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Sarna Psoróptica e Sarcóptica em Animais

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Sarnas
➔ Importância econômica - mortalidade dos animais; custos com tratamento de
infecções secundárias; redução da produção e fertilidade; cusco com sarnicidas e
mão-de-obra
➔ Importância veterinária - potencial zoonótico (sarna sarcóptica em cães) → controverso:
causa prurido autolimitante no homem (40% dos casos), mas não penetra na pele;
notificação compulsória de até 24h em ovinos
★ SARNA PSORÓPTICA
➔ Espécies - Psoroptes equi; P. ovis
(menor especificidade) e P. cuniculli
➔ Morfologia - corpo oval e
patas alongadas; 3º par de
patas dos machos é maior
◆ Dimorfismo: fêmea é maior e
possui ventosas nas extremidades das patas 1, 2 e 4; já os machos, nas patas 1,
2 e 3; machos apresentam 2 tubérculos na porção posterior (maior número de
fêmeas significa maior proliferação)
➔ Ciclo biológico
→ oviposição nas margens das lesões
→ incubação dos ovos por 2-3 dias até nascer larvas
→ adulta permanece abaixo de crostas das lesões
➔ Período total do ciclo - 10-12 dias; fêmeas vivem cerca de 30-40 dias, enquanto
machos cerca de 34 dias
➔ Fora do hospedeiro - sobrevivência de 10 dias, pois são dependente do calor,
umidade, alimento e reprodução (fêmea ovígera resiste até 20 dias - procura
hospedeiro para oviposição)
➔ Oviposição - 5 ovos/dia/fêmea; total de 90 ovos durante sua vida
➔ Transmissão - contato direto entre animais (psoróptica fica bem superficial);
portadores podem ser assintomáticos; contato indireto (vetores biológicos - ratos,
cães, homem -, fômites e ambiente)
◆ Aquisição: período de maior risco, pode introduzir agente no rebanho
◆ Transporte: alta densidade e falta de higiene propicia infecção
➔ Hospedeiro - geralmente, as sarnas são espécie-específicas; com exceção da P. ovis
(afeta bovinos, ovinos, equinos, cães)
➔ Patogenia - Psoroptes não cavam galerias na pele, porém introduzem as peças bucais
para sugar fluídos, causando:
◆ Prurido intenso, principalmente, na fase inicial
◆ Irritação da pele
◆ Inflamação
◆ Exsudação linfática e, posterior, coagulação (crostas)
◆ Inquietação
◆ Anemia e fraqueza
○ Localização das lesões: ovinos - qualquer região com lã
(“sarna do corpo/sarna do velo”); caprinos - circunscrito
na região das orelhas; coelhos - pavilhão auditivo;
equinos e bovinos - regiões de pelo longo
➔ Diagnóstico - exame clínico; epidemiológico (inverno, principalmente, em regiões
endêmicas); achados patológicos; etiológico (identificação do parasita); terapêutico;
laboratorial (coleta de crostas dos bordos das lesões com bisturi, swab ou pinça)
◆ Exame laboratorial pode ser feito na propriedade
◆ Utiliza-se placa de fundo escuro pré-aquecida para induzir movimento da
sarna
◆ Pode-se visualizar pequenos pontos brancos em movimento
◆ Identificação da espécie: realiza-se lâmina e leitura por microscopia
➔ Tratamento - foco é o controle; porém, pode ser aplicado medicação com intervalos
de 10-12 dias
◆ Imersão: soluções de organofosforados, piretróides ou amitraz
◆ Sistêmico: ivermectinas e similares
➔ Controle e profilaxia - inspeção de animais suscetíveis; realizar banho em ovinos
pós-esquilha para eliminar sarnas alojadas em dobras do corpo; eliminação de
portadores assintomáticos (incomum); separar doentes dos demais; remoção da cama
e pulverização do ambiente com acaricidas
★ SARNA SARCÓPTICA
➔ Etiologia - Sarcoptes scabei
➔ Causadora de escabiose em humanos e animais domésticos
➔ Possui grande especificidade quanto à espécie
→ Cuniculi = coelhos
➔ Morfologia - contorno arredondado de até 0,4 mm de
diâmetro; patas curtas (3º e 4º par não passam do bordo do
corpo); estrias transversais e escamas triangulares
➔ Ciclo biológico - fêmea cava galerias para oviposição e
realiza cópula e alimentação nos bordos da lesões; período de vida varia de 20 a
30 dias
➔ Transmissão - contato direto ou indireto com doentes; animais com lesões crônicas
são a principal fonte de infecção
➔ Epidemiologia - também não sobrevive fora do hospedeiro; é presente no tecido
cutâneo e intradérmico, nas galerias; alimentam-se de linfa e extrato córneo;
◆ Prurido intenso e perda de pelo
◆ Postura: 2-4 ovos/dia/fêmea; 10% chegam à fase adulta durante os
20-30 dias de vida da fêmea
◆ Sobrevivem no ambiente até 3 semanas (var. canis e hominis)
◆ São sensíveis à dessecação
➔ Patogenia - maior prurido devido à escavação de galerias
◆ Formação de pápulas
◆ Irritação da pele
◆ Perda de pelo
◆ Contaminação secundária por Staphylococcus
◆ Exsudação serosa que resulta em crostas (onde ocorre a cópula)
→ adulta permanece nas galerias
