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É uma substância advinda de um corpo estranho/patógeno/microrganismo capaz de ativar a resposta imune, podendo se ligar a um anticorpo ou a um receptor de Ag na célula T ou B. Dessa forma, os antígenos vão desde simples metabólitos intermediários, açúcares, lipídios, hormônios até macromoléculas como carboidratos complexos, fosfolipídios, ácidos nucleicos e proteínas. - É a capacidade de ativar a resposta imunológica que apenas alguns antígenos possuem. A imunogenicidade depende dos seguintes fatores: Antígeno e anticorpo Estranheza: O antígeno deve ser estranho ao hospedeiro, pois caso seja do próprio organismo, não há resposta imune. Peso molecular: Apenas macromoléculas estimulam a resposta imune. Complexibilidade: Variabilidade de determinantes antigênicos. Conceitos: - Antígeno: - Imunogenicidade: Larissa Dantas: - Determinantes antigênicos: Os antígenos podem ter vários epítopos iguais ou diferentes entre si. Cada microrganismo possui vários determinantes antigênicos, o que confere complexidade. São chamados de epítopos e correspondem a parte do antígeno que é reconhecida pelo anticorpo/receptores dos linfócitos B e T. São substâncias usadas para ajudar o antígeno a desencadear uma resposta imune rápida, intensa e duradoura de modo a usar a menor quantidade de antígeno possível. levam a ativação de linfócitos T através de: Indução da inflamação local de sua inoculação, estimulam o influxo de APCs ao local de exposição ao antígeno e aumentam a expressão de co- estimuladores e a produção de citocinas. Antígeno e anticorpo - Adjuvantes: - Exemplos: LPS, lipossomos, adjuvante completo de Freund (óleo+micobactérias) Larissa Dantas: - Capacidade do antígeno de reagir com o anticorpo. Antígeno e anticorpo Observação: -Antigenicidade: - Adjuvantes microbianos não podem ser usados em humanos (Lipossomos, por exemplo) pois induzem inflamação patológica. - Especificidade: - O anticorpo reconhece especificamente o antígeno que induziu sua formação, diferenciando entre pequenas distinções (apenas um aminoácido) na estrutura química. - Reação cruzada: - Alguns anticorpos produzidos contra um antígeno podem se ligar a um antígeno diferente, mas estruturalmente relacionado, caracterizando a reação cruzada. Assim, um anticorpo reage com dois anticorpos semelhantes, que compartilham um ou mais epítopos. É uma reação usada para fins de diagnóstico. Ex. epítopos semelhantes entre as espécies do genêro Leishmania. - Multivalência: - Um antígeno pode possuir vários determinantes antigênicos/epítopos. Exemplo: Polissacarídeos nas cápsulas de bactérias. Observação: Proteínas tem epítopos diferentes e não são multivalentes. Larissa Dantas: Antígeno e anticorpo - Hapteno: - São antígenos formados por moléculas pequenas, as quais, devido ao baixo peso molecular não são capazes de gerar resposta imune; assim, precisam de moléculas grandes chamadas de carreadores para que possam agir como imunógenos. Exemplo: Penicilina e derivados. - Antígeno T- dependente: Correspondem as proteínas. Esses antígenos ativam linfócitos B e T, gerando resposta imune celular e humoral T-dependente. - Antígeno T- independente: São os polissacarídeos. Ativam apenas linfócitos B (Resposta imune humoral). - Superantígenos: Esses antígenos não são processados pelas APCs mas se ligam a cadeia Vb dos receptores TCR dos linfócitos T e não geram memória imunológica A produção exacerbada de citocinas, causa choque tóxico (aumento da permeabilidade capilar, hipotensão, falência dos órgãos). Ex: toxinas de estafilococos LPS: em altas concentrações estimula produção de citocinas, causa choque tóxico Correspondem a uma classe de antígenos que são capazes de ativar inespecificamente muitos linfócitos T, induzindo a multiplicação deles e liberando muitas citocinas. Larissa Dantas: Antígeno e anticorpo - Observações: - Genética do hospedeiro: Genes que codificam as moléculas de MHC (Apresentam antígenos e são polimórficas; diretamente relacionadas com o transplante de órgãos) e outros genes relacionados com a resposta imunológica. - Doses de antígeno: Doses muito pequenas: Podem não ser suficientes para ativar linfócitos Doses grandes: Podem levar á tolerância e o individuo não responder ao antígeno Doses repetidas (reforço): Necessárias para estimular uma resposta imunológica potente - Via de administração de antígenos: Oral Subcutânea Intramuscular Intravenosa (Não é indicada, pois pode gerar tolerância) Larissa Dantas: Antígeno e anticorpo - São proteínas circulantes produzidas nos vertebrados em resposta à exposição a estruturas estranhas conhecidas como antígenos. - Os anticorpos são sintetizados pelos linfócitos B e existem em duas formas: Ligados