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Artrologia: Estudo das Articulações

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ARTROLOGIA 
ESTUDO DAS ARTICULAÇÕES 
 
O Sistema Articular 
Articulação ou juntura é a conexão entre duas ou mais peças esqueléticas (ossos ou 
cartilagens). Essas uniões não só colocam as peças do esqueleto em contato, como 
também permitem que o crescimento ósseo ocorra e que certas partes do 
esqueleto, principalmente o crânio no fetu e bacia na gestante, mudem de forma 
durante o parto. Embora apresentem consideráveis variações entre elas, as 
articulações possuem certos aspectos estruturais e funcionais em comum que 
permitem classificá-las em três grandes grupos: fibrosas, cartilaginosas e sinoviais. 
O critério para esta divisão e a natureza dos elemento que se interpõe às peças que 
se articulam serão bem detalhados nesta apostila. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
CRÂNIO 
 
COLUNA 
VERTEBRAL 
 
TÓRAX 
 
MEMEBRO 
SUPERIOR 
 
MEMBRO 
INFERIOR 
 
ANATOMIA ONLINE 
Rua Maria Angélica 171 
Lagoa – Rio de Janeiro 
 
www.anatomiaonline.com 
 
Agosto 2017 
 
 
 
 
 
2 
Introdução 
 
Artrologia é o capitulo da anatomia que estudas as articulações. 
Articulação é a união de duas ou mais peças ósseas ou cartilaginosas, por meio de feixes fibrosos ou 
fibro-cartilaginosos, apresentando ou não movimentos. 
Os ossos do corpo humano estão unidos uns aos outros nas mais diferentes partes de suas superfícies e 
revestidas por tecidos especializados dependendo de suas funções. Quando as articulações são ditas 
imóveis, como as articulações do crânio, os ossos estão praticamente em contato, sendo separado por 
apenas uma fina camada de tecido fibroso, chamado de ligamento sutural. Quando as articulações 
possuem movimento limitado e sofrem grande carga ou força, ossos são revestidos por fibrocartilagens 
bem resistentes e elásticas para suportar a pressão e amortecer o impacto. No caso das articulações com 
movimentos amplos, as superfícies articulares estão completamente separadas. As superfícies ósseas 
são revestidas por cartilagem e a articulação envolvida por uma cápsula fibrosa que mantém o espaço 
articular preenchido por um líquido lubrificante levemente viscoso (líquido sinovial) responsável, 
juntamente com a cartilagem, em propiciar um meio com menor atrito possível. 
As articulações podem ser divididas e classificadas conforme sua estrutura e sua mobilidade. 
Começaremos os estudos das articulações descrevendo o nome e tipo de movimentos que elas 
apresentam. 
 
Movimentos 
Os movimentos das articulações podem ser divididos em quatro grandes grupos: movimentos 
deslizantes, movimentos angulares, circundução e rotação. Esses movimentos são combinados 
na maior parte das vezes, produzindo um infinidade de possibilidades às articulações. 
 
Movimento deslizante – é o tipo mais simples. Uma superfície articular desliza sobre a outra sem 
nenhuma outra angulação ou rotação. È comum à todas as articulações; mas em algumas, como as 
articulações do tarso e do carpo, é o único movimento existente. 
 
 
 
 
3 
Movimento angular – ocorre somente entre os ossos longos. Recebe esse nome por altera o ângulo 
entre ossos, aproximando os ossos quando diminui o ângulo e afastando quando aumenta o ângulo. 
Esse grande grupo de movimento abrange a extensão, a flexão, a abdução e a adução. Como exemplo 
de articulações que fazem esses movimentos temos o joelho e o ombro. 
 
Circundução – é o movimento realizado entre a cabeça do osso e uma cavidade articular quando um 
osso faz um movimento em forma de cone no espaço, sendo a base do cone a parte distal do membro e 
o ápice do cone a articulação. Os melhores exemplos são o ombro e o quadril. 
 
Rotação – é o movimento no qual o osso se move ao redor de um eixo central sem deslocamento do 
eixo da articulação. O eixo da rotação pode estar em um osso separado, como no caso do pivô formado 
pelo processo odontóide do Axis no qual o Atlas gira. 
O osso também pode girar ao redor do seu próprio eixo como, por exemplo, na rotação do úmero com 
a cavidade glenóide da escápula. 
 
Ação ligamentar dos músculos – Os movimentos das articulações dos membros estão combinados 
por meio de longos músculos que passam por mais de uma articulação. Esses músculos quando de 
contraem ou relaxam agem como verdadeiros elásticos impedindo alguns movimentos das articulações. 
Assim os músculos do jarrete (músculos posteriores da coxa) previnem a completa flexão do quadril, a 
não ser que o joelho se flexione, quando ele aproxima as fixações musculares e possibilita um maior 
grau de flexão do quadril. 
A função das ações ligamentares dos músculos é: 1º coordenar os tipos de movimentos que são os mais 
habituais e permitir que sejam executados com o menor gasto de energia. 2º permitir que os músculos 
curtos, que passam sobre apenas uma articulação, tenham ação em mais de uma articulação. 3º dar as 
articulações a capacidade de resistir e gerar força nas mais diversas direções. 
 
Todos os movimentos podem ser bem compreendidos observando as figuras que se seguem, a 
explicação detalhada de cada tipo de movimento é feita após as figuras. É interessante você utilizar seu 
próprio corpo como modelo. Repita os movimentos que você vê nas figuras, será mais fácil para fixá-
los. 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
Abdução: Movimento que afasta a estrutura anatômica da linha média. Um exemplo simples seria o 
ato de elevar os braços lateralmente, distanciando-o do tronco. 
 
Adução: Movimento contrario à abdução, ou seja, consiste em aproximar a estrutura anatômica da 
linha média. 
 
Rotação: Movimento que o osso faz ao girar em torno de um único eixo, sem se mover em nenhum 
outro. Pode ser lateral, quando a rotação tem sentido de afastar-se da linha média. E pode ser medial, 
quando a rotação tem sentido à linha média. 
 
Circundução: É a combinação dos movimentos de flexão, extensão, abdução e adução. 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
Flexão: Movimento que diminui o ângulo entre as estruturas que compõem a articulação. Um exemplo 
bem característico é a flexão do antebraço no cotovelo, movimento que diminui o ângulo entre o braço 
e o antebraço. 
 
Extensão: Movimento que aumenta o ângulo entre as estruturas que compõem a articulção. Um 
exemplo para esse movimento seria o ato de “esticar” o joelho, aumentando o ângulo entre o fêmur e a 
tíbia. 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
 
Pronação e Supinação: É um tipo especializado de rotação que ocorre nas mãos. Supinação é a 
rotação que põem as mãos em posição de súplica, palmas voltadas superiormente. Pronação é a rotação 
que põem as mãos em posição de benção, palmas voltadas inferiormente. 
 
 
Classificação das articulações 
Como já dito anteriormente, podemos classificar as articulações de acordo com a mobilidade, ou seja, 
com o grau de movimento que ela permite e em relação às estruturas que a compõe. 
São três classes: 
Classe das sinartroses ou fibrosas. 
Classe das anfiartroses ou cartilagíneas. 
Classe das diartroses ou sinoviais. 
 
