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PM-SP POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO Soldado PM de 2ª Classe EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO Nº DP-1/321/21 SL-067JN-21 CÓD: 7891122040158 DICA Como passar em um concurso público? Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação. Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução preparou este artigo com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação. Então mãos à obra! • Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho. • Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área. • Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito, determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total. • Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo. • Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação. • Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame. • Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse. Se prepare para o concurso público O concurseiro preparado não é aquele que passa o dia todo estudando, mas está com a cabeça nas nuvens, e sim aquele que se planeja pesquisando sobre o concurso de interesse, conferindo editais e provas anteriores, participando de grupos com enquetes sobre seu interesse, conversando com pessoas que já foram aprovadas, absorvendo dicas e experiências, e analisando a banca examinadora do certame. O Plano de Estudos é essencial na otimização dos estudos, ele deve ser simples, com fácil compreensão e personalizado com sua rotina, vai ser seu triunfo para aprovação, sendo responsável pelo seu crescimento contínuo. Além do plano de estudos, é importante ter um Plano de Revisão, ele que irá te ajudar na memorização dos conteúdos estudados até o dia da prova, evitando a correria para fazer uma revisão de última hora. Está em dúvida por qual matéria começar a estudar? Vai mais uma dica: comece por Língua Portuguesa, é a matéria com maior requisição nos concursos, a base para uma boa interpretação, indo bem aqui você estará com um passo dado para ir melhor nas outras disciplinas. Vida Social Sabemos que faz parte algumas abdicações na vida de quem estuda para concursos públicos, mas sempre que possível é importante conciliar os estudos com os momentos de lazer e bem-estar. A vida de concurseiro é temporária, quem determina o tempo é você, através da sua dedicação e empenho. Você terá que fazer um esforço para deixar de lado um pouco a vida social intensa, é importante compreender que quando for aprovado verá que todo o esforço valeu a pena para realização do seu sonho. Uma boa dica, é fazer exercícios físicos, uma simples corrida por exemplo é capaz de melhorar o funcionamento do Sistema Nervoso Central, um dos fatores que são chaves para produção de neurônios nas regiões associadas à aprendizagem e memória. DICA Motivação A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos. Caso você não seja aprovado de primeira, é primordial que você PERSISTA, com o tempo você irá adquirir conhecimento e experiência. Então é preciso se motivar diariamente para seguir a busca da aprovação, algumas orientações importantes para conseguir motivação: • Procure ler frases motivacionais, são ótimas para lembrar dos seus propósitos; • Leia sempre os depoimentos dos candidatos aprovados nos concursos públicos; • Procure estar sempre entrando em contato com os aprovados; • Escreva o porquê que você deseja ser aprovado no concurso. Quando você sabe seus motivos, isso te da um ânimo maior para seguir focado, tornando o processo mais prazeroso; • Saiba o que realmente te impulsiona, o que te motiva. Dessa maneira será mais fácil vencer as adversidades que irão aparecer. • Procure imaginar você exercendo a função da vaga pleiteada, sentir a emoção da aprovação e ver as pessoas que você gosta felizes com seu sucesso. Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial. A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Se você quer aumentar as suas chances de passar, conheça os nossos materiais, acessando o nosso site: www.apostilasolucao.com.br Vamos juntos! ÍNDICE Língua Portuguesa 1. Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 2. Sinônimos e antônimos. Sentido próprio e figurado das palavras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02 3. Pontuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04 4. Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05 5. Concordância verbal e nominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 6. Regência verbal e nominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 7. Colocação pronominal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 8. Crase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 Matemática 1. Números inteiros: operações e propriedades. Números racionais, representação fracionária e decimal: operações e propriedades. Mínimo múltiplo comum. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 2. Razão e proporção. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08 3. Porcentagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 4. Regra de três simples . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 5. Média aritmética simples. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 6. Equação do 1º grau. 9. Sistema de equações do 1º grau. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 7. Sistema métrico: medidas de tempo, comprimento, superfície e capacidade.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 8. Relação entre grandezas: tabelas e gráficos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 9. Noções de geometria: forma, perímetro, área, volume, teorema de Pitágoras.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 10. Raciocínio lógico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 11. Resolução de situações-problema. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 Conhecimentos Gerais 1. HISTÓRIA GERAL Primeira Guerra Mundial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 2. O nazifascismo e a Segunda Guerra Mundial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03 3. A Guerra Fria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06 4. Globalização e as políticas neoliberais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07 5. HISTÓRIA DO BRASIL A Revolução de 1930 e a Era Vargas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07 6. As Constituições Republicanas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08 7. A estrutura política e os movimentos sociais no período militar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09 8. A abertura política e a redemocratização do Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09 9. GEOGRAFIA GERAL A nova ordem mundial, o espaço geopolítico e a globalização. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 10. Os principais problemas ambientais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 11. GEOGRAFIA DO BRASIL A natureza brasileira (relevo, hidrografia, clima e vegetação) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 12. A população: crescimento, distribuição, estrutura e movimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 13. As atividades econômicas: industrialização e urbanização, fontes de energia e agropecuária. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 14. .Os impactos ambientais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 15. ATUALIDADES Questões relacionadas a fatos políticos, econômicos, sociais e culturais, nacionais e internacionais, ocorridos a partir de 6 (seis) meses anteriores à publicação deste Edital, divulgados na mídia local e/ou nacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 ÍNDICE Noções Básicas de Informática 1. MS-Windows 10: conceito de pastas, diretórios, arquivos e atalhos, área de trabalho, área de transferência, manipulação de arquivos e pastas, uso dos menus, programas e aplicativos, interação com o conjunto de aplicativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 2. MS-Office 2010. MS-Word 2010: estrutura básica dos documentos, edição e formatação de textos, cabeçalhos, parágrafos, fontes, colunas, marcadores simbólicos e numéricos, tabelas, impressão, controle de quebras e numeração de páginas, legendas, índices, inserção de objetos, campos predefinidos, caixas de texto. MS-Excel 2010: estrutura básica das planilhas, conceitos de células, linhas, colunas, pastas e gráficos, elaboração de tabelas e gráficos, uso de fórmulas, funções e macros, impressão, inserção de objetos, campos predefinidos, controle de quebras e numeração de páginas, obtenção de dados externos, classificação de dados. MS-PowerPoint 2010: estrutura básica das apresentações, conceitos de slides, anotações, régua, guias, cabeçalhos e rodapés, noções de edição e formatação de apresentações, inserção de objetos, numeração de páginas, botões de ação, animação e tran- sição entre slides. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 3. Correio Eletrônico: uso de correio eletrônico, preparo e envio de mensagens, anexação de arquivos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 4. Internet: navegação na Internet, conceitos de URL, links, sites, busca e impressão de páginas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 Noções de Administração Pública 1. CONSTITUIÇÃO FEDERAL Título II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais: Capítulo I – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos; Capítulo IV – Dos Direitos Políticos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 2. Título III – Da Organização do Estado: Capítulo VII – Da Administração Pública: Seção I – Disposições Gerais; Seção III – Dos Militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . 28 3. Título V – Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas: Capítulo III – Da Segurança Pública. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 4. CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Título II – Da Organização e Poderes:. Capítulo III – Do Poder Executivo; Capítulo IV – Do Poder Judiciário: Seção V – Do Tribunal de Justiça Militar e dos Conselhos de Justiça Militar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 5. Título III – Da Organização do Estado: . Capítulo I – Da Administração Pública: . Seção I – Disposições Gerais; Capítulo II – Dos Ser- vidores Públicos do Estado: Seção I – Dos Servidores Públicos Civis; . Seção II – Dos Servidores Públicos Militares; Capítulo III – Da Segurança Pública:Seção I – Disposições Gerais; Seção III – Da Polícia Militar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 6. LEI FEDERAL Nº 12.527/11 – Lei de Acesso à Informação; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 7. DECRETO nº 58.052/12 – Regulamenta a Lei nº 12.527/11, que regula o acesso a informações, e dá providências correlatas. . . . . 54 Prova Anterior - 2019 1. Língua Portuguesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03 2. Matemática. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06 3. Conhecimentos Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 4. Noções Básicas de Informática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 5. Noções de Administração Pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 LÍNGUA PORTUGUESA 1. Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 2. Sinônimos e antônimos. Sentido próprio e figurado das palavras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02 3. Pontuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04 4. Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05 5. Concordância verbal e nominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 6. Regência verbal e nominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 7. Colocação pronominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 8. Crase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 LÍNGUA PORTUGUESA 1 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DIVERSOS TIPOS DE TEXTOS (LITERÁRIOS E NÃO LITERÁRIOS) Compreender e interpretar textos é essencial para que o obje- tivo de comunicação seja alcançado satisfatoriamente. Com isso, é importante saber diferenciar os dois conceitos. Vale lembrar que o texto pode ser verbal ou não-verbal, desde que tenha um sentido completo. A compreensão se relaciona ao entendimento de um texto e de sua proposta comunicativa, decodificando a mensagem explí- cita. Só depois de compreender o texto que é possível fazer a sua interpretação. A interpretação são as conclusões que chegamos a partir do conteúdo do texto, isto é, ela se encontra para além daquilo que está escrito ou mostrado. Assim, podemos dizer que a interpreta- ção é subjetiva, contando com o conhecimento prévio e do reper- tório do leitor. Dessa maneira, para compreender e interpretar bem um texto, é necessário fazer a decodificação de códigos linguísticos e/ou vi- suais, isto é, identificar figuras de linguagem, reconhecer o sentido de conjunções e preposições, por exemplo, bem como identificar expressões, gestos e cores quando se trata de imagens. Dicas práticas 1. Faça um resumo (pode ser uma palavra, uma frase, um con- ceito) sobre o assunto e os argumentos apresentados em cada pa- rágrafo, tentando traçar a linha de raciocínio do texto. Se possível, adicione também pensamentos e inferências próprias às anotações. 2. Tenha sempre um dicionário ou uma ferramenta de busca por perto, para poder procurar o significado de palavras desconhe- cidas. 3. Fique atento aos detalhes oferecidos pelo texto: dados, fon- te de referências e datas. 4. Sublinhe as informações importantes, separando fatos de opiniões. 5. Perceba o enunciado das questões. De um modo geral, ques- tões que esperam compreensão do texto aparecem com as seguin- tes expressões: o autor afirma/sugere que...; segundo o texto...; de acordo com o autor... Já as questões que esperam interpretação do texto aparecem com as seguintes expressões: conclui-se do texto que...; o texto permite deduzir que...; qual é a intenção do autor quando afirma que... TIPOS E GÊNEROS A partir da estrutura linguística, da função social e da finali- dade de um texto, é possível identificar a qual tipo e gênero ele pertence. Antes, é preciso entender a diferença entre essas duas classificações. Tipos textuais A tipologia textual se classifica a partir da estrutura e da finali- dade do texto, ou seja, está relacionada ao modo como o texto se apresenta. A partir de sua função, é possível estabelecer um padrão específico para se fazer a enunciação. Veja, no quadro abaixo, os principais tipos e suas característi- cas: TEXTO NARRATIVO Apresenta um enredo, com ações e relações entre personagens, que ocorre em determinados espaço e tempo. É contado por um narrador, e se estrutura da seguinte maneira: apresentação > desenvolvimento > clímax > desfecho TEXTO DISSERTATIVO- ARGUMENTATIVO Tem o objetivo de defender determinado ponto de vista, persuadindo o leitor a partir do uso de argumentos sólidos. Sua estrutura comum é: introdução > desenvolvimento > conclusão. TEXTO EXPOSITIVO Procura expor ideias, sem a necessidade de defender algum ponto de vista. Para isso, usa- se comparações, informações, definições, conceitualizações etc. A estrutura segue a do texto dissertativo-argumentativo. TEXTO DESCRITIVO Expõe acontecimentos, lugares, pessoas, de modo que sua finalidade é descrever, ou seja, caracterizar algo ou alguém. Com isso, é um texto rico em adjetivos e em verbos de ligação. TEXTO INJUNTIVO Oferece instruções, com o objetivo de orientar o leitor. Sua maior característica são os verbos no modo imperativo. Gêneros textuais A classificação dos gêneros textuais se dá a partir do reconhe- cimento de certos padrões estruturais que se constituem a partir da função social do texto. No entanto, sua estrutura e seu estilo não são tão limitados e definidos como ocorre na tipologiatextual, podendo se apresentar com uma grande diversidade. Além disso, o padrão também pode sofrer modificações ao longo do tempo, assim como a própria língua e a comunicação, no geral. Alguns exemplos de gêneros textuais: • Artigo • Bilhete • Bula • Carta • Conto • Crônica • E-mail • Lista • Manual • Notícia • Poema • Propaganda • Receita