Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS Amostragem e preparo de amostras para análises FEIRA DE SANTANA OUTUBRO DE 2011 Relatório de atividade experimental para avaliação parcial da disciplina Análise Físico Química, ministrada pelo prof. Dr. Luiz Severo. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS Amostragem e preparo de amostras para análises Ivo Henrique Andrade Gláucia Pinto Helen Costa Patrícia Silva FEIRA DE SANTANA OUTUBRO DE 2011 Sumário 1 – INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 4 2 – OBJETIVO ................................................................................................................. 6 3 – MATERIAIS E EQUIPAMENTOS ........................................................................... 7 3.1 - Material ................................................................................................................. 7 3.2 - Equipamentos: ...................................................................................................... 7 3.3 – Alimentos utilizados para análise ........................................................................ 7 4 – MÉTODOS ................................................................................................................. 9 5 – RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 13 6 – CONCLUSÃO .......................................................................................................... 14 7 – ANEXO - QUESTIONÁRIO ................................................................................... 15 8 – REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 15 1 – INTRODUÇÃO Em análise de alimentos, os objetivos se resumem em determinar um componente específico de um alimento, ou vários componentes (Cecchi, 2003), e o quanto de cada um destes está presente na amostra. De acordo com CECCHI amostra é “uma porção limitada do material tomada do conjunto – universo, na metodologia estatística – selecionada de maneira a possuir as características essenciais desse conjunto” A amostra tem de passar por um procedimento anterior à análise, chamado de amostragem, o qual é o processo de seleção de uma amostra bruta representativa, a partir de um lote. (Harris, 2008). Já a preparação da amostra a partir da amostragem, tem o objetivo de remover compostos que interferem na análise de determinado analito, e converter a amostra em uma forma mais simples e adequada para a análise. O fluxograma abaixo mostra a relação do processo de amostragem e a preparação da amostra. Fluxograma de amostragem e preparo da amostra (HARRIS, 2008). A amostra bruta (fluida ou sólida) é retirada do lote e em seguida reduzida, obtendo-se uma amostra representativa de laboratório, tendo obrigatoriamente a mesma composição da amostra bruta (Harris, 2008). Um exemplo disso seria uma caixa com laranjas (a qual seria a amostra bruta) e o lote do suco produzido a partir destas laranjas (a amostra homogênea). A amostra de laboratório preparada deve passar por alguns procedimentos para a eliminação de contaminantes e traços de compostos que podem interferir na análise, e também para aperfeiçoar sua conservação (Exemplo: uso de Nitrogênio líquido em determinadas amostras, utilizado para diminuir as alterações oxidativas nestas. (Cecchi, 2003)). Como cada alimento possui uma composição e natureza diferenciada, o processo de amostragem de cada um é distinto. Amostras sólidas devem ser moídas e misturadas, já as fluidas são coletadas com o mesmo volume em diferentes pontos do recipiente (alto, meio, fundo e extremidades) após agitação e homogeneização. Em outros tipos de amostras como sólidas granulares, sólidas pulverizadas e semi-sólidas, outros processos de preparo são efetuados para se obter as amostras prontas para análise (Cecchi, 2003). A colheita adequada da amostra, cercada de todas as precauções, viabilizará as condições corretas para o processo de análise; caso contrário, este processo será comprometido ou impossibilitado. A amostra colhida em quantidade suficiente para a realização da análise deverá ser acondicionada de forma a resguardá-la de qualquer alteração e ser adequadamente identificada. (Instituto Adolfo Lutz, 2008). Dentro do conceito fundamental de que a análise começa com a colheita da amostra, torna-se necessário que este procedimento seja efetuado com todas as precauções necessárias (Instituto Adolfo Lutz, 2008). 2 – OBJETIVO Objetivo Geral Obtenção de amostras para análise de alimentos sólidos e líquidos. Objetivo Específico Desenvolver os procedimentos de amostragem e preparo de amostras em leite longa vida, óleo de soja e café em grãos. 