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ISSN 2176-1396 
 
 
COMUNICAÇÃO E DIVERSIDADE CULTURAL NO ESPAÇO 
ESCOLAR: AMPLIANDO VOZES DOS JOVENS A PARTIR DO 
CELULAR 
 
Taís Rocha Ribeiro
1
 - UNEB 
Tânia Maria Hetkowski
2
 - UNEB 
 
Grupo de Trabalho - Comunicação e Tecnologia 
Agência Financiadora: não contou com financiamento 
 
Resumo 
 
A educação na contemporaneidade versa sobre novas práticas pedagógicas, em diálogo com 
as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Nesse contexto, este artigo pretende 
relatar algumas experiências e desafios da utilização das TIC na rede pública de ensino, 
através do Programa VOJO Brasil. A tecnologia vojo, desenvolvida pelo Center for Civic 
Media (MIT) e trazida para o Brasil pelo Instituto Mídia Étnica (IME), possibilita a 
transmissão de informações sem precisar acessar a internet ou estar conectado a 
computadores. A proposta dessa experiência teve por objetivo refletir sobre as possibilidades 
de uso das TIC no espaço escolar, numa perspectiva de educação voltada para a valorização 
da diversidade cultural e popular, com a intenção de promover o desenvolvimento das 
individualidades através de uma ação interativa, socializante, a partir de um dispositivo 
tecnológico. As premissas teóricas norteadoras desse artigo localizam-se na confluência dos 
campos da Educação, Comunicação e Cultura, permeando a ideia de Educação Popular 
(FREIRE, 1982), que valoriza a história singular de cada sujeito. A esta foi associada à 
abordagem da tecnologia como processo criativo e construtivo humano (HETKOWSKI, 
2004; LIMA JR, 2005), para além da concepção instrumental. As escolhas metodológicas 
partiram do princípio de que a dinâmica de investigação precisava ser construída com os 
alunos, caracterizando-se como uma metodologia participativa. Deste modo, foram 
desenvolvidas oficinas sobre cultura popular, história oral e o jornalismo voltado à internet, 
permitindo que os jovens produzissem histórias em áudio. Nesse ínterim, foi possível 
perceber os desdobramentos coletivos de saberes e a mobilização do conhecimento em sala de 
aula, potencializados a partir da apropriação de tecnologias. 
 
 
1Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Gestão e Tecnologia Aplicadas à Educação (GESTEC), membro 
do Grupo de Geotecnologias, Educação e Contemporaneidade (GEOTEC) - Universidade do Estado da Bahia 
(UNEB) E-mail: tais_rocha_@hotmail.com 
2 Pós-doutora em Informática na Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS/RS), 
Doutora em Educação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA/BA). Professora da Universidade do Estado 
da Bahia (UNEB/BA), Coordenadora do Programa Pós-Graduação Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação 
(GESTEC/UNEB). Coordenadora do Grupo de Pesquisa Geotecnologias, Educação e Contemporaneidade 
(GEOTEC). E-mail: hetk@uol.com.br 
11470 
 
Palavras-chave: TIC. Dispositivos Móveis. Educação Básica. Diversidade Cultural. Culturas 
Híbridas. 
Introdução 
A comunicação, a diversidade cultural e a dinâmica de processos sociais do contexto 
urbano a estas relacionadas, revelam novas formas de uso do espaço e das possibilidades de 
produção de conteúdos sobre o lugar. Ao longo do tempo, o espaço é construído a partir das 
relações entre os atores/autores que o compõe, partindo de um dinamismo que permite 
inúmeras produções (materiais e imateriais) e profundas transformações. Neste ínterim, 
destacam-se as redes sociais na internet e as TIC como agentes potencializadores desse 
processo de criação, permitindo que os sujeitos possam produzir e compartilhar conteúdos 
culturais. 
A fim de trazer outras análises para o campo de investigação da diversidade cultural 
em associação às tecnologias digitais, pela compreensão de que vivemos em um contexto no 
qual os dispositivos tecnológicos estão ligados diretamente nas dinâmicas sociais, esse artigo 
contempla os desdobramentos de experiências que redimensionam práticas pedagógicas 
interativas-coletivas mediadas pelas tecnologias na Educação Básica da cidade de Salvador, a 
partir do engajamento da universidade no espaço escolar. As tecnologias permitem, nesse 
sentido, a potencialização da colaboração e da criatividade, na medida em que se apresenta 
como componente elementar do processo criativo através do qual: 
o ser humano utiliza-se de recursos materiais e imateriais, ou os cria a partir do que 
está disponível na natureza e no seu contexto vivencial, a fim de encontrar respostas 
para os problemas em seu contexto, superando-os. Nesse processo, o ser humano 
transforma a realidade da qual participa e, ao mesmo tempo, transforma a si mesmo, 
descobre novas formas de atuação e produz conhecimento sobre elas, inventa meios 
e produz conhecimento sobre tal processo, no qual está implicado. (LIMA JUNIOR, 
2005, p. 15). 
A partir deste entendimento das tecnologias como componente elementar do processo 
criativo e transformativo humano, o Grupo de Geotecnologias, Educação e 
Contemporaneidade (GEOTEC), vinculado aos Programas de Pós-Graduação em Educação e 
Contemporaneidade (PPGEduC) e em Gestão e Tecnologias aplicadas à Educação 
(GESTEC), da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) promove, desde 2007, o 
desenvolvimento de ciência e tecnologia nas escolas através da formação de jovens 
pesquisadores, no que se refere às discussões, reflexões, usos, potencialidades e 
redimensionamento das TIC como meios de comunicação entre a Escola e a Comunidade. 
11471 
 
