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Miíase e Mosca-dos-Chifres

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Miías��
➔ Miíase - infestação dos tecidos por larvas de mosca. Geralmente ocorre em animais debilitados e nas áreas
do corpo sujas de urina, fezes ou outras secreções orgânicas. As moscas adultas iniciam a doença e as larvas
completam a destruição profunda dos tecidos conforme vão crescendo. Às vezes, as moscas não fazem a
ferida, mas depositam os ovos em feridas preexistentes.
➔ Macro - aglutinação dos pêlos e numerosos orifícios ou úlceras irregulares, que também facilitam a entrada
de outros agentes. Em casos graves há lesões extensas com odor fétido, septicemia, toxemia e morte
➔ Classi�cação quanto às lesões:
1. Traumáticas (Cochliomyia hominivorax) - lesões abertas que podem ser expandidas
conforme larvas se alimentam; predispõe infecções secundárias e necrose
2. Furunculares (berne) - formação de cistos; larvas menos invasivas
➔ Ordem Diptera - graus variáveis de parasitismo:
◆ Biontófagos- larvas facultativas que se desenvolvem exclusivamente em tecidos vivos (ex:
Cochliomyia hominivorax)
◆ Necrobiontófagos - se desenvolvem em qualquer tipo de matéria orgânica e depositam ovos em
tecido necrosado dos hospedeiros (ex: Cochliomyia mace�aria)
★ MIÍASE CUTÂNEA “BICHEIRA”
➔ Etiologia - Cochliomyia hominivorax (mosca varejeira)
➔ Ordem Diptera - moscas
➔ Importância - perda de peso e produção; gastos no controle e tratamento das lesões; pode ser letal
➔ Hospedeiros de�nitivos: mamíferos; pode acometer o homem (raro)
➔ Órgão de eleição - tecido subcutâneo e muscular
➔ Morfologia - grande; adulto esverdeado com 3 faixas longitudinais no tórax; larva L3 cilíndrica truncadas
posteriormente, devido as 2 placas respiratórias
➔ Ciclo
-> larvas sofrem 2 mudas no hospedeiro; buscam
incidência solar
-> adultos se alimentam de néctar
-> fêmeas depositam ovos em feridas
-> forma infectante: L1
➔ Ovo - 10 a 20 horas
➔ Larva e pupa - 8 dias
➔ Adultos - 65 dias
★ EPIDEMIOLOGIA
➔ Principal na América (principalmente, Sul)
➔ Voam longas distâncias e depositam milhares de ovos
➔ Intervalo entre gerações - em condições ideais de umidade e temperatura, 3 semanas; quanto menor o
intervalo, maior a população
★ PATOGENIA
➔ Penetração e alimentação da larva pode causar:
○ Hemorragias
○ Peritonites
○ Infecções secundárias
○ Morte
➔ Locais mais comuns - olho com ceratoconjuntivite; umbigo do recém-nascido; vulva pós-parto; lesões de
úbere em vacas; traumas no prepúcio e escroto de bovinos; feridas pós-cirúrgicas
★ DIAGNÓSTICO
➔ Sinais Clínicos
➔ Epidemiológico/comportamental - inquietação
➔ Patológico - lesões
➔ Etiológico - identi�cação
➔ Terapêutica
★ TRATAMENTO
➔ Geralmente:
1. Tricotomia da região ao redor da lesão
2. Lavagem com água e sabão neutro
3. Neutralização das larvas com éter, solução de cresol ou repelente (mata-bicheira)
4. Remoção total com pinça desinfetada (algumas irão sair espontaneamente e morrer fora)
5. Lavagem da com solução �siológica
6. Aplicação de tintura de iodo 10% na lesão
7. Aplicação de cicatrizante
8. Antibioticoterapia sistêmica (oxitetraciclina) de longa ação para prevenção de infecções
secundárias -> dose: 20 mg/kg.PV via IM a cada 48 horas por 7 dias
➔ Capstar via oral
★ CONTROLE
➔ Prevenir e tratar lesões
➔ Cirurgias - tratamento preventivo após
➔ Ambiente - roçar campo e queimar/enterrar cadáveres
➔ Pro�laxia - ivermectina ou doramectina; fentione (local); unguentos, repelentes e mata-bicheira
★ MIÍASE CAVITÁRIA/NASOFARINGEAL
➔ Etiologia - Oestrus ovis (bicho da cabeça)
➔ Biontófagos
➔ Importância - perda de peso e produção; custo do tratamento;; causa rinite parasitária ou “falso torneio”
➔ Hospedeiro de�nitivo - ovinos, caprinos e humanos (raro)
➔ Órgão de eleição - seios nasais, frontais e maxilares
➔ Morfologia - adultos com cabeça alaranjada , pelos amarelos e asa com nervura amarela; larvas de porção
ventral com espinhos e porção dorsal com faixas escuras transversais, além disso, possuem 2 ganchos orais
curtos e curvados para dentro
➔ Ciclo
-> adultos não se alimentam e vivem pouco
-> deposição da larva na narina do hospedeiro
