Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS FÁRMACOS INTRODUÇÃO Onde acontece a pesquisa de novos fármacos? Acontece dentro das indústrias farmacêuticas e principalmente nas universidades. Julgamento de Nuremberg – 1947 - considerado um dos responsáveis por regulamentar a experimentação científica e defender a beneficência em prol de seres humanos envolvidos em pesquisas. Tuskegee, Estado do Alabama 1932/1972 - Estudo da sífilis - pesquisadores brancos usaram 100 negros e os induziram a terem sífilis e observaram por 40 anos. A PESQUISA E OS NOVOS FÁRMACOS A maioria dos fármacos surgiu no último século. Revolução na prática médica – últimos 60 anos - tratamento de doenças intratáveis; - descoberta de quimioterápicos, antibióticos e vacinas. DESCOBERTA DOS FÁRMACOS Quando se identifica um novo alvo de fármaco ou molécula promissora, começa – se um processo de mudança de laboratório de ciências básicas para ciência clínica. Todo esse processo envolve pesquisa, a qual temos as etapas pré-clínicas (animais) e as etapas clínicas (humanos) que se divide em fase I, fase II, fase III e fase IV. Depois que se identifica a molécula química, há uma gama de experimentos para definir o perfil farmacológico da droga. A pesquisa básica envolve a síntese, testes e escrutínio, após essa etapa submete-se o projeto ao comitê de ética em pesquisa com animais de laboratório. Se o projeto for aprovado, inicia a fase de pesquisa pré-clínica. Nessa fase, são realizados vários ensaios de segurança (principalmente a toxidade aguda, subaguda e crônica). Começa depois os testes clínicos, divididos em 4 fases: na fase I (pacientes sadios), fase II (pacientes com doença alvo), fase III (monitoramento dos efeitos em humanos) e fase IV (vigilância pós comercialização). FATORES DE CONFUSÃO EM ESTUDOS CLÍNICOS ✓ A história natural viável da maioria das doenças ✓ A presença de outras doenças e fatores de risco ✓ Viés de sujeito e observador ✓ Adesão → A maioria dos pacientes responde de maneira positiva a intervenção terapêutica por pessoal médico interessado e cuidadoso – resposta placebo. → Para evitar o viés do sujeito (resposta placebo), deve – se realizar o método simples cego. → Para evitar o viés do observador deve-se realizar o método duplo cego. ESTUDOS DE FÁRMACOS – OS TIPOS DE EVIDÊNCIAS ✓ Estudos epidemiológicos analíticos Consiste em observações planejadas para testar uma hipótese especificada. ✓ Estudos epidemiológicos de coorte Utilizam populações de pacientes que foram expostos ao agente em estudo e não foram grupo controle. Identificando se o grupo exposto mostra incidência mais alta ou mais baixa do efeito. ✓ Estudos epidemiológicos caso-controle Utilizam populações de pacientes que apresentam o ponto de desfecho em estudo e perguntam se foram expostos ou não aos fármacos em questão. ✓ Metanálises Utiliza avaliação rigorosa e agrupamento de estudos semelhantes para aumentar o número de sujeitos estudados e consequentemente a estatística de resultados obtidos em estudos publicados. ✓ Ensaios controlados randomizados APROVAÇÃO DOS FÁRMACOS – ENSAIOS CLÍNICOS ✓ Informações sobre a composição e fonte do fármaco ✓ Informações químicas e de fabricação ✓ Dados de estudos em animais ✓ Nomes dos médicos que conduzirão os ensaios FASES DOS ENSAIOS CLÍNICOS ✓ Fase I – segurança e toleralidade Realizados em centros de pesquisa, curta duração e com voluntários sadios, número reduzido de participantes (20-100). ✓ Fase II – eficácia e faixa de doses Realizados em centros clínicos especiais (hospitais universitários), voluntários com a doença alvo em estudo (100-200 participantes), duração entre 6-24 meses. ✓ Fase III confirmação da eficácia 1000-6000 participantes (doentes), efeitos adversos extremamente monitorados, duração entre 3 a 5 anos, são utilizadas técnicas “duplo-cegas” e “cruzadas”. ✓ Fase IV – farmacovigilância Compreende o monitoramento da segurança do novo fármaco sob condições reais de uso, em grande número de pacientes.
Compartilhar