Assim, a importância desse estudo localiza-se no processo de difusão de propostas de 
educação que visem promover a autoestima nos jovens, estimulando o pensamento crítico 
sobre a sociedade e considerando a diversidade cultural. Para tal, Freire (1982) e Brandão e 
Streck (2006) foram importantes fontes de informação e conhecimento para o 
desenvolvimento dessa pesquisa, ao considerar os movimentos sociais como elemento 
propulsor de uma pedagogia de criação solidária de saberes sociais, como um repertório 
múltiplo e diferenciado, além dos teóricos do campo das Tecnologias de Informação e 
Comunicação, Lemos (2009), Pretto (2008, 2010), Hetkowski (2004), Lima Júnior (2005), 
Lévy (1999), Castells (2002) e Sodré (2012). 
Surgem, desse modo, reflexões em favor da educação popular de Freire (2002), na 
qual "a necessária eticidade que conota expressivamente a natureza da prática educativa, 
enquanto prática formadora" (FREIRE, 2002, p. 8). Assim, a escola se apresenta como um 
espaço para se refletir e reproduzir a sociedade na qual ela se insere. Portanto, é através da 
educação que os caminhos de construção de uma realidade mais humana para todos precisam 
ser percorridos, numa perspectiva de aproximação entre educação e ética, no exercício dos 
saberes na realidade atual, mergulhada em conflitos de toda ordem. 
Nesse contexto, as experiências de utilização das TIC na Rede Pública de Ensino da 
cidade do Salvador, Bahia, demonstram que a escola demanda por práticas educacionais que 
contemplem o conhecimento de uma forma mais dinâmica e dialógica, que se aproximem do 
desenvolvimento técnico cientifico, potencializando criticidade e criatividade do sujeito. A 
diversidade cultural, em associação aos dispositivos móveis - no caso, ao celular - pode 
despertar a curiosidade, ampliar as vozes dos jovens, promover a iniciativa, o pertencimento 
ao lugar e à cidade e aportar uma contribuição útil nas escolas e comunidades no que se refere 
à autonomia, a representatividade e as vozes dos sujeitos. 
Comunicação, Diversidade Cultural e Educação: Estreitando Laços 
Na contemporaneidade, um dos fenômenos mais marcantes é a convergência entre a 
técnica e os processos sociais e culturais, através do qual as relações entre os campos do 
conhecimento se ressignificam continuamente, impulsionando investigações dentro e fora do 
espaço acadêmico. Produções tecnocientíficas, pesquisas e processos formativos sobre/na 
confluência doscampos da Educação e da Comunicação solidificam e constroem novos 
sentidos para a sociabilidade e mobilidade, aprofundando discussões que convergem por uma 
visão comunicacional da educação. 
11472 
 