-> migração da larva, que sofre mudas, com sangramento e liberação
de secreção, do qual a larva se alimenta (retornam a narina quando
adultas)
-> ciclo errático - pode atingir o cérebro e causar incoordenação
-> forma infectante: L1
➔ Duração - fase de ovo se dá no interior da mosca e é inde�nida; fase de larva dura de 1 a 9 meses; fase de
pupa entre 3 e 6 semanas; adultos vivem cerca de 5 dias
★ EPIDEMIOLOGIA
➔ Regiões de criação de ovinos
➔ Estações - mosca ativa durante verão e outono
➔ Fêmeas são capazes de depositar cerca de 500 larvas e podem ser observadas nas pastagens e currais entre
os ovinos
★ PATOGENIA
➔ Migração - irritação da mucosa; pontos hemorrágicos; rinite parasitária; reações in�amatórias secundárias
e pneumonia
➔ Sinais clínicos
● Postura de grupo: escondem o focinho na lã
● Espirros, sacudir da cabeça e esfregaço das narinas no pasto
● Secreção nasal
● Dispneia: respiração ruidosa
● Cegueira
● Incoordenação motora
● Tosse
● Febre
● Prostração
★ DIAGNÓSTICO
➔ Clínico
➔ Epidemiológico
➔ Patológico - achados comuns em frigorí�co
➔ Terapêutico - ivermectina
★ TRATAMENTO
➔ Triclorfon e Ivermectina
➔ Via nasal (em desuso) ou soluções orais/injetáveis
★ CONTROLE
➔ Limpeza de campos
➔ Tratamento estratégico - início do verão e no inverno (podem �car até 10 meses se protegendo do frio nas
narinas)
★ MIÍASE FURUNCULAR/DERMATOBIOSE
➔ Etiologia - Dermatobia hominis (mosca do berne)
➔ Biontófaga
➔ Hospedeiro de�nitivo - bovinos, cães e homem
➔ Órgão de eleição - tecido subcutâneo
➔ Morfologia - adulto robusto com pernas pardas alaranjadas, tórax cinza não metálico e abdômen azul
metálico, possuem boca atro�ada (não se alimentam) e olhos alaranjados grandes; larvas segmentadas com 1
par de ganchos orais rígidos, possuem 2 placas respiratórias no último segmento e é mais robusta na porção
anterior
➔ Ciclo
-> adulta captura e postura dos ovos no abdômen de
vetor (normalmente, mosca menor)
-> vetor leva ovos ao hospedeiro e liberam larvas
devido ao calor corporal
-> larvas penetram pela pele íntegra, formando cistos
(uma larva por lesão), onde realizam 2 mudas
-> L3 vai ao chão para fase de pupa
➔ Furúnculo - ganchos orais voltados para dentro da lesão a �m de permitir alimentação da larva; espiráculos
respiratórios voltados para fora; realiza movimentos circulares para aumentar lesão → causa dor no
hospedeiro
➔ Períodos - fase de ovo tem duração de 7 dias; fase de larva dura cerca de 47 dias; fase de pupa, 45 dias e
adultos, 10 dias
➔ Foma infectante - L1
★ EPIDEMIOLOGIA
➔ Vetor ideal - menor que a Dermatobia e moderadamente ativos para possibilitar captura em pleno vôo;
possuem hábitos diurnos como a Dermatobia; são zoó�los (preferência pelos mesmo hospedeiros)
★ PATOGENIA
➔ Lesão furuncular com in�amação purulenta e aderência dos pelos regionais
➔ Infecção secundária - retirada incompleta da larva com permanência dos ganchos orais; lesão crônica com
reação in�amatória e intensa �brose → hospedeiro pode apresentar emagrecimento progressivo
➔ Sinais clínicos:
I. Infestação - dor, emagrecimento, queda de produção e inquietação; depende da intensidade e
local
★ DIANÓSTICO
➔ Clínico: visualização de nódulos, principalmente, nos membros anteriores, costelas e barbela (locais onde
vetor tem acesso)
➔ De�nitivo: coleta e identi�cação da larva
★ TRATAMENTO
➔ Mecânico - por as�xia; tapar abertura da lesão
➔ Terapêutico - piretroides (pour on, banho); ivermectina ou doramectina
➔ Lesão - coleta, identi�cação e limpeza da lesão
★ CONTROLE
➔ Vetores - roçar campos; enterrar carcaças; evitar acúmulo de matéria orgânica
➔ Hospedeiros - tratamento estratégico periódico e remoção dos agentes
★ MIÍASE VISCERAL/GASTROINTESTINAL
➔ Etiologia - Gasterophilus nasalis (espécie mais importante na região)
➔ Importância - perda de peso e desempenho; morte; custos com controle; provoca cólica em equinos
➔ Biontófagas
➔ Hospedeiro de�nitivo - equinos
➔ Órgão de eleição - estômago e duodeno
➔ Morfologia- adulto grande com pelos no corpo, antenas e cabeça curtas e aparelho bucal atro�ado; larvas
com ganchos orais longos e 1 �leira de espinhos em cada segmento do corpo (G. nasalis)
➔ Ciclo:
→ fêmea deposita ovos na comissura labial ou peito do equino
