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REVISÃO GERAL PROCESSO CIVIL - natalia cavalcanti

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@nataliaacavalcant
REVISÃO GERAL PROCESSO CIVIL
1. NORMAS FUNDAMENTAIS
➢ Com o objetivo de proporcionar solução
consensual, admite-se que ocorra + de 1 sessão
destinada à conciliação e mediação, não
podendo exceder a 2 meses da data da 1º
sessão.
➢ As partes deverão estar acompanhadas por seus
advogados ou defensores.
➢ Decisão de árbitro é titulo executivo Judicial,
executado de acordo com as regras do
cumprimento de sentença.
Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento
dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a
exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou
de entregar coisa;
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial;
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de
qualquer natureza;
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao
inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou
universal;
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos
ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;
VII - a sentença arbitral;
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior
Tribunal de Justiça;
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do
exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça;
X – (VETADO).
➢ Árbitro ou Tribunal Arbitral poderá
expedir carta arbitral para que órgão jurisdicional
nacional pratique ou determine o cumprimento de ato
solicitado pelo árbitro, na área de sua competência
territorial.
➢ A sentença arbitral estrangeira não fica
sujeita a recurso ou homologação pelo poder judiciário.
2. ATOS PROCESSUAIS
➢ Após apresentada contestação, não poderá
repetir o ato, pois ocorreu preclusão consumativa.
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➢ PRINCÍPIO DA PRECLUSÃO: a prática dos atos
devem respeitar uma lógica, não podendo se
renovar atos processuais já praticados.
➢ Gratuidade da justiça – observações:
• Compreende o exame de DNA
• Presume-se a alegação de insuficiência de
recursos verdadeira.
• É um direito pessoal, não se estende a
litisconsorte ou sucessor, salvo requerimento e
deferimento expressos.
➢ Não é correto dizer que TODAS as decisões
interlocutórias são impugnáveis por agravo de
instrumento, a hipótese deve estar prevista no
1.015 CPC/15.
OBS.: Tipicidade Moderada – STF – o supremo tem
entendido que, mesmo que não prevista a hipótese no
1.015, será cabível agravo SE o caso for urgente e
não puder aguardar até a sentença.
➢ Os atos meramente ordinários poderão ser
praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo
juiz quando necessário, compreendendo-se, entre
outros, a junta de vista obrigatória (Ex.: vista ao
órgão da Defensoria Pública; ou ao MP).
➢ Decisão interlocutória = pronunciamento que
não põe fim à fase cognitiva do procedimento
comum. 
➢ PRAZO PARA CONTESTAR:
✔ 15 DIAS. Começa da data do protocolo do pedido
de cancelamento da audiência de
mediação/conciliação.
✔ Tratando-se de alimentos gravídicos, o réu será
citado para apresentar resposta em 5 DIAS.
✔ Havendo suspensão, o prazo não retorna de
forma integral, apenas o tempo que faltava.
✔ Contra REVEL = flui da data de publicação do ato
decisório no órgão oficial – ele pode intervir a
qualquer tempo (qualquer fase do processo).
✔ O prazo para oferecer resposta pode ser dilatado
pela autoridade judiciária.
➢ DEPENDÊNCIA:
✔ Quando houver causas extintas sem resolução
do mérito, não há formação de coisa julgada,
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podendo ajuizar nova demanda. Sendo o pedido
reiterado, de qualquer natureza, ainda que em
litisconsórcio com outros ou parcialmente
alterados os réus, a causa será distribuída por
dependência.
✔ Como é possível perceber, a dependência ocorre
quando são encontradas conexões com outros
processos entre elementos (como assunto ou
partes) do processo a ser distribuído.
OUTROS TIPOS DE DISTRIBUIÇÃO:
 Distribuição por direcionamento: é realizada
quando um processo será encaminhado para
uma vara específica e há uma norma ou ordem
interna que estabelece os momentos em que
ocorrerá. Há, portanto, uma determinação
prévia para que em alguns casos a distribuição
seja por direcionamento. 
 Distribuição por sorteio: é utilizada
normalmente quando deseja distribuir os
processos de forma igualitária entre os
foros/varas.
➢ VALOR DA CAUSA NA RECONVENÇÃO = deve
ser igual à soma das pretensões.
