve ser 
feito preferencialmente entre 24 e 48hrs de vida. 
A orientação é que seja realizada até 1 mês de 
vida. É feito o exame de Emissões Otoacústicas 
Evocadas (EOAE) em RN sem fator de risco. Este 
é um teste rápido, simples, não invasivo e 
excelente para identificar a maioria das perdas 
cocleares. 
Nariz: avaliação da forma e presença de secreção 
(sífilis). Atresia bilateral de coanas pode provocar 
cianose que melhora com o choro. 
Boca: deve-se observar alterações morfológicas 
na úvula, tamanho da língua, palato, frênulo 
lingual e a coloração dos lábios. Esses fatores 
podem influenciar a pega durante a amamentação, 
evitando o desmame precoce e futuros problemas 
na fala. 
Pescoço: deve avaliar a posição da cabeça, a 
mobilidade e a presença de tumorações. 
O torcicolo congênito pode ter origem num 
traumatismo de parto (tocotraumatismo) ou 
congênito, pela ausência total ou parcial do 
músculo esternocleidomastóideo, o que pode ser 
avaliado pela inspeção e palpação. 
Tórax: avaliar simetria, integridade das 
clavículas, possíveis sinais de sofrimento 
respiratório, contar a FC, observar a presença de 
cianose, abaulamento pré-cordial, turgência 
jugular, ictus cordis e sopros cardíacos. Verificar 
também os pulsos. 
Abdome: quando dilatado pode indicar presença 
de líquido, distensão gasosa, visceromegalias, 
obstrução ou perfuração abdominal; quando 
escavado pode indicar hérnia diafragmática. 
Observar a presença de hérnias inguinal e 
umbilical. 
Observar a presença de diástase dos retos 
abdominais e agenesia da musculatura abdominal. 
Se a região umbilical estiver vermelha, 
edemaciada e com secreção fétida, o achado 
indica onfalite (infecção) e, portanto, a criança 
deve ser encaminhada para a emergência. 
Genitália masculina: deve-se apalpar a bolsa 
escrotal para identificar a presença de testículos. 
Podem não ser palpáveis até os 3 meses de vida. 
O pênis é palpado desde sua base, e é normal a 
aderência prepucial não permitir a exposição da 
glande nessa faixa etária. Considera-se micropênis 
aquele cujo tamanho está abaixo de 2,5 desvios-
padrão da média, o que em RN representa menor 
que 1,9 cm. 
Hipospádias ocorrem quando o orifício uretra! 
está situado na região ventral do corpo do pênis. 
Na epispádia, o meato uretra! está situado na 
região dorsal do pênis e pode haver associação 
com extrofia de bexiga 
Genitália feminina: os pequenos lábios e o 
clitóris estão mais proeminentes. Pode haver 
secreção esbranquiçada, às vezes hemorrágica, 
devido à passagem de hormônios maternos, que se 
resolve espontaneamente. 
Ânus e reto: verificar a permeabilidade anal, a 
posição do orifício e a presença de fissuras. 
Sistema osteoarticular: 
Manobra de Ortolani: caso haja uma luxação, a 
cabeça do fêmur será deslocada para cima; 
Manobra de Barlow: 
 
O exame da coluna vertebral deve ser realizado 
com o recém-nascido em decúbito ventral. A 
coluna deve ser inspecionada e palpada em toda a 
sua extensão, especialmente nas regiões lombar e 
sacra, para pesquisa de tumorações de linha média 
resultantes de defeito de fechamento do tubo 
neural, como mielomeningocele (herniação de 
raízes nervosas cobertas por meninge) e 
meningocele (herniação de meninge sem 
exposição de raízes nervosas). O exame também 
deve estabelecer a presença de assinaturas 
neurocutâneas em linha média, que devem 
levantar a suspeita de espinha bífida oculta. 
Neuro: deve-se avaliar a postura de flexão 
generalizada e a lateralização da cabeça até o final 
do primeiro mês. O tônus normal é de semiflexão 
generalizada. Observar reflexos primitivos: 
• Sucção: testado espontaneamente, com o 
contato com o seio materno; 
• Busca: com o toque suave do dedo do 
examinador na parte lateral do lábio 
superior, o RN deve se virar para o lado do 
toque e abrir a boca. 
• Preensão palmoplantar: pode ser 
conseguida com o toque do dedo indicador 
do examinador nas palmas e plantas do 
recém-nascido, o que provocará seu 
fechamento. 
• Reflexo de marcha: pode ser obtido 
posicionando-se o recém-nascido em pé, 
seguro pelo examinador abaixo das axilas, 
com os pés tocando amesa de exame. 
• Reflexo de Moro: pode ser testado com a 
extensão de ambos os membros superiores: 
a resposta é o fechamento simétrico e 
bilateral dos membros superiores recém-
nascido num abraço e o choro. Nos recém-
nascidos acometidos pela paralisia de Erb-
Duchenne, caracteristicamente, o reflexo é 
unilateral. 