➔ Localização das lesões - cão - cabeça e orelhas; suíno - início nos olhos e narina,
após, generaliza; cabras - todo o corpo; ovinos - apenas cabeça; bovinos - região
interna das coxas, base da cauda, pescoço e peito; equinos - cabeça e pescoço
➔ Diagnóstico - raspado profundo de pele de lesões mais recentes
◆ Dobra da pele e pressão para a sarna ir para a superfície
◆ Escarificação até brotamento de sangue no sentido contrário do pelo
◆ Lâmina tratado com lactofenol ou potássio 10% para visualização no
microscópio
◆ Diferencial: dermatofitose e piodermite; Notoedres catti (escabiose felina que
atinge a face)
◆ Presença de 1 agente ou 1 ovo = positivo
◆ Alternativa: reflexo auricular-podal (raspar base da orelha e observar se o
cão irá coçar com a perna); 75 a 90% dos animais com reflexo positivo
possuem escabiose; pode ser negativo caso não haja lesão na orelha
➔ Tratamento - três aplicações com intervalo de 10-12 dias
→ imidacloprida e avermectina (Revolution)
➔ Controle - tosquia precoce de ovinos e cães de pelo bem longo; banhos no final do
verão e outono; quarentena de novos animais com aplicação de acaricidas;
isolamento de doentes e sadios; remoção da cama e pulverização de estábulos
→ animal doente só retorna ao rebanho após cura total
★ SARNA OTODÉCICA
➔ Etiologia - principal agente é a Otodectes cynotis
➔ Altamento contagiosa e semelhante à Psoroptes
➔ Importância maior em cães e gatos
➔ Localização - ouvido externo do hospedeiro
➔ Alimentação - superficial; pele e linfa; ciclo completo de 3 dias
➔ Muito transmissível devido à superficialidade
➔ Patogenia - sarna do ouvido médio
◆ Exsudato seroso e acastanhado do canal auditivo
◆ Formação de crostas e vermelhidão
◆ Escarificação devido ao prurido
◆ Infecção bacteriana secundária (otite purulenta)
◆ Otohematoma devido ao prurido (às vezes, deve ser reduzido
cirurgicamente)
➔ Diagnóstico - sintomatologia (inspeção por otoscópio) → pode-se visualizar larvas
em movimentação; coleta do exsudato e visualização do ácaro com lupa e placa
◆ Diferencial: otite micótica
➔ Tratamento - limpeza do canal auditivo para melhor funcionamento do
medicamento; aplicação do acaricida de forma sistêmica ou tópica (mais utilizado);
realiza-se massagem na base da orelha para melhor absorção
★ SARNA DEMODÉCICA
➔ Etiologia
➔ Faz parte da microbiota natural dos cães
➔ Localizada no folículo piloso, glândulas sebáceas e sudoríparas
→ Folliculorum = humanos
➔ Morfologia - ácaros pequenos em forma de charuto,
vermiformes; possuem coloração mais transparente (geralmente,
fica avermelhada devido ao sangue); 8 patas distribuídas em 5
segmentos; ovos fusiformes; fêmea é pouco maior que o macho
➔ Ciclo biológico - hemimetábolo, como as outras sarnas
→ Duração de 30 dias
→ 4 formas evolutivas (ovo, larva, ninfa, adulto)
➔ Transmissão - não existe transplacentária ou pelo contato direto entre adultos, devido
a profundidade em que se localiza e o fato de ser presente na microbiota natural;
ocorre pela amamentação (filhotes com imunidade imatura são contaminados pela
mãe)
➔ Epidemiologia - flora natural da pele; em condições anormais (queda de imunidade ou
disfunção genética de linfócitos T); animais jovens são suscetíveis (cães CRD e pelo
longo)
◆ Fatores predisponentes: nutrição inadequada; estresse (confinamento,
acidente, parto, tratamento com corticoides, parasitismo - ancilostomose)
➔ Sintomatologia - nãocausa prurido se não estiver acompanhada de infecção
secundária
◆ Forma localizada/juvenil: autolimitante (retirada do fator de estresse resolve);
causa alopecia periocular (luneta demodécica) característica; pododermatite
(diagnóstico por fita adesiva); locais mais acometidos são face e focinho
◆ Forma generalizada/escamosa: reação seca com pouco eritema; alopecia
disseminada (crescimento do agente); descamação e espessamento da pele
(aspecto rugoso)
◆ Forma generalizada/pustular: forma mais grave; hiperqueratose e
espessamento cutâneo; pequenas pústulas disseminadas (piodermite);
exsudação sanguinopurulenta e papada demodécica
➔ Diagnóstico - sinais clínicos e anamnese (histórico da mãe)
◆ Laboratorial: prega na pele e raspado profundo
◆ Presença de lesão e visualização de apenas 1 agente, já indica resultado
positivo
◆ Diferencial: outras formas demodicoses; dermatofitose; carência vitamínica
➔ Tratamento
→ lactolonas mais utilizadas: ivermectina (cuidar
intoxicação em braquiocefálicos)
→ antibioticoterapia
→ avermectinas
➔ Controle e profilaxia - retirar fatores estressantes em jovens; retirar adultos com
deficiência de linfócitos T da reprodução;

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