 
 
9 
Sinartroses ou Fibrosas 
São articulações onde os ossos estão quase que em contato direto, sendo interpostos apenas por tecido 
conjuntivo fibroso e onde não há movimento apreciável. Como exemplo temos as articulações dos ossos 
do crânio (exceção da articulação temporomandibular). 
 
São divididas em três gêneros: 
Sindesmose: é uma sinartrose na qual dois ossos são unidos 
por ligamentos interósseos, como na articulação tibiofibular 
distal. 
Sutura: é a articulação onde as margens dos ossos são unidas 
por finas camadas de tecido fibroso. Essas articulações só estão 
presentes no crânio. 
Gonfose: é uma sinartrose que se faz entre um processo cônico e uma cavidade, observada na 
articulação da raiz do dente nos alvéolos da mandíbula e da maxila. 
 
 
Anfiartroses ou Cartilagíneas 
É um tipo de articulação onde as superfícies articulares são unidas por tecidocartilaginoso e permitem 
apenas diminutos movimentos. 
São divididas em dois gêneros: 
 
Sincondrose: é uma forma temporária de articulação, que 
durante o desenvolvimento sofrem processo de ossificação. 
São encontradas entre a epífise e a diáfise nos ossos longos 
das crianças e entre as costelas e as cartilagens costais. 
Sínfise: é um tipo de anfiartrose onde as superfícies ósseas 
estão interpostas por discos fibrocartilaginosos achatados. 
Encontrada na articulação entre os corpos das vértebras e 
entre os ossos púbicos, sínfise púbica. 
 
 
 
10 
 
 
 Um exemplo de sutura Um exemplo de sínfise 
 
Diartoses ou Sinoviais 
Nessas articulações as superfícies articulares são recobertas por cartilagem articular e unidas por 
ligamentos. São revestidas por uma cápsula sinovial. Esta cápsula contém internamente uma 
membrana sinovial que secreta liquido sinovial no espaço articular para lubrificar a articulação e nutrir 
a cartilagem articular. Este líquido diminui o atrito entre as cartilagens funcionando literalmente como 
um óleo, sua consistência lembra a consistência do azeite. O espaço articular pode ou não conter discos 
fibrosos (meniscos) cuja periferia se continua com a cápsula sinovial. 
 
As diartroses são divididas em gêneros: 
 
Artródia ou Plana: é uniaxial e permite apenas movimento deslizante. Exemplo: entre os ossos do 
carpo. 
Tropóide, trocóide ou pivô: é uniaxial e permite somente o movimento de rotação. Exemplo: 
articulação rádioulnar e atlantoaxial. 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
 
 
Troclear ou gínglimo: é uniaxial. Imita uma dobradiça, onde as superfícies se encaixam com tal. 
Permitem apenas o movimente de flexão e extensão. Exemplo: articulação úmero ulnar. 
 
Condilar: é biaxial, se faz entre uma superfície oval e uma cavidade elípitica. Exemplo: articulação 
têmporomandibular e articulação do 1º metacarpo com o carpo. 
 
 
 
 
12 
 
 
 
Selar: é biaxial, é a articulação entre uma face côncava e outra convexa. Exemplo: articulação 
carpometacarpica do polegar. 
 
Esferóide ou enartrose: é multiaxial, formada pela recepção de uma cabeça globosa em uma 
cavidade em forma de cálice. Exemplo: escapuloumeral e a coxofemural. 
 
 
 
 
Diartroanfiartose 
É uma classe única, com características de diartrose (cápsula articular) e de anfiartroses (cartilagem) A 
única articulação no corpo humano com essas características é a articulação sacro-ilíaca. 
 
 
 
 
13 
Articulações do Crânio 
 
As articulações entre os ossos do crânio são de três tipos: as suturas, que são as mais comuns, a 
sincondrose craniana e a diartrose do tipo condilar que se faz entre a fossa mandibular do osso temporal 
e o côndilo da mandíbula. 
 
Suturas ou sinfibroses cranianas 
Retirando a articulação temporomandibular e a sincondrose entre o osso temporal e parietal, todas as 
outras articulações do crânio do adulto são suturas. 
 
Sincondrose craniana 
È a articulação que existe entre a parte petrosa do osso temporal e o processo jugular do occipital. É a 
única sincondrose do adulto. 
 
Articulação temporomandibular 
É uma sinovial condilar que combina gínglimo e plana. Ocorre entre a cavidade glenóide do osso 
temporal e côndilo da mandíbula sendo interpostos por um menisco interarticular. Permite os 
seguintes movimentos: afastamento e aproximação dos maxilares (mordida), circundação, 
deslocamento lateral e uma ligeira protusão. 
Meios de união: 
- Cápsula articular 
- Ligamento lateral (temporomandibular): dois feixes curtos que saem do zigomático em direção da 
mandíbula 
- Ligamento estilomandibular: sai do processo estilóide do osso temporal e se fixa no ângulo da 
mandíbula. 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Articulação temporomandibular com a mandíbula quase fechada. 
Posição fechada: O côndilo da mandíbula está separado da fossa mandibular do osso temporal por um fino menisco que 
atua como um coxim quando abrimos e fechamos a boca para falar, mastigar ou respirar. 
Posição aberta: O menisco permanece em posição quando se movimenta a articulação. 
 
 
 
15 
 
 
 
 
Articulação temporomandibular com a mandíbula aberta. 
 
 
 
 
 
 
 
16 
Articulações da Coluna Vertebral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As articulações da coluna vertebral consistem em uma serie de anfiartroses entre os corpos vertebrais 
e outra série de diartroses entre os arcos vertebrais. 
Entre os corpos vertebrais há um pequeno movimento de deslizamento de um corpo vertebral sobre o 
outro através do disco intervertebral. Quando estes diminutos movimentos acontecem entre todas as 
vértebras e se somam, a amplitude total do movimento passa a ser considerável. Basta você imaginar 
uma pessoa abaixando para amarrar o sapato ou então todos os movimentos possíveis da cabeça. 
Unindo as vértebras existem três ligamentos que devemos conhecer. 
 
 
 
 
 
17 
 
Ligamento longitudinal anterior (ligamentum longitudinale anterius) – É um ligamento 
largo e forte compostos por feixes de tecido fibroso que se estende pela face anterior dos corpos 
vertebrais desde o Axis até o sacro. É mais largo em sua extremidade inferior do que na superior e 
mais espesso na coluna torácica quando comparado a coluna lombar e cervical. Está fixado no corpo 
do Áxis, onde é contínuo ao ligamento atlantoaxial anterior, se estende abaixo até e extremidade 
superior e anterior do Sacro, o promontório. 
Durante essa extensão tão longa, tornando-o um dos maiores ligamentos do corpo humano, ele muda 
sua espessura conforme reveste os corpos vertebrais. Está intimamente aderido aos discos 
intervertebrais e as margens proeminentes das vértebras, mas no meio do corpo vertebral é mais 
frouxo, permitindo sua dissecção. É nessa parte, no meio do corpo vertebral, onde fica mais espesso 
preenchendo a concavidade da face anterior das vértebras fazendo co que toda a face anterior da 
coluna vertebral seja mais lisa, ou igual. 
 