• Cutâneo-Plantar: estimula-se a porção 
lateral do pé do RN com a ponta do dedo 
no sentido artelhos-calcâneo. Observa-se 
extensão do hálux. A inversão do reflexo 
ocorre por volta dos 12 meses. 
Até um mês de idade: 
• Olha para o rosto das pessoas que o observam. 
• Segue na horizontal, com os olhos, a luz de uma 
lanterna colocada a 30 cm dos olhos. 
• Ao ouvir uma voz chamando-o, reage de algum 
modo 
• Colocado em DV, levanta a cabeça por alguns 
segundos. 
• Reflexos primitivos obrigatórios desde o 
nascimento: Sucção, voracidade, preensão palmar, 
preensão plantar, moro, colocação, encurvamento 
do tronco, cutâneo plantar em extensão. 
ORIENTAÇÕES PARA O CUIDADO DO 
RECÉM-NASCIDO 
Eliminações: evacuar a cada amamentação ou até 
10 vezes ou mais em um dia pode ser normal, 
conquanto o RN esteja ganhando peso 
adequadamente e não tenha algum outro sinal ou 
sintoma (febre, sangue nas fezes, recusa para se 
alimentar). Também é normal períodos de até 7 
dias sem evacuar. 
Disquesia: necessidade de grande esforço para 
evacuar, mesmo com fezes líquidas, do RN. É 
normal e está relacionado ao processo de 
aprendizagem do controle da musculatura pélvica 
e do esfíncter anal no momento de evacuar. 
Nesses momentos pode-se consolar o RN com 
afagos e carinhos, não se deve medicar laxantes, 
deve-se evitar a introdução de alimentos antes dos 
6 meses. 
Coto umbilical: inicialmente gelatinoso, ele seca 
progressivamente, mumificando-se perto do 3º ou 
4º dia de vida, e costuma desprender-se do corpo 
em torno do 6º ao 15º dia. Deve-se ficar atento a 
presença de secreções na base do coto umbilical 
ou de eritema da pele ao redor da implantação 
umbilical. 
Deve ser limpo e seco ao menos 1 vez ao dia, 
utilizando antissépticos ou antimicrobianos, como 
álcool 70% e nunca coberto com uma gaze ou 
outro material, inclusive fralda. É preciso ter as 
mãos limpas ao realizar esse cuidado. Nunca 
utilizar moedas, fumo ou qualquer outra 
substância. De forma alguma retirá-lo com tração. 
Posição para dormir: a posição prona está 
relacionada com a Síndrome da morte súbita do 
lactente. Sendo assim, a posição recomendada 
pelo ministério da saúde é a supina (de face para 
cima). 
Banho: o primeiro banho deve ser dado dentro de 
24 horas de vida ou, ao menos, após 6 horas do 
nascimento. O melhor banho é aquele de imersão 
em água entre 37 e 37,5 ºC com o RN enrolado 
em uma fralda de pano para evitar perda de calor. 
Não se recomenda remover o vérnix caseoso. Os 
produtos utilizados (sabonetes, hidratantes) devem 
ser destinados à pele do bebê, sem perfume e 
hipoalergênicos. Pode-se usar hidratantes no RN 
pelo menos 3 vezes na semana. 
Vacinas ao nascer: BCG-ID (dose única; evita 
formas graves da tuberculose), hepatite B 
(primeira dose). 
Vacinas no 1º mês: Hepatite B (segunda dose) 
Segurança: cuidar da temperatura da água no 
banho e não deixar o RN sozinho. A distância 
entre as ripas da grade do berço não deve ser 
superior a 6cm. Utilizar cobertas leves e 
travesseiro firme para evitar a sufocação do bebê. 
Se estiver frio, é preferível agasalhá-lo com maior 
quantidade de roupas do que cobri-lo com muitas 
cobertas. 
O transporte do bebê em automóvel deve ser feito 
sempre no banco traseiro, em cadeirinha especial 
para lactente, com cinto de segurança e com a 
criança posicionada na cadeirinha apropriada de 
costas para o motorista 
Teste do pezinho: permite a detecção da 
fenilcetonúria e do hipotireoidismo congênito e de 
hemoglobinopatias, doenças que podem ser 
tratadas, prevenindo o retardo mental (que as duas 
primeiras enfermidades podem ocasionar) e as 
infecções e outras complicações que 
frequentemente podem ocasionar a morte de 
crianças com hemoglobinopatias. A pesquisa de 
hemoglobinopatias inclui a detecção de anemia 
falciforme e do traço falciforme, que, mesmo 
assintomático, traz implicação genética para a 
família. Deverá ser feito a partir do 3º e o 7º dia de 
vida da criança, quando já ocorreu uma ingestão 
adequada de proteínas e é possível analisar com 
mais segurança o metabolismo da fenilalanina. 
 
 
AMAMENTAÇÃO 
A amamentação deve ser iniciada dentro da 
primeira hora após o nascimento, no momento 
pele-a-pele. Essa manobra, de entregar o bebê 
para mãe logo após o nascimento, beneficia o 
desenvolvimento do bebê e a criação de vínculo 
entre a mãe e a criança, induzindo a liberação de 
ocitocina, a ejeção do colostro e diminuindo a 
incidência de depressão pós-parto. 