→ eclosão e deglutição das larvas, que se �xam no OE em forma de L2
→ no �nal do desenvolvimento larval, larvas se desprendem e são eliminadas juntamente às fezes , onde
irão para a fase de pupa
➔ Períodos - fase de ovo dura 6 dias; fase de larva dura cerca de 9/10 meses; fase de pupa leva 3 semanas e
adultos vivem 5 dias
➔ Forma infectante - L1
★ EPIDEMIOLOGIA
➔ Brasil - ocorrência de G. nasalis e G. intestinalis
➔ Oviposição - 160 a 2000 ovos
➔ Adultos - abundantes no verão; não se alimentam
★ PATOGENIA
➔ Lesões variam com intensidade e local de infecção
➔ Fibrose tecidual e perda das glândulas da submucosa
➔ Irritação da mucosa intestinal; hemorragia; úlceras na região do piloro; gastrite e outras in�amações;
perfuração e cólica
➔ Periodontite ou glossite - larva na cavidade bucal pode penetrar nos tecidos
➔ Infecções secundárias
➔ Sinais clínicos:
1. Perda de peso pela irritação
2. Perfuração labial por coceira ou irritação (mergulham narinas na água ou esfregam
lábios no solo)
3. Cólica: rompimento da mucosa do piloro em altas infestações
a. Animal inquieto
b. Decúbito
c. Morder �anco
★ DIAGNÓSTICO
➔ Clínico - sinais clínicos
➔ Patológico - lesões no TGI (endoscopia)
➔ Etiológico - identi�cação de L3 nas fezes (difícil, pois �cam pouco tempo)
➔ Terapêutico
★ TRATAMENTO
➔ Via oral - Triclorfon e Ivermectina (menor resistência)
➔ Pro�laxia e controle - vermifugação estratégica de 2 aplicações (inverno e outono); uso de creosato no
ambiente como repelente
➔ Inspeção - utilizar esponja com água morna para remover ovos e larvas
Mosca-dos-Chifres
➔ Importância econômica - gastos com controle; perda de peso (20 a 40%) e produção
láctea (10 a 20%) causado pelo incômodo do hospedeiro
➔ Efeitos de 500 moscas (infecção alta):
1. Perda de sangue;
2. Anorexia e adipsia;
3. Perda de libido e ausência de cio;
4. Queda da taxa de prenhez
➔ Classificação da infestação - baixo (até 50 moscas, pouco prejuízo); médio (até 200); alta
(acima de 200)
➔ Taxonomia - Haematobia irritans (família Muscidae)
★ AGENTE
➔ Animais pequenos com probóscides bem desenvolvida
➔ Antena - na superfície, possui órgãos olfatórios para identificar matéria fecal fresca para
postura
➔ Ciclo biológico - cópula, geralmente, realizada sobre o bovino (macho e fêmea são
hematófagos)
◆ Parasitismo por 3-7 semanas
◆ Postura em fezes frescas
◆ Fêmea retorna ao bovino, ovos eclodem e larva vai até L3
◆ Fase de pupa
◆ Adulto emerge e procura hospedeiro
★ EPIDEMIOLOGIA
➔ Regiões tropicais e subtropicais
➔ Hospedeiros - bovinos, ovinos e caprinos
◆ Preferência por machos e touros (glândulas sebáceas com menor atividade
e testosterona)
➔ Horas mais quentes e úmidas (permanece dia e noite)
➔ Região ventral, lombo e dorso do hospedeiro
➔ Prefere pelagem escura (relação desaparece em altas infestações)
➔ Mosca possui geotropismo positivo (cabeça dirigida ao solo e asas abertas)
◆ Diferenciar da mosca dos estábulos
➔ Ocorre em grandes extensões de campo
◆ Só aparece em estábulos em altas infestações
★ PATOGENIA
➔ Picada dolorosa devido a longa probóscide
➔ Irritação e incômodo
➔ Transmissão de patógenos
➔ Sinais clínicos - perda de peso; manifestação de estresse; agressividade; perda de peso e
produção; estresse crítico; baixa da imunidade e susceptibilidade a doenças
★ DIAGNÓSTICO
➔ Clínico - observação das moscas no animais
➔ Coleta de moscas ou larvas para identificação e quantificação
★ TRATAMENTO
➔ Contato - banhos de imersão, pulverização e pour on (piretroides/avermectinas)
➔ Sistêmico - injetável ou pour on
➔ Cuidar subdose e intoxicação
★ CONTROLE
➔ Objetivo - reduzir população
➔ Identificar nível máximo aceitável (ex: 200)
➔ Calcular custo/benefício do tratamento
➔ Definir estratégia:
1. Não tratar
2. Tratar apenas 70% dos portadores de muitas moscas
→ evitar uso indiscriminado e resistência
➔ Besouros coprófagos - destroem bolos fecais
➔ Armadilhas - tiras presas ao teto perto dos comedouros (utilizado em animais mansos);
fototropismo positivo (mosca pode ser atraída com uso da luz)
Haematobia irritans “mosca dos chifres” Irritação, transmissão de Stephano�laria stilesi (nematódeo)

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