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Tema 1 - Gestão de Operações

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TEMA 1 - PLANEJAMENTO, 
PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA 
PRODUÇÃO 
 
 
Introdução 
O presente capítulo aborda os objetivos e funções do Planejamento, Programação e Controle da 
Produção (PPCP), suas características, tipos de produção, a essência do processo de 
planejamento e de controle. É também apresentado o cálculo de ajustes das necessidades de 
materiais, produtos e mão de obra. 
 
Conceito de PPCP 
O PPCP consiste em um sistema que tem como atribuições o planejamento de curto, médio e 
longos prazos da produção de bens ou prestação de serviços, a organização dos recursos para 
atender a esse planejamento, bem como o acompanhamento e controle para garantir que o 
previsto será concretizado. Com base na demanda corrente (carteira de pedidos) ou na 
demanda presumida (previsão de vendas), na posição de estoque e compras, na capacidade 
dos recursos e nos tempos de cada etapa do processo, o PPCP determina as ações que devem 
ser realizadas para o atendimento das demandas no momento certo. 
 
Funções do PPCP 
As principais funções de um sistema de PPCP são: 
• programar e controlar as operações necessárias para o atendimento da demanda; 
• determinar as necessidades de materiais necessários para atender a programação do período 
acionando compras quando necessário; 
• determinar a necessidade de capacidade instalada e mão de obra para atender a programação 
do sistema; 
• gerar as informações necessárias para a gestão das operações, atendendo as necessidades 
dos setores envolvidos, além de guardá-las em arquivo; 
• manter um controle sobre a posição dos estoques de forma a auxiliar na política de estoques 
da empresa; 
• permitir o registro dos problemas do processo produtivo de forma a subsidiar os gestores com 
dados sobre esses, a fim de que possam tomar as medidas necessárias para reduzi-los ou 
eliminá-los. 
Percebe-se que o PPCP tem, na sua essência, a função de determinar todos os recursos 
necessários para que a empresa possa atender as suas demandas, bem como de gerenciar e 
disponibilizar as informações necessárias à esse processo. 
 
 
Características dos tipos de produção 
Em essência, pode-se dividir os tipos de produção em: produção seriada e produção por lote. O 
tipo de produção a ser utilizado depende, em primeira instância, do que se vai oferecer ao cliente 
e do nível de demanda existente. 
Quadro 1 – Tipos de produção 
 Produção Seriada Produção por Lote 
Características 
Normalmente a produção ocorre Grande variedade de produtos 
em grandes quantidades, com produzidos, na maioria das 
pouca ou nenhuma variedade. vezes, em pequenas 
Existe pouca flexibilidade no quantidades. Existe muita 
processo. flexibilidade no processo 
Exemplos 
Automóveis, motos, Embarcações, móveis, 
refrigeradores, fogões, microondas, confecções, joias, aviões, etc. 
bicicletas, computadores, 
cigarros, calçados, confecções, 
móveis etc 
Projeto do 
Produto 
Feito de forma bastante O produto é projetado 
minuciosa e detalhada, tendo em considerando-se o 
vista que todo o processo de equipamento disponível para a 
produção vai ser feito em função produção 
das características específicas do 
produto. Depois de pronto o 
projeto, podem ocorrer nele 
pequenas alterações, mas isso não 
é frequente 
Equipamento 
da Produção 
O equipamento de produção é Tipo universal, projetados para 
planejado depois que o projeto do realizar uma determinada 
produto já está pronto e função, com grande 
aprovado, tendo em vista que os flexibilidade, mas requer a 
equipamentos serão feitos para a realização de setups frequentes 
produção específica desse 
produto. Por esse motivo, o 
número de setupsa é pequeno e a 
distribuição de trabalho para as 
máquinas é uniforme 
Movimentação 
de Materiais 
Normalmente mecanizada, com a Realizada com equipamento de 
utilização de esteiras ou pontes movimentação de materiais do 
 
 
rolantes, as quais permitem a tipo universal (equipamento 
movimentação constante em que tem por função o 
pequenas distâncias transporte de carga, mas com 
 grande flexibilidade de 
 utilização, como, por exemplo, 
 carrinhos e empilhadeiras). 
 Para utilização desse tipo de 
 equipamento são necessários 
 corredores para permitir o 
 deslocamento dos materiais. 
Material 
Pouca variação no tipo de Grande variedade de 
material que é utilizado e materiais diferentes, já que 
também nas quantidades deste. tem de atender a produção 
Os estoques intermediários são de uma grande variedade 
pequenos ou nulos. Estoca-se o de itens. Os estoques de 
produto acabado produtos acabados são 
 pequenos e ficam pouco 
 tempo na empresa 
Pessoal 
Altamente especializado, Colaborador multifuncional, 
realizando sempre a mesma realizando operações 
função. diferentes para a confecção 
 de uma variedade de itens. 
Operações 
Repetitivas Variadas 
 