 
Ligamento longitudinal posterior (ligamentum longitudinale posterius) – Está situado na 
face posterior do corpo vertebral, dentro do canal vertebral; se estende desde o corpo do Áxis, onde é 
contínuo a membrana tectoria, até a face posterior das vértebras sacrais. . É mais largo em sua 
extremidade inferior do que na superior e mais espesso na coluna torácica quando comparado a coluna 
lombar e cervical. É composto por fibras longitudinais lisas e reluzentes, mais densas e compactas do 
que as do ligamento anterior. 
 
Ligamento amarelo (ligamenta subflava) – Conecta as lâminas vertebrais adjacentes, desde o 
Áxis até a primeira vértebra sacral. Podem ser melhor apreciado após a abertura do canal vertebral, já 
que são anteriores as lâminas e estão encobertos pelos corpo vertebrais. Quando vistos pela face 
posterior da coluna vertebral ficam encobertos pelas lâminas vertebrais, parecendo serem mais curtos 
do que realmente são. Cada ligamento é composto por duas porções laterais de tecido elástico 
amarelado, suas fibras são paralelas e saem da face anterior da lâmina da vértebra superior para se fixar 
na superfície posterior da lâmina da vértebra inferior. A elasticidade de suas fibras desempenham 
fundamental papel em manter a postura ereta e assitir a musculatura para vertebral em reassumir essa 
postura após flexão da coluna vertebral. 
 
 
 
 
 
18 
Discos Intervertebrais ou Fibrocarilagens intervertebrais (fibrocartilagines 
intervertebrales) – Estão interpostos entre os corpos vertebrais contíguos. Existem desde o Áxis até 
o Sacro e são considerados as peças fundamentais nas articulações intervertebrais. Variam de tamanho, 
forma e espessura nas diversas regiões da coluna vertebral. São maiores e mais espessos na coluna 
lombar do que na região cervical, já que acompanham o tamanho das vértebras que eles articulam. 
Variam de espessuratambém dentro da mesma fibrocartilagem, são mais largos na região anterior do 
que na posterior nas colunas cervicais e lombares contribuindo para lordose dessas regiões. Esses 
discos são responsáveis por um quarto (1/4) do comprimento da coluna vertebral. Mas essa distribuição 
de espessura não é igual em todas as regiões da coluna; a coluna cervical e lombar possuem discos mas 
espessos, em proporção as suas vértebras, do que a coluna torácica. Isso propicia uma maior mobilidade 
à coluna cervical e lombar quando comparada as coluna torácica. 
As cartilagens intervertebrais são fixadas à cartilagem hialina que reveste a superfície superior e inferior 
dos corpos vertebrais, em sua superfície externa os discos intervertebrais se fixam fortemente aos 
ligamentos longitudinais, de forma que a superfície anterior ao ligamento longitudinal anterior e a 
superfície posterior ao ligamento longitudinal posterior. Na coluna torácica elas estão unidas 
lateralmente, por meio dos ligamentos interarticulares, à cabeça das costelas que fazem articulação 
com essas vértebras. 
 
 
Articulação atlantoccipital 
É a articulação que une o crânio à coluna vertebral. Ela ocorre entre as faces articulares superiores do 
Atlas e o côndilo do occipital, sendo uma articulação sinovial condilar. Permite a flexão e a extensão e 
um diminuto movimento de lateralidade. 
Meios de união: 
Membrana atlantoccipital anterior: ampla e constituída de fibras densas e entrelaçadas. 
Membrana atlantoccipital posterior: ampla porem delgada, apresenta uma abertura por onde passam 
a artéria vertebral e o nervo suboccipital. 
Ligamentos laterais: são continuações das cápsulas articulares. 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
Articulação atlantoccipital e da coluna cervical – vista anterior 
 
 
Articulação atlantoccipital – vista posterior 
 
 
 
 
 
20 
 
Articulação atlantoaxial 
É a articulação entre o Atlas e o Áxis, ocorre em dois pontos: entre o Atlas e o dente do Áxis (articulação 
atlantoaxial mediana) e entre os processos articulares dos dois ossos (articulação atlantoaxial lateral). 
 
 
Articulação atlantoaxial mediana 
Entre o dente do Áxis e o anel formado pelo arco anterior do Atlas e o ligamento transverso, havendo 
duas cavidades sinoviais: uma entre a face posterior do arco anterior do Atlas e o dente do Áxis e outra 
entre o ligamento transverso e face articular posterior do dente do Áxis. Trata-se de uma articulação 
sinovial (diartrose) trocóide que permite a rotação lateral e medial do Atlas e com ele o crânio, a 
extensão desse movimento é limitada pelos ligamentos alares. 
 
Articulação atlantoaxial lateral 
Encontra-se entre as faces articulares superiores do Áxis e as faces articulares inferiores do Atlas, é uma 
articulação sinovial (diartrose) plana que permite um pequeno deslizamento do Atlas e com ele o crânio 
sobre o Áxis. 
Os ligamentos dessas articulações são: 
Ligamentos alares: Os ligamentos alares têm o aspecto de corda e se originam das partes laterais do 
dento do Áxis indo fixar-se nas faces mediais do côndilo do occipital. 
Ligamento atlantoaxial anterior: fixado à borda inferior do arco anterior do Atlas e à face ventral do 
corpo do Áxis. 
Ligamento atlantoaxial posterior: é mais delgado que o anterior e estende-se do arco posterior do Atlas 
às laminas do Áxis, substituindo o ligamento amarelo. 
Ligamento transverso: fixa o dente do Áxis ao arco anterior do Atlas, vai de uma face medial da massa 
lateral do Atlas à outra. 
 
 
 
 
 
21 
 
Articulação atlantoccipital após abertura do forame magno e do canal vertebral – vista 
posterior 
 
 
 
 
Articulação atlantoccipital e atlantoaxial após abertura do forame magno e do canal 
vertebral, a membrana tectória foi removida – vista posterior 
 
 
 
 
22 
 
 
 
 
 
 
 
 
Articulação atlantoccipital e atlantoaxial após abertura do forame magno e do canal 
vertebral, os ligamentos foram removidos – vista posterior 
 
 
Articulação atlantoaxial – vista superior 
 
 
 
 
23 
Articulações Intervertebrais 
São constituídas de uma série de sínfises entre os corpos vertebrais e uma série de junturas entre os 
arcos vertebrais. Durante essas articulações a superposição dos forames vertebrais forma o canal 
vertebral por onde passa a medula espinhal e as superposições das incisuras vertebrais formam os 
forames intervertebrais, por onde passam os nervos espinhais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ligamentos da coluna vertebral, região torácica – vista anterior 
 
 
 