Nos primeiros dias, o leite materno é 
chamado colostro, que contém mais proteínas e 
menos gorduras do que o leite maduro, ou seja, o 
leite secretado a partir do sétimo ao décimo dia 
pós-parto. O leite de vaca tem muito mais 
proteínas que o leite humano e essas proteínas são 
diferentes das do leite materno. A principal 
proteína do leite materno é a lactoalbumina e a do 
leite de vaca é a caseína, de difícil digestão para a 
espécie humana. O leite humano possui 
numerosos fatores imunológicos que protegem a 
criança contra infecções (IgA, IgM, IgG, 
macrófagos, neutrófilos, linfócitos B e T, 
lactoferrina, lisozima e fator bífido. 
Técnica: a mãe pode estar deitada o sentada. 
O tronco do RN deve estar em contato com o dela 
e ela deve sustentar todo o corpo do bebê com a 
mão e o braço, não apenas a cabeça. A mão 
oposta, a princípio, deve ser posicionada 
lateralmente à boca do RN e segurar a aréola em 
pinça com o indicador e o dedão, a fim de induzir 
a pega de toda a aréola do RN, não apenas o 
mamilo. O nariz do bebê deve estar livre para 
permitir a respiração e os lábios devem estar 
voltados para fora. Deve-se ter mais aréola visível 
acima da boca do RN. 
Tempo de amamentação: em geral, um bebê em 
aleitamento materno exclusivo mama de oito a 12 
vezes ao dia. 
O tempo de permanência na mama em cada 
mamada não deve ser fixado, haja vista que o 
tempo necessário para esvaziar uma mama varia 
para cada dupla mãe/bebê e, numa mesma dupla, 
pode variar dependendo da fome da criança, do 
intervalo transcorrido desde a última mamada e do 
volume de leite armazenado na mama, entre 
outros. O mais importante é que a mãe dê tempo 
suficiente à criança para ela esvaziar 
adequadamente a mama. Dessa maneira, a criança 
recebe o leite do final da mamada, que é mais 
calórico 
Alimentação da mãe durante a amamentação: 
• Consumir dieta variada, incluindo pães e 
cereais, frutas, legumes, verduras, 
derivados do leite e carnes; 
• Consumir três ou mais porções de 
derivados do leite por dia; 
• Esforçar-se para consumir frutas e vegetais 
ricos em vitamina A; 
• Certificar-se de que a sede está sendo 
saciada; 
• Evitar dietas e medicamentos que 
promovam rápida perda de peso (mais de 
500 g por semana); 
• Consumir com moderação café e outros 
produtos cafeinados; 
A alimentação ideal (variada e equilibrada) de 
uma nutriz pode não ser acessível para muitas 
mulheres de famílias com baixa renda, o que pode 
desestimulá-las a amamentar seus filhos. Por isso, 
a orientação alimentar de cada nutriz deve ser feita 
levando-se em consideração, além das 
preferências e dos hábitos culturais, a 
acessibilidade aos alimentos. É importante 
lembrar que as mulheres produzem leite de boa 
qualidade mesmo consumindo dietas subótimas. 
*Caso não seja possível amamentar, seja por 
questões de trabalho seja por outras questões, 
recomenda-se oferecer, preferencialmente o leite 
materno, em copos, xícaras e colheres. Evitar a 
mamadeira. 
DOR AO AMAMENTAR 
Causas: lesões nos mamilos por pega ouposição inadequada, mamilos curtos, planos ou 
invertidos, disfunções orais na criança, freio de 
língua excessivamente curto, sucção não nutritiva 
prolongada, uso impróprio de bombas de extração 
de leite, não interrupção adequada da sucção da 
criança quando for necessário retirá-la do peito, 
uso de cremes e óleos que causam reações 
alérgicas nos mamilos, uso de protetores de 
mamilo (intermediários) e exposição prolongada a 
forros úmidos. 
Como evitar lesão mamilar: 
• Técnicas corretas; 
• Manter os mamilos secos, expondo-os ao 
ar livre e à luz solar; 
• Evitar uso de sabões, álcool ou qualquer 
outro produto secante; 
• Amamentação em livre demanda; 
• Ordenha manual da aréola antes da 
mamada se ela estiver ingurgitada, o que 
aumenta a sua flexibilidade, permitindo 
uma pega adequada; 
• Não usar protetores; 
Manejo da lesão: 
• Início da mamada pela mama menos 
afetada; 
• Ordenha de um pouco de leite antes da 
mamada, o suficiente para desencadear o 
reflexo de ejeção de leite; 
• Analgésicos sistêmicos por via oral se 
houver dor importante; 
Mamadeiras e chupetas: modificam a posição dos 
dentes e da língua, provocam alteração na fala e 
produção excessiva de saliva, lábios entreabertos e 
ressecados, alteram a musculatura e ossos 
orofaciais, induzem respiração exclusiva pela 
boca, provocam hipertrofia da adenoide, apneia do 
sono, alterações posturais e cólicas no bebê.

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