culinária • Resenha • Seminário Vale lembrar que é comum enquadrar os gêneros textuais em determinados tipos textuais. No entanto, nada impede que um tex- to literário seja feito com a estruturação de uma receita culinária, por exemplo. Então, fique atento quanto às características, à finali- dade e à função social de cada texto analisado. LÍNGUA PORTUGUESA 2 SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS. SENTIDO PRÓPRIO E FI- GURADO DAS PALAVRAS Este é um estudo da semântica, que pretende classificar os sentidos das palavras, as suas relações de sentido entre si. Conheça as principais relações e suas características: Sinonímia e antonímia As palavras sinônimas são aquelas que apresentam significado semelhante, estabelecendo relação de proximidade. Ex: inteligente <—> esperto Já as palavras antônimas são aquelas que apresentam signifi- cados opostos, estabelecendo uma relação de contrariedade. Ex: forte <—> fraco Parônimos e homônimos As palavras parônimas são aquelas que possuem grafia e pro- núncia semelhantes, porém com significados distintos. Ex: cumprimento (saudação) X comprimento (extensão); tráfe- go (trânsito) X tráfico (comércio ilegal). As palavras homônimas são aquelas que possuem a mesma grafia e pronúncia, porém têm significados diferentes. Ex: rio (ver- bo “rir”) X rio (curso d’água); manga (blusa) X manga (fruta). As palavras homófonas são aquelas que possuem a mesma pronúncia, mas com escrita e significado diferentes. Ex: cem (nu- meral) X sem (falta); conserto (arrumar) X concerto (musical). As palavras homógrafas são aquelas que possuem escrita igual, porém som e significado diferentes. Ex: colher (talher) X colher (ver- bo); acerto (substantivo) X acerto (verbo). Polissemia e monossemia As palavras polissêmicas são aquelas que podem apresentar mais de um significado, a depender do contexto em que ocorre a frase. Ex: cabeça (parte do corpo humano; líder de um grupo). Já as palavras monossêmicas são aquelas apresentam apenas um significado. Ex: eneágono (polígono de nove ângulos). Denotação e conotação Palavras com sentido denotativo são aquelas que apresentam um sentido objetivo e literal. Ex:Está fazendo frio. / Pé da mulher. Palavras com sentido conotativo são aquelas que apresentam um sentido simbólico, figurado. Ex: Você me olha com frieza. / Pé da cadeira. Hiperonímia e hiponímia Esta classificação diz respeito às relações hierárquicas de signi- ficado entre as palavras. Desse modo, um hiperônimo é a palavra superior, isto é, que tem um sentido mais abrangente. Ex: Fruta é hiperônimo de limão. Já o hipônimo é a palavra que tem o sentido mais restrito, por- tanto, inferior, de modo que o hiperônimo engloba o hipônimo. Ex: Limão é hipônimo de fruta. Formas variantes São as palavras que permitem mais de uma grafia correta, sem que ocorra mudança no significado. Ex: loiro – louro / enfarte – in- farto / gatinhar – engatinhar. Arcaísmo São palavras antigas, que perderam o uso frequente ao longo do tempo, sendo substituídas por outras mais modernas, mas que ainda podem ser utilizadas. No entanto, ainda podem ser bastante encontradas em livros antigos, principalmente. Ex: botica <—> far- mácia / franquia <—> sinceridade. FIGURAS DE LINGUAGEM As figuras de linguagem são recursos especiais usados por quem fala ou escreve, para dar à expressão mais força, intensidade e beleza. São três tipos: Figuras de Palavras (tropos); Figuras de Construção (de sintaxe); Figuras de Pensamento. Figuras de Palavra É a substituição de uma palavra por outra, isto é, no emprego figurado, simbólico, seja por uma relação muito próxima (contigui- dade), seja por uma associação, uma comparação, uma similarida- de. São as seguintes as figuras de palavras: Metáfora: consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em virtude da circunstância de que o nosso espírito as associa e depreende entre elas certas semelhanças. Observe o exemplo: “Meu pensamento é um rio subterrâneo.” (Fernando Pessoa) Nesse caso, a metáfora é possível na medida em que o poeta estabelece relações de semelhança entre um rio subterrâneo e seu pensamento. Comparação: é a comparação entre dois elementos comuns; semelhantes. Normalmente se emprega uma conjunção compara- tiva: como, tal qual, assim como. “Sejamos simples e calmos Como os regatos e as árvores” Fernando Pessoa Metonímia: consiste em empregar um termo no lugar de ou- tro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido. Observe os exemplos abaixo: -autor ou criador pela obra. Exemplo: Gosto de ler Machado de Assis. (Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis.) -efeito pela causa e vice-versa. Exemplo: Vivo do meu trabalho. (o trabalho é causa e está no lugar do efeito ou resultado). - continente pelo conteúdo. Exemplo: Ela comeu uma caixa de bombons. (a palavra caixa, que designa o continente ou aquilo que contém, está sendo usada no lugar da palavra bombons). -abstrato pelo concreto e vice-versa. Exemplos: A gravidez deve ser tranquila. (o abstrato gravidez está no lugar do concreto, ou seja, mulheres grávidas). - instrumento pela pessoa que o utiliza. Exemplo: Os micro- fones foram atrás dos jogadores. (Os repórteres foram atrás dos jogadores.) - lugar pelo produto. Exemplo: Fumei um saboroso havana. (Fumei um saboroso charuto.). - símbolo ou sinal pela coisa significada. Exemplo: Não te afas- tes da cruz. (Não te afastes da religião.). - a parte pelo todo. Exemplo: Não há teto para os desabriga- dos. (a parte teto está no lugar do todo, “o lar”). LÍNGUA PORTUGUESA 3 - indivíduo pela classe ou espécie. Exemplo: O homem foi à Lua. (Alguns astronautas foram à Lua.). - singular pelo plural. Exemplo: A mulher foi chamada para ir às ruas. (Todas as mulheres foram chamadas, não apenas uma) - gênero ou a qualidade pela espécie. Exemplo: Os mortais so- frem nesse mundo. (Os homens sofrem nesse mundo.) - matéria pelo objeto. Exemplo: Ela não tem um níquel. (a ma- téria níquel é usada no lugar da coisa fabricada, que é “moeda”). Atenção: Os últimos 5 exemplos podem receber também o nome de Sinédoque. Perífrase: substituição de um nome por uma expressão para facilitar a identificação. Exemplo: A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua atraindo visitantes do mundo todo. Obs.: quando a perífrase indica uma pessoa, recebe o nome de antonomásia. Exemplos: O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida praticando o bem. O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas canções. Sinestesia: Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido. Exemplo: No silêncio negro do seu quarto, aguardava os acontecimentos. (si- lêncio = auditivo; negro = visual) Catacrese: A catacrese costuma ocorrer quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro “emprestado”. Passamos a empregar algumas palavras fora de seu sentido original. Exemplos: “asa da xícara”, “maçã do rosto”, “braço da cadeira” . Figuras de Construção Ocorrem quando desejamos atribuir maior expressividade ao significado. Assim, a lógica da frase é substituída pela maior expres- sividade que se dá ao sentido. São as mais importantes figuras de construção: Elipse: consiste na omissão de um termo da frase, o qual, no entanto, pode ser facilmente identificado. Exemplo: No fim da co- memoração, sobre as mesas, copos e garrafas vazias. (Omissão do verbo haver: No fim da festa comemoração, sobre as mesas, copos e garrafas vazias). Pleonasmo: consiste no emprego de palavras redundantes para reforçar uma ideia. Exemplo: Ele vive uma vida feliz.Deve-se evitar os pleonasmos viciosos, que não têm valor de reforço, sendo antes fruto do desconhecimento do sentido das pa- lavras, como por exemplo, as construções “subir para cima”, “en- trar para dentro”, etc. Polissíndeto: repetição enfática do conectivo, geralmente o “e”. Exemplo: Felizes, eles riam, e cantavam, e pulavam, e dança- vam. Inversão ou Hipérbato: alterar a ordem normal dos termos ou orações com o fim de lhes dar destaque: “Justo ela diz que é, mas eu não acho não.” (Carlos Drummond de Andrade) “Por que brigavam no meu interior esses entes de sonho não sei.” (Graciliano Ramos) Observação: o termo deseja realçar é colocado, em geral, no início da frase. Anacoluto: quebra da estrutura sintática da oração. O tipo mais comum é aquele em que um termo parece que vai ser o sujeito da oração, mas a construção se modifica e ele acaba sem função sintá- tica. Essa figura é usada geralmente para pôr em relevo a ideia que consideramos mais importante, destacando-a do resto. Exemplo: O Alexandre, as coisas não lhe estão indo muito bem. A velha hipocrisia, recordo-me dela com vergonha. (Camilo Castelo Branco) Silepse: concordância de gênero, número ou pessoa é feita com ideias ou termos subentendidos na frase e não claramente ex- pressos. A silepse pode ser: - de gênero. Exemplo: Vossa Majestade parece desanimado. (o adjetivo desanimado concorda não com o pronome de tratamento Vossa Majestade, de forma feminina, mas com a pessoa a quem esse pronome se refere – pessoa do sexo masculino). - de número. Exemplo: O pessoal ficou apavorado e saíram cor- rendo. (o verbo sair concordou com a ideia de plural que a palavra pessoal sugere). - de pessoa. Exemplo: Os brasileiros amamos futebol. (o su- jeito os brasileiros levaria o verbo na 3ª pessoa do plural, mas a concordância foi feita com a 1ª pessoa do plural, indicando que a pessoa que fala está incluída em os brasileiros). Onomatopeia: Ocorre quando se tentam reproduzir na forma de palavras os sons da realidade. Exemplos: Os sinos faziam blem, blem, blem, blem. Miau, miau. (Som emitido pelo gato) Tic-tac, tic-tac fazia o relógio da sala de jantar. As onomatopeias, como no exemplo abaixo, podem resultar da Aliteração (repetição de fonemas nas palavras de uma frase ou de um verso). “Vozes veladas, veludosas vozes, volúpias dos violões, vozes veladas, vagam nos velhos vórtices velozes dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.” (Cruz e Sousa) Repetição: repetir palavras ou orações para enfatizar a afirma- ção ou sugerir insistência, progressão: “E o ronco das águas crescia, crescia, vinha pra dentro da ca- sona.” (Bernardo Élis) “O mar foi ficando escuro, escuro, até que a última lâmpada se apagou.” (Inácio de Loyola Brandão) Zeugma: omissão de um ou mais termos anteriormente enun- ciados. Exemplo: Ele gosta de geografia; eu, de português. (na se- gunda oração, faltou o verbo “gostar” = Ele gosta de geografia; eu gosto de português.). Assíndeto: quando certas orações ou palavras, que poderiam se ligar por um conectivo, vêm apenas justapostas. Exemplo: Vim, vi, venci. Anáfora: repetição de uma palavra ou de um segmento do texto com o objetivo de enfatizar uma ideia. É uma figura de cons- trução muito usada em poesia. Exemplo: Este amor que tudo nos toma, este amor que tudo nos dá, este amor que Deus nos inspira, e que um dia nos há de salvar Paranomásia: palavras com sons semelhantes, mas de signi- ficados diferentes, vulgarmente chamada de trocadilho. Exemplo: Comemos fora todos os dias! A gente até dispensa a despensa. LÍNGUA PORTUGUESA 4 Neologismo: criação de novas palavras. Exemplo: Estou a fim do João. (estou interessado). Vou fazer um bico. (trabalho temporário). Figuras de Pensamento Utilizadas para produzir maior expressividade à comunicação, as figuras de pensamento trabalham com a combinação de ideias, pensamentos. Antítese: Corresponde à aproximação de palavras contrárias, que têm sentidos opostos. Exemplo: O ódio e o amor andam de mãos dadas. Apóstrofe: interrupção do texto para se chamar a atenção de alguém ou de coisas personificadas. Sintaticamente, a apóstrofe corres- ponde ao vocativo. Exemplo: Tende piedade, Senhor, de todas as mulheres. Eufemismo: Atenua o sentido das palavras, suavizando as expressões do discurso Exemplo: Ele foi para o céu. (Neste caso, a expres- são “para a céu”, ameniza o discurso real: ele morreu.) Gradação: os termos da frase são fruto de hierarquia (ordem crescente ou decrescente). Exemplo: As pessoas chegaram à festa, sentaram, comeram e dançaram. Hipérbole: baseada no exagero intencional do locutor, isto é, expressa uma ideia de forma exagerada. Exemplo: Liguei para ele milhões de vezes essa tarde. (Ligou várias vezes, mas não literalmente 1 milhão de vezes ou mais). Ironia: é o emprego de palavras que, na frase, têm o sentido oposto ao que querem dizer. É usada geralmente com sentido sarcástico. Exemplo: Quem foi o inteligente que usou o computador e apagou o que estava gravado? Paradoxo: Diferente da antítese, que opõem palavras, o paradoxo corresponde ao uso de ideias contrárias, aparentemente absurdas. Exemplo: Esse amor me mata e dá vida. (Neste caso, o mesmo amor traz alegrias (vida) e tristeza (mata) para a pessoa.) Personificação ou Prosopopéia ou Animismo: atribuição de ações, sentimentos ou qualidades humanas a objetos, seres irracionais ou outras coisas inanimadas. Exemplo: O vento suspirou essa manhã. (Nesta frase sabemos que o vento é algo inanimado que não suspira, sendo esta uma “qualidade humana”.) Reticência: suspender o pensamento, deixando-o meio velado. Exemplo: “De todas, porém, a que me cativou logo foi uma... uma... não sei se digo.” (Machado de Assis) Retificação: consiste em retificar uma afirmação anterior. Exemplos: O médico, aliás, uma médica muito gentil não sabia qual seria o procedimento. PONTUAÇÃO Os sinais de pontuação são recursos gráficos que se encontram na linguagem escrita, e suas funções são demarcar unidades e sina- lizar limites de estruturas sintáticas. É também usado como um recurso estilístico, contribuindo para a coerência e a coesão dos textos. São eles: o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto de exclamação (!), o ponto de interrogação (?), as reticências (...), as aspas (“”), os parênteses ( ( ) ), o travessão (—), a meia-risca (–), o apóstrofo (‘), o asterisco (*), o hífen (-), o colchetes ([]) e a barra (/). Confira, no quadro a seguir, os principais sinais de pontuação e suas regras de uso. SINAL NOME USO EXEMPLOS . Ponto Indicar final da frase declarativa Separar períodos Abreviar palavras Meu nome é Pedro. Fica mais. Ainda está cedo Sra. : Dois-pontos Iniciar fala de personagem Antes de aposto ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras para resumir / explicar ideias apresentadas anteriormente Antes de citação direta A princesa disse: - Eu consigo sozinha. Esse é o problema da pandemia: as pessoas não respeitam a quarentena. Como diz o ditado: “olho por olho, dente por dente”. ... Reticências Indicar hesitação Interromper uma frase Concluir com a intenção de estender a reflexão Sabe... não está sendo fácil... Quem sabe depois... LÍNGUA PORTUGUESA 5 ( ) Parênteses Isolar palavras e datas Frases intercaladas na função explicativa (podem substituir vírgula e travessão) A Semana de Arte Moderna (1922) Eu estava cansada (trabalhar e estudar é puxado). ! Ponto de Exclamação Indicar expressão de emoção Final de frase imperativa Após interjeição Que absurdo! Estude para a prova! Ufa! ? Ponto de Interrogação Em perguntas diretas Que horas ela volta? — Travessão Iniciar fala do personagem do discurso direto e indicar mudança de interloculor no diálogo Substituir vírgula em expressões ou frases explicativas A professora disse: — Boas férias! — Obrigado, professora. O corona vírus — Covid-19 — ainda está sendo estudado. Vírgula A vírgula é um sinal de pontuação com muitas funções, usada para marcar umapausa no enunciado. Veja, a seguir, as principais regras de uso obrigatório da vírgula. • Separar termos coordenados: Fui à feira e comprei abacate, mamão, manga, morango e abacaxi. • Separar aposto (termo explicativo): Belo Horizonte, capital mineira, só tem uma linha de metrô. • Isolar vocativo: Boa tarde, Maria. • Isolar expressões que indicam circunstâncias adverbiais (modo, lugar, tempo etc): Todos os moradores, calmamente, deixaram o prédio. • Isolar termos explicativos: A educação, a meu ver, é a solução de vários problemas sociais. • Separar conjunções intercaladas, e antes dos conectivos “mas”, “porém”, “pois”, “contudo”, “logo”: A menina acordou cedo, mas não conseguiu chegar a tempo na escola. Não explicou, porém, o motivo para a