 
24 
Articulações dos corpos vertebrais 
São anfiartrose do tipo sínfise, projetadas para suportar 
peso e garantir resistência. Elas são formadas por 
discos intervertebrais que variam de forma, tamanho e 
espessura nas diferentes regiões da coluna vertebral, 
sendo maiores entre as vértebras lombares e memores 
entre as vértebras cervicais. Os discos intervertebrais 
são compostos de anéis fibrosos com lâminas 
concêntricas de fibrocartilagem e possuem no seu 
centro o núcleo pulposo. O núcleo pulposo é uma massa 
gelatinosa que atua como uma mola que absorve os impactos. 
Essas sínfises permitem um diminuto movimento, mas quando esses pequenos movimentos se somam 
a coluna vertebral apresenta notável mobilidade, tendo movimentos de flexão, extensão, flexão lateral 
e rotação. 
As estruturas que unem os corpos vertebrais são: 
Ligamento longitudinal anterior: é uma forte faixa fibrosa que une as faces antero-laterais dos corpos 
vertebrais e dos discos intervertebrais. O ligamento longitudinal anterior mantem a estabilidade da 
coluna vertebral e ajuda a impedir a sua hiperextensão. 
Ligamento longitudinal posterior: é mais estreito e mais fraco que o ligamento longitudinal anterior, 
estende-se ao longo da face dorsal dos corpos vertebrais e discos intervertebrais dentro do canal 
vertebral desde o Áxis até o sacro. Ajuda a impedir a hiperflexão da coluna vertebral. 
 
Articulações dos arcos vertebrais 
São articulações sinoviais planas entre os processos articulares dos arcos vertebrais. A amplitude do 
movimento é determinada pelo tamanho do disco intervertebral, quando maior o disco menor o 
movimento. As laminas, os processos espinhosos, e os processos transversos são unidos por ligamentos, 
que são: 
Ligamento amarelo ou flavo: une as laminas das vértebras vizinhas, formando parte da parede posterior 
do canal vertebral. Está presente desde o Áxis até o Sacro. 
Ligamento interespinhal: é fino e conecta os processos espinhosos adjacentes, fixando-se da raiz ao 
ápice de cada processo espinhoso. 
 
 
 
25 
Ligamento nucal: é uma membrana fibrosa que, no pescoço, representa o ligamento supra-espinhal. 
Estende-se da protuberância occipital externa e linha mediana da nuca ao processo espinhoso da sétima 
vértebra cervical. 
Ligamento supra-espinhal: assemelha-se a um cordão e reúne os ápices dos processos espinhosos desde 
a sétima vértebra cervical até o Sacro, fundi-se superiormente com ligamento nucal. 
Ligamento intertransversário: une os processos transversos adjacentes. Na região cervical apresenta-
se composto por fibras espalhadas, na região torácica são cordões fibrosos e na região lombar são finos 
e membranáceos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ligamentos da coluna lombar após abertura do canal vertebral – vista posterior 
 
 
 
26 
Articulação Lombosacral 
É uma anfiartrose do tipo sínfise formada por disco intervertebral entre seus corpos e sinovial 
(diartrose) plana entre suas faces articulares. Nessa articulação também encontramos o ligamento 
amarelo (unindo as laminas da quinta vértebra lombar com as laminas da primeira vértebra sacral), o 
ligamento longitudinal anterior e posterior, e os ligamentos supra e inter-espinhais. 
Além desses citados há um ligamento particular, o íliolombar. Ele insere-se cranialmente no processo 
transverso da quinta vértebra lombar e distalmente por dois feixes: um quese dirigi para a base do 
Sacro unindo-se ao ligamento sacro-ilíaco ventral e outro que se insere na crista ilíaca, imediatamente 
adiante à articulação sacroilíaca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Articulação dos processos articulares da coluna lombar. O ligamento amarelo esquerdo 
foi removido – vista posterior 
 
 
 
 
 
27 
Articulação Sacrococcígea 
Possui um disco intervertebral unindo o ápice do Sacro ao corpo da primeira vértebra coccígea, sendo 
classificada como anfiartrose do tipo sínfise. Possui apenas dois ligamentos muito semelhantes aos 
ligamentos longitudinais: o ligamento sacrococcígeo anterior e o sacrococcígeo posterior. 
 
 
 
Articulação Sacroilíaca 
É uma articulação distinta das demais, adaptada par suportar o peso da maior parte do corpo. Ela 
apresenta características de uma articulação sinovial (diartrose) como cápsula articular e liquido 
sinovial e características de uma anfiartrose, pois possui fibrocartilagem unindo as faces auriculares 
dos dois ossos. Por essa razão é classificada como diartroanfiartrose. 
Os ligamentos que unem esses ossos são: 
Ligamento sacroilíaco ventral: une a face ventral da parte lateral do Sacro à borda anterior da face 
auricular do Ílio 
Ligamento sacroilíaco dorsal: é o mais forte dos ligamentos entre esses ossos e está situado em uma 
depressão entre o Sacro e o Ílio. 
Ligamento interrósseo: reúne as faces auriculares do Sacro e do Ílio, se encontra entre os ligamentos 
sacroilíacos ventrais e dorsais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
 
 
 
 
 
Ligamentos da coluna torácica e das articulações costovertebrais – vista lateral 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coluna cervical – secção mediana 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
 
 
 
 
 
Articulação dos arcos vertebrais na coluna torácica após abertura do canal vertebral – 
vista anterior 
 
 
 
 
 
 
31 
Articulações das Costelas 
 
Articulação Costovertebral 
A articulação da coluna vertebral com as costelas se faz em dois pontos: um que une o corpo das 
vértebras torácicas à cabeça das costelas e outro entre o processo transverso das vértebras torácicas e o 
tubérculo das costelas. Os movimentos dessas articulações produzem durante a inspiração o aumento 
do diâmetro do tórax e sua diminuição durante a expiração. 
 
 
 
 
 
Articulação da cabeça das costelas 
É uma articulação sinovial plana que se faz entre cabeça de uma costela típica com as fóveas costais 
das margens contíguas das vértebras torácicas e seus discos intervertebrais. A segunda costela se 
articula com a primeira e com a segunda vértebra torácica, a terceira costela se articula com a segunda 
e com terceira vértebra torácica e assim sucessivamente. As exceções se encontram na primeira, décima, 
 
 
 
32 
décima primeira e décima segunda costela. Elas se articulam, cada uma, com uma única vértebra de 
mesmo número. 
Os ligamentos presentes nessas articulações são: 
Ligamento radiado: Envolve a cápsula articular e une a cabeça da costela aos corpos vertebrais e ao 
disco intervertebral. 
Ligamento intra-articular: situa-se no interior da articulação e a divide em duas cavidades sinoviais. 
 