➢ PEREMPÇÃO NO CPC:
✔ É causa de extinção do processo SEM resolução
do mérito
✔ O Autor dá causa, por 3 VEZES, a sentença
fundada em abandono da causa.
✔ A perempção ocorre quando há abuso do direito
de ação.
✔ Fica impedido de propor nova ação contra o réu
com o mesmo objeto, ressalvada possibilidade de
alegar seu direito em matéria de defesa.
✔ Ou seja: se após a perempção a parte ré decidir
ingressar com processo contra a parte autora da
demanda inicial, a mesma poderá alegar seus
direitos nessa nova demanda como defesa.
✔ Poderá ser conhecida de ofício pelo juiz em
qualquer grau de jurisdição, enquanto não ocorrer
o trânsito em julgado.
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➢ LITISCONSÓRCIO:
✔ No litisconsórcio verifica-se uma cumulação
subjetiva, isto é, cumulação de vários sujeitos, no
mesmo processo como autores ou réus.
✔ Pode ser: por afinidade de questões por ponto
comum de fato ou de direito, houver conexão
pelo pedido ou pela causa de pedir, OU houver
comunhão de direitos ou de obrigações
relativamente à lide.
✔ ESPÉCIES:
Inicial: é aquele que surge no início do processo, na
constituição da relação processual. Ex.: o autor
demanda vários réus, vários autores demandam um réu
ou vários réus.
Ulterior: é aquele que surge no curso do processo,
depois de constituída a relação processual ou pela
junção de duas ou mais distintas relações processuais.
Necessário: quando a lei o determinar. Ex: inciso I do
artigo 113 - (comunhão de direitos ou de obrigações);
ações como: de partilha; nulidade de casamento
proposta pelo MP; dissolução de sociedade; pauliana
(credores contra devedores insolventes com bens
sujeitos a execução).
Facultativo: como regra, nas demais hipóteses.
Unitário: quando o juiz tiver de decidir a lide de modo
uniforme para todos os litisconsortes.
Simples: quando a decisão possa não ser uniforme
para todos os litisconsortes; cada um pode receber uma
decisão distinta.
✔ O juiz poderá limitar o litisconsórcio
facultativo quanto ao número de litigantes na
fase de conhecimento, na liquidação de sentença
ou na execução, quando este comprometer a
rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o
cumprimento da sentença.
Nesse caso, será interrompido o prazo para resposta,
que volta da decisão que solucionar.
➢ CITAÇÕES:
POR CORREIO Da juntada aos autos do aviso
de recebimento – AR
OFICIAL DE JUSTIÇA Juntada do mandato cumprido
ESCRIVÃO/CHEFE DE
SECRETARIA
Da data de ocorrência da
citação
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EDITAL Dia útil seguinte ao fim da
dilação assinada pelo juiz
ELETRÔNICA Dia útil seguinte à consulta
CARTA Da Juntada do comunicado ou
da carta
➢ DA ATIPICIDADE DOS NEGÓCIOS:
Versando o processo sobre direitos que admitam
autocomposição, é lícito às partes plenamente
capazes, estipular mudanças no procedimento para
ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar
sobre ônus, poderes, faculdades e deveres
processuais, antes ou durante o processo. (art. 190,
CPC).
➢ NÃO cabe citação por CORREIOS ao
absolutamente incapaz.
➢ Em comarcas contíguas (mesma região
metropolitana), o oficial pode realizar qualquer ato
executivo (EX.: citações, intimações, notificações
etc).
➢ A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira
oportunidadeque couber à parte falar nos autos,
sob pena de preclusão.
➢ Pelo princípio do máximo aproveitamento dos
atos processuais e a primazia do julgamento
do mérito, a declaração de qualquer nulidade
depende do reconhecimento de efetivo prejuízo.
➢ DA INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
DENUNCIAÇÃO À
LIDE
Visa indenização por danos que
possa vir a sofrer. Ação de
garantia/regresso em face do
denunciado.
EX.: fiador chama afiançado;
fiadores; devedores solidários.
- A sentença vale como título
executivo para o direito de
regresso.
-Responsabilidade solidária.
CHAMAMENTO AO
PROCESSO
Aquele que foi demandado pode
chamar ao processo o devedor
principal ou coobrigados –
litisconsórcio incidental e
facultativo.