As TIC estabelecem uma nova interação entre o homem e a máquina, potecializando 
práticas coletivas e dinâmicas em favor inteligibilidade comunicacional que emerge dos 
processos sociais cotidianos. Assim, nesse entrelace entre diferentes aspectos da realidade, é 
preciso atentar para as implicações sociais presentes nos processos culturais — e, 
evidentemente, educacionais — que envolvem o surgimento e consolidação das tecnologias. 
Conforme afirma Sodré (2012): 
a grande transformação privilegia a dimensão técnica do homem, em tal magnitude 
que a forma da consciência contemporânea é fundamentalmente tecnológica. Isto 
equivale a dizer que o relacionamento do sujeito humano com a realidade hoje passa 
necessariamente pela tecnologia, em especial as tecnologias da informação, em 
todos os seus modos de realização (SODRÉ, 2012, p. 13). 
A crescente (re)estruturação tecnológica global produz impactos evidentes sobre as 
culturas regionais, não somente no sentido implacável da globalização, que é o de sucumbir 
ou substituir os conhecimentos e valores, ou seja, o universo simbólico das mesmas, mas 
também no sentindo de gerar novas linguagens, produzir novos círculos de sociabilidade e 
redes coletivas. Este hibridismo cultural, construído e constituído pelos povos plurais e 
diversos, intensificado pelas TIC, impulsionam a sociabilidade e as conexões entre esses 
grupos, perpassando a afirmação da identidade e o reconhecimento da diversidade cultural 
humana. 
Em face dessa constatação, faz-se necessário evidenciar como a Diversidade Cultural 
estabeleceu-se como um objeto de estudo dos cientistas sociais (MORIN, 2002; HARVEY, 
1996; HALL, 1997b; CANCLINI, 2003; SODRÉ, 2012), incorporando uma amplitude 
conceitual extensa e extremamente variada, sendo preconizada e estudada sob diferentes 
enfoques, não raro conflitantes e contraditórios entre si. Os conceitos variam de definições 
restritas, que enfatizam apenas grupos sociais, raça, gênero, preferência sexual, origem 
geográfica e etnia, até às extremamente amplas que se referem à totalidade de expressões 
existes e diferenças possíveis entre as pessoas. 
Com efeito, a intensão desse estudo não está no levantamento de tais conceitos, mas 
sim em destacar a associação da Diversidade Cultural com as TIC e a preocupação dos 
pesquisadores em aprofundar a discussão sobre as inúmeras formas com as quais os atores 
sociais constroem a diversidade e como ela se apresenta nos contextos histórico-culturais. A 
dimensão cultural, nesta dinâmica, se apresenta como componente elementar da vida em 
grupo, permitindo o desenvolvimento social, ideológico e político daqueles que a integram e 
interagem. 
11473 
 
As relações de convivência com o "outro" tem-se constituído na marca predominante 
da sociedade contemporânea, revelando-se como cerne da problemática da Diversidade 
Cultural, remetendo a questões da complexidade humana e social, além dos processos de 
interação, da alteridade e do pluralismo. Os sujeitos convivem, selecionam, incluem, excluem, 
trocam, dialogam, educam, oprimem e são oprimidos num incessante e permanente processo 
de relações sociais, éticas, culturais, políticas, econômicas e históricas. 
Todavia, isto faz pensar sobre os impactos tecnológicos que caracterizam o mundo 
globalizado, nos desafios impostos ao âmbito da educação e sobre as mudanças necessárias 
para que os processos educacionais levem em conta a diversidade cultural. Implica, ainda, em 
pensar outras formas de reconhecer, valorizar e incorporar as identidades plurais em políticas 
e práticas curriculares. Significa, nesse sentido, refletir sobre mecanismos discriminatórios 
que tanto negam voz a diferentes identidades culturais, silenciando manifestações e conflitos 
culturais: 
sem a dimensão cultural a tecnologia fecha-se narcisicamente em torno de si mesmo, 
exercendo efeitos de fascinação pela eficácia do desempenho técnico que contempla 
a cognição individual, mas recalcando o vínculo com a comunidade e com o entorno 
sócio histórico, esse mesmo responde pela transitividade política do conhecimento 
(SODRÉ, 2012, p. 160). 
Com o pressuposto trazido pelo autor, no qual as dinâmicas culturais estão diretamente 
relacionadas às tecnologias, faz-se necessária também à compreensão das transformações 
ocorridas na educação a partir de tal dimensão técnica. As TIC possibilitam a criação de um 
movimento que tem como alicerce o trabalho colaborativo, a potencialização dos saberes e da 
autonomia e a criação de práticas outras, norteadas pela criatividade, curiosidade e busca por 
novas possibilidades educativas. 
No exercício dessa ação educativa e formadora, é preciso esclarecer a ideia de 
educação aqui assumida, se constituindo como “um processo intencional, consciente e 
fundamentado na valorização da vida e que busca a orientação das pessoas para o 
conhecimento de si mesmas” (HETKOWSKI, 2009, p. 142). Processo este vem marcando 
uma trilha de investigação do Grupo GEOTEC, que envolve práticas pedagógicas instituintes 
e mobilizadoras das dinâmicas sociais, apresentam-se adiante, parte das produções e 
pesquisas propositivas das tecnologias digitais em favor do entendimento do espaço urbano e 
dos processos culturais que o permeiam, a partir dos pressupostos teóricos que orbitam a 
temática e, sobretudo, relatar as práticas e vivências de sala de aula. 
11474 
 
