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Introdução à Neuropsicologia e Neurociências

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Andrea Goldani Pinheiro
CRP 05/16217
Psicóloga/Neuropsicóloga/Mestre em Neurociências e comportamento
Introdução à Neuropsicologia e Técnicas de Exploração em Neurociências
Neurociências
É a área que se ocupa em estudar o sistema nervoso, visando desvendar seu funcionamento, estrutura, desenvolvimento e eventuais alterações que possa sofrer. Portanto, o objeto de estudo dessa ciência é complexo, sendo constituído por três elementos: o cérebro, a medula espinhal e os nervos periféricos.
É o estudo científico do sistema nervoso.
Tradicionalmente a neurociência tem sido vista como um ramo
da Biologia. Entretanto, atualmente ela é uma ciência interdisciplinar
que colabora com outros campos como a educação, química, ciência da
Computação, engenharia, antropologia, linguística, matemática, medicina 
E disciplinas afins, filosofia, física e psicologia.
Estudo da neurociência
Neurociência molecular
Neurociência celular	
Neurociência sistêmica		
Neurociência cognitiva/Neuropsicologia 
Neurociência comportamental 
bioquímica e citologia
Histologia/estrutura/funcionamento
Capacidades mentais mais complexas do ser humano
Comportamento – psicobiologia/psicofisiologia
HISTÓRIA DA NEUROCIÊNCIAS
 A palavra Neurociências foi criada em 1970 (Bear et. al, 2001), portanto, a história da Neurociência só pode ser contada corretamente a partir de 1970. 
	
	Há muito tempo o ser humano faz aproximações dizendo que a origem do comportamento e da mente está no cérebro, então a Neurociência (que tem a mesma perspectiva) existe há muito tempo. 
	A Neurociências é um campo novo, porém, possui influências antiquíssimas; possui estudos científicos e não científicos que remontam desde a filosofia de grega até os modernos exames de imagens atual.
	O que se pode falar é em história da ciência e história de parte de pensadores que vieram a se perguntar itens como: "onde está a minha mente?" e "como a mente interage com o corpo". A partir dessa pergunta ....
	