 
 
 
 
 
Articulação costovertebral – vista superior 
 
 
 
 
 
 
33 
Articulação Costotranversária 
É a articulação entre o tubérculo da costela e a fóvea costal do processo transverso de sua própria 
vértebra torácica. Está articulação está ausente nas costelas flutuantes. 
Os ligamentos são: 
Ligamento costotranversário superior: é uma faixa que une a crista do colo da costela ao processo 
transverso superior a ela. 
Ligamento costotransversário posterior: insere-se no colo da costela e na base do processo transverso 
e no processo articular inferior da vértebra acima. 
Ligamento do colo da costela: une o colo da costela ao processo transverso da vértebra torácica com 
que se articula. 
Ligamento do tubérculo da costela: é curto e muito resistente. Estende-se do ápice do processo 
transverso de sua vértebra até o seu tubérculo. 
 
 
Articulações Costocondrais 
São as articulações entre as costelas e suas cartilagens costais. Mais precisamente entre a extremidade 
lateral de cadacartilagem costal e a depressão na extremidade esternal do osso costal, as duas são 
mantidas unidas pelo periósteo, caracterizando uma anfiartrose do tipo sincondrose. 
 
 
Articulações Intercondrais 
São as articulações que ocorrem entre as cartilagens costais. Presente entre as margens adjacentes da 
sexta cartilagem e sétima, sétima e oitava e oitava e nona. São articulações sinovias (diartroses) planas, 
possuem cavidade sinovial envolvida por cápsula articular reforçada lateralmente pelos ligamentos 
intercondrais. A articulação entre a nona costela e a décima é fibrosa. 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
 
 
Ligamentos dos arcos vertebrais e costotransversários – vista posterior 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
 
 
 
Esterno e cartilagens costais – vista anterior 
 
 
 
 
 
 
36 
 
Articulações do Esterno 
 
Articulação manúbrioesternal 
O manúbrio e o corpo do esterno situam-se em planos ligeiramente diferentes, portanto, quando se 
articulam formam um ângulo denominado ângulo do esterno ou ângulo de Louis. É uma anfiartrose do 
tipo sínfise, pois possui fibrocatilagem unindo os dois ossos. 
 
Articulação xifoesternal 
Entre o processo xifóide e o corpo do esterno, é uma articulação cartilagínea que está normalmente 
ossificada por volta dos cinqüenta anos de idade. 
 
Articulações esternocostais 
As articulações das cartilagens costais com o esterno são sinoviais (diartroses) planas, apresentando 
todas as características de uma articulação sinovial com uma exceção: a cartilagem da primeira costela 
está diretamente unida ao esterno e se trata de uma sincondrose. 
Os ligamentos presentes nessas articulações são: 
Ligamentos esternocostais radiados: se irradiam das faces anteriores e posteriores da extremidade 
esternal das cartilagens costais para o esterno. 
Ligamento esternocostal intra-articular: está presente apenas entre a segunda cartilagem costal e o 
esterno, unindo-a a fibrocartilagem presente na articulação manúbrioesternal. 
Ligamneto costoxifoideo: une a face anterior e posterior da sétima cartilagem costal, ocasionalmente a 
sexta também, às respectivas faces do processo xifóide. 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
 
 
 
Articulações do esterno, articulação esternoclavicular foi aberta – vista anterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
Articulações do Membro Superior 
 
Articulações da Clavícula 
 
Articulação Esternoclavicular 
É uma articulação sinovial selar que une a clavícula ao esterno. Faz-se entre face articular esternal da 
clavícula, a face articular clavicular do esterno e cartilagem da primeira costela. Apresenta um disco 
intra-articular achatado que se interpõem entre as superfícies articulares do esterno e da clavícula. È o 
único ponto de união entre o membro superior e o tronco. Permite os movimentos de elevação e 
depressão do ombro, assim como diminutos movimentos de deslizamento do membro superior no tórax. 
Os ligamentos são: 
Ligamento esternoclavicular anterior: recobre a face anterior da articulação, se origina da extremidade 
esternal da clavícula e se insere na parte ventral do manúbrio. 
Ligamento esternoclavicular posterior: recobre a face dorsal da articulação, segue o mesmo sentido que 
o ligamento supracitado. 
Ligamento interclavicular: é um feixe chato que une uma clavícula a outra e estas ao esterno. 
Ligamento costoclavicular: origina-se da extremidade esternal da clavícula indo se inserir na cartilagem 
costal da primeira costela. 
O disco articular (discus articularis): é liso, plano e tem formato quase circular, encontra-se interposto 
entre as superfícies articulares do esterno e clavícula. Molda a articulação dividindo a cavidade articular 
em dois espaços, cada qual envolto pelamembrana sinivial. 
 
Articulação Acromioclavicular 
É uma articulação sinovial artródia (plana) entre face articular acromial da clavícula e a borda medial 
do acrômio. Esta articulação permite apenas movimentos limitados de deslizamento da clavícula na 
escapula. 
Esta unida pelos ligamentos: 
 
 
 
39 
Ligamento acrômioclavicular: tem forma de quadrado e une a extremidade acromial da clavícula ao 
acrômio. 
Ligamento coracoclavicular: une a clavícula ao processo coracóide da escapula. É constituído por duas 
partes denominadas ligamento trapezóide e ligamento conóide. 
Ligamento coracoacromial: é uma forte banda triangular que liga o processo coracóide ao acrômio. Este 
ligamento, juntamente com o processo coracóide e o acrômio formam uma abóboda para a proteção da 
cabeça do úmero. 
 
Articulação do Ombro ou Escapuloumeral 
 
É uma articulação sinovial esferóide que existe entre a cabeça do úmero e a cavidade glenóide da 
escapula. É dotada de amplos movimentos de: rotação, flexão, extensão, adução, abdução e circundação. 
Os ligamentos não mantem as superfícies articulares em aposição, uma vez que úmero pode ser 
separado por um espaço considerável da cavidade glenóide. A função dos ligamentos do ombro é limitar 
a amplitude dos movimentos, isso se faz necessário por que a cavidade glenóide é rasa e deixa a cabeça 
do úmero muito livre. Para moldar essa articulação a cartilagem articular do úmero é mais espessa no 
centro e a cartilagem articular da cavidade glenóide é mais espessa nas extremidades, formando assim 
um espaço mais restrito dando uma maior estabilidade para a articulação. 
Os ligamentos são: 
Ligamento coracoumeral: origina-se do processo coracóide da escápula e se insere próximo ao tendão 
do músculo bíceps braquial, fortalecendo a parte superior da escápula. 
Ligamento glenoumeral: é muito espesso e resistente. Circunda quase que totalmente a cabeça do 
úmero fixando-a aos lábios da cavidade glenoidal. È dividido em três porções – superior, média e 
inferior. 
Ligamento umeraltransverso: é bastante estreito e forma um canal para o tendão do bíceps ao saltar de 
um tubérculo ao outro. 
Lábio glenoidal: é uma faixa de fibrocartilagem que circunda a borda da cavidade glenóide para moldar 
a articulação e dar maior estabilidade aos movimentos do ombro. 
 