O referencial teórico que norteou o processo de pesquisa em favor da valorização da 
diversidade cultural e de uma visão comunicacional da educação foi o movimento pela 
Educação Popular de Freire (1982), que preza por uma prática educativa na perspectiva 
dialógica que acolhe a tecnologia, mas, acima de tudo, a capacidade criadora de todo ser 
humano é sempre evidenciada. Assim, o compromisso está em atuar sobre a realidade social 
para transformá-la, ação esta que envolve a interação, comunicação e a ética: 
a ética de que falo é a que se sabe afrontada na manifestação discriminatória de raça, 
de gênero, de classe. É por esta ética inseparável da prática educativa, não importa 
se trabalhamos com crianças, jovens ou com adultos, que devemos lutar. E a melhor 
maneira de por ela lutar é vivê-la em nossa prática, é testemunhá-la, vivaz, aos 
educandos em nossas relações com eles (FREIRE, 1996, p. 8). 
 O autor traz a ética como um elemento inerente da práxis do sujeito, algo 
indispensável à convivência humana, não obstante, a prática educativa precisa contemplar o 
respeito e a lealdade, numa perspectiva de trabalho pela valorização das diferenças e pela 
emancipação social. As possibilidades para a aceitação e conscientização que envolvem a 
realidade dos alunos, professores e comunidade, se inserem no movimento do espaço escolar 
como viabilizador de transformações. 
O espaço da sala de aula se apresenta como o lugar de uma possível ação efetiva, 
reflexões e discussões. Freire (2002) enfatiza a relação intrínseca entre ensinar e aprender, 
pela "[…] compreensão do homem e da mulher como seres históricos e inacabados e sobre 
que se funda a minha inteligência do processo de conhecer, ensinar é algo mais que um verbo 
transitivo-relativo" (FREIRE, 2002, p. 12). 
No exercício de trabalhar maneiras, caminhos, métodos de ensinar e de aprender, 
emerge a dimensão dos significados atribuídos às experiências e a facilitação de relações com 
o outro em sala de aula, onde cada história compõe a rede de saberes e é necessário estar 
atento às suas vozes. A educação busca, assim, desenvolver atitudes de tolerância à 
diversidade cultural, enfatizar práticas multiculturais e estratégias para promover a aceitação 
cultural. Na interação pedagógica, tecnológica e de ação social, surgem alternativas que 
respondemaos dilemas antigos de grupos e classes sociais que sempre estiveram à margem 
dos projetos de desenvolvimento socioeconômicos hegemônicos. 
11475 
 