	Período Neolítico:
Trepanações cerebrais para expulsar os demônios do corpo.
 Grécia:
Surgem as perguntas mais sistematizadas sobre onde está a mente e como ela interage com o corpo.
Demócrito e Hipócretes sugerem que a mente está no cérebro e que os nervos são ocos. Essas intuições filosóficas foram baseadas na instrumentação clínica, pois à época, não se dissecavam os cadáveres.
Aristóteles, pouco tempo depois, regride esse conceito e sugere que a mente está no coração e não no cérebro. Ele tinha essa idéia por observação. Uma pessoa com uma emoção forte fica com o coração acelerado, por exemplo. 
 Roma:
Galeno pela primeira vez refuta o que diz Aristóteles a partir da dissecação de animais. Na época, o animal que ele tinha como escolha era o Boi.
Idade média:
O conceito de Galeno é expandido e os pensadores da época tentam fazer avanços.
Conceitos que tentavam correlacionar a relação ventricular com a mente, pois são as primeiras coisas vistas na dissecação.
Iluminismo:
Grande revolução da ciência. Física através de Galileo. Medicina através do anatomista Luigi Galvani.
Assim começa o estudo experimental do Sistema Nervoso, onde se descobre que ele funciona a partir de relações elétricas, que possuem áreas específicas para determinadas funções e que existem células específicas no cérebro responsáveis pela comunicação de informações, que são os neurônios.
Renascença:
O conhecimento da anatomia começa a se desenvolver. Vesálius, no começo do século XVII, através de dissecação em seres humanos, realizou um completo e detalhado estudo, principalmente, no cérebro. Nesse período, a partir da comparação do cérebro de homens com os animais, ele propõe que a sede da mente não está nos ventrículos cerebrais, mas em algum outro lugar, pois tanto homem como animais possuem ventrículos muito iguais, ao contrário do resto do cérebro, que possuia grandes diferenças.
Em 1637, René Descartes publica o Discurso do Método e cria um dualismo na natureza humana. Pode-se dizer que ele é um dos primeiros pensadores a estudar a relação entre o cérebro e o corpo, elegendo a glândula pineal como o centro de ligação entre essas estruturas. 
Frenologia:
Em 1800, Franz Gall propõe a teoria de que a caixa craniana da pessoa poderia revelar as estruturas e funções mentais. Apesar de ter começado de forma pseudocientífica, o avanço na área foi ter iniciado o localizacionismo.
Teoria da evolução:
Darwin publica em 1859 o seu célebre livro "A Origem das Espécies", colocando o ser humano e os animais em uma escala evolucionária natural.
Paul Broca:
Publica um artigo sobre a afasia de emissão em 1861, mostrando que existe estreita relação entre uma localização cerebral e uma função psicológica, por exemplo. 
Raio X:
Em 1895, o físico  Wilhelm Röntgen  descobriu essa tecnologia que serve para exames como a Angiografia cerebral.
Tomografia Computadorizada:
Em 1972, a primeira máquina de tomografia é criada, que é um método de imagem que utiliza raios-x para captação de imagens de estruturas crânio-encefálicas.
Em vários congressos, a palavra Neurociência surge. Ou seja, o campo de estudo dos objetos tradicionais à luz do Sistema Nervoso central é batizado.
Tomografia Computadorizada por Emissão de Pósitrons:
Em 1973, o primeiro PET, porém, devido o alto preço, seu uso ficou limitado até 1990.
Década do cérebro:
Em 1990, Bush declara que estamos, oficialmente, na década do cérebro.
NEUROCIÊNCIAS NO BRASIL
Comportamento, visão, memória e aprendizado, sono, regulação cardiovascular e endócrina, desenvolvimento, evolução, farmacologia, fisiologia, células-tronco: são várias as áreas da neurociência exploradas por pesquisadores no Brasil.
Os maiores polos de pesquisa em neurociências situam-se em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, e Belém do Pará - mas novos centros estão surgindo, em Natal e outras cidades.
Pesquisas Brasileiras em Neurociências
Opioid receptor and NO/cGMP pathway as a mechanism of peripheral antinociceptive action of the cannabinoid receptor agonist anandamide (Reis G M et al., Life Sciences) Neste estudo, Gláucia Reis e colaboradores investigaram, em ratos, a participação do sistema opióide e da via do óxido nítrico na antinocicepção periférica induzida pelo agonista do receptor canabinóide, anandamida.
Long-term haloperidol (but not risperidone) enhances addiction-related behaviors in mice: role of dopamine D2 receptors (Carvalho R C et al., Addict Biology)
	No artigo o grupo do pesquisador Roberto Frussa-Filho comparou, em camundongos, o efeito do uso prolongado de haloperidol com a risperidona no comportamento relacionado à adição e investigou o papel dos receptores de dopamina neste fenômeno.
Como ser neurocientista?
Não existe graduação em neurociência: 
Neurocientistas são em geral biólogos, biomédicos, médicos, psicólogos - mas vários vêm também da física, nutrição, engenharia,  ou outras formações específicas.
Alguém com interesse em Neurociências deve ter: 
- uma visão ampla da vida, focando em sua diversidade de formas, funções e comportamento e com uma base sólida de evolução da diversidade animal (biologia);
- uma visão focada em processos celulares e moleculares da vida (biomedicina);
- uma formação detalhada em anatomia e fisiologia humana apenas, com a possibilidade de optar mais tarde por trabalhar em clínica (medicina);
- uma formação focada no comportamento animal, principalmente humano (psicologia).
Neurociência Cognitiva/Neuropsicologia
É uma área acadêmica que se ocupa do estudo científico dos mecanismos biológicos subjacentes à cognição, com foco específico nos substratos neurais dos processos mentais e suas manifestações comportamentais.
Para Kandel, ganhador do Prêmio Nobel em Fisiologia e Medicina em 2000, a neurociência atual é a neurociência cognitiva, um misto de neurofisiologia, anatomia, biologia desenvolvimentalista, biologia celular e molecular e psicologia cognitiva.
 DEFINIÇÃO DE NEUROPSICOLOGIA
Ciência dedicada a estudar a expressão comportamentaldas disfunções cerebrais (Lezak, 1983).
Campo do conhecimento que trata da relação entre cognição e comportamento e a atividade do Sistema Nervoso Central em condições normais e patológicas (Nitrini).
Se encontra na interseção das neurociências e das ciências do comportamento, tendo se desenvolvido inicialmente a partir da convergência da neurologia e da psicologia, no estudo comum dos efeitos comportamentais resultantes de lesão cerebral (Grieve, 1993).
É essencialmente multidisciplinar e estuda a expressão cognitiva e comportamental das diferentes lesões e disfunções cerebrais.
Objeto e funções da Neuropsicologia
O objeto de estudo da neuropsicologia:
As alterações neurofisiológicas que podem ser resultantes de lesões cerebrais, acidentes vasculares cerebrais, síndromes genéticas, privação cultural dentre outros
As funções da neuropsicologia são: 
estabelecer a existência e avaliar a magnitude de alterações cognitivas secundárias a lesão cerebral,
identificar déficits cognitivos
quantificar/documentar o perfil cognitivo, 
intervir no sentido de corrrigir, otimizar e desenvolver as funções cognitivas.
Perspectiva Histórica
1861 – Fato fundador da neuropsicologia:
	Dificuldade para encontrar as imagens motoras das palavras (afasia motora ou de expressão/Broca) e lesões no terço posterior do giro frontal inferior esquerdo (área de Broca).
1873 – Dificuldade para identificar as imagens sensoriais das palavras (afasia sensitiva ou de recepção/Wernicke) e lesões no terço posterior do giro temporal superior esquerdo (área de Wernicke).
Emergência do cérebro como o centro do controle do comportamento, da emoção e do pensamento
Hipócrates – o coração das funções mentais
Galeno – o espírito das funções mentais
Descartes – o corpo encontra a mente
Perspectiva Histórica
Abordagens neurológicas à doença mental – Kraepelin categorizou as doenças mentais;
Terapias biológicas para doenças mentais (eletroconvulsoterapia, psicocirurgia);
Importância do ambiente terapêutico - Pinel
Neuropsicologia
Prática clínica - lida com diferentes tipos de pacientes, de acordo com a forma de surgimento, abrangência e localização dos danos cerebrais uma ou várias funções podem estar comprometidas.
As lesões no tecido cerebral podem ser de diferentes tipos: 
Origem: congênitos (má formação genética) ou adquiridos (AVC, TCE)
Localização: localizadas (tumores de epilepsia) ou difusas (Alzheimer)
Extensão: diminutas (não visíveis nos exames de imagem) ou abrangentes (visíveis nos exames de imagem)
Duração: permanentes e temporárias
Anatomia Cerebral
O cérebro e suas funções
As atividades mentais superiores, características dos seres humanos, constituem uma função dos hemisférios cerebrais, particularmente do córtex.
São aspectos importantes dessas funções a fala e a aprendizagem.
Phineas Gage
Áreas de Broadmann
Se a lesão for na área 22 de Brodmann, localizada no giro temporal superior em seu terço posterior, também no hemisfério esquerdo, vai provocar a afasia de Wernick, também chamada de afasia sensitiva ou de percepção, pois essa área é responsável pela compreensão da linguagem falada e escrita. 
ASPECTOS CONSIDERADOS NA AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA
Atenção (auditivo, verbal e visual)
Memória (verbal, visual, recente e remota, curva de aprendizado)
Funções executivas
Destreza viso-motora
Praxia construtiva
Visopercepção
Cálculo
Vocabulário, linguagem
Flexibilidade cognitiva
Abstração
Conhecimentos gerais
Capacidade cognitiva global (inteligência)
	