professora. • Separar o conteúdo pleonástico: A ela, nada mais abala. No caso da vírgula, é importante saber que, em alguns casos, ela não deve ser usada. Assim, não há vírgula para separar: • Sujeito de predicado. • Objeto de verbo. • Adjunto adnominal de nome. • Complemento nominal de nome. • Predicativo do objeto do objeto. • Oração principal da subordinada substantiva. • Termos coordenados ligados por “e”, “ou”, “nem”. CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO, ADJETIVO, NUMERAL, PRONOME, VERBO, ADVÉRBIO, PREPOSIÇÃO E CON- JUNÇÃO: EMPREGO E SENTIDO QUE IMPRIMEM ÀS RELAÇÕES QUE ESTABELECEM Classes de Palavras Para entender sobre a estrutura das funções sintáticas, é preciso conhecer as classes de palavras, também conhecidas por classes morfológicas. A gramática tradicional pressupõe 10 classes gramaticais de palavras, sendo elas: adjetivo, advérbio, artigo, conjunção, interjeição, numeral, pronome, preposição, substantivo e verbo. Veja, a seguir, as características principais de cada uma delas. CLASSE CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS ADJETIVO Expressar características, qualidades ou estado dos seresSofre variação em número, gênero e grau Menina inteligente... Roupa azul-marinho... Brincadeira de criança... Povo brasileiro... ADVÉRBIO Indica circunstância em que ocorre o fato verbalNão sofre variação A ajuda chegou tarde. A mulher trabalha muito. Ele dirigia mal. ARTIGO Determina os substantivos (de modo definido ou indefinido)Varia em gênero e número A galinha botou um ovo. Uma menina deixou a mochila no ônibus. CONJUNÇÃO Liga ideias e sentenças (conhecida também como conectivos)Não sofre variação Não gosto de refrigerante nem de pizza. Eu vou para a praia ou para a cachoeira? LÍNGUA PORTUGUESA 6 INTERJEIÇÃO Exprime reações emotivas e sentimentosNão sofre variação Ah! Que calor... Escapei por pouco, ufa! NUMERAL Atribui quantidade e indica posição em alguma sequênciaVaria em gênero e número Gostei muito do primeiro dia de aula. Três é a metade de seis. PRONOME Acompanha, substitui ou faz referência ao substantivoVaria em gênero e número Posso ajudar, senhora? Ela me ajudou muito com o meu trabalho. Esta é a casa onde eu moro. Que dia é hoje? PREPOSIÇÃO Relaciona dois termos de uma mesma oraçãoNão sofre variação Espero por você essa noite. Lucas gosta de tocar violão. SUBSTANTIVO Nomeia objetos, pessoas, animais, alimentos, lugares etc.Flexionam em gênero, número e grau. A menina jogou sua boneca no rio. A matilha tinha muita coragem. VERBO Indica ação, estado ou fenômenos da natureza Sofre variação de acordo com suas flexões de modo, tempo, número, pessoa e voz. Verbos não significativos são chamados verbos de ligação Ana se exercita pela manhã. Todos parecem meio bobos. Chove muito em Manaus. A cidade é muito bonita quando vista do alto. Substantivo Tipos de substantivos Os substantivos podem ter diferentes classificações, de acordo com os conceitos apresentados abaixo: • Comum: usado para nomear seres e objetos generalizados. Ex: mulher; gato; cidade... • Próprio: geralmente escrito com letra maiúscula, serve para especificar e particularizar. Ex: Maria; Garfield; Belo Horizonte... • Coletivo: é um nome no singular que expressa ideia de plural, para designar grupos e conjuntos de seres ou objetos de uma mesma espécie. Ex: matilha; enxame; cardume... • Concreto: nomeia algo que existe de modo independente de outro ser (objetos, pessoas, animais, lugares etc.). Ex: menina; cachor- ro; praça... • Abstrato: depende de um ser concreto para existir, designando sentimentos, estados, qualidades, ações etc. Ex: saudade; sede; imaginação... • Primitivo: substantivo que dá origem a outras palavras. Ex: livro; água; noite... • Derivado: formado a partir de outra(s) palavra(s). Ex: pedreiro; livraria; noturno... • Simples: nomes formados por apenas uma palavra (um radical). Ex: casa; pessoa; cheiro... • Composto: nomes formados por mais de uma palavra (mais de um radical). Ex: passatempo; guarda-roupa; girassol... Flexão de gênero Na língua portuguesa, todo substantivo é flexionado em um dos dois gêneros possíveis: feminino e masculino. O substantivo biforme é aquele que flexiona entre masculino e feminino, mudando a desinência de gênero, isto é, geralmente o final da palavra sendo -o ou -a, respectivamente (Ex: menino / menina). Há, ainda, os que se diferenciam por meio da pronúncia / acentuação (Ex: avô / avó), e aqueles em que há ausência ou presença de desinência (Ex: irmão / irmã; cantor / cantora). O substantivo uniforme é aquele que possui apenas uma forma, independente do gênero, podendo ser diferenciados quanto ao gênero a partir da flexão de gênero no artigo ou adjetivo que o acompanha (Ex: a cadeira / o poste). Pode ser classificado em epiceno (refere-se aos animais), sobrecomum (refere-se a pessoas) e comum de dois gêneros (identificado por meio do artigo). É preciso ficar atento à mudança semântica que ocorre com alguns substantivos quando usados no masculino ou no feminino, tra- zendo alguma especificidade em relação a ele. No exemplo o fruto X a fruta temos significados diferentes: o primeiro diz respeito ao órgão que protege a semente dos alimentos, enquanto o segundo é o termo popular para um tipo específico de fruto. Flexão de número No português, é possível que o substantivo esteja no singular, usado para designar apenas uma única coisa, pessoa, lugar (Ex: bola; escada; casa) ou no plural, usado para designar maiores quantidades (Ex: bolas; escadas; casas) — sendo este último representado, geral- mente, com o acréscimo da letra S ao final da palavra. Há, também, casos em que o substantivo não se altera, de modo que o plural ou singular devem estar marcados a partir do contexto, pelo uso do artigo adequado (Ex: o lápis / os lápis). Variação de grau Usada para marcar diferença na grandeza de um determinado substantivo, a variação de grau pode ser classificada em aumentativo e diminutivo. Quando acompanhados de um substantivo que indica grandeza ou pequenez, é considerado analítico (Ex: menino grande / menino pequeno). Quando acrescentados sufixos indicadores de aumento ou diminuição, é considerado sintético (Ex: meninão / menininho). LÍNGUA PORTUGUESA 7 Novo Acordo Ortográfico De acordo com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, as letras maiúsculas devem ser usadas em nomes próprios de pessoas, lugares (cidades, estados, países, rios), animais, acidentes geográficos, instituições, entidades, nomes astronômicos, de festas e festividades, em títulos de periódicos e em siglas, símbolos ou abreviaturas. Já as letras minúsculas podem ser usadas em dias de semana, meses, estações do ano e em pontos cardeais. Existem, ainda, casos em que o uso de maiúscula ou minúscula é facultativo, como em título de livros, nomes de áreas do saber, disciplinas e matérias, palavras ligadas a alguma religião e em palavras de categorização. Adjetivo Os adjetivos podem ser simples (vermelho) ou compostos (mal-educado); primitivos (alegre) ou derivados (tristonho). Eles podem flexionar entre o feminino (estudiosa) e o masculino (engraçado), e o singular (bonito) e o plural (bonitos). Há, também, os adjetivos pátrios ou gentílicos, sendo aqueles que indicam o local de origem de uma pessoa, ou seja, suanacionali- dade (brasileiro; mineiro). É possível, ainda, que existam locuções adjetivas, isto é, conjunto de duas ou mais palavras usadas para caracterizar o substantivo. São formadas, em sua maioria, pela preposição DE + substantivo: • de criança = infantil • de mãe = maternal • de cabelo = capilar Variação de grau Os adjetivos podem se encontrar em grau normal (sem ênfases), ou com intensidade, classificando-se entre comparativo e superla- tivo. • Normal: A Bruna é inteligente. • Comparativo de superioridade: A Bruna é mais inteligente que o Lucas. • Comparativo de inferioridade: O Gustavo é menos inteligente que a Bruna. • Comparativo de igualdade: A Bruna é tão inteligente quanto a Maria. • Superlativo relativo de superioridade: A Bruna é a mais inteligente da turma. • Superlativo relativo de inferioridade: O Gustavo é o menos inteligente da turma. • Superlativo absoluto analítico: A Bruna é muito inteligente. • Superlativo absoluto sintético: A Bruna é inteligentíssima. Adjetivos de relação São chamados adjetivos de relação aqueles que não podem sofrer variação de grau, uma vez que possui valor semântico objetivo, isto é, não depende de uma impressão pessoal (subjetiva). Além disso, eles aparecem após o substantivo, sendo formados por sufixação de um substantivo (Ex: vinho do Chile = vinho chileno). Advérbio Os advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio. Eles se classificam de acordo com a tabela abaixo: CLASSIFICAÇÃO ADVÉRBIOS LOCUÇÕES ADVERBIAIS DE MODO bem; mal; assim; melhor; depressa ao contrário; em detalhes DE TEMPO ontem; sempre; afinal; já; agora; doravante; primei-ramente logo mais; em breve; mais tarde, nunca mais, de noite DE LUGAR aqui; acima; embaixo; longe; fora; embaixo; ali Ao redor de; em frente a; à esquerda; por perto DE INTENSIDADE muito; tão; demasiado; imenso; tanto; nada em excesso; de todos; muito menos DE AFIRMAÇÃO sim, indubitavelmente; certo; decerto; deveras com certeza; de fato; sem dúvidas DE NEGAÇÃO não; nunca; jamais; tampouco; nem nunca mais; de modo algum; de jeito nenhum DE DÚVIDA Possivelmente; acaso; será; talvez; quiçá Quem sabe Advérbios interrogativos São os advérbios ou locuções adverbiais utilizadas para introduzir perguntas, podendo expressar circunstâncias de: • Lugar: onde, aonde, de onde • Tempo: quando • Modo: como • Causa: por que, por quê Grau do advérbio Os advérbios podem ser comparativos ou superlativos. • Comparativo de igualdade: tão/tanto + advérbio + quanto • Comparativo de superioridade: mais + advérbio + (do) que LÍNGUA PORTUGUESA 8 • Comparativo de inferioridade: menos + advérbio + (do) que • Superlativo analítico: muito cedo • Superlativo sintético: cedíssimo Curiosidades Na linguagem coloquial, algumas variações do superlativo são aceitas, como o diminutivo (cedinho), o aumentativo (cedão) e o uso de alguns prefixos (supercedo). Existem advérbios que exprimem ideia de exclusão (somente; salvo; exclusivamente; apenas), inclusão (também; ainda; mesmo) e ordem (ultimamente; depois; primeiramente). Alguns advérbios, além de algumas preposições, aparecem sendo usados como uma palavra denotativa, acrescentando um sentido próprio ao enunciado, podendo ser elas de inclusão (até, mesmo, inclusive); de exclusão (apenas, senão, salvo); de designação (eis); de realce (cá, lá, só, é que); de retificação (aliás, ou melhor, isto é) e de situação (afinal, agora, então, e aí). Pronomes Os pronomes são palavras que fazem referência aos nomes, isto é, aos substantivos. Assim, dependendo de sua função no enunciado, ele pode ser classificado da seguinte maneira: • Pronomes pessoais: indicam as 3 pessoas do discurso, e podem ser retos (eu, tu, ele...) ou oblíquos (mim, me, te, nos, si...). • Pronomes possessivos: indicam posse (meu, minha, sua, teu, nossos...) • Pronomes demonstrativos: indicam localização de seres no tempo ou no espaço. (este, isso, essa, aquela, aquilo...) • Pronomes interrogativos: auxiliam na formação de questionamentos (qual, quem, onde, quando, que, quantas...) • Pronomes relativos: retomam o substantivo, substituindo-o na oração seguinte (que, quem, onde, cujo, o qual...) • Pronomes indefinidos: substituem o substantivo de maneira imprecisa (alguma, nenhum, certa, vários, qualquer...) • Pronomes de tratamento: empregados, geralmente, em situações formais (senhor, Vossa Majestade, Vossa Excelência, você...) Colocação pronominal Diz respeito ao conjunto de regras que indicam a posição do pronome oblíquo átono (me, te, se, nos, vos, lhe, lhes, o, a, os, as, lo, la, no, na...) em relação ao verbo, podendo haver próclise (antes do verbo), ênclise (depois do verbo) ou mesóclise (no meio do verbo). Veja, então, quais as principais situações para cada um deles: • Próclise: expressões negativas; conjunções subordinativas; advérbios sem vírgula; pronomes indefinidos, relativos ou demonstrati- vos; frases exclamativas ou que exprimem desejo; verbos no gerúndio antecedidos por “em”. Nada me faria mais feliz. • Ênclise: verbo no imperativo afirmativo; verbo no início da frase (não estando no futuro e nem no pretérito); verbo no gerúndio não acompanhado por “em”; verbo no infinitivo pessoal. Inscreveu-se no concurso para tentar realizar um sonho. • Mesóclise: verbo no futuro iniciando uma oração. Orgulhar-me-ei de meus alunos. DICA: o pronome não deve aparecer no início de frases ou orações, nem após ponto-e-vírgula. Verbos Os verbos podem ser flexionados em três tempos: pretérito (passado), presente e futuro, de maneira que o pretérito e o futuro pos- suem subdivisões. Eles também se dividem em três flexões de modo: indicativo (certeza sobre o que é passado), subjuntivo (incerteza sobre o que é passado) e imperativo (expressar ordem, pedido, comando). • Tempos simples do modo indicativo: presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do pre- sente, futuro do pretérito. • Tempos simples do modo subjuntivo: presente, pretérito imperfeito, futuro. Os tempos verbais compostos são formados por um verbo auxiliar e um verbo principal, de modo que o verbo auxiliar sofre flexão em tempo e pessoa, e o verbo principal permanece no particípio. Os verbos auxiliares mais utilizados são “ter” e “haver”. • Tempos compostos do modo indicativo: pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente, futuro do pretérito. • Tempos compostos do modo subjuntivo: pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro. As formas nominais do verbo são o infinitivo (dar, fazerem, aprender), o particípio (dado, feito, aprendido) e o gerúndio (dando, fa- zendo, aprendendo). Eles podem ter função de verbo ou função de nome, atuando como substantivo (infinitivo), adjetivo (particípio) ou advérbio (gerúndio). Tipos de verbos Os verbos se classificam de acordo com a sua flexão verbal. Desse modo, os verbos se dividem em: Regulares: possuem regras fixas para a flexão (cantar, amar, vender, abrir...) • Irregulares: possuem alterações nos radicais e nas terminações quando conjugados (medir, fazer, poder, haver...) • Anômalos: possuem diferentes radicais quando conjugados (ser, ir...) • Defectivos: não são conjugados em todas as pessoas verbais (falir, banir, colorir, adequar...) LÍNGUA PORTUGUESA 9 • Impessoais: não apresentam sujeitos, sendo conjugados sempre na 3ª pessoa do singular (chover, nevar, escurecer, anoitecer...) • Unipessoais: apesar de apresentarem sujeitos, são sempre conjugados na 3ª pessoa do singular ou do plural (latir, miar, custar, acontecer...) • Abundantes: possuem duas formas no particípio, uma regular e outra irregular (aceitar = aceito, aceitado) • Pronominais: verbos conjugados com pronomes oblíquos átonos, indicando ação reflexiva (suicidar-se, queixar-se, sentar-se, pen- tear-se...) • Auxiliares: usados em tempos compostos ou em locuções verbais (ser, estar, ter, haver, ir...) • Principais: transmitem totalidade da ação verbal por si próprios (comer, dançar, nascer, morrer, sorrir...)