Tecnologias como meio potencializador do engajamento social: Vozes em Rede 
Reconhecer que na cidade de Salvador existe uma cultura rica e plural, significa 
compreender a sua diversidade étnica e cultural, vinda de diferentes grupos sociais que a 
compõem. Toda esta diversidade é combinada e recombinada, fazendo com que as mais 
diferentes manifestações culturais possam emergir. Entretanto, deve-se também constatar as 
desigualdades no acesso a bens econômicos e culturais por parte dos diferentes grupos sociais, 
onde operam determinismos de classe social, raça e gênero de forma marcante. 
Nesse contexto, Canclini (2003) destaca a importância dos sujeitos sociais, afirmando 
que são as pessoas e suas produções simbólicas que caracterizam os movimentos sociais, 
políticos e culturais da atualidade. Os sujeitos sociais, perante um contexto histórico marcado 
por valores coloniais hegemônicos que se perpetuam até os dias de hoje, buscam através dos 
movimentos identitários, refletirem criticamente a realidade, fazendo com que seus valores 
ético-culturais possam emergir e serem tomados como referenciais de uma sociedade plural. 
A expansão dos movimentos sociais populares na América Latina e entre grupos 
marginalizados, disseminaram um movimento pela releitura de teorias e de procedimentos de 
ação social datadas dos anos 60 (BRANDÃO; STRECK, 2006), motivaram uma série de 
investigações em comunidades populares que iam muito além da coleta de dados, 
promovendo não somente uma ação pedagógica, mas resultaram em projetos de 
desenvolvimento social assumidamente políticos. Nessa investigação-ação participativa, é 
possível notar uma construção do conhecimento em prol da cidadania, na qual Brandão 
(1981) caracteriza a pesquisa como "prática política de compromisso popular", afirmando 
que: 
a ciência, nesse sentido, é produto de um coletivo, colocada a serviço de um projeto 
de sociedade, cuja a referência maior é a libertação e a dignidade de todos, e onde 
pesquisado-pesquisador são sujeitos de um mesmo trabalho comum ainda que com 
situações e tarefas diferentes (BRANDÃO, 1981, p.11). 
A ciência é concebida, deste modo, como meio de transformação da realidade, 
ampliando e potencializando a produção do conhecimento crítico que fortalece as lutas 
sociais. Nesse sentido, compreender as TIC na sua essência é perceber suas articulações com 
o movimento social através do conhecimento, onde os recursos são infinitos e singulares. Os 
jovens, que vivem constantemente influenciados pelo desenvolvimento tecnológico, 
promovem transformações a partir do momento que se percebem como agentes desta 
11476 
 
mudança, destacando a importância do engajamento. O sentido conceitual de engajamento e 
do fazer engajado é definido como: 
[...] é o desafio de engajar-se com um grupo ou grupos de sujeitos, empenhar-se em 
compreender o lugar do outro e, no jogo da vida com outrem, posicionar-se diante 
dos problemas políticos e sociais desse coletivo, conhecer a realidade e imergir nela, 
contagiar-se com o outro, organizar coletivamente ações que podem agregar a escola 
e a comunidade em sua extensão desejante (devir), respeitar e conquistar o respeito 
do coletivo a partir de seus atos e ações, aprender que a comunicação envolve ações, 
falas, escutas, silenciamentos e subversões dos sujeitos da falta nos espaços 
instituídos dentro e fora da escola (HETKOWSKI et all, 2015, p. 304). 
A motivação por fortalecer a participação popular na mídia, amplificar, engajar e 
empoderar as vozes não só dos jovens, mas de diversos grupos minoritários em confluência 
com a ideia de ciência como uma dimensão coletiva e formativa, permitiu o desenvolvimento 
do projeto Vojo. Esta tecnologia que foi desenvolvida no MIT Center for Civic de mídia
3
, 
contou com a parceria da VozMob
4
, VOIP Drupal
5
, e Mirabot Tecnologia Cooperativa
6
, 
sendo uma versão hospedada de distribuição VozMob Drupal, que consiste num projeto 
colaborativo em curso com diaristas, trabalhadores domésticos, estudantes, e uma equipe 
diversificada do Institute of Popular Educação of Southern California (IDEPSCA)
7
. 
A ferramenta permite ao usuário postar histórias em áudio a partir de telefones móveis 
ou telefones públicos, também é possível postar fotos e vídeos a partir de telefones celulares. 
Vojo torna mais fácil para que as pessoas possam compartilhar conteúdos por um baixo custo, 
facilitando as tarefas de configuração e personalização de grupos e comunidades virtuais. 
 