Ex.: ações com seguradoras;
direitos que a evicção resultar.
DESCONSIDERAÇÃO
DA PERSONALIDADE
 - Pode ser instaurado a pedido 
da parte ou do MP (quando 
lhe couber intervir).
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JURÍDICA - Não pode ser de ofício pelo juiz.
3.DAS PARTES E DOS PROCURADORES
➢ CITAÇÃO
• Sociedade/associação irregulares e entes Sem 
personalidade: a quem couber a administração
dos seus bens;
• Espólio: inventariante. Caso seja dativo, serão
intimados também os sucessores;
• Pessoa jurídica estrangeira: gerente de filial
presume-se autorizado para receber citação de
qualquer processo.
• Estados e DF: procuradores
• Município: prefeito ou procurador
• União: AGU, diretamente ou por órgão vinculado;
• Massa falida: administrador judicial
• Herança: curador
• Pessoa jurídica: diretor/quem designar.
➢ LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ:
• Art. 80, CPC 
• Hipóteses: pretensão/defesa contra lei ou fato
incontroverso; alterar verdade dos fatos; usar
processo para alcançar objetivo ilegal;
resistência injustificada ao andamento do
processo; proceder de modo temerári o ; provocar
incidente infundado; recurso com intuito
protelatório.
• Aplicação de multa pelo juiz de oficio/
requerimento: superior a 1% e inferior a 10% do
valor corrigido da causa (indenizar parte;
honorários; despesas).
• 2 ou + litigantes: condenará proporcionalmente
com interesse na causa ou solidariamente os
que se juntarem para prejudicar.
• Valor da causa irrisório: multa = 10x salário-
mínimo.
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➢ IMPEDIMENTO DO JUIZ – VEDADO EXERCER
SUAS FUNÇÕES:
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como
perito, funcionou como membro do Ministério Público ou
prestou depoimento como testemunha;
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo
proferido decisão;
III - quando nele estiver postulando, como defensor público,
advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou
companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em
linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; (até tios;
sobrinhos)
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou
companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta
ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; 
V - quando for sócio ou membro de direção ou de
administração de pessoa jurídica parte no processo;
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador
de qualquer das partes;
VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual
tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de
prestação de serviços;
VIII - em que figure como parte cliente do escritório de
advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente,
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro
grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de
outro escritório;
IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado.
§ 1º Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica
quando o defensor público, o advogado ou o membro do
Ministério Público já integrava o processo antes do início da
atividade judicante do juiz.
§ 2º É vedada a criação de fato superveniente a fim de
caracterizar impedimento do juiz.
§ 3º O impedimento previsto no inciso III também se verifica no
caso de mandato conferido a membro de escritório de advocacia
que tenha em seus quadros advogado que individualmente
ostente a condição nele prevista, mesmo que não intervenha
diretamente no processo.
➢ SUSPEIÇÃO:
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou
de seus advogados;
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II - que receber presentes de pessoas que tiverem
interesse na causa antes ou depois de iniciado o
processo, que aconselhar alguma das partes acerca
do objeto da causa ou que subministrar meios para
atender às despesas do litígio;
III - quando qualquer das partes for sua credora ou
devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de
parentes destes, em linha reta até o terceiro grau,
inclusive;
IV - interessado no julgamento do processo em favor
de qualquer das partes.
§ 1º Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo
de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas
razões.
§ 2º Será ilegítima a alegação de suspeição quando:
I - houver sido provocada por quem a alega;
II - a parte que a alega houver praticado ato que
signifique manifesta aceitação do arguido.
OBS:
• Casos de intervenção do MP: interesse público
ou social; incapaz; litígios coletivos pela posse de
terra rural ou urbana.
• Participação da fazenda, por si só, não
caracteriza hipótese de intervenção do MP.
• Processo nulo quando o MP não é intimado nos
casos que deveria ser. Mas a declaração da
nulidade só será reconhecida DESDE QUE
demonstrado EFETIVO prejuízo.
➢ NEGÓCIO JURÍDICO PROCESSUAL
• Podem ajustar o procedimento às
especificidades da causa (ônus, poderes,
faculdades e deveres processuais).