3 – MATERIAIS E EQUIPAMENTOS 3.1 - Material - Pipeta graduada (1 mL) - Béquer (500 ml) - Béquer (100 mL) - Espátula 3.2 - Equipamentos: - Multiprocessador - Máquina de café expresso 3.3 – Alimentos utilizados para análise - Óleo de Soja Marca: Liza Fabricante: Cargill Lote L02B Data de fabricação: 18/02/11 Data de validade: 17/09/11 - Leite Marca: Elegê Fabricante: Brasil Foods Lote: PE01JH06:17 Data de Fabricação: 23/07/11 Data de Validade: 20/11/11 - Café (em grãos) Marca: Café da Montanha. Premium Torrado em grãos Fabricante: Nossa Senhora da Pompéia Ltda Lote: 1346 Data de Fabricação: - Data de Validade: 03/11/11 - Café (em grãos) Marca: Sobesa Fabricante: SOBESA Indústria Lote: 31E0611 Data de fabricação: - Data de Validade: 15/12/11 4 – MÉTODOS Etapa 1 – Coleta da amostra de Leite e Óleo a) Coleta do Leite Uma amostra com volume de aproximadamente de 20 mL de leite foi transferida para um béquer, onde foi homogeneizada. Em seguida, foram coletadas com pipeta graduada porções de 1 mL do leite contido no béquer no fundo, meio, lateral esquerda, lateral direita e da parte superior. Todas as porções foram conduzidas para um outro béquer. Figura 1: Leite b) Coleta do Óleo Aproximadamente 20 mL de óleo de soja foram transferidos para um béquer, formando a amostra deste produto. Coletou-se com pipeta graduada porções de 1 mL do óleo contido no béquer no fundo, meio, lateral esquerda, lateral direita e da parte superior. Todas as porções foram conduzidas para um outro béquer. Figura 2: Óleo de soja Etapa 2 – Coleta da amostra de grãos de café a) Mistura de grãos de café A e B Preparou-se uma mistura composta por 50% de grãos do café A (Café da Montanha) e 50% dos grãos do café B (Café Sobesa). O blend foi despejado sobre a bancada coberta com papel. b) Preparo da amostra Em seguida procedeu-se o quarteamento, organizando os grãos na forma de círculo e dividindo o círculo em quatro partes (quadrantes), em forma de cruz. A imagem abaixo ilustra o procedimento. Foram retirados dois segmentos (quadrantes) opostos no círculo que foram devolvidos ao pacote de grãos. Os quadrantes restantes deram origem a outro círculo, o qual foi procedido novamente à exclusão de dois segmentos. Os dois últimos quadrantes deram origem à amostra utilizada. As amostras, em seguida, foram levadas ao multiprocessador e, após processadas, preparou-se o café expresso. Figuras 3 e 4: Café Sobesa(A), à esquerda. Café da Montanha (B), à direita. Figuras 5 e 6: Quarteamento dos grãos de café misturados. Figuras 7 e 8: Processamento da amostra dos grãos de café. 5 – RESULTADOS E DISCUSSÃO No experimento com o leite, no momento em que foram retiradas as amostras do mesmo, não se observou nenhuma impureza, como partículas sólidas ou presença aparente de microorganismos. O mesmo foi observado no experimento com o óleo. Na experimentação com o café, foi realizado o blend, mistura entre as duas marcas, método feito para dar características sensoriais únicas ao produto. Após o blend foi realizada a amostragem, fazendo o quarteamento das amostras. Ao fim da amostragem foi possível verificar uma mistura aparentemente homogênea dos grãos das duas marcas, visto que estes possuíam coloração levemente diferente. Essa observação sugere uma amostragem satisfatória. 6 – CONCLUSÃO A partir dos experimentos, pode-se concluir que amostragem é um conjunto de execuções para se obter amostras, as quais serão analisadas em laboratório, para obter informações sobre determinado lote. A realização desse método tem como vantagens o menor custo e o resultado em período de tempo menor. 7 – ANEXO - QUESTIONÁRIO 1) Quais fatores influenciam numa amostragem incorreta? Substâncias interferentes (que têm características semelhantes ao analito em questão), impurezas como partículas sólidas e gases, presença de microorganismos que podem deteriorar a amostra como um todo, perda de umidade da amostra, condições de estocagem, e perda da composição original dos componentes na redução da amostra bruta, dentre outros. 2) Quais informações são importantes para se efetuar uma rastreabilidade dessa amostra? A natureza do lote da matéria bruta (tamanho, tipo da embalagem ou recipiente em que ela está contida), a finalidade da inspeção (aceitação ou rejeição da amostra para análise, avaliando sua qualidade), a natureza do material em teste (homogeneidade, custo) e natureza da análise (tempo e custo, procedimentos benéficos e não-benéficos a esta). 3) Analise: “Quanto menor o tamanho da amostra maior a confiabilidade da amostragem?” Não necessariamente. A confiabilidade da amostragem depende da homogeneização da amostra, bem como do método utilizado para a amostragem, e não do tamanho da amostra; pois uma amostra pode ser grande e homogênea, enquanto outra pode ser pequena e heterogênea. 8 – REFERÊNCIAS CECCHI, Heloisa M. (2003). Fundamentos teóricos e práticos em análise de alimentos. 2ª edição revista – Campinas, SP – Editora da Unicamp. HARRIS, Daniel C. (2008). Análise Química Quantitativa. 7ª edição – Rio de Janeiro – Editora LTC. INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz. Métodos físico-químicos para análise de alimentos. 4 Ed. São Paulo: IAL, 2008, v 1.
Compartilhar