3 O MIT Center for Civic Mídia é um grupo de pesquisa em novas tecnologias que trabalha em parceria com 
diversas comunidades para criar, implementar e avaliar ferramentas e práticas de mídia cívicas de forma 
colaborativa. Coordena, ainda, processos de projeto baseados na comunidade local na área de Boston, nos 
Estados Unidos, e ao redor do mundo. Fonte: https://civic.mit.edu/. 
4
 Vozes móveis (VozMob) é uma plataforma de imigrante e/ou trabalhadores de baixa renda de Los Angeles 
(EUA) que tem por objetivo a produção de histórias sobre suas vidas e comunidades feitas diretamente de 
telefones celulares. O VozMob funciona através de um sistema de gerenciamento de conteúdo, sendo uma versão 
personalizada do Drupal, software popular livre e de código aberto que continua sendo desenvolvido e 
aprimorado. Fonte: http://drupal.org/project/vozmob. 
5 VoIP Drupal é uma estrutura que integra a voz e Internet-telefonia para Drupal sites. Ele pode ser usado para 
construir aplicações híbridas que combinam telefones de discagem por tom regulares, web, SMS, Twitter, 
mensagens instantâneas e outras ferramentas de comunicação em uma variedade de formas, tendo o objetivo de 
fornecer um sistema de API e de script comum que podem inter-operar com servidores de Internet e de telefonia 
populares (Asterisk, FreeSwitch, Tropo, Twilio, etc), reduzindo drasticamente os custos de aprendizagem e 
desenvolvimento associados com a construção da comunicação unificada sistemas que combinam tecnologias de 
voz e texto juntos. Fonte: https://www.drupal.org/project/voipdrupal 
6 Mirabot Tecnologia Cooperativa é uma cooperativa de produção de websites, fornecendo ainda serviços de 
comunicação para ONGs, e organizações que tem como foco os movimentos sociais e/ou ambientais. Fonte: 
https://www.mirabot.coop/ 
7
IDEPSCA é uma organização sem fins lucrativos baseada na comunidade, cujo objetivo é difundir o 
protagonismo político, cultural e economicamente na comunidade latina no Sul da Califórnia, usando 
metodologia de educação popular, promovendo o desenvolvimento de soluções coletivas para os problemas da 
comunidade. Fonte: http://idepsca.org/ 
11477 
 
Destaca-se assim, o sentido de ciência trazido por Brandão (2006), no qual a confiabilidade 
não está no rigor positivo, neutro ou objetivo, "mas na contribuição de sua prática na procura 
coletiva do conhecimento que tornem o ser humano não apenas mais instruído ou sábio, mas 
igualmente mais justo, livre, crítico, criativo, participativo, corresponsável e solidário" (2006, 
p. 24). 
As comunidades criadas a partir do projeto-piloto VOJO.CO tem se estendido pelos 
EUA e na América Latina, criando uma múltipla teia de/entre pessoas, histórias e saberes. No 
Brasil, a iniciativa se deu por meio do Instituto Mídia Étnica (IME)
8
, com o projeto 
Quilombos no Brasil, que utiliza a tecnologia para capacitar os jovens quilombolas da 
comunidade de Ilha de Maré (Salvador – Bahia), ajudando-os a identificar e denunciar 
violências ambientais. A proposta IME ainda está em andamento e tem como objetivo replicar 
as atividades em outras comunidades com pouco ou nenhum acesso à internet, em áreas 
remotas rurais, grupos indígenas, trabalhadores sem terra e outros grupos marginalizados.Na Escola Municipal de Nova Sussuarana, a tecnologia Vojo foi associada a uma série 
de outras temáticas, com o objetivo de consolidar, nos alunos, percepções sobre a importância 
da cultura local para o estabelecimento de vínculos que respeitam e valorizam a diversidade e 
o lugar onde vivem. Durante as oficinas, as percepções sobre a diversidade cultural se 
articulavam e a produção de significados se manifestava das mais diferentes formas, numa 
experimentação tecnológica que permitiu o pensar e o refletir. 
A partir da cultura, é possível também compreender como o espaço é constituído a 
partir de vivências de cada indivíduo que caracterizam os modelos de vida na coletividade, 
evidenciando a multiplicidade de relações culturais com o lugar. Na busca por uma produção 
coletiva de conhecimento emancipatório e reflexivo, potencializadas pelo uso das Tecnologias 
da Informação e Comunicação, os alunos tiveram a oportunidade de utilizar o celular com 
diferentes propósitos e interagir com diferentes tecnologias (figura 1), além de uma receber 
uma formação técnica necessária produzir conteúdos e narrativas. 
 
 
 
 
 
 
 
8 O Instituto de Mídia Étnica é uma organização da sociedade civil que realiza projetos para assegurar o direito 
humano à comunicação e o uso das ferramentas tecnológicas pelos grupos socialmente excluídos, especialmente 
a comunidade afro-brasileira. Fonte: http://midiaetnica.ning.com/ 
11478 
 
Figura 1 – Oficinas realizadas na Escola Municipal de Nova Sussuarana em 2014 
 
Fonte: Banco de Imagens do GEOTEC. 
 