 
Planejamento 
do Processo 
Produtivo 
Ocorre antes da venda do Ocorre depois da venda do 
produto. É necessária uma série produto, tendo em vista que 
de informações como tempo de estes variam muito. Deve ter 
processamento, estrutura dos a capacidade de calcular 
produtos, custos das operações rapidamente o tempo de 
etc processamento, o roteiro de 
 produção e os seus custos. 
Proramação 
Feita com base na previsão de Feita com base nos pedidos 
venda confirmados. 
 
Ordens de 
Produção 
Em geral, poucas e simples. Cada operador deve receber 
 as suas ordens de produção 
 para saber o que produzir, 
 em que quantidade, quando 
 
 
 e onde disponibilizar esse 
 item 
Controle de 
Custos 
Fácil de ser realizado, Difícil de realizar, pois varia 
considerando-se que o produto de lote para lote 
produzido é quase sempre o 
mesmo. 
Fonte: Carvalho, Cirino B. (Editora Ulbra) 
 
Aqui, ainda cabe esclarecer que Setup é o tempo de preparação de uma máquina para produzir 
um outro tipo de peça diferente daquela que estava em produção. Assim, é contado desde o 
momento em que se para a produção até o momento em que a produção da nova peça se inicia. 
Nas palavras de Moura (1994, p. 13); “Troca e ajustes de ferramentas (moldes, estampos, etc). 
É o intervalo decorrido entre duas corridas de produção.” 
Na prática, no dia a dia das organizações, pode-se encontrar empresas que tenham algumas 
características de produção seriada e também outras de produção por lote. Se fossemos, nesse 
caso, classificar uma dessas empresas quanto ao tipo de produção, consideraríamos qual dos 
tipos é predominante, ou seja, de que tipo de produção é a maioria das características 
presentes. 
Planejamento da produção 
O planejamento da produção parte de uma previsão de demanda ou de um pedido realizado. A 
partir desse momento, tem de ser determinada a quantidade de todos os materiais que serão 
utilizados e o momento específico em que cada um deles deve estar disponível para o 
atendimento da programação, no menor espaço de tempo e sem a formação de estoques, 
considerando-se também a capacidade dos equipamentos e a mão de obra necessária. 
Pode-se citar, como essenciais no processo de planejamento da produção, as seguintes 
informações: 
• Quantidades que serão produzidas; 
• Estrutura dos produtos, na qual apareçam todos os componentes necessários à fabricação de 
cada um deles; 
• Fluxo de produção de cada um dos produtos, indicando o roteiro que cada um irá fazer pelo 
processo produtivo; 
• Níveis de perdas, defeitos e rendimento da mão de obra; 
• Níveis de estoques atualizados e recebimentos programados; 
• Capacidade instalada e ocupação dos recursos do processo produtivo. 
O planejamento da produção é essencial para a empresa, seja obtido através de uma previsão 
de vendas, seja considerando-se os pedidos dos clientes, pois é através dele que se viabiliza o 
atendimento da demanda no momento certo, na quantidade certa e com o mínimo possível de 
desperdícios.https://www.nomus.com.br/blog-industrial/ebook-planejamento-da-producao/ 
 