	
FUNÇÕES EXECUTIVAS??
TIPOS DE ATENÇÃO?
MEMÓRIA IMPLÍCITA?
LINGUAGEM
MOTRICIDADE
NÍVEL INTELECTUAL
A avaliação e intervenção neuropsicológicas devem ser aplicadas e corrigidas de acordo com normas técnicas específicas que exigem treinamento. A interpretação dos resultados exige conhecimento multidisciplinar (neurologia, psiquiatria, psicologia, pediatria e geriatria).
FIQUE ATENTO
Quando solicitar avaliação e intervenção neuropsicológica?
			Crianças
Dificuldades de leitura e escrita
Dificuldades de cálculo
Déficits atentivos (TDA/H)
Transtornos de linguagem
TCE
Meningocefalites
AVC
Retardo mental
Intoxicações
Epilepsia
Pré e pós neurocirurgia
Quando solicitar avaliação e intervenção neuropsicológica?
			Adultos
Envelhecimento
TCE
AVC
Intoxicações
Hipóxia
Meningocefalites
Pré e pós neurocirurgia
Epilepsia
TDA/H
Fins legais: interdição, capacidade para ser testado e processos trabalhistas
Etapas do Processo de Avaliação Neuropsicológica
Entrevistas iniciais
Anamnese
Testes
Exames complementares
Parecer
Entrevista de devolução
Exames Complementares
O estudo radiológico do encéfalo consiste basicamente da busca de causas secundárias do declínio cognitivo, como doença vascular cerebral, os processos inflamatórios, tumores e infecções. A ausência de achados sugestivos de outros processos degenerativos acrescentaria à convicção de tratar de um processo demencial primário.
Neuroimagem funcional e molecular
Estudos de imagem molecular, como o 11C PiB-PET são capazes de flagrar as mudanças precocemente, o que abre espaço para intervenções terapêuticas precoces. Permanece porém o desafio de se interpretar estes achados, uma vez que até 30% dos adultos podem apresentar uma carga amiloide cerebral elevada sem que isso se manifeste em sintomas clínicos.
Biomarcadores definidos como métodos complementares indicativos de um determinado estado biológico
A neuroimagem funcional também evoluiu como ferramenta diagnóstica. Exames como o 18F-FDG PET e 99m Tc-HMPAO SPECT podem detectar alterações do metabolismo cortical sugestivas de diversas formas de demências. O padrão de hipoperfusão pode sugerir maior comprometimento de um determinada região cerebral. Estes achados podem ser úteis na distinção entre as demências.
Neuroimagem estrutural
A neuroimagem estrutural ainda detém o papel central na investigação e no diagnóstico das demências. Uma constatação recente é a de que as causas secundárias de declínio cognitivo são menos prevalentes do que se imaginava. 
Eletroencefalograma
Ressonância magnética funcional
Tomografia computadorizada
PET SCAN
Estimulação cerebral profunda

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