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Fígado Ruptura – trauma • Completa: é quando rompe a cápsula do fígado • Incompleta: quando não rompe. Fígado é bem vascularizado: Veia porta e artéria hepática. • Traumática: atropelamento, espancamento, queda. • Espontânea: lesão prévia que torna o órgão frágil e qualquer pressão leva a ruptura, ex.: degeneração gordurosa; Macroscopia: ruptura e presença do coágulo, palidez. Consequências – hemorragia hepática, hemoperitônio CÉLULAS DE ITO Periferia dos sinusoídes - Está localizado entre os sinusoides e o hepatócito, no espaço de Disse. Função: produção da vitamina A; Quando há uma lesão no órgão e quando é estimulado a regeneração, as células de Ito se diferenciam em miofibroblastos começa a sintetizar colágeno tipo I e tipo III, o fígado é rico em fibras reticulares que é formada por colágeno. Essas células irão produzir excessivamente o tecido conjuntivo fazendo a substituição do hepatócito pelo tecido conjuntivo. Degeneração O fígado é um dos órgãos comprometidos nesse processo por causa da função que exerce. • Degeneração turva Por água A principal causa é por processos tóxicos ou toxi- infecciosos que vão causar um processo de hipóxia. A hipóxia compromete a bomba de sódio e potássio fazendo com que entre mais água na célula. Consequências: vai diminuir a função da célula hepática Macroscopia: Mais volumoso, menos firme, superfície de corte de cor cinza-parda, ao corte as bordas não se justapõem, mais claro, aspecto carne cozida. Microscopia: formato arredondado do hepatócito, perde o enfileiramento. • Degeneração hialina Depósito de proteína dentro da célula. Observada na cirrose e na inflamação crônica. Quanto mais conteúdo há dentro da célula, o órgão vai aumentar de tamanho. Macroscopia: órgão aumentado; Microscopia: material presente no citoplasma róseo, uniforme e brilhante • Esteatose Acúmulo de gordura; Causas: Sobrecarga de gordura na alimentação do animal, não funcionamento adequado produção excessiva de lipídios e não consegue se ligar todos a proteína para formar a lipoproteína ou a produção de lipídios está normal, mas há baixa na produção de proteínas e não tem proteína suficiente para se ligar e retirar o lipídeo da célula Macroscopia: Aumento de tamanho, bordas arredondadas, alteração na cor. Microscopia: gordura acumulada dentro do citoplasma em forma de gotículas, pode ser o núcleo no centro com várias gotículas ou uma gotícula só e comprime o núcleo para periferia (anel de cinet) ➢ Amiloidose Não se deposita dentro da célula, não é degenerativo. Associada a processos de resposta imune prolongada, doenças autoimunes. Macroscopia: aumento de tamanho; Microscopia: acumulo entre as células. Necrose Causas: toxinas bacterianas, vírus, protozoários, consequências de degenerações, substâncias químicas, deficiência de metionina, cistina, vitamina E, isquemias. Classificadas de acordo com a posição delas no lóbulo hepático (formato de hexágono, periferia – veia porta, artéria hepática e ducto biliar, há mistura de sangue nos sinusoides, os sinusoides vão em direção a veia centrolobular) 1. Centrolobular: A mais frequente, a necrose é mais próxima da veia centrolobular do que na periferia. A tensão de CO2 é maior na centrolobular em relação a periferia. A veia porta é maior que a artéria, à medida que o sangue vai passando pelo hepatócito, os hepatócitos aproveitam o oxigênio. Microscopia: desaparecimento dos hepatócitos, surgindo pequenas hemorragias. Na periferia da necrose, células com esteatose e degeneração hidrópica. Macroscopia: diminuição do volume, amarelado na periferia e avermelhado no centro. Aspecto de noz moscada 2. Mediolobulares Raras 3. Perifericolobulares Intoxicação pelo fósforo Consequências (evolução) Se retirar a causa: regeneração normal por mitoses; Regeneração anormal: nódulo de regeneração e fibrose Necroses difusas Necrobacilose: Fusobacterium necrophorum Entero-hepatite: Histomona meleagrides Pigmentação Exógenas e endógenas Lipofucina: Com o envelhecimento das células o material começa a se acumular no citoplasma dando cor a célula, isso só indica que é um animal adulto ou idoso – atrofia parda do fígado por que o órgão fica marrom, Melanina: Melanoses, deposito excessivo de melanina Hemoglobina: hemossiderina (causa: anemia infecciosa equina, Haemonchus contortus, deficiência de cobre), bilirrubina e porfirina Distúrbios circulatórios • Teleangiectasia Dilatação dos sinusoides Macroscopia: superfície do órgão áreas deprimidas com coloração arroxeada, contornos irregulares, Microscopia: sinusoides dilatados Acontece em qualquer espécie, mas é mais comum em bovinos • Congestão passiva Causas: lesão cardíaca Macroscopia: tumefeito, cor vermelho escuro, quando seccionado deixa fluir quantidade grande de sangue Fases mais avançadas aspecto de noz moscada Fases finais fibroses centrolobulares • Hemorragias Por rhexis: fatores traumáticos ou parasitários, infartos – raros – hemoglobinúria bacilar Cirrose Ocorre destruição do hepatócito mesmo com a capacidade regenerativa deles, não