Cálculo dos ajustes das necessidades de produtos, materiais e 
mão de obra 
 
No dia a dia das empresas, apresentar um determinado percentual de perdas de matérias-
primas, ocorrer a produção de produtos com defeito ou não ter 100% de rendimento da mão de 
obra, não é nada mais que a realidade. Conseguir 100% de aproveitamento dos recursos 
utilizados ainda é uma utopia; o que as empresas procuram fazer é tentar reduzir 
constantemente essas perdas e defeitos e aumentar o rendimento da mão de obra. 
Para o planejamento do processo produtivo, é indispensável saber o percentual de perdas e de 
defeitos e o rendimento percentual da mão de obra, a fim de que as quantidades necessárias 
possam ser atendidas. 
De posse dessas informações, deve-se realizar o cálculo dos ajustes para determinar as 
quantidades que devem ser programadas, a fim de que se tenha, no final do processo, as 
quantidades necessárias para atender a demanda existente. 
A seguir, serão apresentadas as fórmulas de ajustes para compensar os defeitos, perdas e 
rendimento da mão de obra. São elas: 
 
a) Peças ou produtos: 
UP – UN/(1 -%D) 
Onde: 
• UP: Unidades Programadas; 
• UN: Unidades Necessárias; 
• %D: Percentual de Defeitos. 
 
https://www.nomus.com.br/blog-industrial/ebook-planejamento-da-producao/
 
 
As Unidades Programadas (UP) representam a quantidade de peças ou produtos que devem ser 
inseridas no sistema para que, ao final do processo, obtenham as unidades necessárias para 
atender a demanda. Por exemplo, se o pedido do cliente for de 100 unidades de um determinado 
produto e existir no processo de produção o registro de um percentual de defeitos de 10%, então 
deve-se programar a produção de 111,11 peças ou, para ser mais exato, 112 peças (não posso 
ter 111,11 baldes por exemplo), pois, aplicando-se a fórmula, tem-se que: 
 
 
 
b) Matéria-prima: 
QP = QN/(1-%P) 
Onde: 
• QP: Quantidade Programada; 
• QN: Quantidade Necessária; 
• %P: Percentual de perdas. 
 
O raciocínio para o cálculo de ajuste de matérias-primas é igual ao de produtos ou peças, 
apenas a denominação das variáveis é que muda. Em vez de se considerar o percentual de 
defeitos, considera-se o percentual de perdas (%P). O QN é a quantidade necessária para 
atender a demanda e o QP é a quantidade que deve se programada para se obter, após o 
processo com perdas, a quantidade necessária. Para a matéria prima normalmente não existe a 
necessidade de se arredondar o valor encontrado, pois dependendo da unidade de medida, 
frações são aceitáveis. 
 
c) Mão de obra: 
Para a definição do rendimento da mão de obra existem três tempos que devem ser 
considerados. São eles: 
I. Tempo Normal (TN): é o tempo que uma pessoa treinada para a realização de uma tarefa, em 
perfeitas condições físicas e psíquicas, leva para realizá-la. Nesse caso, ter-se-ia um rendimento 
de 100% da mão de obra. 
II. Tempo Padrão (TP): é o tempo da mão de obra no processo, levando-se em consideração o 
percentual de atrasos inevitáveis (AI) que ocorrem na produção. Atrasos inevitáveis, como o 
próprio nome diz, são todas aquelas atividades que provocam atrasos no processo, mas que não 
têm como ser evitadas, como, por exemplo: a limpeza do local de trabalho, parada para ir ao 
banheiro ou tomar água, parada para descanso, paradas para receber orientações da chefia etc. 
Normalmente se utiliza, como referência para o cálculo do tempo padrão, os seguintes valores 
de atrasos inevitáveis: 
• entre 10% e 20% para trabalhos leves; 
 
 
• entre 15% e 25% para trabalhos médios; 
• entre 20% e 30% para trabalhos pesados. 
 
TP = TN/ (1-%AI) 
III. Tempo Real (TR): o tempo real, por sua vez, é o tempo padrão do processo descontado o 
rendimento do processo (RP). Com base no tempo real é que se calculam as necessidades de 
mão de obra, pois nele já foram previstas as compensações em função dos atrasos inevitáveis e 
do rendimento do processo. 
 
TR = TP/(%RP) 
Normalmente, o cálculo do rendimento da mão de obra só é realizado em grandes empresas, as 
quais utilizam para a sua gestão o suporte de sistemas ERP e, por esse motivo, a informação do 
tempo de realização de cada atividade/tarefa é importante, já que influencia diretamente no 
planejamento das suas operações. 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=gUM-botafZ4 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
Carvalho, C.B, Administração de processos operacionais. Canoas: Ed. Ulbra 
LACOMBE, F.; HEILBORN, G. Administração: princípios e tendências. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 
2016 
SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 8. ed. São Paulo: 
Atlas, 2018. 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=gUM-botafZ4

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