• Oficio/requerimento o juiz controlará a validade
das convenções.
• Podem até mesmo reduzir prazos 
peremptórios, havendo decisão judicial e
anuência das partes (222, par. 1º CPC)
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• Exemplos: instância única; quem PG o perito;
eleição de foro; ônus da prova; quais prazos
(podem alterar).
➢ REMUNERAÇÃO DO PERITO
• De ofício pelo juiz: será rateada entre as partes.
• Parte requerer: ela paga; nesse caso, o
pagamento deve ser antecipado.
• O pagamento da perícia não pode ser imputado,
de plano, à parte que goza de assistência
jurídica integral, a qual constitui direito
fundamental do cidadão. Estado paga.
OBS: direito do Estado de “reaver da parte
vencida o que foi adiantado ao perito a título
de honorários”, observando-se o art. 98, §2°, do
CPC/15, o qual revela que o benefício da
gratuidade da justiça é entendido como um
“facilitador do acesso à justiça”, não eximindo
a parte, quando vencida, da responsabilidade
pelas despesas processuais e honorários
provenientes de sua sucumbência. Deve ser dada
primazia à indicação de funcionário ou órgão
público que possa realizar o exame pericial, se
viável.
➢ AUTOR-RESIDIR FORA DO
BRASIL/ESTRANGEIRO
• Art. 83, CPC.
Art. 83. O autor, brasileiro ou estrangeiro, que residir
fora do Brasil ou deixar de residir no país ao longo da
tramitação de processos prestará caução suficiente
ao pagamento das custas e dos honorários de
advogado da parte contrária nas ações que
propuser, SE NÃO TIVER no Brasil bens imóveis que
lhes assegurem o pagamento.
§ 1º Não se exigirá a caução de que trata o caput:
I - quando houver dispensa prevista em acordo ou
tratado internacional de que o Brasil faz parte;
II - na execução fundada em título extrajudicial e no
cumprimento de sentença;
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III - na reconvenção.
§ 2º Verificando-se no trâmite do processo que se
desfalcou a garantia, poderá o interessado exigir
reforço da caução, justificando seu pedido com a
indicação da depreciação do bem dado em garantia e a
importânciado reforço que pretende obter.
OUTRAS INFORMAÇÕES:
➢ É cabível APELAÇÃO versando
EXCLUSIVAMENTE sobre a majoração dos
honorários fixados na sentença, mediante PG
de preparo.
➢ Também cabe ação para cobrar honorários de
sucumbência.
➢ Ação revisional de aluguel pode ser proposta
tanto pelo locador, quanto pelo locatário.
➢ O aluguel fixado na sentença retroage à
citação – exigíveis do trânsito em julgado que
fixar novo aluguel.
Aluguel provisório:
- Proposta pelo locador: não pode exceder 80%
do pedido.
- Proposta pelo locatário: não pode ser inferior a
80% do aluguel vigente.
• Havendo 2 LOCADORES = litisconsórcio
facultativo.
➢ O juiz nomeará curador especial a réu citado
por edital ou por hora certa, enquanto não
constituído advogado.
4. TUTELA PROVISÓRIA
Regras gerais:
✔ Conserva eficácia na pendência do processo;
✔ Pode ser revogada ou modificada a qualquer
tempo; ***
✔ A decisão de conceder, negar, modificar ou
revogar deve ser motivada de forma clara e
precisa;
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✔ Conserva sua eficácia até na suspensão do
processo, salvo disposição em contrário.
1) TUTELA DE URGÊNCIA
O juiz pode exigir caução real ou fidejussória para
ressarcir danos que a outra parte vier a sofrer, sendo
dispensada se a parte for hipossuficiente
economicamente.
Responde pelo prejuízo se:
- A sentença for desfavorável;
- Se, em caráter antecedente, não fornecer dados para
a citação da parte contrária no prazo de 5 dias;
- Cessação da eficácia da medida;
- Ocorrer decadência ou prescrição.
A indenização será nos mesmos autos, se possível.
➢ ANTECIPADA 
- Tem antecipada quando há perigo de dano
- Incidental – independe do pagamento de custas. Se
for subordinado ao pagamento, cabe agravo de
instrumento.
- Antecedente – urgência contemporânea à
propositura da ação.