consegue mais substituir os hepatócitos que morreram e ocorre fibrose. Processo crônico e atrofia – reduz número e tamanho das células; As células de Ito – uma vez que no fígado há um estimulo para regeneração, elas atuam como miofibroblastos e produzem colágeno, causando fibrose hepática Causas: o Processo degenerativo – necrose; o Deficiências nutricionais (proteínas, metionina) – par a liberar o lipídio da célula precisa de proteínas; o Plantas tóxicas – alcaloides pirrolizidinicos: Senecio spp, Crotalaria spp; o Hepatotoxinas: Drogas anticonvulsivantes, tais como primidona – uso contínuo o Congestão passiva crônica – as células hepáticas vivem numa tensão menor de oxigênio, porque é o último órgão que passa a circulação antes de passar para o coração, principalmente lesão cardíaca no ventrículo direito o Parasito – Taenia hydatigena, Ascaris lumbricoides, fascíola hepatica. o Colangites – processos inflamatórios no sistema de drenagem biliar. Macroscopia: Órgão diminuído de tamanho, endurecido (porque substitui o hepatócito por tecido conjuntivo), superfície com elevações em forma de grânulos pequenos ou de nódulos (nódulos de hiperplasia – as células funcionais se multiplicam para manter o funcionamento do órgão). Microscopia: Aumento no número de hepatócitos, perde a arquitetura lobular (hepatócitos em fileira), fibrose (deposito excessivo de colágeno), hiperplasia dos ductos biliares. Tipos de cirrose (relacionada com o local em que ocorre) • Portal : Comprometimento no sistema porta (veia porta, artéria hepatica e ductos biliares); Mais frequente Se houver alteração da circulação ou se houver aumento da circulação de CO2 nas células vai ter um processo degenerativo, necrose e as células viáveis irão se multiplicar. • Intralobular: Dentro do lóbulo, deficiência de metionina e proteínas, altera função do hepatócito • Biliar: Bile em excesso, os derivados da hemoglobina são tóxicos. O animal ictérico – lesão no fígado • Glissoniana : Limitada a cápsula do fígado, se tem uma lesão na cápsula causa compressão no parênquima, atrofia; • Cardíaca ou Centrolobular: Degeneração e necrose, lesão do coração que compromete o fígado. Consequências Icterícia – porque reduz o tamanho do órgão, leva a compressão do ducto biliar e o acúmulo da bile. Hipovitaminose A: células de Ito param de produzir a vitamina A pra produzir colágeno. Produção inadequada de protrombina. Fotossensibilidade – lesão hepática (o animal ingere a planta, a clorofila é convertida em filoeritrina no rúmen, quando chega no fígado a bile metaboliza a filoeritrina e libera,o animal com lesão hepatica não consegue metabolizar a filoeritrina e esta vai para corrente sanguínea causando a fotossensibilização). Ocorre quando a planta possui uma substância fotossensibilizante e quando os animais tem deficiência na metabolização da porfirina Congestão passiva – o animal que está com o fígado diminuído de tamanho cria na circulação de retorno uma força de resistência, há menor quantidade sangue passando e acumula nos órgãos anteriores (baço, estômago, intestinos, pâncreas) provoca distúrbios digestivos porque vai fazer com que esses órgãos diminuam a função deles (porque nos órgãos vai haver diminuição de O2 porque vai aumentar a circulação venosa) degeneração turva. Ascite – A força de resistência no retorno, aumento da pressão hidrostática no lado venoso, há extravasamento de líquido para cavidade abdominal. Inflamação Hepatites Principais vias de entrada: Veia porta, artéria hepatica e vasos linfáticos, veia umbilical, cavidade peritoneal, ductos biliares, contato direto Causas: Alimentação; Medicamentosa; Infecciosa : o Bacterianas: Fusobacterium necrophorum, Campylobacter fetus, corynebacterium o Virais: hepatite infecciosa canina, herpes vírus equino 1, herpes vírus canino o Fungo: Histoplasma capculatum Septicemia: leucócitos nos sinusoides Tóxica o Alcaloides pirolizidinico o Aflatoxinas: Aspergillus flavus o Esperodesmina: Pithomyces chartarum o Microcystus aeruginosa o Ferro e cobre – dado em excesso ao animal Consequências Agente - causa dano – altera a circulação - edema – exsudato – diminuição da função. Hiperplasia: células de kupffer (macrófago espumoso – é o macrófago ativado fagocitando) Degeneração: dependendo da causa (água ou gordura) Necrose - focal Desfecho: reparação (se tirar a causa) ou fibrose Crônica Hepatite portal: Número de neutrófilos diminui, macrófagos permanece, aparece linfócitos e plasmócitos a depender da causa; Proliferação nos ductos biliares; Presença de fibrose no lóbulo hepático; Processo crônico pode sofrer agudização; Necrose focal com macrófagos e neutrófilos, fibrose, colestase intra-hepática, nódulos de regeneração - Cirrose Neoplasias Adenomas hepatocelulares; Hepatomas ou carcinomas hepatocelulares; Adenomas colangiocelulares; Hepatomas colangiocelulares; Adenomas biliares; Hemangioma; Hemangiossarcoma; Parasitos Protozoários: Eimeria stiedae, Tritrichomonas spp. Metazoarios (helmintos e trematodeos): Fasciola hepatica
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