à membrana na superfície dos linfócitos B, funcionando como receptores de antígenos. As células B ativadas se diferenciam em plasmócitos que secretam anticorpos de mesma especificidade do receptor do antígeno. Anticorpos secretados, os quais, neutralizam as toxinas, previnem a entrada e espalhamento dos patógenos e eliminam os microrganismos. Estão presentes no plasma, nas secreções mucosas e no fluido intersticial dos tecidos. Na fase efetora da imunidade humoral, esses anticorpos secretados se ligam aos antígenos e disparam vários mecanismos efetores que eliminam os antígenos. - Anticorpo: Larissa Dantas: Antígeno e anticorpo Todas as moléculas de anticorpo compartilham as mesmas características estruturais básicas, mas apresentam marcante variabilidade nas regiões onde os antígenos se ligam. Esta variabilidade é responsável pela capacidade de diferentes anticorpos se ligarem a um grande número de antígenos estruturalmente diversos. - Estrutura do anticorpo: As cadeias leve e pesada contêm uma série de unidades homólogas repetidas, que se dobram independentemente em um motivo globular que é chamado de domínio Ig. Uma molécula de anticorpo tem uma estrutura simétrica composta de duas cadeias leves idênticas e duas cadeias pesadas idênticas. Ambas as cadeias leve e pesada consistem em regiões variáveis de aminoterminal (V) que participam no reconhecimento do antígeno e regiões carboxiterminais constantes (C); as regiões C das cadeias pesadas medeiam as funções efetoras. Larissa Dantas: Antígeno e anticorpo -VL: Porção variável da cadeia leve; -VH: Porção variável da cadeia pesada -CL: Porção constante da cadeia leve; -CH: Porção constante da cadeia pesada. - Região Fab: (VH +VL) É responsável pelo reconhecimento do antígeno. - Região Fc: (CH2+CH3): Participa da ativação do complemento, liga-se a receptores em células. A maioria das funções efetoras dos anticorpos é mediada pela ligação das regiões C da cadeia pesada aos receptores Fc (FcRs) nas diferentes células, tais como fagócitos, células NK e mastócitos e proteínas plasmáticas, como proteínas do complemento. Os isotipos e subtipos de anticorpo diferem em suas regiões C e, assim, onde eles se ligam e quais funções efetoras realizarão Larissa Dantas: -Superfamília das imunoglobulinas: Estrutura em domínios Todas as moléculas que possuem este tipo de domínio (estrutura de dobra da Ig – duas folhas b-pregueadas adjacentes mantidas juntas por uma ponte dissulfeto) são ditas pertencerem à superfamília Ig. Antígeno e anticorpo - Região em dobradiça: Permite a flexibilidade. - Regiões hipervariáveis: Na molécula de anticorpo, as três regiões hipervariáveis do domínio VL e as três regiões hipervariáveis do domínio VH são mantidas juntas para criar uma superfície de ligação ao antígeno. A maioria das diferenças de sequência e variabilidade entre os diferentes anticorpos está confinada a três pequenos trechos na região V da cadeia pesada e a três trechos na região V da cadeia leve. Estes segmentos conferem maior diversidade, sendo chamados de regiões hipervariáveis. Larissa Dantas: As diferenças na sequência entre as CDRs de diferentes moléculas de anticorpo contribuem para superfícies distintas de interaçãoe, dessa maneira, para as especificidades dos anticorpos individuais. Pelo fato de essas sequências formarem uma superfície que é complementar à forma tridimensional do antígeno ligado, as regiões hipervariáveis também são chamadas de regiões de determinação de complementariedade (CDRs). Antígeno e anticorpo - Regiões hipervariáveis: - Exemplos: - IgA: Secreção: Ocorre através de glândulas secretoras, como mamárias. É produzida pelos plasmócitos presentes nos tecidos linfoides associados as mucosas. - É a principal classe de anticorpo nas secreções mucosas e no leite. Possui funções de neutralização e aglutinação bacteriana. O componente secretor estabiliza a estrutura da IgA secretora pois deixa-a mais resistente a degradação proteolítica pelas hidrolases bacterianas e digestivas. Atua também na ligação da igA com o muco que reveste o intestino. Larissa Dantas: Ativação do sistema complemento Neutralização viral e de toxinas bacterianas Atua como Ac no compartimento sanguíneo Atua como BCR em linfócitos B maduros sob a forma monomérica para identificação de epítopos de Ags. Funções: Antígeno e anticorpo - IgM: - IgG: Neutralização viral e de toxinas bacterianas Opsonização (aumento da fagocitose) Citotoxidade celular dependente de Anticorpos (ADCC) Ativação do sistema complemento - Maior concentração no sangue - Predomina nas respostas secundárias - Está presente no feto e no recém-nascido, além de passar pelo colostro. - Funções: Larissa Dantas:
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