• De ligação: indicam um estado, ligando uma característica ao sujeito (ser, estar, parecer, ficar, continuar...) Vozes verbais As vozes verbais indicam se o sujeito pratica ou recebe a ação, podendo ser três tipos diferentes: • Voz ativa: sujeito é o agente da ação (Vi o pássaro) • Voz passiva: sujeito sofre a ação (O pássaro foi visto) • Voz reflexiva: sujeito pratica e sofre a ação (Vi-me no reflexo do lago) Ao passar um discurso para a voz passiva, é comum utilizar a partícula apassivadora “se”, fazendo com o que o pronome seja equiva- lente ao verbo “ser”. Conjugação de verbos Os tempos verbais são primitivos quando não derivam de outros tempos da língua portuguesa. Já os tempos verbais derivados são aqueles que se originam a partir de verbos primitivos, de modo que suas conjugações seguem o mesmo padrão do verbo de origem. • 1ª conjugação: verbos terminados em “-ar” (aproveitar, imaginar, jogar...) • 2ª conjugação: verbos terminados em “-er” (beber, correr, erguer...) • 3ª conjugação: verbos terminados em “-ir” (dormir, agir, ouvir...) Confira os exemplos de conjugação apresentados abaixo: LÍNGUA PORTUGUESA 10 Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-lutar LÍNGUA PORTUGUESA 11 Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-impor Preposições As preposições são palavras invariáveis que servem para ligar dois termos da oração numa relação subordinada, e são divididas entre essenciais (só funcionam como preposição) e acidentais (palavras de outras classes gramaticais que passam a funcionar como preposição em determinadas sentenças). Preposições essenciais: a, ante, após, de, com, em, contra, para, per, perante, por, até, desde, sobre, sobre, trás, sob, sem, entre. Preposições acidentais: afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, mediante, menos, salvo, segundo, visto etc. Locuções prepositivas: abaixo de, afim de, além de, à custa de, defronte a, a par de, perto de, por causa de, em que pese a etc. Ao conectar os termos das orações, as preposições estabelecem uma relação semântica entre eles, podendo passar ideia de: • Causa: Morreu de câncer. • Distância: Retorno a 3 quilômetros. • Finalidade: A filha retornou para o enterro. • Instrumento: Ele cortou a foto com uma tesoura. • Modo: Os rebeldes eram colocados em fila. • Lugar: O vírus veio de Portugal. • Companhia: Ela saiu com a amiga. • Posse: O carro de Maria é novo. • Meio: Viajou de trem. Combinações e contrações Algumas preposições podem aparecer combinadas a outras palavras de duas maneiras: sem haver perda fonética (combinação) e havendo perda fonética (contração). • Combinação: ao, aos, aonde • Contração: de, dum, desta, neste, nisso Conjunção As conjunções se subdividem de acordo com a relação estabelecida entre as ideias e as orações. Por ter esse papel importante de conexão, é uma classe de palavras que merece destaque, pois reconhecer o sentido de cada conjunção ajuda na compreensão e interpre- tação de textos, além de ser um grande diferencial no momento de redigir um texto. Elas se dividem em duas opções: conjunções coordenativas e conjunções subordinativas. Conjunções coordenativas As orações coordenadas não apresentam dependência sintática entre si, servindo também para ligar termos que têm a mesma função gramatical. As conjunções coordenativas se subdividem em cinco grupos: • Aditivas: e, nem, bem como. • Adversativas: mas, porém, contudo. • Alternativas: ou, ora…ora, quer…quer. • Conclusivas: logo, portanto, assim. • Explicativas: que, porque, porquanto. LÍNGUA PORTUGUESA 12 Conjunções subordinativas As orações subordinadas são aquelas em que há uma relação de dependência entre a oração principal e a oração subordinada. Desse modo, a conexão entre elas (bem como o efeito de sentido) se dá pelo uso da conjunção subordinada adequada. Elas podem se classificar de dez maneiras diferentes: • Integrantes: usadas para introduzir as orações subordinadas substantivas, definidas pelas palavras que e se. • Causais: porque, que, como. • Concessivas: embora, ainda que, se bem que. • Condicionais: e, caso, desde que. • Conformativas: conforme, segundo, consoante. • Comparativas: como, tal como, assim como. • Consecutivas: de forma que, de modo que, de sorte que. • Finais: a fim de que, para que. • Proporcionais: à medida que, ao passo que, à proporção que. • Temporais: quando, enquanto, agora. CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL Concordância é o efeito gramatical causado por uma relação harmônica entre dois ou mais termos. Desse modo, ela pode ser verbal — refere-se ao verbo em relação ao sujeito — ou nominal — refere-se ao substantivo e suas formas relacionadas. • Concordância em gênero: flexão em masculino e feminino • Concordância em número: flexão em singular e plural • Concordância em pessoa: 1ª, 2ª e 3ª pessoa Concordância nominal Para que a concordância nominal esteja adequada, adjetivos, artigos, pronomes e numerais devem flexionar em número e gênero, de acordo com o substantivo. Há algumas regras principais que ajudam na hora de empregar a concordância, mas é preciso estar atento, também, aos casos específicos. Quando há dois ou mais adjetivos para apenas um substantivo, o substantivo permanece no singular se houver um artigo entre os adjetivos. Caso contrário, o substantivo deve estar no plural: • A comida mexicana e a japonesa. / As comidas mexicana e japonesa. Quando há dois ou mais substantivos para apenas um adjetivo, a concordância depende da posição de cada um deles. Se o adjetivo vem antes dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o substantivo mais próximo: • Linda casa e bairro. Se o adjetivo vem depois dos substantivos, ele pode concordar tanto com o substantivo mais próximo, ou com todos os substantivos (sendo usado no plural): • Casa e apartamento arrumado. / Apartamento e casa arrumada. • Casa e apartamento arrumados. / Apartamento e casa arrumados. Quando há a modificação de dois ou mais nomes próprios ou de parentesco, os adjetivos devem ser flexionados no plural: • As talentosas Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles estão entre os melhores escritores brasileiros. Quando o adjetivo assume função de predicativo de um sujeito ou objeto, ele deve ser flexionado no plural caso o sujeito ou objeto seja ocupado por dois substantivos ou mais: • O operário e sua família estavam preocupados com as consequências do acidente. CASOS ESPECÍFICOS REGRA EXEMPLO É PROIBIDO É PERMITIDO É NECESSÁRIO Deve concordar com o substantivo quando há presença de um artigo. Se não houver essa determinação, deve permanecer no singular e no masculino. É proibida a entrada. É proibido entrada. OBRIGADO / OBRIGADA Deve concordar com a pessoa que fala. Mulheres dizem “obrigada” Homens dizem “obrigado”. BASTANTE Quando tem função de adjetivo para um substantivo, concorda em número com o substantivo. Quando tem função de advérbio, permanece invariável. As bastantes crianças ficaram doentes com a volta às aulas. Bastante criança ficou doente com a volta às aulas. O prefeito considerou bastante a respeito da suspensão das aulas. MENOS É sempre invariável, ou seja, a palavra “menas” não existe na língua portuguesa. Havia menos mulheres que homens na fila para a festa. LÍNGUA PORTUGUESA 13 MESMO PRÓPRIO Devem concordar em gênero e número com a pessoa a que fazem referência. As crianças mesmas limparam a sala depois da aula. Eles próprios sugeriram o tema da formatura. MEIO / MEIA Quando tem função de numeral adjetivo, deve concordar com o substantivo. Quando tem função de advérbio, modificando um adjetivo, o termo é invariável. Adicione meia xícara de leite. Manuela é meio artista, além de ser engenheira. ANEXO INCLUSO Devem concordar com o substantivo a que se referem. Segue anexo o orçamento. Seguem anexas as informações adicionais As professoras estão inclusas na greve. O material está incluso no valor da mensalidade. Concordância verbal Para que a concordância verbal esteja adequada, é preciso haver flexão do verbo em número e pessoa, a depender do sujeitocom o qual ele se relaciona. Quando o sujeito composto é colocado anterior ao verbo, o verbo ficará no plural: • A menina e seu irmão viajaram para a praia nas férias escolares. Mas, se o sujeito composto aparece depois do verbo, o verbo pode tanto ficar no plural quanto concordar com o sujeito mais próximo: • Discutiram marido e mulher. / Discutiu marido e mulher. Se o sujeito composto for formado por pessoas gramaticais diferentes, o verbo deve ficar no plural e concordando com a pessoa que tem prioridade, a nível gramatical — 1ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2ª (tu, vós); a 2ª tem prioridade em relação à 3ª (ele, eles): • Eu e vós vamos à festa. Quando o sujeito apresenta uma expressão partitiva (sugere “parte de algo”), seguida de substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar tanto no singular quanto no plural: • A maioria dos alunos não se preparou para o simulado. / A maioria dos alunos não se prepararam para o simulado. Quando o sujeito apresenta uma porcentagem, deve concordar com o valor da expressão. No entanto, quanto seguida de um subs- tantivo (expressão partitiva), o verbo poderá concordar tanto com o numeral quanto com o substantivo: • 27% deixaram de ir às urnas ano passado. / 1% dos eleitores votou nulo / 1% dos eleitores votaram nulo. Quando o sujeito apresenta alguma expressão que indique quantidade aproximada, o verbo concorda com o substantivo que segue a expressão: • Cerca de duzentas mil pessoas compareceram à manifestação. / Mais de um aluno ficou abaixo da média na prova. Quando o sujeito é indeterminado, o verbo deve estar sempre na terceira pessoa do singular: • Precisa-se de balconistas. / Precisa-se de balconista. Quando o sujeito é coletivo, o verbo permanece no singular, concordando com o coletivo partitivo: • A multidão delirou com a entrada triunfal dos artistas. / A matilha cansou depois de tanto puxar o trenó. Quando não existe sujeito na oração, o verbo fica na terceira pessoa do singular (impessoal): • Faz chuva hoje Quando o pronome relativo “que” atua como sujeito, o verbo deverá concordar em número e pessoa com o termo da oração princi- pal ao qual o pronome faz referência: • Foi Maria que arrumou a casa. Quando o sujeito da oração é o pronome relativo “quem”, o verbo pode concordar tanto com o antecedente do pronome quanto com o próprio nome, na 3ª pessoa do singular: • Fui eu quem arrumei a casa. / Fui eu quem arrumou a casa. Quando o pronome indefinido ou interrogativo, atuando como sujeito, estiver no singular, o verbo deve ficar na 3ª pessoa do sin- gular: • Nenhum de nós merece adoecer. Quando houver um substantivo que apresenta forma plural, porém com sentido singular, o verbo deve permanecer no singular. Exceto caso o substantivo vier precedido por determinante: • Férias é indispensável para qualquer pessoa. / Meus óculos sumiram. LÍNGUA PORTUGUESA 14 REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL Regência A regência estuda as relações de concordâncias entre os termos que completam o sentido tanto dos verbos quanto dos nomes. Dessa maneira, há uma relação entre o termo regente (principal) e o termo regido (complemento). A regência está relacionada à transitividade do verbo ou do nome, isto é, sua complementação necessária, de modo que essa relação é sempre intermediada com o uso adequado de alguma preposição. Regência nominal Na regência nominal, o termo regente é o nome, podendo ser um substantivo, um adjetivo ou um advérbio, e o termo regido é o complemento nominal, que pode ser um substantivo, um pronome ou um numeral. Vale lembrar que alguns nomes permitem mais de uma preposição. Veja no quadro abaixo as principais preposições e as palavras que pedem seu complemento: PREPOSIÇÃO NOMES A acessível; acostumado; adaptado; adequado; agradável; alusão; análogo; anterior; atento; benefício; comum; contrário; desfavorável; devoto; equivalente; fiel; grato; horror; idêntico; imune; indiferente; inferior; leal; necessário; nocivo; obediente; paralelo; posterior; preferência; propenso; próximo; semelhante; sensível; útil; visível... DE amante; amigo; capaz; certo; contemporâneo; convicto; cúmplice; descendente; destituído; devoto; diferente; dotado; escasso; fácil; feliz; imbuído; impossível; incapaz; indigno; inimigo; inseparável; isento; junto; longe; medo; natural; orgulhoso; passível; possível; seguro; suspeito; temeroso... SOBRE opinião; discurso; discussão; dúvida; insistência; influência; informação; preponderante; proeminência; triunfo... COM acostumado; amoroso; analogia; compatível; cuidadoso; descontente; generoso; impaciente; ingrato; intolerante; mal; misericordioso; ocupado; parecido; relacionado; satisfeito; severo; solícito; triste... EM abundante; bacharel; constante; doutor; erudito; firme; hábil; incansável; inconstante; indeciso; morador; negligente; perito; prático; residente; versado... CONTRA atentado; blasfêmia; combate; conspiração; declaração; fúria; impotência; litígio; luta; protesto; reclamação; representação... PARA bom; mau; odioso; próprio; útil... Regência verbal Na regência verbal, o termo regente é o verbo, e o termo regido poderá ser tanto um objeto direto (não preposicionado) quanto um objeto indireto (preposicionado), podendo ser caracterizado também por adjuntos adverbiais. Com isso, temos que os verbos podem se classificar entre transitivos e intransitivos. É importante ressaltar que a transitividade do verbo vai depender do seu contexto. Verbos intransitivos: não exigem complemento, de modo que fazem sentido por si só. Em alguns casos, pode estar acompanhado de um adjunto adverbial (modifica o verbo, indicando tempo, lugar, modo, intensidade etc.), que, por ser um termo acessório, pode ser retirado da frase sem alterar sua estrutura sintática: • Viajou para São Paulo. / Choveu forte ontem. Verbos transitivos diretos: exigem complemento (objeto direto), sem preposição, para que o sentido do verbo esteja completo: • A aluna entregou o trabalho. / A criança quer bolo. Verbos transitivos indiretos: exigem complemento (objeto indireto), de modo que uma preposição é necessária para estabelecer o sentido completo: • Gostamos da viagem de férias. / O cidadão duvidou da campanha eleitoral. Verbos transitivos diretos e indiretos: em algumas situações, o verbo precisa ser acompanhado de um objeto direto (sem preposi- ção) e de um objeto indireto (com preposição): • Apresentou a dissertação à banca. / O menino ofereceu ajuda à senhora. COLOCAÇÃO PRONOMINAL Prezado Candidato, o tópico acima supracitado foi abordado anteriormente. LÍNGUA PORTUGUESA 15 CRASE Crase é o nome dado à contração de duas letras “A” em uma só: preposição “a” + artigo “a” em palavras femininas. Ela é demarcada com o uso do acento grave (à), de modo que crase não é considerada um acento em si, mas sim o fenômeno dessa fusão. Veja, abaixo, as principais situações em que será correto o emprego da crase: • Palavras femininas: Peça o material emprestado àquela aluna. • Indicação de horas, em casos de horas definidas e especificadas: Chegaremos em Belo Horizonte às 7 horas. • Locuções prepositivas: A aluna foi aprovada à custa de muito estresse. • Locuções conjuntivas: À medida que crescemos vamos deixando de lado a capacidade de imaginar. • Locuções adverbiais de tempo, modo e lugar: Vire na próxima à esquerda. Veja, agora, as principais situações em que não se aplica a crase: • Palavras masculinas: Ela prefere passear a pé. • Palavras repetidas (mesmo quando no feminino): Melhor termos uma reunião frente a frente. • Antes de verbo: Gostaria de aprender a pintar. • Expressões que sugerem distância ou futuro: A médica vai te atender daqui a pouco. • Dia de semana (a menos que seja um dia definido): De terça a sexta. / Fecharemos às segundas-feiras. • Antes de numeral (exceto horas definidas): A casa da vizinha fica a 50 metros da esquina. Há, ainda, situações em que o uso da crase é facultativo • Pronomes possessivos femininos: Dei um picolé a minha filha. / Dei um picoléà minha filha. • Depois da palavra “até”: Levei minha avó até a feira. / Levei minha avó até à feira. • Nomes próprios femininos (desde que não seja especificado): Enviei o convite a Ana. / Enviei o convite à Ana. / Enviei o convite à Ana da faculdade. DICA: Como a crase só ocorre em palavras no feminino, em caso de dúvida, basta substituir por uma palavra equivalente no masculi- no. Se aparecer “ao”, deve-se usar a crase: Amanhã iremos à escola / Amanhã iremos ao colégio. EXERCÍCIOS 1. (ENEM - 2012) “Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista que colecionava desa- fetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil”. Assim era José de Alencar (1829-1877), o conhecido autor de O guarani e Ira- cema, tido como o pai do romance no Brasil. Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas, indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, diretor de jornal, autor de peças de teatro, advogado, deputado federal e até ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas facetas desse personagem do século XIX, parte de seu acervo inédito será digitalizada. História Viva, n.º 99, 2011. Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e da futura digitalização de sua obra, depreende-se que (A) a digitalização dos textos é importante para que os leitores possam compreender seus romances. (B) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante porque deixou uma vasta obra literária com temática atemporal. (C) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da digitalização, demonstra sua importância para a história do Brasil Impe- rial. (D) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação da memória linguística e da identidade nacio- nal. (E) o grande romancista José de Alencar é importante porque se destacou por sua temática indianista. 2. (FUVEST - 2013) A essência da teoria democrática é a supressão de qualquer imposição de classe, fundada no postulado ou na crença de que os conflitos e problemas humanos – econômicos, políticos, ou sociais – são solucionáveis pela educação, isto é, pela coope- ração voluntária, mobilizada pela opinião pública esclarecida. Está claro que essa opinião pública terá de ser formada à luz dos melhores conhecimentos existentes e, assim, a pesquisa científica nos campos das ciências naturais e das chamadas ciências sociais deverá se fazer a mais ampla, a mais vigorosa, a mais livre, e a difusão desses conhecimentos, a mais completa, a mais imparcial e em termos que os tornem acessíveis a todos. (Anísio Teixeira, Educação é um direito. Adaptado.) No trecho “chamadas ciências sociais”, o emprego do termo “chamadas” indica que o autor (A) vê, nas “ciências sociais”, uma panaceia, não uma análise crítica da sociedade. (B) considera utópicos os objetivos dessas ciências. (C) prefere a denominação “teoria social” à denominação “ciências sociais”. (D) discorda dos pressupostos teóricos dessas ciências. (E) utiliza com reserva a denominação “ciências sociais”. LÍNGUA PORTUGUESA 16 3. (UERJ - 2016) A última fala da tirinha causa um estranhamento, porque assinala a ausência de um elemento fundamental para a instalação de um tribunal: a existência de alguém que esteja sendo acusado. Essa fala sugere o seguinte ponto de vista do autor em relação aos usuários da internet: (A) proferem vereditos fictícios sem que haja legitimidade do processo. (B) configuram julgamentos vazios, ainda que existam crimes comprovados. (C) emitem juízos sobre os outros, mas não se veem na posição de acusados. (D) apressam-se em opiniões superficiais, mesmo que possuam dados concretos. 4 - (UEA - 2017) Leia o trecho de Quincas Borba, de Machado de Assis: E enquanto uma chora, outra ri; é a lei do mundo, meu rico senhor; é a perfeição universal. Tudo chorando seria monótono, tudo rindo cansativo; mas uma boa distribuição de lágrimas e polcas1, soluços e sarabandas2, acaba por trazer à alma do mundo a variedade necessária, e faz-se o equilíbrio da vida. (Quincas Borba, 1992.) 1 polca: tipo de dança. 2 sarabandas: tipo de dança. De acordo com o narrador, (A) os erros do passado não afetam o presente. (B) a existência é marcada por antagonismos. (C) a sabedoria está em perseguir a felicidade. (D) cada instante vivido deve ser festejado. (E) os momentos felizes são mais raros que os tristes. 5 – (ENEM 2013) Cartum de Caulos, disponível em www.caulos.com LÍNGUA PORTUGUESA 17 O cartum faz uma crítica social. A figura destacada está em oposição às outras e representa a (A) opressão das minorias sociais. (B) carência de recursos tecnológicos. (C) falta de liberdade de expressão. (D) defesa da qualificação profissional. (E) reação ao controle do pensamento coletivo. 6. (FUNDEP – 2014) As tipologias textuais são constructos teó- ricos inerentes aos gêneros, ou seja, lança-se mão dos tipos para a produção dos gêneros diversos. Um professor, ao solicitar à turma a escrita das “regras de um jogo”, espera que os estudantes utili- zem, predominantemente, a tipologia (A) descritiva, devido à presença de adjetivos e verbos de li- gação. (B) narrativa, devido à forte presença de verbos no passado. (C) injuntiva, devido à presença dos verbos no imperativo. (D) dissertativa, devido à presença das conjunções. 7. (ENEM 2010) MOSTRE QUE SUA MEMÓRIA É MELHOR DO QUE A DE COM- PUTADOR E GUARDE ESTA CONDIÇÃO: 12X SEM JUROS. Revista Época. N° 424, 03 jul. 2006. Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como práti- cas de linguagem, assumindo funções específicas, formais e de con- teúdo. Considerando o contexto em que circula o texto publicitário, seu objetivo básico é (A) definir regras de comportamento social pautadas no com- bate ao consumismo exagerado. (B) influenciar o comportamento do leitor, por meio de apelos que visam à adesão ao consumo. (C) defender a importância do conhecimento de informática pela população de baixo poder aquisitivo. (D) facilitar o uso de equipamentos de informática pelas clas- ses sociais economicamente desfavorecidas. (E) questionar o fato de o homem ser mais inteligente que a máquina, mesmo a mais moderna. 8. (IBADE – 2020 adaptada) https://www.dicio.com.br/partilhar/ acesso em fevereiro de 2020 O texto apresentado é um verbete. Assinale a alternativa que representa sua definição (A) é um tipo textual dissertativo-argumentativo, com o intuito de persuadir o leitor. (B) é um tipo e gênero textual de caráter descritivo para deta- lhar em adjetivos e advérbios o que é necessário entender. (C) é um gênero textual de viés narrativo para contar em cro- nologia obrigatória o enredo por meio de personagens. (D) é um gênero textual de caráter informativo, que tem por intuito explicar um conceito, mais comumente em um dicionário ou enciclopédia. (E) é um tipo textual expositivo, típico em redações escolares. 9. (UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – RJ) Preencha os parênteses com os números correspondentes; em seguida, assinale a alternati- va que indica a correspondência correta. 1. Narrar 2. Argumentar 3. Expor 4. Descrever 5. Prescrever ( ) Ato próprio de textos em que há a presença de conselhos e indicações de como realizar ações, com emprego abundante de verbos no modo imperativo. ( ) Ato próprio de textos em que há a apresentação de ideias sobre determinado assunto, assim como explicações, avaliações e reflexões. Faz-se uso de linguagem clara, objetiva e impessoal. ( ) Ato próprio de textos em que se conta um fato, fictício ou não, acontecido num determinado espaço e tempo, envolvendo personagens e ações. A temporalidade é fator importante nesse tipo de texto. ( ) Ato próprio de textos em que retrata, de forma objetiva ou subjetiva, um lugar, uma pessoa, um objeto etc., com abundância do uso de adjetivos. Não há relação de temporalidade. ( ) Ato próprio de textos em que há posicionamentos e expo- sição de ideias, cuja preocupação é a defesa de um ponto de vista. Sua estruturabásica é: apresentação de ideia principal, argumentos e conclusão. (A) 3, 5, 1, 2, 4 (B) 5, 3, 1, 4, 2 (C) 4, 2, 3, 1, 5 (D) 5, 3, 4, 1, 2 (E) 2, 3, 1, 4, 5 10. (PUC – SP) O trecho abaixo foi extraído da obra Memórias Sentimentais de João Miramar, de Oswald de Andrade. 66. BOTAFOGO ETC. “Beiramarávamos em auto pelo espelho de aluguel arborizado das avenidas marinhas sem sol. Losangos tênues de ouro bandei- ranacionalizavam os verdes montes interiores. No outro lado azul da baía a Serra dos Órgãos serrava. Barcos. E o passado voltava na brisa de baforadas gostosas. Rolah ia vinha derrapava em túneis. Copacabana era um veludo arrepiado na luminosa noite vara- da pelas frestas da cidade.” Didaticamente, costuma-se dizer que, em relação à sua orga- nização, os textos podem ser compostos de descrição, narração e dissertação; no entanto, é difícil encontrar um trecho que seja só descritivo, apenas narrativo, somente dissertativo. Levando-se em conta tal afirmação, selecione uma das alternativas abaixo para classificar o texto de Oswald de Andrade: (A) Narrativo-descritivo, com predominância do descritivo. (B) Dissertativo-descritivo, com predominância do dissertativo. (C) Descritivo-narrativo, com predominância do narrativo. (D) Descritivo-dissertativo, com predominância do dissertativo. (E) Narrativo-dissertativo, com predominância do narrativo. LÍNGUA PORTUGUESA 18 11. (FMPA – MG) Assinale o item em que a palavra destacada está incorretamen- te aplicada: (A) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes. (B) A justiça infligiu pena merecida aos desordeiros. (C) Promoveram uma festa beneficiente para a creche. (D) Devemos ser fieis aos cumprimentos do dever. (E) A cessão de terras compete ao Estado. 12. (UEPB – 2010) Um debate sobre a diversidade na escola reuniu alguns, dos maiores nomes da educação mundial na atualidade. Carlos Alberto Torres 1O tema da diversidade tem a ver com o tema identidade. Por- tanto, 2quando você discute diversidade, um tema que cabe muito no 3pensamento pós-modernista, está discutindo o tema da 4diver- sidade não só em ideias contrapostas, mas também em 5identida- des que se mexem, que se juntam em uma só pessoa. E 6este é um processo de aprendizagem. Uma segunda afirmação é 7que a diver- sidade está relacionada com a questão da educação 8e do poder. Se a diversidade fosse a simples descrição 9demográfica da realidade e a realidade fosse uma boa articulação 10dessa descrição demográ- fica em termos de constante articulação 11democrática, você não sentiria muito a presença do tema 12diversidade neste instante. Há o termo diversidade porque há 13uma diversidade que implica o uso e o abuso de poder, de uma 14perspectiva ética, religiosa, de raça, de classe. […] Rosa Maria Torres 15O tema da diversidade, como tantos outros, hoje em dia, abre 16muitas versões possíveis de projeto educativo e de projeto 17po- lítico e social. É uma bandeira pela qual temos que reivindicar, 18e pela qual temos reivindicado há muitos anos, a necessidade 19de reconhecer que há distinções, grupos, valores distintos, e 20que a escola deve adequar-se às necessidades de cada grupo. 21Porém, o tema da diversidade também pode dar lugar a uma 22série de coisas indesejadas. […] Adaptado da Revista Pátio, Diversidade na educação: limites e possibilidades. Ano V, nº 20, fev./abr. 2002, p. 29. Do enunciado “O tema da diversidade tem a ver com o tema identidade.” (ref. 1), pode-se inferir que I – “Diversidade e identidade” fazem parte do mesmo campo semântico, sendo a palavra “identidade” considerada um hiperôni- mo, em relação à “diversidade”. II – há uma relação de intercomplementariedade entre “diver- sidade e identidade”, em função do efeito de sentido que se instau- ra no paradigma argumentativo do enunciado. III – a expressão “tem a ver” pode ser considerada de uso co- loquial e indica nesse contexto um vínculo temático entre “diversi- dade e identidade”. Marque a alternativa abaixo que apresenta a(s) proposi- ção(ões) verdadeira(s). (A) I, apenas (B) II e III (C) III, apenas (D) II, apenas (E) I e II 13. (UNIFOR CE – 2006) Dia desses, por alguns momentos, a cidade parou. As televisões hipnotizaram os espectadores que assistiram, sem piscar, ao resgate de uma mãe e de uma filha. Seu automóvel caíra em um rio. Assis- ti ao evento em um local público. Ao acabar o noticiário, o silêncio em volta do aparelho se desfez e as pessoas retomaram as suas ocu- pações habituais. Os celulares recomeçaram a tocar. Perguntei-me: indiferença? Se tomarmos a definição ao pé da letra, indiferença é sinônimo de desdém, de insensibilidade, de apatia e de negligência. Mas podemos considerá-la também uma forma de ceticismo e de- sinteresse, um “estado físico que não apresenta nada de particular”; enfim, explica o Aurélio, uma atitude de neutralidade. Conclusão? Impassíveis diante da emoção, imperturbáveis diante da paixão, imunes à angústia, vamos hoje burilando nossa indiferença. Não nos indignamos mais! À distância de tudo, segui- mos surdos ao barulho do mundo lá fora. Dos movimentos de mas- sa “quentes” (lembram-se do “Diretas Já”?) onde nos fundíamos na igualdade, passamos aos gestos frios, nos quais indiferença e dis- tância são fenômenos inseparáveis. Neles, apesar de iguais, somos estrangeiros ao destino de nossos semelhantes. […] (Mary Del Priore. Histórias do cotidiano. São Paulo: Contexto, 2001. p.68) Dentre todos os sinônimos apresentados no texto para o vo- cábulo indiferença, o que melhor se aplica a ele, considerando-se o contexto, é (A) ceticismo. (B) desdém. (C) apatia. (D) desinteresse. (E) negligência. 14. (CASAN – 2015) Observe as sentenças. I. Com medo do escuro, a criança ascendeu a luz. II. É melhor deixares a vida fluir num ritmo tranquilo. III. O tráfico nas grandes cidades torna-se cada dia mais difícil para os carros e os pedestres. Assinale a alternativa correta quanto ao uso adequado de ho- mônimos e parônimos. (A) I e III. (B) II e III. (C) II apenas. (D) Todas incorretas. 15. (UFMS – 2009) Leia o artigo abaixo, intitulado “Uma questão de tempo”, de Miguel Sanches Neto, extraído da Revista Nova Escola Online, em 30/09/08. Em seguida, responda. “Demorei para aprender ortografia. E essa aprendizagem con- tou com a ajuda dos editores de texto, no computador. Quando eu cometia uma infração, pequena ou grande, o programa grifava em vermelho meu deslize. Fui assim me obrigando a escrever minima- mente do jeito correto. Mas de meu tempo de escola trago uma grande descoberta, a do monstro ortográfico. O nome dele era Qüeqüi Güegüi. Sim, esse animal existiu de fato. A professora de Português nos disse que devíamos usar trema nas sílabas qüe, qüi, güe e güi quando o u é pronunciado. Fiquei com essa expressão tão sonora quanto enigmática na cabeça. Quando meditava sobre algum problema terrível – pois na pré- -adolescência sempre temos problemas terríveis –, eu tentava me libertar da coisa repetindo em voz alta: “Qüeqüi Güegüi”. Se numa prova de Matemática eu não conseguia me lembrar de uma fórmu- la, lá vinham as palavras mágicas. LÍNGUA PORTUGUESA 19 Um desses problemas terríveis, uma namorada, ouvindo mi- nha evocação, quis saber o que era esse tal de Qüeqüi Güegüi. – Você nunca ouviu falar nele? – perguntei. – Ainda não fomos apresentados – ela disse. – É o abominável monstro ortográfico – fiz uma falsa voz de terror. – E ele faz o quê? – Atrapalha a gente na hora de escrever. Ela riu e se desinteressou do assunto. Provavelmente não sabia usar trema nem se lembrava da regrinha. Aos poucos, eu me habituei a colocar as letras e os sinais no lugar certo. Como essa aprendizagem foi demorada, não sei se con- seguirei escrever de outra forma – agora que teremos novas regras. Por isso, peço desde já que perdoem meus futuros erros, que servi- rão ao menos para determinar minha idade. – Esse aí é do tempo do trema.” Assinale a alternativa correta. (A) As expressões “monstro ortográfico” e “abominávelmons- tro ortográfico” mantêm uma relação hiperonímica entre si. (B) Em “– Atrapalha a gente na hora de escrever”, conforme a norma culta do português, a palavra “gente” pode ser substituída por “nós”. (C) A frase “Fui-me obrigando a escrever minimamente do jei- to correto”, o emprego do pronome oblíquo átono está correto de acordo com a norma culta da língua portuguesa. (D) De acordo com as explicações do autor, as palavras pregüi- ça e tranqüilo não serão mais grafadas com o trema. (E) A palavra “evocação” (3° parágrafo) pode ser substituída no texto por “recordação”, mas haverá alteração de sentido. 16. (IFAL - 2011) Parágrafo do Editorial “Nossas crianças, hoje”. “Oportunamente serão divulgados os resultados de tão impor- tante encontro, mas enquanto nordestinos e alagoanos sentimos na pele e na alma a dor dos mais altos índices de sofrimento da infância mais pobre. Nosso Estado e nossa região padece de índices vergonhosos no tocante à mortalidade infantil, à educação básica e tantos outros indicadores terríveis.” (Gazeta de Alagoas, seção Opi- nião, 12.10.2010) O primeiro período desse parágrafo está corretamente pontu- ado na alternativa: (A) “Oportunamente, serão divulgados os resultados de tão importante encontro, mas enquanto nordestinos e alagoanos, sen- timos na pele e na alma a dor dos mais altos índices de sofrimento da infância mais pobre.” (B) “Oportunamente serão divulgados os resultados de tão im- portante encontro, mas enquanto nordestinos e alagoanos senti- mos, na pele e na alma, a dor dos mais altos índices de sofrimento da infância mais pobre.” (C) “Oportunamente, serão divulgados os resultados de tão importante encontro, mas enquanto nordestinos e alagoanos, sen- timos na pele e na alma, a dor dos mais altos índices de sofrimento da infância mais pobre.” (D) “Oportunamente serão divulgados os resultados de tão im- portante encontro, mas, enquanto nordestinos e alagoanos senti- mos, na pele e na alma a dor dos mais altos índices de sofrimento, da infância mais pobre.” (E) “Oportunamente, serão divulgados os resultados de tão im- portante encontro, mas, enquanto nordestinos e alagoanos, senti- mos, na pele e na alma, a dor dos mais altos índices de sofrimento da infância mais pobre.” 