 
 
 
40 
 
 
 
 
 
41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
Bursa ou Bolsa subacromial – É um saco contínuo à cápsula articular preenchido por liquido 
sinovial. Sua função é diminuir impacto e atrito entre os ossos, tendões e músculos nas articulações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
Articulação do Cotovelo 
 
A união entre o úmero e os ossos do antebraço constitui a articulação do cotovelo. É uma articulação 
sinovial do tipo gínglimo (dobradiça) e mista, uma vez que existem mais de dois ossos se articulando 
simultaneamente. É, portanto, dividida em três. Uma articulação entre a tróclea do úmero e incisura 
troclear da ulna (articulação umeroulnar), uma articulação entre o capítulo do úmero e a fóvea 
articular da cabeça do rádio (articulação radioumeral) e uma articulação entre a circunferência 
articular da cabeça do rádio e incisura radial da ulna (articulação radioulnar proximal). Todas essas 
articulações estão conectadas por uma cápsula articular bastante ampla e que se torna mais espessa nas 
laterais onde ganha características ligamentares que recebem o nome de ligamento colateral ulnar 
e ligamento colateral radial. 
 
Radioumeral 
É a articulação da fóvea da cabeça do radio com o capítulo do úmero. Permite os movimentos de rotação, 
flexão e extensão. É considerada uma articulação esferóide limitada. 
 
Umeroulnar 
Faz-se entre a troclea do úmero e a incisura troclear da ulna e pela disposição anatômica das estruturas 
envolvidas, que se encaixam como uma dobradiça, é considera um gínglimo. Essa articulação serve 
exclusivamente para realizar os movimentos de flexão e extensão do antebraço sobre o braço. 
 
Radioulnar proximal 
É a articulação entre a circunferência articular da cabeça do rádio com incisura radial da ulna. É uma 
sinovial tropóide, trocóide ou pivô. 
Ligamento anular: são feixes de tecido fibroso que envolvem a cabeça do rádio unindo-o a incisura 
radial da ulna como se fosse um anel, permitindo somente o movimento de rotação entre o rádio e a 
ulna. 
 
 
 
 
 
46 
Os ligamentos do cotovelo são: 
Ligamento colateral ulnar: é um feixe triangular que se origina do epicôndilo medial do úmero e 
caminha em direção ao olécrano. 
Ligamento colateral radial: é menor e se origina do epicôndilo lateral do úmero se inserindo no 
ligamento anular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A B 
 
 
A - Articulação do cotovelo direito após remoção da cápsula articular – vista anterior 
B - Articulação do cotovelo esquerdo após com a cápsula articular – vista anterior 
 
 
 
 
 
47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Articulação do cotovelo direito com flexão 90º e supinação 90º - vista medial 
 
 
 
 
48 
 
 
 
 
Articulação do cotovelo – vista posterior 
 
 
 
 
49 
 
Articulação radioulnar proximal – vista anterior e proximal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corte Transversal dos ossos do antebraço – vista distal 
 
 
 
50 
 
 
 
 
51 
Radioulnar distal 
È uma articulação sinovial trocóide que ocorre entre a cabeça da ulna e incisura ulnar do rádio. Permite 
somente o movimento de rotação. 
Os ligamentos são: 
Ligamento radioulnar ventral 
Ligamento radioulnar dorsal 
Ambos ligamentos são espessamentos da cápsula articular que se dirigem do rádio em direção a ulna 
transversal aos dois ossos. 
 
 
 
 
 
Articulação radioulnar distal, disco articular foi cortado e rebatido para o lado vista 
distal 
 
 
 
 
 
52 
Articulações da Mão 
As articulações da mão podem ser divididas entre as articulações do punho e articulações dos dedos ou 
quirodáctilo. A articulação entre a mão e o antebraço e feita através da articulação entre o rádio e os 
ossos do carpo (articulação radiocarpal) e as articulações entre os ossos do carpo (articulações 
intercarpianas). A ulna, apesar de estar presente nessa extremidade articular, não se articula 
diretamente com o carpo. Quem faz essa interface é o menisco ou disco articular do punho. 
 
Radiocarpal 
È uma articulação sinovial do tipo elipsóide formada pela face articular carpal do rádio e disco articular 
com o osso escafóide, semilunar e piramidal. A face articular do rádio a face inferior do disco articular 
formam uma superfície elíptica e côncava que recebe a face convexa dos ossos proximais do carpo 
(escafóide, semilunar e piramidal). Permite amplos movimentos de adução, abdução, flexão e extensão. 
A cápsula articular que sustenta esta articulação é reforçada pelos seguintes ligamentos 
Ligamento radiocarpico palmar: se origina da margem anterior da extremidade distal do radio e da ulna 
e correm em direção as faces ventrais dos ossos da fileira proximal do carpo. 
Ligamento radiocarpico dorsal: mesmo trajeto do palmar, porém, dorsal. 
Ligamento colateral ulnar: é arredondado e caminha do processo estilóide da ulna até o osso piramidal 
e o osso pisiforme. 
Ligamento colateral radial: estende-se do processo estilóide do rádio para o osso escafóide e algunas 
fibras se inserem no osso trapézio e no retináculo dos flexores. 
 
 
 
 
 
 
 
Articulação radiocarpal – vista distal 
 
 
 
53 
 
 
 
Articulações e ligamentos da mão – vista anterior ou palmar 
 
 
 
 
 
54 
 
 
 
 
Articulações e ligamentos da mão – vista posterior ou dorsal 
 
 
 
 
 
55 
 
Articulação carpometacarpal 
São as articulaçõesque ocorrem entre o carpo e o metacarpo dos dedos, sendo que o primeiro 
metacarpo (polegar) tem uma exceção e sua articulação será estuda separada. É uma sinovial do tipo 
plana e permite apenas movimentos limitados de deslizamento. 
 
 
Articulação metacárpica do polegar 
É a articulação sinovial selar entre o osso trapézio e o primeiro metacarpo. Possui grande liberdade de 
movimentos de flexão, extensão, abdução, adução, circundação e oponência. Encontra-se recoberta por 
uma cápsula articular que é grossa, porém frouxa e que passa por toda a circunferência do primeiro 
metacarpo em direção a margem do osso trapézio. 
É essa articulação que difere a mão do homem da mão dos outros primatas. O homem é o único primata 
que possuí a habilidade de realizar o movimento de oponência do polegar e dessa forma utilizar a pinça 
entre o primeiro e segundo dedo, movimento esse que permitiu que o homem aprimorasse o uso de 
utensílios e com isso evoluir de forma distinta dos outros animais. 
 
 
 
 
 
 
 
56 
 
 
 
Articulação metacarpofalângicas 
São as articulações sinoviais esferóides entre os metacarpos e as primeiras falanges do segundo, terceiro, 
quarto e quinto quirodáctilo. Estão unidas por dois ligamentos colaterais, um de cada lado da 
articulação e por um espessamento da cápsula articular em sua face anterior chamadas de ligamentos 
palmares. Em sua porção mais profunda, as fibras dessa cápsula articular ganha sentido transverso 
recebe o nome de ligamento transverso profundo. Possuem movimentos limitados de flexão, 
extensão, adução e abdução. 
 
