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Resenha - filme Doze Homens e uma Sentença

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UNIVERSIDADE ANHAGUERA EDUCACIONAL 
 
 
 
 
 
DIREITO 1º SEMESTRE 
Disciplina: Teoria da Argumentação Jurídica. 
 
ÁDILA BEATRIZ RAMOS MACHADO POLLI – RA: 381184064139 
DANIELA CANDIDO DE BARROS SILVA – RA: 369998464139 
 
 
 
 
 
 
RESENHA CRITICA DO FILME DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Piracicaba/SP 
2020 
Resenha Critica do Filme Doze Homens e uma Sentença 
 
O filme retrata o julgamento de um jovem que acabará de completar 18 anos 
e está sendo acusado de matar o próprio pai a facadas após uma briga, e a decisão 
referente à sentença para o caso está nas mãos de doze jurados convocados 
aleatoriamente na sociedade civil pelo Tribunal Norte Americano. Após seis dias de 
explanação da defesa e acusação sobre os fatos o juiz solicita o veredito aos 
jurados, enfatizando que se caso o acusado for considerado culpado será 
sentenciado a pena de morte, e a forma de execução dará via cadeira elétrica. 
Diante de tamanha responsabilidade os jurados são direcionados para uma 
sala reservada com o objetivo de decidirem sobre a culpa ou inocência do acusado, 
um deles é designado presidente dos trabalhos e organiza a mesa na sequencia de 
acordo com a numeração atribuída a cada jurado, e inicia a conversa propondo uma 
votação através de cédulas, a maioria dos presentes se dizem convictos da culpa do 
acusado e sem mais delongas partem para votação com objetivo de definirem 
rapidamente a sentença e retornarem a vida habitual, porém para a surpresa dos 
demais o jurado ao qual foi lhe atribuído o numero, oito usa seu voto para inocentar 
o jovem, e imediatamente é pressionado a seguir o voto da maioria, porém o mesmo 
se diz não estar convencido dos fatos descritos, e propõe que o deixem dividir com 
eles suas reflexões sobre o caso e que se depois disso os onze jurados não 
mudarem de opinião ele votará de acordo com os demais. 
A partir da situação supracitada inicia-se uma discussão calorosa, os onze 
jurados confrontam o jurado de numero oito mencionando que os depoimentos das 
testemunhas, em especial de uma mulher que reside em frente à casa da vitima, 
tendo como separação entre as mesmas apenas a linha do trem, e de um idoso que 
reside no andar de baixo da casa dos envolvidos confirmam a culpa do acusado, 
visto que a mulher diz que no dia do assassinato teve dificuldades para dormir e por 
volta das 24 horas ao levantar-se rapidamente presenciou através de sua janela e as 
dos vagões que passavam naquele momento o jovem matando o pai com uma faca, 
e o idoso disse que nesse mesmo horário ouviu o acusado dizendo que iria matar o 
pai e em seguida o barulho do corpo da vitima caindo ao chão, sem contar que um 
comerciante relata ter vendido ao jovem a suposta faca utilizada para cometer o 
crime, ressaltando ser um modelo exótico e de difícil acesso, sendo a única faca que 
tinha em sua loja, e jovem parecia manuseá-la muito bem. 
O jurado de número oito argumenta que todos precisam estar cientes que 
estão decidindo sobre a vida de um ser humano, e devido a isso devem analisar os 
fatos com seriedade e de formas minuciosa, buscando nas entrelinhas entender de 
fato o que ocorreu naquela noite, e que se forem votar de acordo apenas pelo que 
foi dito sem levar em consideração as circunstancias que permeiam o caso poderão 
condenar a morte um inocente, e analisando os fatos com cautela ficou em duvida 
sobre diversos pontos, o primeiro deles a questão que seria difícil adquirir uma faca 
daquele modelo, sendo que com apenas duas horas que andou pelas redondezas 
da casa do réu conseguiu comprar com facilidade uma faca idêntica, segundo ponto 
é pouco provável uma pessoa em idade avançada ter conseguido ouvir mesmo com 
o barulho estarrecedor de um trem passando tão próximo a sua casa, outros tipos de 
sons, quem dirá a voz do jovem dizendo que iria matar o pai. Esta fala repercute no 
posicionamento de alguns jurados que deixam o senso comum de lado e passam a 
também analisar a dinâmica do crime e como consequência mudando o seus votos, 
passando a considerar o acusado inocente, o que aguça a indignação de outros que 
tentam embasar o voto a favor da culpa marginalizando o réu pelo simples fato dele 
ser pobre e morar em uma favela. 
Seguindo com as discussões sobre os fatos o jurado de numero oito faz uma 
suposta reconstituição sobre a cena do crime e consegue colocar em evidencia 
novamente a existência de contradição na versão das testemunhas sobre a 
dinâmica do crime, e através de mais alguns argumentos consegue finalmente apoio 
de todos os jurados para inocentar o réu, baseando-se na premissa da duvida. 
Diante do exposto o filme reforça a importância da argumentação no âmbito 
jurídico como uma fonte de persuasão e convencimento, e demonstra a fragilidade 
da justiça em relação à imparcialidade, quando colocado em confronto à visão sobre 
a sociedade, os valores, preconceitos e opiniões pessoais de cada sujeito inserido 
em um júri.

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