• A petição inicial pode se limitar ao requerimento
da tutela antecipada e pedido de tutela final.
SE CONCEDIDA = o autor deve aditar a inicial em 15
DIAS ou prazo maior que o juiz fixar. Depois o réu é
citado para audiência de conciliação/mediação. Não
havendo autocomposição, o réu é citado para contestar
em 15 dias. 
OBS.: a tutela se torna estável se da decisão que a
conceder, não for interposto recurso cabível.
NÃO CONCEDIDA = tem 5 DIAS para aditar a inicial,
sob pena de extinção sem mérito.
OBS.: concessão de tutela não faz coisa julgada.
A petição inicial será aditada sem custas e deve indicar
o valor da causa.
➢ CAUTELAR
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– Pode ser efetivada com arresto, sequestro,
arrolamento de bens, registro de protesto contra
alienação de bem ou outra medida idônea.
- Tem cautelar quando há risco do resultado útil do
processo.
- Incidental – independe do pagamento de custas.
- Antecedente – a petição inicial indicará a lide e seu
fundamento. Deve ter exposição sumária do direito. Já
pode ser feito o pedido principal.
O réu é citado para responder em 5 dias, sob pena de
presumir os fatos ocorridos.
O juiz decidirá em 5 dias. Após protestado, segue o
procedimento comum.
SE EFETIVADA – O pedido principal deve ser
formulado em 30 dias, sem novas custas. As partes
serão intimadas para autocomposição.
Cessa a eficácia dela, sendo vedado renovar
pedido, salvo novo fundamento, se:
- Não deduzir o pedido principal;
- Não efetivada em 30 dias;
- Improcedência do pedido principal.
2) TUTELA DE EVIDÊNCIA
➢ É dada independentemente da demonstração do
perigo de dano ou risco ao resultado útil do
processo.
Hipóteses:
✔ abuso do direito de defesa ou manifesto propósito
protelatório;
✔ fatos provados documentalmente + tese já
firmada em sede de recursos repetitivos ou
súmula vinculante. (cabe liminar).
✔ Pedido reipersecutório fundado em prova
documental adequada do contrato de depósito.
(cabe liminar).
✔ Prova documental suficiente, sem que o réu
oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
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5. PROCEDIMENTO COMUM
➢ COMPETÊNCIA
Relativa: territorial e valor da causa.
Não pode ser reconhecida de ofício pelo juiz. Mas o
valor da causa pode ser retificado de ofício por ele.
O réu pode impugnar o valor da causa em preliminar de
contestação.
➢ Cumulação de pedidos:
• Cumulação própria ou propriamente dita:
acolhimento de todos os pedidos formulados .
Pode ser:
“E”
a) Simples: os pedidos são independentes entre si,
ou seja, poderiam ser objeto de ação autônoma.
b) Sucessiva: se dá quando existir entre os pedidos
uma relação de prejudicialidade, ou seja, para análise
de um depende a análise do outro, como por exemplo,
investigação de paternidade com pedido de alimentos.
c) Propriamente incidente ou superveniente: se dá
quando os pedidos são formulados em momentos
processuais diversos. OCORRE
ESPECIFICAMENTE NOS CASOS DE
DENUNCIAÇÃO A LIDE. Ex: ação declaratória
incidental, incidente de falsidade documental, etc.
• Cumulação Imprópria: ocorre quando o autor
não pretende o acolhimento de todas as
pretensões cumuladas. Pode ser:
“OU”
a) Alternativa: se dá quando o autor pede uma coisa
ou outra. Pela natureza, pode cumprir de mais de um
modo a obrigação.
b) Eventual, subsidiária ou em ordem sucessiva: se
dá quando o autor faz um pedido principal e propõe, na
hipótese de rejeição daquele, pedidos secundários ou
supletivos.
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➢ EXCEÇÃO À INÉRCIA JURISDICIONAL:
restauração de autos pode ser de ofício.
➢ Condições da ação: a legitimidade de parte,
interesse de agir e possibilidade jurídica do
pedido.
➢ RECONVENÇÃO: admitida para manifestar
pretensão própria, CONEXA com a ação
principal OU o fundamento da defesa .
• Ampliação subjetiva da demanda: Pode ser
proposta contra autor e terceiro; e também pode o
réu em litisconsórcio com terceiro.