 
 
Articulação interfalângicas 
São sinoviais do tipo gínglimo (dobradiça). Cada articulação interfalângica ou interfalangiana, possue 
um ligamento palmar em sua superfície anterior e dois ligamentos colaterais de cada lada de 
forma similar às articulações metacarpofalângicas. Os tendões dos músculos extensores dos dedos 
fazem o papel dos ligamentos posteriores. 
Permitem os movimentos extensão e flexão. Sendo que o movimento de flexão é bem mais notável do 
que o movimento de extensão, que é limitado pelo ligamento palmar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Articulações do dedo – vista lateral Articulações do polegar – vista palmar 
Articulações do dedo em corte sagital 
 
 
 
58 
 
 
Articulações do Membro Inferior 
 
 
Articulação do Quadril ou Coxofemural 
É a articulação existente entre a cabeça do fêmur e a cavidade do acetábulo. Ela é classificada como 
sinovial esferóide e permite movimentos amplos em todos os eixos como rotação, adução, abdução, 
flexão, extensão e circundução. A cartilagem articular da cabeça do fêmur recobre completamente 
superfície articular com exceção da fóvea da cabeça do fêmur, onde o ligamento redondo está conectado. 
Revestindo parcialmente o acetábulo, encontramos uma cartilagem em forma de semicírculo que 
recobre apenas a face semilunar do acetábulo. Nessa face encontramos uma depressão não esta 
recoberta por essa carilagem e que está preenchida por tecido gorduroso envolto pela membrana 
sinovial. 
Os ligamentos que unem essa articulação são: 
Ligamento iliofemoral: é um feixe fibroso muito resistente que se origina da espinha ilíaca antero-
superior e caminha em direção a linha intertrocantérica. 
Ligamento pubofemural: origina-se da crista obturatória e do ramo superior do pube. 
Ligamento isquiofemural: é uma fita triangular de tecido fibroso denso que se inicia no ísquio distal e 
caminha em direção a cápsula articular. 
Ligamento redondo da cabeça do fêmur: é um ligamento intra-articular que fixa a fóvea da cabeça do 
fêmur a incisura do acetábulo. 
 
 
 
 
 
 
59 
 
 
 
 
 
 
 
Articulação do cíngulo do membro inferior – vista anterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
60 
 
 
 
 
 
 
Articulação do cíngulo do membro inferior – vista anterior e superior 
 
 
 
 
 
 
 
 
61 
 
 
 
 
 
 
Articulação do cíngulo do membro inferior – vista posterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
62 
 
 
 
 
 
 
Articulação do cíngulo do membro inferior; corte frontal ao nível do acetábulo vista 
anterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
63 
 
 
 
 
 
 
Articulação do quadril após abertura da cápsula articular e desarticulação parcial da 
cabeça do fêmur – vista anterior e distal 
 
 
 
 
 
 
 
 
64 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Articulação do quadril após abertura da cápsula articular e desarticulação completa da 
cabeça do fêmur – vista lateral 
 
 
 
 
 
 
 
65 
 
 
Articulação do quadril – vista anterior e distal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
66 
 
 
 
 
 
Articulação do quadril – vista posterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
67 
 
Articulação do Joelho 
 
É uma articulação complexa que pode ser dividida para facilitar seu estudo. 
 
Uma articulação sinovial plana entre o fêmur e a patela (articulação femoropatelar). 
 
Outra sinovial do tipo gínglimo entre os côndilos do fêmur e os côndilos da tíbia. 
 
Moldando as superfícies articulares da articulação femurotibial encontramos dois meniscos 
(fibrocartilagens semilunares) que agem como corpos articulares móveis para possibilitar uma melhor 
transposição do esforço para os côndilos da tíbia. Por essas características podemos adicionar mais 
duas articulações nessa grande e complexa articulação que é o joelho. A articulação miscofemural 
e meniscotibial. 
 
Como descrito, essas articulações não estão bem adaptadas umas as outras, o que faz com que o 
movimento não seja apenas gínglimo, de dobradiça. Existe certo grau de deslizamento e rotação. Para 
estabilizar os movimentos existem dois ligamentos no interior do espaço articular entre a tíbia e o fêmur, 
os ligamentos cruzados. Fortalecendo a cápsula articular em sua face medial encontra-se o 
ligamento colateral medial ou tibial, o mesmo ocorre na face lateral onde se encontra o 
ligamento colateral lateral ou fibular. 
 
Os movimentos da articulaçao do joelho são: flexão, extensão e rotação (diminuta e somente quando 
está fletido). 
 
 
 
 
 
 
 
68 
 
Os ligamentos que fixam o joelho são: 
 
Ligamento patelar: é a parte central do tendão do quadríceps femoral, sai das margens adjacentes ao 
ápice da patela indo se inserir na tuberosidade da tíbia. 
Ligamento poplíteo obliquo: é largo e achatado, se origina do côndilo lateral do fêmur e cruza a 
articulação indo se inserir no côndilo medial da tíbia. 
Ligamento poplíteo arqueado: é pequeno em relação aos demais. Fixa o processo estilóide da cabeça da 
fíbula ao côndilo lateral do fêmur. 
Ligamento colateral tibial: é uma fita membranosa que une o côndilo medial do fêmur ao côndilo 
medial da tíbia. 
Ligamento colateral fibular: é um cordão fibroso que une o processo estilóide da cabeça da fíbula ao 
côndilo lateral do fêmur. 
Ligamentos cruzados: são ligamentos intra-articulares formados por feixes fibrosos muito resistentes 
que se cruzam. O ligamento cruzado anterior se origina da eminência intercondilar da tíbia e da face 
anterior do menisco lateral e se insere no côndilo medial do fêmur. O ligamento cruzado posterior se 
origina da fossa intercondilar da tíbia e se insere no côndilo medial do fêmur. 
Ligamento transverso: é uma faixa fibrosa que une anteriormente o menisco lateral ao menisco medial. 
Menisco medial: é quase semicircular, mais largo em sua porção externa do que interna para criar uma 
cavidade que limita o côndilo do fêmur, está fixado ao outro menisco pelo ligamento transverso do 
joelho. 
Menisco lateral: é quase circular, ocupa quase toda a face articular do condilo lateral da tíbia. Da parte 
anterior da sua margem surgem feixes fibrosos que se estendem em direção a menisco medial para 
formar o ligamento transverso do joelho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
69 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A B 
 
A – Articulaçãodo joelho com a cápsula ainda fechada – vista anterior 
B – Articulação do joelho após rebater o m. quadríceps femoral e abrir a bolsa 
suprapatelar – vista anterior 
 
 
 
 
 
70 
 
 
 
 
 
 
Articulação do joelho em flexao de 90º e remoção da cápsula articular e dos ligamentos 
laterais – vista anterior 
 
 
 
 
 
 
71 
 
 
 
 
Articulação do joelho com a cápsula articular fechada e as origens musculares mantidas 
– vista posterior 
 
 
 
 
 
 
 
72 
 
 
 
 
 
 
Articulação do joelho após abertura dos ligamentos cruzados e dos meniscus – vista 
posterior 
 
 
* Próximo da inserção óssea no lado medial da tíbia, o tendão do M. semimembranáceo irradia-se 
também no ligamento poplíteo oblíquo. 
 