Oficinas sobre cultura popular, história oral e o jornalismo voltado à internet foram 
realizadas numa perspectiva educacional, na qual o lugar foi tomado como um "território 
cultural" de afirmação da diversidade. A utilização das TIC, nesse sentido, buscava 
potencializar o sentimento de pertencimento e identificação dos alunos com e o seu respectivo 
lugar, por meio de histórias compartilhadas, através do registro dos fatos e das suas 
correlações com a cultura. 
A cultura pode, nesse ínterim, ser compreendida como "processo de reconhecimento 
de si mesmo na presença do outro" (SODRÉ, 2012), proposição esta que perpassa 
fundamentos educativos, da memória social e da socialização. Reverberando a importância 
dos "territórios culturais" como pontos de referência para a memória dos indivíduos, uma vez 
que as lembranças destes "lugares" são relevantes para os sujeitos e geram o sentimento de 
pertencimento entre seus membros, fortalecendo as redes. Segundo Meneses (1992), as redes 
de inter-relações baseadas em um suporte de comunicação, permitem um acesso permanente 
às histórias dos sujeitos, já que criam registros das informações referentes à memória social 
dos seus membros: 
[...] é um sistema organizado de lembranças cujo suporte são grupos sociais espacial 
e temporalmente situados. Melhor que grupos é preferível falar de redes de inter-
relações estruturadas, imbricadas em circuitos de comunicação. Essa memória 
assegura a coesão e a solidariedade do grupo e ganha relevância nos momentos de 
crise e pressão. Não é espontânea: para manter-se, precisa permanentemente se 
reavivada. É, por isso, que é da ordem da vivência, do mito e não busca coerência, 
unificação. Várias memórias coletivas podem coexistir, relacionando-se de múltiplas 
formas (MENESES, 1992, p. 15). 
Assim, as experiências interativas de produção de histórias em áudio com a tecnologia 
Vojo foram além dos produtos finais, já que tinham foco também no processo. O registo das 
11479 
 
histórias permitiu ampliação das redes dos alunos da escola, potencializando as práticas 
sociais e a preservação da diversidade cultural dos sujeitos. Ao refletir sobre a diversidade 
cultural, os estudantes consideraram os diferentes espaços de comunicação e suas dimensões 
socioculturais no bairro onde vivem. Identificaram que o "seu lugar" era constituído por 
moradias em meio a construções comerciais, permeados por suportes imagéticos de 
publicidade, pichações, pessoas e veículos, compondo os significados simbólicos do mundo 
urbano. 
No diálogo com os sujeitos da pesquisa, emergem os desejos, frustrações, interesses, 
linguagens, valores, modo de percepção e expressão, no exercício de atribuição de 
significados ao território cultural, revelando como suas ações são empreendidas no sentido de 
que o bairro deixe de ser um mero lugar para ser reconhecido como seu, articulado no 
contexto vivencial desses jovens. Estar com amigos, familiares, formas de lazer, moda e 
consumismo, uso de computadores e da internet, jogos eletrônicos e uma grande quantidade 
de temáticas vão se entrelaçando como atividades culturais e cotidianas que acontecem nas 
ruas, praças, lanchonetes, pontos de ônibus, festas e na escola. 
Nessa teia informacional aparentemente ambígua, os percursos culturais sobre o bairro 
da Nova Sussuarana foram traçados para que as histórias das vivências desses jovens fossem 
compartilhadas a partir de seus próprios contextos culturais cotidianos, com suas próprias 
vozes. Durante todo o processo de pesquisa, meninos e meninas entre 11 e 14 anos, riam entre 
si, demonstravam habilidades no uso de dispositivos tecnológicos (celular, filmadora, câmera 
fotográfica), numa atmosfera de forte senso de pertencimento grupal. 
As concepções construídas sobre a diversidade cultural do bairro de Nova Sussuarana 
foram as mais variadas. Numa das atividades, os alunos deveriam listar manifestações 
culturais existentes no bairro, identificar o lugar onde estas ocorriam e posteriormente contar 
histórias sobre esses lugares. Capoeira, candomblé, samba e partido alto, grafitti e pichações, 
artesanato, futebol, dominó, baile funk, balé e o Hip Hop foram as principais manifestações 
identificadas pelos alunos. 
Ao se referir aos lugares e relacionar com as manifestações culturais, entrelaçavam-se 
experiências de felicidade e lembranças positivas, indicando que os alunos se sentiam 
acolhidos e familiarizados. As histórias pessoais vinculadas diretamente aos lugares foram 
muitas, bem como as interpretações de ordem simbólico-culturais. Os jovens citaram a praça 
do fim de linha, a barbearia, a padaria, a lan house, as ruas, escadarias e vielas, o centro 
comunitário, o campo de futebol próximo à Avenida Gal Costa (Salvador- Ba), chamada 
11480 
 