17. (F.E. BAURU) Assinale a alternativa em que há erro de pon- tuação: (A) Era do conhecimento de todos a hora da prova, mas, alguns se atrasaram. (B) A hora da prova era do conhecimento de todos; alguns se atrasaram, porém. (C) Todos conhecem a hora da prova; não se atrasem, pois. (D) Todos conhecem a hora da prova, portanto não se atrasem. (E) N.D.A 18. (VUNESP – 2020) Assinale a alternativa correta quanto à pontuação. (A) Colaboradores da Universidade Federal do Paraná afirma- ram: “Os cristais de urato podem provocar graves danos nas arti- culações.”. (B) A prescrição de remédios e a adesão, ao tratamento, por parte dos pacientes são baixas. (C) É uma inflamação, que desencadeia a crise de gota; diag- nosticada a partir do reconhecimento de intensa dor, no local. (D) A ausência de dor não pode ser motivo para a interrupção do tratamento conforme o editorial diz: – (é preciso que o doente confie em seu médico). (E) A qualidade de vida, do paciente, diminui pois a dor no local da inflamação é bastante intensa! 19. (ENEM – 2018) Física com a boca Por que nossa voz fica tremida ao falar na frente do ventilador? Além de ventinho, o ventilador gera ondas sonoras. Quando você não tem mais o que fazer e fica falando na frente dele, as ondas da voz se propagam na direção contrária às do ventilador. Davi Akkerman – presidente da Associação Brasileira para a Quali- dade Acústica – diz que isso causa o mismatch, nome bacana para o desencontro entre as ondas. “O vento também contribui para a distorção da voz, pelo fato de ser uma vibração que influencia no som”, diz. Assim, o ruído do ventilador e a influência do vento na propagação das ondas contribuem para distorcer sua bela voz. Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 30 jul. 2012 (adaptado). Sinais de pontuação são símbolos gráficos usados para organi- zar a escrita e ajudar na compreensão da mensagem. No texto, o sentido não é alterado em caso de substituição dos travessões por (A) aspas, para colocar em destaque a informação seguinte (B) vírgulas, para acrescentar uma caracterização de Davi Ak- kerman. (C) reticências, para deixar subetendida a formação do espe- cialista. (D) dois-pontos, para acrescentar uma informação introduzida anteriormente. (E) ponto e vírgula, para enumerar informações fundamentais para o desenvolvimento temático. LÍNGUA PORTUGUESA 20 20. (FCC – 2020) A supressão da vírgula altera o sentido da seguinte frase: (A) O segundo é o “capitalismo de Estado”, que confia ao governo a tarefa de estabelecer a direção da economia. (B) milhões prosperaram, à medida que empresas abriam mercados. (C) Por fim, executivos e investidores começaram a reconhecer que seu sucesso em longo prazo está intimamente ligado ao de seus clientes. (D) De início, um novo indicador de “criação de valor compartilhado” deveria incluir metas ecológicas. (E) Na verdade, esse deveria ser seu propósito definitivo. 21. (UNIFESP - 2015) Leia o seguinte texto: Você conseguiria ficar 99 dias sem o Facebook? Uma organização não governamental holandesa está propondo um desafio que muitos poderão considerar impossível: ficar 99 dias sem dar nem uma “olhadinha” no Facebook. O objetivo é medir o grau de felicidade dos usuários longe da rede social. O projeto também é uma resposta aos experimentos psicológicos realizados pelo próprio Facebook. A diferença neste caso é que o teste é completamente voluntário. Ironicamente, para poder participar, o usuário deve trocar a foto do perfil no Facebook e postar um contador na rede social. Os pesquisadores irão avaliar o grau de satisfação e felicidade dos participantes no 33º dia, no 66º e no último dia da abstinência. Os responsáveis apontam que os usuários do Facebook gastam em média 17 minutos por dia na rede social. Em 99 dias sem acesso, a soma média seria equivalente a mais de 28 horas, 2que poderiam ser utilizadas em “atividades emocionalmente mais realizadoras”. (http://codigofonte.uol.com.br. Adaptado.) Após ler o texto acima, examine as passagens do primeiro parágrafo: “Uma organização não governamental holandesa está propondo um desafio” “O objetivo é medir o grau de felicidade dos usuários longe da rede social.” LÍNGUA PORTUGUESA 21 A utilização dos artigos destacados justifica-se em razão: (A) da retomada de informações que podem ser facilmente depreendidas pelo contexto, sendo ambas equivalentes semanti- camente. (B) de informações conhecidas, nas duas ocorrências, sendo possível a troca dos artigos nos enunciados, pois isso não alteraria o sentido do texto. (C) da generalização, no primeiro caso, com a introdução de informação conhecida, e da especificação, no segundo, com infor- mação nova. (D) da introdução de uma informação nova, no primeiro caso, e da retomada de uma informação já conhecida, no segundo. (E) de informações novas, nas duas ocorrências, motivo pelo qual são introduzidas de forma mais generalizada 22. (UFMG-ADAPTADA) As expressões em negrito correspon- dem a um adjetivo, exceto em: (A) João Fanhoso anda amanhecendo sem entusiasmo. (B) Demorava-se de propósito naquele complicado banho. (C) Os bichos da terra fugiam em desabalada carreira. (D) Noite fechada sobre aqueles ermos perdidos da caatinga sem fim. (E) E ainda me vem com essa conversa de homem da roça. 23. (UMESP) Na frase “As negociações estariam meio abertas só depois de meio período de trabalho”, as palavras destacadas são, respectivamente: (A) adjetivo, adjetivo (B) advérbio, advérbio (C) advérbio, adjetivo (D) numeral, adjetivo (E) numeral, advérbio 24. (ITA-SP) Beber é mal, mas é muito bom. (FERNANDES, Millôr. Mais! Folha de S. Paulo, 5 ago. 2001, p. 28.) A palavra “mal”, no caso específico da frase de Millôr,é: (A) adjetivo (B) substantivo (C) pronome (D) advérbio (E) preposição 25. (PUC-SP) “É uma espécie... nova... completamente nova! (Mas já) tem nome... Batizei-(a) logo... Vou-(lhe) mostrar...”. Sob o ponto de vista morfológico, as palavras destacadas correspondem pela ordem, a: (A) conjunção, preposição, artigo, pronome (B) advérbio, advérbio, pronome, pronome (C) conjunção, interjeição, artigo, advérbio (D) advérbio, advérbio, substantivo, pronome (E) conjunção, advérbio, pronome, pronome 26. (FUNRIO – 2012) “Todos querem que nós ____________________.” Apenas uma das alternativas completa coerente e adequada- mente a frase acima. Assinale-a. (A) desfilando pelas passarelas internacionais. (B) desista da ação contra aquele salafrário. (C) estejamos prontos em breve para o trabalho. (D) recuperássemos a vaga de motorista da firma. (E) tentamos aquele emprego novamente. 27. (ITA - 1997) Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do texto a seguir: “Todas as amigas estavam _______________ ansiosas _______________ ler os jornais, pois foram informadas de que as críticas foram ______________ indulgentes ______________ ra- paz, o qual, embora tivesse mais aptidão _______________ ciên- cias exatas, demonstrava uma certa propensão _______________ arte.” (A) meio - para - bastante - para com o - para - para a (B) muito - em - bastante - com o - nas - em (C) bastante - por - meias - ao - a - à (D) meias - para - muito - pelo - em - por (E) bem - por - meio - para o - pelas – na 28. (Mackenzie) Há uma concordância inaceitável de acordo com a gramática: I - Os brasileiros somos todos eternos sonhadores. II - Muito obrigadas! – disseram as moças. III - Sr. Deputado, V. Exa. Está enganada. IV - A pobre senhora ficou meio confusa. V - São muito estudiosos os alunos e as alunas deste curso. (A) em I e II (B) apenas em IV (C) apenas em III (D) em II, III e IV (E) apenas em II 29. (CESCEM–SP) Já ___ anos, ___ neste local árvores e flores. Hoje, só ___ ervas daninhas. (A) fazem, havia, existe (B) fazem, havia, existe (C) fazem, haviam, existem (D) faz, havia, existem (E) faz, havia, existe 30. (IBGE) Indique a opção correta, no que se refere à concor- dância verbal, de acordo com a norma culta: (A) Haviam muitos candidatos esperando a hora da prova. (B) Choveu pedaços de granizo na serra gaúcha. (C) Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem aqui. (D) Bateu três horas quando o entrevistador chegou. (E) Fui eu que abriu a porta para o agente do censo. 31. (FUVEST – 2001) A única frase que NÃO apresenta desvio em relação à regência (nominal e verbal) recomendada pela norma culta é: (A) O governador insistia em afirmar que o assunto principal seria “as grandes questões nacionais”, com o que discordavam lí- deres pefelistas. (B) Enquanto Cuba monopolizava as atenções de um clube, do qual nem sequer pediu para integrar, a situação dos outros países passou despercebida. (C) Em busca da realização pessoal, profissionais escolhem a dedo aonde trabalhar, priorizando à empresas com atuação social. (D) Uma família de sem-teto descobriu um sofá deixado por um morador não muito consciente com a limpeza da cidade. (E) O roteiro do filme oferece uma versão de como consegui- mos um dia preferir a estrada à casa, a paixão e o sonho à regra, a aventura à repetição. LÍNGUA PORTUGUESA 22 32. (FUVEST) Assinale a alternativa que preenche corretamen- te as lacunas correspondentes. A arma ___ se feriu desapareceu. Estas são as pessoas ___ lhe falei. Aqui está a foto ___ me referi. Encontrei um amigo de infância ___ nome não me lembrava. Passamos por uma fazenda ___ se criam búfalos. (A) que, de que, à que, cujo, que. (B) com que, que, a que, cujo qual, onde. (C) com que, das quais, a que, de cujo, onde. (D) com a qual, de que, que, do qual, onde. (E) que, cujas, as quais, do cujo, na cuja. 33. (FESP) Observe a regência verbal e assinale a opção falsa: (A) Avisaram-no que chegaríamos logo. (B) Informei-lhe a nota obtida. (C) Os motoristas irresponsáveis, em geral, não obedecem aos sinais de trânsito. (D) Há bastante tempo que assistimos em São Paulo. (E) Muita gordura não implica saúde. 34. (IBGE) Assinale a opção em que todos os adjetivos devem ser seguidos pela mesma preposição: (A) ávido / bom / inconsequente (B) indigno / odioso / perito (C) leal / limpo / oneroso (D) orgulhoso / rico / sedento (E) oposto / pálido / sábio 35. (TRE-MG) Observe a regência dos verbos das frases reescri- tas nos itens a seguir: I - Chamaremos os inimigos de hipócritas. Chamaremos aos ini- migos de hipócritas; II - Informei-lhe o meu desprezo por tudo. Informei-lhe do meu desprezo por tudo; III - O funcionário esqueceu o importante acontecimento. O funcionário esqueceu-se do importante acontecimento. A frase reescrita está com a regência correta em: (A) I apenas (B) II apenas (C) III apenas (D) I e III apenas (E) I, II e III 36. (BANCO DO BRASIL) Opção que preenche corretamente as lacunas: O gerente dirigiu-se ___ sua sala e pôs-se ___ falar ___ todas as pessoas convocadas. (A) à - à – à (B) a - à – à (C) à - a – a (D) a - a – à (E) à - a - à 37. (FEI) Assinalar a alternativa que preenche corretamente as lacunas das seguintes orações: I. Precisa falar ___ cerca de três mil operários. II. Daqui ___ alguns anos tudo estará mudado. III. ___ dias está desaparecido. IV. Vindos de locais distantes, todos chegaram ___ tempo ___ reunião. (A) a - a - há - a – à (B) à - a - a - há – a (C) a - à - a - a – há (D) há - a - à - a – a (E) a - há - a - à – a. 38. (TRE) O uso do acento grave (indicativo de crase ou não) está incorreto em: (A) Primeiro vou à feira, depois é que vou trabalhar. (B) Às vezes não podemos fazer o que nos foi ordenado. (C) Não devemos fazer referências àqueles casos. (D) Sairemos às cinco da manhã. (E) Isto não seria útil à ela. 39. (ITA) Analisando as sentenças: I. A vista disso, devemos tomar sérias medidas. II. Não fale tal coisa as outras. III. Dia a dia a empresa foi crescendo. IV. Não ligo aquilo que me disse. Podemos deduzir que: (A) Apenas a sentença III não tem crase. (B) As sentenças III e IV não têm crase. (C) Todas as sentenças têm crase. (D) Nenhuma sentença tem crase. (E) Apenas a sentença IV não tem crase. 40. (UFABC) A alternativa em que o acento indicativo de crase não procede é: (A) Tais informações são iguais às que recebi ontem. (B) Perdi uma caneta semelhante à sua. (C) A construção da casa obedece às especificações da Prefeitura. (D) O remédio devia ser ingerido gota à gota, e não de uma só vez. (E) Não assistiu a essa operação, mas à de seu irmão. GABARITO 1 D 2 E 3 C 4 B 5 E 6 C 7 B 8 D 9 B 10 A 11 C 12 B 13 D 14 C 15 C 16 E 17 A 18 A LÍNGUA PORTUGUESA 23 19 B 20 A 21 D 22 B 23 B 24 B 25 E 26 C 27 A 28 C 29 D 30 C 31 E 32 C 33 A 34 D 35 E 36 C 37 A 38 E 39 A 40 D ANOTAÇÕES ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ ______________________________________________________ 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______________________________________________________ ______________________________________________________ LÍNGUA PORTUGUESA 24 ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ 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______________________________________________________ MATEMÁTICA 1. Números inteiros: operações e propriedades. Números racionais, representação fracionária e decimal: operações e propriedades. Mínimo múltiplo comum. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 2. Razão e proporção. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08 3. Porcentagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 4. Regra de três simples . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 5. Média aritmética simples. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 6. Equação do 1º grau. 9. Sistema de equações do 1º grau. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 7. Sistema métrico: medidas de tempo, comprimento, superfície e capacidade.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 8. Relação entre grandezas: tabelas e gráficos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 9. Noções de geometria: forma, perímetro, área, volume, teorema de Pitágoras.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 10. Raciocínio lógico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 11. Resolução de situações-problema. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 MATEMÁTICA 1 NÚMEROS INTEIROS: OPERAÇÕES E PROPRIEDADES. NÚMEROS RACIONAIS,REPRESENTAÇÃO FRACIONÁ- RIA E DECIMAL: OPERAÇÕES E PROPRIEDADES. MÍNI- MO MÚLTIPLO COMUM Números Naturais Os números naturais são o modelo matemático necessário para efetuar uma contagem. Começando por zero e acrescentando sempre uma unidade, obtemos o conjunto infinito dos números naturais - Todo número natural dado tem um sucessor a) O sucessor de 0 é 1. b) O sucessor de 1000 é 1001. c) O sucessor de 19 é 20. Usamos o * para indicar o conjunto sem o zero. - Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um anteces- sor (número que vem antes do número dado). Exemplos: Se m é um número natural finito diferente de zero. a) O antecessor do número m é m-1. b) O antecessor de 2 é 1. c) O antecessor de 56 é 55. d) O antecessor de 10 é 9. Expressões Numéricas Nas expressões numéricas aparecem adições, subtrações, mul- tiplicações e divisões. Todas as operações podem acontecer em uma única expressão. Para resolver as expressões numéricas utili- zamos alguns procedimentos: Se em uma expressão numérica aparecer as quatro operações, devemos resolver a multiplicação ou a divisão primeiramente, na ordem em que elas aparecerem e somente depois a adição e a sub- tração, também na ordem em que aparecerem e os parênteses são resolvidos primeiro. Exemplo 1 10 + 12 – 6 + 7 22 – 6 + 7 16 + 7 23 Exemplo 2 40 – 9 x 4 + 23 40 – 36 + 23 4 + 23 27 Exemplo 3 25-(50-30)+4x5 25-20+20=25 Números Inteiros Podemos dizer que este conjunto é composto pelos números naturais, o conjunto dos opostos dos números naturais e o zero. Este conjunto pode ser representado por: Z={...