• Natureza jurídica de ação – desistência do autor
não acarreta extinção da reconvenção, embora
esteja no mesmo processo.
• Não é obrigatória , o réu poderá se valer de outro
processo.
• É VEDADA reconvenção nos juizados 
especiais cíveis . 
• Não se admite reconvenção no procedimento 
sumário – entendimento doutrinário majoritário.
➢ AUTORREGRAMENTO DO PROCESSO: lícita
para questões típicas e atípicas. Juiz controla
validade, recusando apenas: casos de nulidade;
abuso em contrato de adesão; ou parte em
situação de vulnerabilidade.
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam
autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes
estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus,
poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o
processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a
validade das convenções previstas neste artigo, recusando-
lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção
abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se
encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.
➢ CPC define que o ônus probatório será do
autor, mas as partes podem convencionar o
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contrário, SALVO: sobre direito indisponível da
parte; tornar muito difícil para a parte o exercício
do direito.
➢ Não pode abrir mão integralmente do contraditório
– garantia processual.
➢ Não há previsão da presença do MP na
audiência de mediação/conciliação, quando
tiver menor. Mas deve ser intimado para
manifestar-se nos autos.
➢ Pode ser realizada mais de uma sessão
destinada a mediação/conciliação (até 2 meses
de diferença).
➢ As partes podem se submeter a mediação
mesmo com processo judicial/arbitral em curso,
devendo requerer a suspensão do processo por
prazo suficiente para resolução.
➢ Conciliação para ser título executivo: há
necessidade de homologação do juiz.
➢ Citação do réu para comparecer na audiênciade mediação/conciliação – 20 dias de
antecedência.
➢ Audiência de conciliação não será realizada:
quando ambas as partes manifestarem
desinteresse (autor na PI e o réu com 10 dias de
antecedência da audiência); ou quando não se
admitir autocomposição.
➢ Não comparecimento a audiência de
mediação/conciliação – ato atentatório à
dignidade da justiça – multa de até 2% da
vantagem econômica/valor da causa.
➢ Suspeição e impedimento – deve ser feita por
meio de simples petição.
➢ Indeferida a inicial/improcedência liminar, o autor
poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5
DIAS, retratar-se.
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➢ AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
• Designada quando necessária prova oral:
peritos; assistentes técnicos; depoimento das
partes; testemunhas.
• Se não for possível concluir em 1 dia só, será
designada data próxima para sua continuação.
• Não fica à disposição do livre arbítrio das
partes, não podem ir adiando quando bem
entenderem.
• Finda instrução: palavra para os advogados do
autor e réu MP, sucessivamente – prazo de 20
MINUTOS para cada, prorrogável por mais 10
MINUTOS.
• DEBATE ORAL SUBSTITUÍDO: questões
complexas de fato e de direito – razões finais
escritas – prazo SUCESSIVO de 15 dias,
assegurada vista nos autos.
• Provas orais, ordem preferencial:
1º perito e assistentes técnicos;
2º autor
3º réu
4º testemunhas autor
5º testemunhas réu
➢ JULGAMENTO LIMINAR: 
PODE SER DADO QUANDO HOUVER:
I - Enunciado de súmula do STF ou do STJ
II - acórdão proferido pelo STF ou STJ em julgamento
de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução
de demandas repetitivas ou de assunção de
competência;
IV - enunciado de súmula de TJ sobre direito local.
§ 1º O juiz também poderá julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a
ocorrência de decadência ou de prescrição.
§ 2º Não interposta a apelação, o réu será intimado do
trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 241 .
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§ 3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5
(cinco) dias.
§ 4º Se houver retratação, o juiz determinará o
prosseguimento do processo, com a citação do réu, e,
se não houver retratação, determinará a citação do réu
para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze)
dias.
➢ PRESSUPOSTOS QUE IMPEDEM
RESOLUÇÃO DO MÉRITO:
i. litispendência;
ii. coisa julgada; 
iii. perempção; 
iv. convenção de arbitragem. 
O juiz pode alegar em qualquer tempo e grau
de jurisdição, de ofício, em relação aos TRÊS
PRIMEIROS. A convenção de arbitragem deve
ser alegada pelo réu.

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