pelos alunos de "Pistão" devido a extensão da avenida, foram um dos principais territórios 
culturais, conforme relato: 
isso é uma favela. Eu gosto, eu nasci aqui. Eu acho esse lugar bonito porque tem um 
monte de casa e tem várias árvores. Eu gosto de morar aqui porque tem muita coisa 
boa, tem lan house, muitas lojas, tudo é perto, aqui é legal e divertido. O campo de 
futebol melhor que tem fica lá no pistão. Lá que tem o baba de saia, tá ligado? E o 
baba de saia faz parte da cultura daqui. É assim, ó, os homens se vestem de mulher 
pra jogar bola, é muito engraçado, passam batom e tem gente que usa até peruca. Eu 
nunca me vesti de mulher não, mas sempre que tem, vou assistir com o pessoal de lá 
da rua. Meu primo se veste de mulher, mas ele nem sabe jogar bola direito, sempre 
perde gol (ALUNO 11, 14 ANOS). 
Dessa perspectiva, é possível notar como o conhecimento é permeado por um 
autoconhecimento e pela historicidade dos sujeitos no seu espaço de vivência. A partir da 
realidade mais próxima do sujeito que é seu bairro, é possível estimular a observação e a 
análise crítica da diversidade cultural existente em seu cotidiano, podendo conduzi-lo ao 
desenvolvimento de novas atitudes a partir do seu lugar de vivência, já que o respeito à 
identidade cultural é uma dimensão fundamental da prática educativa. Assim, surgem as 
possibilidades para que os jovens se percebam como ser social e histórico, comunicante, 
transformador, criador, engajado e que sua voz pode e precisa ser ouvida, compartilhada. 
ConsideraçõesFinais 
As pessoas são resultados das histórias que constroem, assim, o caráter socializante da 
escola precisa ser utilizado como um potencial para que essas sejam contadas e registradas. 
Ao longo dessa pesquisa, esse potencial foi evidenciado, tanto do ponto de vista social e 
acadêmico quanto do cultural e histórico para a comunidade de Nova Sussuarana. Desta 
forma, o processo se estabeleceu âmbito das relações entre os sujeitos da pesquisa, escola e 
universidade (UNEB), trazendo pistas para novas formas de pensar a educação, com base na 
utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação e buscando a valorização das 
diversidades culturais existentes na cidade de Salvador. 
As contribuições desta investigação-ação participativa na rede básica de ensino e os 
seus desdobramentos, representam a essência deste estudo, com muitas descobertas e pistas 
para o trabalho em grupo. Aproximar os diálogos sobre a diversidade cultural de dispositivos 
tecnológicos no ambiente escolar é ampliar as possibilidades de aprendizado, reconhecer a 
importância da tecnologia para a criatividade e a cooperação entre alunos, e compreender que 
os dispositivos tecnológicos estão ligados diretamente e definitivamente às dinâmicas sociais. 
11481 
 
O espaço de diálogo aberto pela pesquisa leva à participação dos sujeitos, envolvendo 
dinâmicas culturais e sociais em suas histórias. Assim, constituem-se ricas construções 
coletivas, cujas práticas e conhecimentos gerados vêm imbuídos da incorporação da 
diversidade de ideias que acorrem diversidade cultural e as relações com o outro. 
Possibilidades estas que refletem saberes distintos, que dificilmente são considerados e que 
podem trazer avanços em práticas educacionais que incorporem um “saber fazer” próprio e 
eficaz. A educação popular pensada por Freire (2002) articula-se nesta prática, já que preza 
por refletir e questionar os fatos sociais, para justamente transformá-los junto com aqueles 
sujeitos constituídos no processo. 
É, portanto, no lugar onde vivem que os sujeitos são elementos ativos do seu processo 
de engajamento, potencializado por sua relação com o outro. Por meio de suas histórias sobre 
seus territórios culturais, estabelecem interações, articulações que propagam e ampliam suas 
vozes entre diversas pessoas, comunidades e lugares. As redes que se forma nesse caminho, 
sobretudo aquelas que se voltam para criação solidária de saberes sociais, e o Vojo através do 
seu formato que preza por uma comunicação inovadora e de baixo custo, vem 
progressivamente se efetivando em importantes espaços, como foi o caso da Escola Municipal 
de Nova Sussuarana, contribuindo a projeção das falas desses jovens e de suas histórias 
culturais. 
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