 
 
 
73 
 
 
 
 
 
Articulação do joelho estendida e fletida ambas sobre visao medial. 
 
Note a posição das fibras do ligamento colateral tibial em ambas as posições. No decurso da flexão do 
joelho, as fibras posteriores e proximais do ligamento colateral tibial sofrem uma torção pela qual o 
menisco medial é estabilizado 
 
 
 
 
 
 
74 
 
 
 
 
 
 
 
 
Articulação do joelho – vista superior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
75 
 
Articulações entre a Tíbia e a Fíbula 
As uniões entre a tíbia e a fíbula se dão pela articulação tibiofibular proximal, tibiofibular distal e pela 
membrana interóssea que se estende entre os ossos em quase toda sua extensão. 
 
Articulação tibiofibular proximal 
É uma articulação sinovial plana entre a face articular da cabeça da fíbula e a face articular fibular da 
tíbia. As superfícies contíguas desses ossos são planas e ovalares, estão cobertas por cartilagem e unidas 
pela cápsula articular e pelo ligamento anterior e posterior. Permite apenas diminutos movimentos de 
deslizamento. 
Os ligamentos: 
Ligamento anterior: vai da cabeça da fíbula à face anterior do côndilo lateral da tíbia. 
Ligamento posterior: origina-se da parte posterior da cabeça da fíbula e se insere no côndilo lateral da 
tíbia. 
 
Articulação tibiofibular distal 
É uma sindesmose formada entre a face articular do maléolo lateral e a incisura fibular da tíbia. Pouco 
abaixo dessa junção a articulação está coberta por cartilagem bem lisa que é contínua à cartilagem da 
articulação do tornozelo. É interessante observar que essa união 
forma uma “pinça” através do prolongamento lateral dos ossos. 
Essa “pinça”, que mais parece uma chave inglesa (Figura), 
envolve o Tálus, e garante que a articulação do tornozelo seja 
uma articulação bastante forte e estável. Não é para menos, pois 
é sobre essa articulação que transferimos todo o peso do corpo 
quando andamos. Não há movimentos apreciáveis nessa 
articulação e os ligamentos anterior, posterior, inferior 
transverso e interósseo circulam a articulação e unem 
firmemente as extremidades distais desses dois ossos. 
 
 
 
 
76 
 
Articulações dos ossos da perna – vista anterior 
 
 
Membrana Interóssea: É uma ampla membrana que se estende entre as cristas ósseas da tíbia e da fíbula, 
separando os músculos da perna em dois compartimentos. A maior parte de suas fibras segue um trajeto oblíquo. 
Na parte superior, próximo a articulação tibiofibular proximal encontra-se uma abertura destinada a passagem 
de vasos e nervos da parte posterior da perna para a anterior. 
 
 
 
77 
 
 
Articulação do Tornozelo ou Talocrural 
 
É uma articulação sinovial em gínglimo que se forma quando a extremidade distal da tíbia e seu maléolo, 
o maléolo da fíbula e o ligamento tibiofibular anterior, que em conjunto formam o encaixe que recebe 
a extremidade convexa superior do Tálus e suas faces articulares. Os movimentos que o tornozelo é 
capaz de fazer são muito amplos e se constituem pelo somatório de extensão, flexão, inversão e eversão 
do pé. 
Os ligamentos que unem esta articulação são: 
Ligamento deltóide: tem forma de triângulo e une o maléolo medial ao osso calcâneo 
Ligamento talofibular anterior: une o maléolo lateral ao tálus. 
Ligamento talofibular posterior: é o mais forte ligamento do tornozelo, fixa o maléolo lateral ao osso 
tálus pela face posterior. 
Ligamento calcaneofibular: é uma corda fina e longa que une o maléolo fibular ao tubérculo do calcâneo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Articulações do tornozelo e do pé – vista medial 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Articulações do tornozelo e do pé – vista lateral 
* Também chamado de tendão de Aquiles 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Articulações do tornozelo e do pé – vista posterior 
* Também chamado de tendão de Aquiles 
 
 
 
 
 
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Articulação do tornozelo, segmento proximal da articulação – vista posterior 
 
 
 
 
 
 
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Articulações do pé 
 
Articulações do tarso 
A articulação Tálus-calcânea é uma sinovial tropóide-esferóide combinada. Permite movimentos de 
supinação e pronação. 
Todas as demais articulações são sinoviais planas que permitem a acomodação do arco plantar ao solo. 
 
Articulações tarsometatarsais 
Alguns autores consideram como anfiartroses. No livro - Henry Gray (1821–1865). Anatomy of the 
Human Body; 1988 - essa articulação é descrita como sinovial plana. 
Os ossos que formam essa articulação são o primeiro, o segundo e o terceiro cuneiformes, alem do 
cubóide; que se articula com as bases dos ossos do metatarso. O primeiro osso do metatarso se articula 
com o primeiro cuneiforme; o segundo metatarso é profundamente cravado entre o primeiro e o 
terceiro cuneiforme; o terceiro metatarso se articula com o terceiro cuneiforme; o quarto metatarso 
com o cubóide e o terceiro cuneiforme; e finalmente o quinto metatarso com o cubóide. Confuso,não? 
Mais fácil olhando na figura. Esses ossos estão conectados pelos ligamentos: dorsal, plantar e interósseo. 
 
Articulações intermetatarsais 
A base do primeiro metatarso não está unida com a base do segundo metatarso por qualquer ligamento; 
a este respeito o dedão do pé lembra o polegar. 
As bases dos outros quatro metatarsos são conectadas pelo ligamento dorsal, plantar e interósseo. 
 
 
Articulações metatarsofalângicas 
São articulações sinoviais esferóides funcionalmente limitadas. Formadas pela união da cabeça do 
metatarso com as cavidades rasas nas extremidades das primeiras falanges dos dedos do pé. Essas 
articulações também são consideradas sinoviais condilares por alguns autores. Permitem somente os 
movimentos de flexão e extensão dos dedos e estão fixadas pelos ligamentos colaterais e plantares. 
 
 
 
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Articulações interfalângicas 
São articulações sinoviais em gínglimo que permitem flexão e extensão dos dedos. Cada uma dessas 
articulações possuem dois ligamento colaterais e um ligamento plantar. O arranjo desses ligamentos é 
similar ao encontrado nas articulções metatarsofalângicas. Como nos dedos da mão, o tendão do 
músculo extensor dos dedos substitui o ligamento dorsal. 
 
 
Articulação talocalcaneonavicular, após a remoção do Tálus e dos ligamentos laterais – 
vista lateral 
Ambas as setas indicam a torção helicoidal do ligamento talocalcâneo interósseo. 
 
 
* A tensa lâmina de tecido conectivo, entre o ligamento calcaneonavicular e a parte tibionavicular do 
ligamento deltóide, recebe o escorregamento da cabeça do Tálus em direção medial. Seu relaxamento 
leva ao achatamento do arco longitudinal (pé chato, pé valgo e pé plano). 
 
 
 
 
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OBS: As imagens foram retiradas do livro SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

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