-3, -2, -1, 0, 1, 2,...} Subconjuntos do conjunto : 1)Conjunto dos números inteiros excluindo o zero Z*={...-2, -1, 1, 2, ...} 2) Conjuntos dos números inteiros não negativos Z+={0, 1, 2, ...} 3) Conjunto dos números inteiros não positivos Z-={...-3, -2, -1} Números Racionais Chama-se de número racional a todo número que pode ser ex- presso na forma , onde a e b são inteiros quaisquer, com b≠0 São exemplos de números racionais: -12/51 -3 -(-3) -2,333... As dízimas periódicas podem ser representadas por fração, portanto são consideradas números racionais. Como representar esses números? Representação Decimal das Frações Temos 2 possíveis casos para transformar frações em decimais 1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o número de- cimal terá um número finito de algarismos após a vírgula. 2º) Terá um número infinito de algarismos após a vírgula, mas lembrando que a dízima deve ser periódica para ser número racio- nal OBS: período da dízima são os números que se repetem, se não repetir não é dízima periódica e assim números irracionais, que tra- taremos mais a frente. MATEMÁTICA 2 Representação Fracionária dos Números Decimais 1ºcaso) Se for exato, conseguimos sempre transformar com o denominador seguido de zeros. O número de zeros depende da casa decimal. Para uma casa, um zero (10) para duas casas, dois zeros(100) e assim por diante. 2ºcaso) Se dízima periódica é um número racional, então como podemos transformar em fração? Exemplo 1 Transforme a dízima 0, 333... .em fração Sempre que precisar transformar, vamos chamar a dízima dada de x, ou seja X=0,333... Se o período da dízima é de um algarismo, multiplicamos por 10. 10x=3,333... E então subtraímos: 10x-x=3,333...-0,333... 9x=3 X=3/9 X=1/3 Agora, vamos fazer um exemplo com 2 algarismos de período. Exemplo 2 Seja a dízima 1,1212... Façamos x = 1,1212... 100x = 112,1212... . Subtraindo: 100x-x=112,1212...-1,1212... 99x=111 X=111/99 Números Irracionais Identificação de números irracionais - Todas as dízimas periódicas são números racionais. - Todos os números inteiros são racionais. - Todas as frações ordinárias são números racionais. - Todas as dízimas não periódicas são números irracionais. - Todas as raízes inexatas são números irracionais. - A soma de um número racional com um número irracional é sempre um número irracional. - A diferença de dois números irracionais, pode ser um número racional. -Os números irracionais não podem ser expressos na forma , com a e b inteiros e b≠0. Exemplo: - = 0 e 0 é um número racional. - O quociente de dois números irracionais, pode ser um núme- ro racional. Exemplo: : = = 2e 2 é um número racional. - O produto de dois números irracionais, pode ser um número racional. Exemplo: . = = 7 é um número racional. Exemplo:radicais( a raiz quadrada de um número natu- ral, se não inteira, é irracional. Números Reais Fonte: www.estudokids.com.br Representação na reta INTERVALOS LIMITADOS Intervalo fechado – Números reais maiores do que a ou iguais a e menores do que b ou iguais a b. Intervalo:[a,b] Conjunto: {x∈R|a≤x≤b} Intervalo aberto – números reais maiores que a e menores que b. Intervalo:]a,b[ Conjunto:{x∈R|a<x<b} MATEMÁTICA 3 Intervalo fechado à esquerda – números reais maiores que a ou iguais a a e menores do que b. Intervalo:{a,b[ Conjunto {x∈R|a≤x<b} Intervalo fechado à direita – números reais maiores que a e menores ou iguais a b. Intervalo:]a,b] Conjunto:{x∈R|a<x≤b} INTERVALOS IIMITADOS Semirreta esquerda, fechada de origem b- números reais me- nores ou iguais a b. Intervalo:]-∞,b] Conjunto:{x∈R|x≤b} Semirreta esquerda, aberta de origem b – números reais me- nores que b. Intervalo:]-∞,b[ Conjunto:{x∈R|x<b} Semirreta direita, fechada de origem a – números reais maiores ou iguais a a. Intervalo:[a,+ ∞[ Conjunto:{x∈R|x≥a} Semirreta direita, aberta, de origem a – números reais maiores que a. Intervalo:]a,+ ∞[ Conjunto:{x∈R|x>a} Potenciação Multiplicação de fatores iguais 2³=2.2.2=8 Casos 1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1. 2) Todo número elevado ao expoente 1 é o próprio número. 3) Todo número negativo, elevado ao expoente par, resulta em um número positivo. 4) Todo número negativo, elevado ao expoente ímpar, resul- ta em um número negativo. 5) Se o sinal do expoente for negativo, devemos passar o si- nal para positivo e inverter o número que está na base. 6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o valor do expoente, o resultado será igual a zero. Propriedades 1) (am . an = am+n) Em uma multiplicação de potências de mesma base, repete-se a base esoma os expoentes. Exemplos: 24 . 23 = 24+3= 27 (2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27 2)(am: an = am-n). Em uma divisão de potência de mesma base. Conserva-se a base e subtraem os expoentes. Exemplos: 96 : 92 = 96-2 = 94 MATEMÁTICA 4 3)(am)n Potência de potência. Repete-se a base e multiplica-se os expoentes. Exemplos: (52)3 = 52.3 = 56 4) E uma multiplicação de dois ou mais fatores elevados a um expoente, podemos elevar cada um a esse mesmo expoente. (4.3)²=4².3² 5) Na divisão de dois fatores elevados a um expoente, podemos elevar separados. Radiciação Radiciação é a operação inversa a potenciação Técnica de Cálculo A determinação da raiz quadrada de um número torna-se mais fácil quando o algarismo se encontra fatorado em números primos. Veja: 64=2.2.2.2.2.2=26 Como é raiz quadrada a cada dois números iguais “tira-se” um e multiplica. Observe: ( ) 5.35.35.35.3 2 1 2 1 2 1 === De modo geral, se ,,, *NnRbRa ∈∈∈ ++ então: nnn baba .. = O radical de índice inteiro e positivo de um produto indicado é igual ao produto dos radicais de mesmo índice dos fatores do radi- cando. Raiz quadrada de frações ordinárias Observe: 3 2 3 2 3 2 3 2 2 1 2 1 2 1 == = De modo geral, se ,,, ** NnRbRa ∈∈∈ ++ então: n n n b a b a = O radical de índice inteiro e positivo de um quociente indicado é igual ao quociente dos radicais de mesmo índice dos termos do radicando. Raiz quadrada números decimais Operações Operações Multiplicação Exemplo Divisão Exemplo MATEMÁTICA 5 Adição e subtração Para fazer esse cálculo, devemos fatorar o 8 e o 20. Caso tenha: Não dá para somar, as raízes devem ficar desse modo. Racionalização de Denominadores Normalmente não se apresentam números irracionais comradicais no denominador. Ao processo que leva à eliminação dos radicais do denominador chama-se racionalização do denominador. 1º Caso:Denominador composto por uma só parcela 2º Caso: Denominador composto por duas parcelas. Devemos multiplicar de forma que obtenha uma diferença de quadrados no denominador: MÚLTIPLOS E DIVISORES Múltiplos Dizemos que um número é múltiplo de outro quando o primei- ro é resultado da multiplicação entre o segundo e algum número natural e o segundo, nesse caso, é divisor do primeiro. O que sig- nifica que existem dois números, x e y, tal que x é múltiplo de y se existir algum número natural n tal que: x = y·n Se esse número existir, podemos dizer que y é um divisor de x e podemos escrever: x = n/y Observações: 1) Todo número natural é múltiplo de si mesmo. 2) Todo número natural é múltiplo de 1. 3) Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos múl- tiplos. 4) O zero é múltiplo de qualquer número natural. 5) Os múltiplos do número 2 são chamados de números pares, e a fórmula geral desses números é 2k (k∈N). Os demais são cha- mados de números ímpares, e a fórmula geral desses números é 2k + 1 (k∈ N). 6) O mesmo se aplica para os números inteiros, tendo k∈ Z. Critérios de divisibilidade São regras práticas que nos possibilitam dizer se um número é ou não divisível por outro, sem que seja necessário efetuarmos a di- visão. No quadro abaixo temos um resumo de alguns dos critérios: (Fonte: https://www.guiadamatematica.com.br/criterios-de-divisi- bilidade/ - reeditado) Vale ressaltar a divisibilidade por 7: Um número é divisível por 7 quando o último algarismo do número, multiplicado por 2, subtra- ído do número sem o algarismo, resulta em um número múltiplo de 7. Neste, o processo será repetido a fim de diminuir a quantidade de algarismos a serem analisados quanto à divisibilidade por 7. Outros critérios Divisibilidade por 12: Um número é divisível por 12 quando é divisível por 3 e por 4 ao mesmo tempo. Divisibilidade por 15: Um número é divisível por 15 quando é divisível por 3 e por 5 ao mesmo tempo. Fatoração numérica Trata-se de decompor o número em fatores primos. Para de- compormos este número natural em fatores primos, dividimos o mesmo pelo seu menor divisor primo, após pegamos o quociente e dividimos o pelo seu menor divisor, e assim sucessivamente até obtermos o quociente 1. O produto de todos os fatores primos re- presenta o número fatorado. Exemplo: MATEMÁTICA 6 Divisores Os divisores de um número n, é o conjunto formado por todos os números que o dividem exatamente. Tomemos como exemplo o número 12. Um método para descobrimos os divisores é através da fato- ração numérica. O número de divisores naturais é igual ao produto dos expoentes dos fatores primos acrescidos de 1. Logo o número de divisores de 12 são: 22� 2+1 . 31� 1+1 = (2 + 1).(1 + 1) = 3.2 = 6 divisores naturais Para sabermos quais são esses 6 divisores basta pegarmos cada fator da decomposição e seu respectivo expoente natural que varia de zero até o expoente com o qual o fator se apresenta na decom- posição do número natural. 12 = 22 . 31 = 22 = 20,21 e 22 ; 31 = 30 e 31, teremos: 20 . 30=1 20 . 31=3 21 . 30=2 21 . 31=2.3=6 22 . 31=4.3=12 22 . 30=4 O conjunto de divisores de 12 são: D (12)={1, 2, 3, 4, 6, 12} A soma dos divisores é dada por: 1 + 2 + 3 + 4 + 6 + 12 = 28 MÁXIMO DIVISOR COMUM (MDC) É o maior número que é divisor comum de todos os números dados. Para o cálculo do MDC usamos a decomposição em fatores primos. Procedemos da seguinte maneira: Após decompor em fatores primos, o MDC é o produto dos FA- TORES COMUNS obtidos, cada um deles elevado ao seu MENOR EXPOENTE. Exemplo: MDC (18,24,42) = Observe que os fatores comuns entre eles são: 2 e 3, então pegamos os de menores expoentes: 2x3 = 6. Logo o Máximo Divisor Comum entre 18,24 e 42 é 6. MINIMO MÚLTIPLO COMUM (MMC) É o menor número positivo que é múltiplo comum de todos os números dados. A técnica para acharmos é a mesma do MDC, apenas com a seguinte ressalva: O MMC é o produto dos FATORES COMUNS E NÃO-COMUNS, cada um deles elevado ao SEU MAIOR EXPOENTE. Pegando o exemplo anterior, teríamos: MMC (18,24,42) = Fatores comuns e não-comuns= 2,3 e 7 Com maiores expoentes: 2³x3²x7 = 8x9x7 = 504. Logo o Mínimo Múltiplo Comum entre 18,24 e 42 é 504. Temos ainda que o produto do MDC e MMC é dado por: MDC (A,B). MMC (A,B)= A.B EXERCÍCIOS 01. (Prefeitura de Salvador /BA - Técnico de Nível Superior II - Direito – FGV/2017) Em um concurso, há 150 candidatos em ape- nas duas categorias: nível superior e nível médio. Sabe-se que: • dentre os candidatos, 82 são homens; • o número de candidatos homens de nível superior é igual ao de mulheres de nível médio; • dentre os candidatos de nível superior, 31 são mulheres. O número de candidatos homens de nível médio é (A) 42. (B) 45. (C) 48. (D) 50. (E) 52. MATEMÁTICA 7 02. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária - MSCON- CURSOS/2017) Raoni, Ingrid, Maria Eduarda, Isabella e José foram a uma prova de hipismo, na qual ganharia o competidor que obti- vesse o menor tempo final. A cada 1 falta seriam incrementados 6 segundos em seu tempo final. Ingrid fez 1’10” com 1 falta, Maria Eduarda fez 1’12” sem faltas, Isabella fez 1’07” com 2 faltas, Raoni fez 1’10” sem faltas e José fez 1’05” com 1 falta. Verificando a colo- cação, é correto afirmar que o vencedor foi: (A) José (B) Isabella (C) Maria Eduarda (D) Raoni 03. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária - MSCON- CURSOS/2017) O valor de √0,444... é: (A) 0,2222... (B) 0,6666... (C) 0,1616... (D) 0,8888... 04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário -VUNESP/2017) Se, numa divisão, o divisor e o quociente são iguais, e o resto é 10, sen- do esse resto o maior possível, então o dividendo é (A) 131. (B) 121. (C) 120. (D) 110. (E) 101. 05. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) As expressões nu- méricas abaixo apresentam resultados que seguem um padrão es- pecífico: 1ª expressão: 1 x 9 + 2 2ª expressão: 12 x 9 + 3 3ª expressão: 123 x 9 + 4 ... 7ª expressão: █ x 9 + ▲ Seguindo esse padrão e colocando os números adequados no lugar dos símbolos █ e ▲, o resultado da 7ª expressão será (A) 1 111 111. (B) 11 111. (C) 1 111. (D) 111 111. (E) 11 111 111. 06. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Durante um trei- namento, o chefe da brigada de incêndio de um prédio comercial informou que, nos cinquenta anos de existência do prédio, nunca houve um incêndio, mas existiram muitas situações de risco, feliz- mente controladas a tempo. Segundo ele, 1/13 dessas situações deveu-se a ações criminosas, enquanto as demais situações haviam sido geradas por diferentes tipos de displicência. Dentre as situa- ções de risco geradas por displicência, − 1/5 deveu-se a pontas de cigarro descartadas inadequada- mente; − 1/4 deveu-se a instalações elétricas inadequadas; − 1/3 deveu-se a vazamentos de gás e − as demais foram geradas por descuidos ao cozinhar. De acordo com esses dados, ao longo da existência desse pré- dio comercial, a fração do total de situações de risco de incêndio geradas por descuidos ao cozinhar corresponde à (A) 3/20. (B) 1/4. (C) 13/60. (D) 1/5. (E) 1/60. 07. (ITAIPU BINACIONAL -Profissional Nível Técnico I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Assinale a alternativa que apresen- ta o valor da expressão (A) 1. (B) 2. (C) 4. (D) 8. (E) 16. 08. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIRVGO/2017) Qual o resultado de ? (A) 3 (B) 3/2 (C) 5 (D) 5/2 09. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervisor – FGV/2017) Suponha que a # b signifique a - 2b . Se 2#(1#N)=12 , então N é igual a: (A) 1; (B) 2; (C) 3; (D) 4; (E) 6. 10. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervisor – FGV/2017) Uma equipe de trabalhadores de determinada empresa tem o mesmo número de mulheres e de homens. Certa manhã, 3/4 das mulheres e 2/3 dos homens dessa equipe saíram para um aten- dimento externo. Desses que foram para o atendimentoexterno, a fração de mu- lheres é (A) 3/4; (B) 8/9; (C) 5/7; (D) 8/13; (E) 9/17. MATEMÁTICA 8 GABARITO 01.Resposta: B. 150-82=68 mulheres Como 31 mulheres são candidatas de nível superior, 37 são de nível médio. Portanto, há 37 homens de nível superior. 82-37=45 homens de nível médio. 02. Resposta: D. Como o tempo de Raoni foi 1´10” sem faltas, ele foi o vencedor. 03. Resposta: B. Primeiramente, vamos transformar a dízima em fração X=0,4444.... 10x=4,444... 9x=4 04. Resposta: A. Como o maior resto possível é 10, o divisor é o número 11 que é igua o quociente. 