Buscar

ATIVIDADE PRÁTICA DE APRENDIZAGEM 1 - ECONOMIA E SOCIEDADE (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ATIVIDADE PRÁTICA DE APRENDIZAGEM 1 - ECONOMIA E SOCIEDADE
ALUNA: KÉZIA DA SILVA CASSIMIRO
Os movimentos migratórios ainda podem causar estranheza, porém cresce cada
vez mais, segundo a ACNUR (Agência da ONU para Refugiados), até o fim de
2019, 79,5 milhões de pessoas em todo o mundo foram forçadas a deixar suas
casas. No Brasil há uma crescente vinda de Venezuelanos, fugindo de um estado
de caos, miséria, escassez de alimentos e remédios, inflação de muitos dígitos,
insegurança absoluta entre outros.Destaco os Indígenas Waraos, são índios
oriundos da região norte da Venezuela, que habitam há séculos o delta do rio
Orinoco, no estado Delta Amacuro e regiões adjacentes dos estados Bolívar e
Sucre. Desde 2014, cerca de 4 mil Waraos entraram em solo brasileiro de acordo
com os dados da ACNUR. Hoje, um grupo reside no Bairro Cidade Jardim Parque
Estoril em Nova Iguaçu, atendido pela Secretária de Assistência Social, no Cras
Terra de Marambaia onde trabalho, assim com o qual pude ter contato e
compreender algumas de suas dificuldades sendo imigrantes no Brasil. Apresentarei
os pontos que pude observar, junto com artigos já disponibilizados de matérias
sobre esses imigrantes.
Como já dito, a Venezuela enfrenta grave crise econômica, os Waraos, assim
como a maioria dos imigrantes, vem em busca de novas oportunidades, por viverem
de artesanatos encontram uma dificuldade ainda maior de permanecerem em seu
país de origem nos momentos de crises.Não tendo como adquirir o básico para a
sua sobrevivência e de sua família, como alimentação e moradia.
Assim, largam suas raízes, cultura, andam longos trajetos, em maioria das vezes
a pé. Ao chegarem ao Brasil, se depararam com a dificuldade do idioma, pois
apesar de popular, o espanhol e a língua portuguesa tem grandes diferenças, tendo
o adicional que os Waraos tem misturados sua língua indigena nativa. Assim, a
comunicação estando prejudicada por vezes se tem dificuldades de alocá-los em
trabalhos, o que acaba levando muitos a serem pedintes, criando assim um
estereótipos que não querem trabalhar, quando na realidade não há oportunidade.
Por vezes no olhar da população ainda há estranhamento e racismo estrutural
sobre os imigrantes,sempre sendo vistos como problemáticos na sociedade. Se tem
uma perspectiva que os imigrantes vieram para tomar direitos dos nativos, porém
sabe-se que refugiados estão em busca de novas oportunidades. Não querem
tomar direitos, empregos de ninguém, querem adquirirem e lutar pelos seus direitos,
que por diversos motivos lhe foram negados em sua terra natal.
Contudo, existe também a parte da população que ajuda com doações, alimentos,
moradias, diversas ONGs que ajudam a inserir esses imigrantes no mercado de
trabalho. Hoje, na experiência com os Waraos em Parque Estoril, já tem uma boa
convivência com a comunidade, que de início foi hostil, os imigrantes participam das
atividades no equipamento, participam das aulas com uma professora de espanhol
auxiliando para entenderem a matéria, tem uma moradia e trabalho conseguidos por
meio da secretaria de assistência.
Concluo citando artigo da Conjur sobre os indígenas Waraos, eles representam
um desafio jurídico, sociológico e político. Isto porque transcendem a condição
imigrante e demandam proteção jurídica específica como indígenas.Precisa ter uma
atenção do estado para que sejam acolhidos de forma correta.Ou seja, entendo que
ainda há um longo caminho a percorrer, talvez maior que os milhares de quilômetros
que esses imigrantes percorreram para chegar até aqui. Os governos precisam criar
e fazer funcionar políticas públicas de imigração. É preciso abraçar e compreender a
dor de quem precisa deixar sua terra, por vezes sua família, simplesmente por não
conseguirem o mínimo que se precisa para sobreviver, sim, os imigrantes não
querem riquezas, festas e glamour, querem apenas a oportunidade de
sobreviverem.
Texto de pesquisa para base da dissertação:
https://www.brasildefato.com.br/2020/08/25/indigenas-warao-os-desafios-da-migraca
o-e-as-dificuldades-da-vida-no-brasil
https://www.acnur.org/portugues/dados-sobre-refugio/
https://www.conjur.com.br/2019-jan-21/mp-debate-povo-indigena-warao-imigracao-b
rasil
Trabalho realizado e vivenciado com os Waraos no CRAS Terra de Marambaia,
onde trabalho, no município de Nova Iguaçu.
https://www.brasildefato.com.br/2020/08/25/indigenas-warao-os-desafios-da-migracao-e-as-dificuldades-da-vida-no-brasil
https://www.brasildefato.com.br/2020/08/25/indigenas-warao-os-desafios-da-migracao-e-as-dificuldades-da-vida-no-brasil
https://www.acnur.org/portugues/dados-sobre-refugio/
https://www.conjur.com.br/2019-jan-21/mp-debate-povo-indigena-warao-imigracao-brasil
https://www.conjur.com.br/2019-jan-21/mp-debate-povo-indigena-warao-imigracao-brasil

Continue navegando