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CIRCULAÇÃO CORONARIANA ANATOMIA ✓ Da aorta saem as duas principais coronárias que vão irrigar o coração: artéria coronária esquerda e artéria coronária direita. ✓ A coronária direita irriga o ventrículo e o átrio direito, a coronária esquerda se divide em circunflexa e descendente anterior que irrigam o ventrículo e átrio esquerdo. ✓ O coração é nutrido pelas artérias coronárias, porém produz substâncias que devem ser drenadas, e é feito através das veias coronárias. ✓ As veias coronárias desembocam no seio coronariano que desemboca no átrio direito. CIRCULAÇÃO CORONARIANA ✓ A drenagem e a irrigação da circulação coronariana são feitas basicamente como em qualquer tecido, as artérias se transformam em arteríolas que se transformam em capilares onde ocorre a maior troca de nutrientes. Os capilares se transformam em vênulas, veias e drenam para o seio coronariano e do seio vai para o átrio direito. ✓ Essa drenagem pode desembocar em outras cavidades cardíacas, por exemplo, as artérias coronárias podem se transformar em vasos arterioluminais que desembocam diretamente nas câmaras cardíacas. Além disso, as artérias podem se transformar em arteríolas, depois em capilares e logo após em veias de Tebésio desembocando diretamente nas câmaras cardíacas. ✓ Fluxo coronarino (fc): 250ml/min (5% do debito cardíaco). ✓ Extração de oxigênio em repouso – 75%. FATORES QUE INFLUENCIAM O FLUXO CORONARIANO ✓ Fatores físicos - constrição da própria artéria, viscosidade sanguínea, o atrito que o sangue sofre ao passar pelo vaso, fator miogênico. ✓ Fatores metabólicos – são os principais fatores, é dado por consumo, quanto maior o consumo de oxigênio do coração, maior a produção de metabólitos que serão vaso ativos, como a adenosina que é vasodilatador/vasoativo aumentando o fluxo coronariano. ✓ Fatores neurais – a ação simpática e parassimpática. FATORES FÍSICOS ✓ O fator primário responsável pela perfusão no miocárdio é a pressão aórtica gerada pelo próprio coração. ✓ Compressão extravascular coronariana – contração e relaxamento do músculo cardíaco. Quando ocorre uma sístole, o fluxo diminui, quando ocorre uma diástole, o fluxo aumenta. A pressão ventricular esquerda é maior no endocárdio e menor no epicárdio, no entato, em condições normais esse gradiente não afeta o fluxo; pois o maior fluxo para o endocárdio durante a diástole compensa o maior fluxo para o epicárdio na sístole. Tônus dos vasos de resistência endocárdicos menor do que nos vasos epicárdicos. ✓ Viscosidade sanguínea – a viscosidade representa a fluidez ou resistência interna do sangue e depende de sua composição. O aumento da viscosidade diminui o fluxo sanguíneo, principalmente na microcirculação. ✓ Resistência friccional da parede do vaso – o fluxo sanguíneo é alinhado e contínuo. O fluxo é zero próximo às paredes dos vasos e é máximo no centro ao longo do eixo do vaso sanguíneo. O fluxo laminar é caracterizado por um perfil de velocidade parabólica através do vaso. FATORES METABÓLICOS ✓ São os fatores do metabolismo do próprio coração, como o gás carbônico, oxigênio, ions potássio, ions H+ e adenosina. ✓ Quanto maior a atividade metabólica, maior o fluxo coronariano. ✓ Responsáveis pela autorregulação independente da inervação, pois quanto mais o coração trabalha, mais aumenta a produção de adenosina e todos os fatores vasodilatadores gerando um aumento do fluxo devido ao aumento do vaso arteriolar. ✓ Hiperemia reativa – quanto mais trabalha, mais produz adenosina, mais aumenta a luz do vaso, maior então o fluxo coronariano. ✓ Quando a carga de trabalho miocárdica está elevada, há um acúmulo dos metabólitos vasoativos e hiperemia reativa secundária. ✓ Entre os fatores implicados na hiperemia reativa: hipóxia produzindo adenosina (vasodilatador), bradicinina, prostaglandinas, ions potássio, ions hidrogênio, gás carbônico, oxido nítrico e lactato. FATORES NEURAIS ✓ Os fatores neurais que controlam o coração são dados pela atividade simpática e parassimpática. ✓ O sistema simpático inerva o marcapasso e o músculo do coração, quando ocorre uma estimulação simpática há um aumento da frequência do coração por estimulação do nódulo sinoatrial e aumento da força de contração do coração. ✓ O sistema parassimpático inerva apenas o nódulo sinoatrial e nódulo atrioventricular, diminuindo apenas a frequência cardíaca do coração. ✓ Ação beta-adrenérgica do sistema simpático: aumenta o cronotropismo (tempo de contração) e inotropismo (força de contração). ✓ Ação alfa-adrenérgica do sistema simpático: promove a vasoconstrição arteriolar. ✓ A estimulação do nervo vago dilata ligeiramente as coronárias. Obs: a estimulação simpática tenderia a diminuir o fluxo coronariano, porém promovem a dilatação das artérias coronarianas por aumentar o consumo de oxigênio que diminui a concentração de oxigênio e aumenta a adenosina. A adenosina vasodilata e aumenta o fluxo coronariano, a ação metabólica acaba se sobrepondo a ação neural. FATORES QUÍMICOS E NEURAIS EM RELAÇÃO AO TEMPO DE DIÁSTOLE E SÍSTOLE ✓ Taquicardia – menor tempo de diástole, maior restrição do influxo coronariano, porém aumenta a atividade metabólica, maior vasodilatação e maior fluxo coronariano compensando a diminuição do tempo de diástole. ✓ Bradicardia – maior tempo de diástole, diminuindo a restrição do influxo coronariano, diminuindo a vasodilatação e o fluxo coronariano. RESUMO CORRELAÇÃO CLÍNICA – CORONARIOPATIA ✓ Doença causada pela deposição de gordura na camada íntima do endotélio. ✓ Reduz o fluxo da artéria coronariana, o miocárdio irrigado torna-se hipóxico e acumula “fator P” que são íons de potássio. Esse potássio causa irritabilidade e estimula fibras nervosas que sentem dor, resultando na angina (dor no peito). ✓ Se a isquemia for muito intensa ou prolongada ocorre o infarto, algumas alterações no miócitos são irreversíveis. ✓ Depois que ocorre hipoxemia, o músculo coração libera CK(MB) e LDH que são enzimas que devem ser drenadas ou colhidas dando o diagnóstico de infarto. ✓ Alterações no eletrocardiograma. ✓ Tratamento: vasodilatadores, reperfusão (angioplastia) e trombolíticos.