11x11=121+10=131 05. Resposta: E. A 7ª expressão será: 1234567x9+8=11111111 06. Resposta: D. Gerado por descuidos ao cozinhar: Mas, que foram gerados por displicência é 12/13(1-1/13) 07.Resposta: C. 08. Resposta: D. 09. Resposta: C. 2-2(1-2N)=12 2-2+4N=12 4N=12 N=3 10. Resposta: E. Como tem o mesmo número de homens e mulheres: Dos homens que saíram: Saíram no total RAZÃO E PROPORÇÃO Razão Chama-se de razão entre dois números racionais a e b, com b 0, ao quociente entre eles. Indica-se a razão de a para b por a/bou a : b. Exemplo: Na sala do 1º ano de um colégio há 20 rapazes e 25 moças. Encontre a razão entre o número de rapazes e o número de moças. (lembrando que razão é divisão) Proporção Proporção é a igualdade entre duas razões. A proporção entre A/B e C/D é a igualdade: Propriedade fundamental das proporções Numa proporção: Os números A e D são denominados extremos enquanto os nú- meros B e C são os meios e vale a propriedade: o produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto é: A x D = B x C MATEMÁTICA 9 Exemplo: A fração 3/4 está em proporção com 6/8, pois: Exercício: Determinar o valor de X para que a razão X/3 esteja em proporção com 4/6. Solução: Deve-se montar a proporção da seguinte forma: . Segunda propriedade das proporções Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença dos dois primeiros termos está para o primeiro, ou para o segundo termo, assim como a soma ou a diferença dos dois últimos termos está para o terceiro, ou para o quarto termo. Então temos: ou Ou ou Terceira propriedade das proporções Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença dos an- tecedentes está para a soma ou a diferença dos consequentes, as- sim como cada antecedente está para o seu respectivo consequen- te. Temos então: ou Ou ou Grandezas Diretamente Proporcionais Duas grandezas variáveis dependentes são diretamente pro- porcionais quando a razão entre os valores da 1ª grandeza é igual a razão entre os valores correspondentes da 2ª, ou de uma maneira mais informal, se eu pergunto: Quanto mais.....mais.... Exemplo Distância percorrida e combustível gasto Distância(km) Combustível(litros) 13 1 26 2 39 3 52 4 Quanto MAIS eu ando, MAIS combustível? Diretamente proporcionais Se eu dobro a distância, dobra o combustível Grandezas Inversamente Proporcionais Duas grandezas variáveis dependentes são inversamente pro- porcionais quando a razão entre os valores da 1ª grandeza é igual ao inverso da razão entre os valores correspondentes da 2ª. Quanto mais....menos... Exemplo velocidadextempo a tabela abaixo: Velocidade (m/s) Tempo (s) 5 200 8 125 10 100 16 62,5 20 50 Quanto MAIOR a velocidade MENOS tempo?? Inversamente proporcional Se eu dobro a velocidade, eu faço o tempo pela metade. Diretamente Proporcionais Para decompor um número M em partes X1, X2, ..., Xn direta- mente proporcionais a p1, p2, ..., pn, deve-se montar um sistema com n equações e n incógnitas, sendo as somas X1+X2+...+Xn=M e p1+p2+...+pn=P. A solução segue das propriedades das proporções: MATEMÁTICA 10 Exemplo Carlos e João resolveram realizar um bolão da loteria. Carlos entrou com R$ 10,00 e João com R$ 15,00. Caso ganhem o prêmio de R$ 525.000,00, qual será a parte de cada um, se o combinado entre os dois foi de dividirem o prêmio de forma diretamente pro- porcional? Carlos ganhará R$210000,00 e Carlos R$315000,00. Inversamente Proporcionais Para decompor um número M em n partes X1, X2, ..., Xn inver- samente proporcionais a p1, p2, ..., pn, basta decompor este número M em n partes X1, X2, ..., Xn diretamente proporcionais a 1/p1, 1/p2, ..., 1/pn. A montagem do sistema com n equações e n incógnitas, assume que X1+X2+...+ Xn=M e além disso cuja solução segue das propriedades das proporções: EXERCÍCIOS 01. (DESENBAHIA – Técnico Escriturário - INSTITUTO AOCP/2017) João e Marcos resolveram iniciar uma sociedade para fabricação e venda de cachorro quente. João iniciou com um capital de R$ 30,00 e Marcos colaborou com R$ 70,00. No primeiro final de semana de trabalho, a arrecadação foi de R$ 240,00 bruto e ambos reinvestiram R$ 100,00 do bruto na sociedade, restando a eles R$ 140,00 de lucro. De acordo com o que cada um investiu inicialmen- te, qual é o valor que João e Marcos devem receber desse lucro, respectivamente? (A) 30 e 110 reais. (B) 40 e 100 reais. (C)42 e 98 reais. (D) 50 e 90 reais. (E) 70 e 70 reais. 02. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Em uma empresa, trabalham oito funcionários, na mesma função, mas com cargas ho- rárias diferentes: um deles trabalha 32 horas semanais, um trabalha 24 horas semanais, um trabalha 20 horas semanais, três trabalham 16 horas semanais e, por fim, dois deles trabalham 12 horas sema- nais. No final do ano, a empresa distribuirá um bônus total de R$ 74.000,00 entre esses oito funcionários, de forma que a parte de cada um seja diretamente proporcional à sua carga horária sema- nal. Dessa forma, nessa equipe de funcionários, a diferença entre o maior e o menor bônus individual será, em R$, de (A) 10.000,00. (B) 8.000,00. (C) 20.000,00. (D) 12.000,00. (E) 6.000,00. 03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VUNESP/2017) Para uma pesquisa, foram realizadas entrevistas nos estados da Região Sudeste do Brasil. A amostra foi composta da seguinte maneira: – 2500 entrevistas realizadas no estado de São Paulo; – 1500 entrevistas realizadas nos outros três estados da Região Sudeste. Desse modo, é correto afirmar que a razão entre o número de entrevistas realizadas em São Paulo e o número total de entrevistas realizadas nos quatro estados é de (A) 8 para 5. (B) 5 para 8. (C) 5 para 7. (D) 3 para 5. (E) 3 para 8. 04. (UNIRV/60 – Auxiliar de Laboratório – UNIRVGO/2017) Em relação à prova de matemática de um concurso, Paula acertou 32 das 48 questões da prova. A razão entre o número de questões que ela errou para o total de questões da prova é de (A) 2/3 (B) 1/2 (C) 1/3 (D) 3/2 05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPEGO/2017) José, pai de Alfredo, Bernardo e Caetano, de 2, 5 e 8 anos, respectiva- mente, pretende dividir entre os filhos a quantia de R$ 240,00, em partes diretamente proporcionais às suas idades. Considerando o intento do genitor, é possível afirmar que cada filho vai receber, em ordem crescente de idades, os seguintes valores: (A) R$ 30,00, R$ 60,00 e R$150,00. (B) R$ 42,00, R$ 58,00 e R$ 140,00. (C) R$ 27,00, R$ 31,00 e R$ 190,00. (D)R$ 28,00, R$ 84,00 e R$ 128,00. (E) R$ 32,00, R$ 80,00 e R$ 128,00. 06. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VUNESP/2017) Sa- be-se que 16 caixas K, todas iguais, ou 40 caixas Q, todas também iguais, preenchem totalmente certo compartimento, inicialmente vazio. Também é possível preencher totalmente esse mesmo com- partimento completamente vazio utilizando 4 caixas K mais certa quantidade de caixas Q. Nessas condições, é correto afirmar que o número de caixas Q utilizadas será igual a (A) 10. (B) 28. (C) 18. (D) 22. (E) 30. MATEMÁTICA 11 07. (IPRESB/SP – Agente Previdenciário – VUNESP/2017) A ta- bela, onde alguns valores estão substituídos por letras, mostra os valores, em milhares de reais, que eram devidos por uma empresa a cada um dos três fornecedores relacionados, e os respectivos va- lores que foram pagos a cada um deles. Fornecedor A B C Valor pago 22,5 X 37,5 Valor devido Y 40 z Sabe-se que os valorespagos foram diretamente proporcionais a cada valor devido, na razão de 3 para 4. Nessas condições, é cor- reto afirmar que o valor total devido a esses três fornecedores era, antes dos pagamentos efetuados, igual a (A) R$ 90.000,00. (B) R$ 96.500,00. (C) R$ 108.000,00. (D) R$ 112.500,00. (E) R$ 120.000,00. 08. (DPE/RS - Analista - FCC/2017) A razão entre as alturas de dois irmãos era 3/4 e, nessa ocasião, a altura do irmão mais alto era 1,40 m. Hoje, esse irmão mais alto cresceu 10 cm. Para que a razão entre a altura do irmão mais baixo e a altura do mais alto seja hoje, igual a 4/5 , é necessário que o irmão mais baixo tenha crescido, nesse tempo, o equivalente a (A) 13,5 cm. (B) 10,0 cm. (C) 12,5 cm. (D) 14,8 cm. (E) 15,0 cm. 09. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VUNESP/2017) O trans- porte de 1980 caixas iguais foi totalmente repartido entre dois veículos, A e B, na razão direta das suas respectivas capacidades de carga, em toneladas. Sabe-se que A tem capacidade para trans- portar 2,2 t, enquanto B tem capacidade para transportar somente 1,8 t. Nessas condições, é correto afirmar que a diferença entre o número de caixas carregadas em A e o número de caixas carregadas em B foi igual a (A) 304. (B) 286. (C) 224. (D) 216. (E) 198. 10. (EMDEC – Assistente Administrativo – IBFC/2016) Paulo vai dividir R$ 4.500,00 em partes diretamente proporcionais às ida- des de seus três filhos com idades de 4, 6 e 8 anos respectivamente. Desse modo, o total distribuído aos dois filhos com maior idade é igual a: (A) R$2.500,00 (B) R$3.500,00 (C) R$ 1.000,00 (D) R$3.200,00 GABARITO 01. Resposta: C. 30k+70k=140 100k=140 K=1,4 30⋅1,4=42 70⋅1,4=98 02. Resposta: A. Vamos dividir o prêmio pelas horas somadas 32+24+20+3⋅16+2⋅12=148 74000/148=500 O maior prêmio foi para quem fez 32 horas semanais 32⋅500=16000 12⋅500=6000 A diferença é: 16000-6000=10000 03. Resposta:B. 2500+1500=4000 entrevistas 04. Resposta: C. Se Paula acertou 32, errou 16. 05. Resposta: E. 2k+5k+8k=240 15k=240 K=16 Alfredo: 2⋅16=32 Bernardo: 5⋅16=80 Caetano: 8⋅16=128 06. Resposta: E. Se, com 16 caixas K, fica cheio e já foram colocadas 4 caixa, faltam 12 caixas K, mas queremos colocar as caixas Q, então vamos ver o equivalente de 12 caixas K Q=30 caixas 07. Resposta: E. Y=90/3=30 X=120/4=30 Z=150/3=50 Portanto o total devido é de: 30+40+50=120000 MATEMÁTICA 12 08. Resposta: E. X=1,05 Seo irmão mais alto cresceu 10cm, está com 1,50 X=1,20 Ele cresceu: 1,20-1,05=0,15m=15cm 09. Resposta: E. 2,2k+1,8k=1980 4k=1980 K=495 2,2x495=1089 1980-1089=891 1089-891=198 10. Resposta: B. A+B+C=4500 4p+6p+8p=4500 18p=4500 P=250 B=6p=6x250=1500 C=8p=8x250=2000 1500+2000=3500 PORCENTAGEM Porcentagem é uma fração cujo denominador é 100, seu sím- bolo é (%). Sua utilização está tão disseminada que a encontramos nos meios de comunicação, nas estatísticas, em máquinas de cal- cular, etc. Os acréscimos e os descontos é importante saber porque ajuda muito na resolução do exercício. Acréscimo Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um determina- do valor, podemos calcular o novo valor apenas multiplicando esse valor por 1,10, que é o fator de multiplicação. Se o acréscimo for de 20%, multiplicamos por 1,20, e assim por diante. Veja a tabela abaixo: Acréscimo ou Lucro Fator de Multiplicação 10% 1,10 15% 1,15 20% 1,20 47% 1,47 67% 1,67 Exemplo: Aumentando 10% no valor de R$10,00 temos: Desconto No caso de haver um decréscimo, o fator de multiplicação será: Fator de Multiplicação =1 - taxa de desconto (na forma decimal) Veja a tabela abaixo: Desconto Fator de Multiplicação 10% 0,90 25% 0,75 34% 0,66 60% 0,40 90% 0,10 Exemplo: Descontando 10% no valor de R$10,00 temos: Chamamos de lucro em uma transação comercial de compra e venda a diferença entre o preço de venda e o preço de custo. Lucro=preço de venda -preço de custo Podemos expressar o lucro na forma de porcentagem de duas formas: (DPE/RR – Analista de Sistemas – FCC/2015) Em sala de aula com 25 alunos e 20 alunas, 60% desse total está com gripe. Se x% das meninas dessa sala estão com gripe, o menor valor possível para x é igual a (A) 8. (B) 15. (C) 10. (D) 6. (E) 12. Resolução 45------100% X-------60% X=27 O menor número de meninas possíveis para ter gripe é se to- dos os meninos estiverem gripados, assim apenas 2 meninas estão. Resposta: C. MATEMÁTICA 13 EXERCÍCIOS 01. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária - MSCON- CURSOS/2017) Um aparelho de televisão que custa R$1600,00 es- tava sendo vendido, numa liquidação, com um desconto de 40%. Marta queria comprar essa televisão, porém não tinha condições de pagar à vista, e o vendedor propôs que ela desse um cheque para 15 dias, pagando 10% de juros sobre o valor da venda na liquidação. Ela aceitou e pagou pela televisão o valor de: (A) R$1120,00 (B)R$1056,00 (C)R$960,00 (D) R$864,00 02. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) A equipe de segu- rança de um Tribunal conseguia resolver mensalmente cerca de 35% das ocorrências de dano ao patrimônio nas cercanias desse prédio, identificando os criminosos e os encaminhando às autori- dades competentes. Após uma reestruturação dos procedimentos de segurança, a mesma equipe conseguiu aumentar o percentual de resolução mensal de ocorrências desse tipo de crime para cer- ca de 63%. De acordo com esses dados, com tal reestruturação, a equipe de segurança aumentou sua eficácia no combate ao dano ao patrimônio em (A) 35%. (B) 28%. (C) 63%. (D) 41%. (E) 80%. 03. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Três irmãos, André, Beatriz e Clarice, receberam de uma tia herança constituída pelas seguintes joias: um bracelete de ouro, um colar de pérolas e um par de brincos de diamante. A tia especificou em testamento que as joias não deveriam ser vendidas antes da partilha e que cada um deveria ficar com uma delas, mas não especificou qual deveria ser dada a quem. O justo, pensaram os irmãos, seria que cada um re- cebesse cerca de 33,3% da herança, mas eles achavam que as joias tinham valores diferentes entre si e, além disso, tinham diferentes opiniões sobre seus valores. Então, decidiram fazer a partilha do seguinte modo: − Inicialmente, sem que os demais vissem, cada um deveria escrever em um papel três porcentagens, indicando sua avaliação sobre o valor de cada joia com relação ao valor total da herança. − A seguir, todos deveriam mostrar aos demais suas avaliações. − Uma partilha seria considerada boa se cada um deles rece- besse uma joia que avaliou como valendo 33,3% da herança toda ou mais. As avaliações de cada um dos irmãos a respeito das joias foi a seguinte: Assim, uma partilha boa seria se André, Beatriz e Clarice rece- bessem, respectivamente, (A) o bracelete, os brincos e o colar. (B) os brincos, o colar e o bracelete. (C) o colar, o bracelete e os brincos. (D) o bracelete, o colar e os brincos. (E) o colar, os brincos e o bracelete. 04. (UTFPR – Técnico de Tecnologia da Informação – UTFPR/2017) Um retângulo de medidas desconhecidas foi altera- do. Seu comprimento foi reduzido e passou a ser 2/ 3 do compri- mento original e sua largura foi reduzida e passou a ser 3/ 4 da largura original. Pode-se afirmar que, em relação à área do retângulo original, a área do novo retângulo: (A)foi aumentada em 50%. (B) foi reduzida em 50%. (C) aumentou em 25%. (D) diminuiu 25%. (E)foi reduzida a 15%. 05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPEGO/2017) Paulo, dono de uma livraria, adquiriu em uma editora um lote de apostilas para concursos, cujo valor unitário original é de R$ 60,00. Por ter ca- dastro no referido estabelecimento, ele recebeu 30% de desconto na compra. Para revender os materiais, Paulo decidiu acrescentar 30% sobre o valor que pagou por cada apostila. Nestas condições, qual será o lucro obtido por unidade? (A) R$ 4,20. (B) R$ 5,46. (C) R$ 10,70. (D) R$ 12,60. (E) R$ 18,00. 06. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPEGO/2017) Joana foi fazer compras. Encontrou um vestido de R$ 150,00 reais.Des- cobriu que se pagasse à vista teria um desconto de 35%. Depois de muito pensar, Joana pagou à vista o tal vestido. Quanto ela pagou? (A) R$ 120,00 reais (B) R$ 112,50 reais (C) R$ 127,50 reais (D) R$ 97,50 reais (E) R$ 90 reais 07. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VUNESP/2017) A empresa Alfa Sigma elaborou uma previsão de receitas trimestrais para 2018. A receita prevista para o primeiro trimestre é de 180 mi- lhões de reais, valor que é 10% inferior ao da receita prevista para o trimestre seguinte. A receita prevista para o primeiro semestre é 5% inferior à prevista para o segundo semestre. Nessas condições, é correto afirmar que a receita média trimestral prevista para 2018 é, em milhões de reais, igual a (A) 200. (B) 203. (C) 195. (D) 190. (E) 198. 08. (CRM/MG – Técnico em Informática- FUNDEP/2017) Veja, a seguir, a oferta da loja Magazine Bom Preço: Aproveite a Promoção! Forno Micro-ondas De R$ 720,00 Por apenas R$ 504,00 Nessa oferta, o desconto é de: (A) 70%. (B) 50%. (C) 30%. (D) 10%. MATEMÁTICA 14 09 (CODAR – Recepcionista – EXATUS/2016) Considere que uma caixa de bombom custava, em novembro, R$ 8,60 e passou a custar, em dezembro, R$ 10,75. O aumento no preço dessa caixa de bombom foi de: (A) 30%. (B) 25%. (C)20%. (D) 15% 10. (ANP – Técnico em Regulação de Petróleo e Derivados – CESGRANRIO/2016) Um grande tanque estava vazio e foi cheio de óleo após receber todo o conteúdo de 12 tanques menores, idên- ticos e cheios. Se a capacidade de cada tanque menor fosse 50% maior do que a sua capacidade original, o grande tanque seria cheio, sem exces- sos, após receber todo o conteúdo de (A) 4 tanques menores (B) 6 tanques menores (C) 7 tanques menores (D) 8 tanques menores (E) 10 tanques menores GABARITO 01. Resposta:B. Como teve um desconto de 40%, pagou 60% do produto. 1600⋅0,6=960 Como vai pagar 10% a mais: 960⋅1,1=1056 02. Resposta: E. 63/35=1,80 Portanto teve um aumento de 80%. 03. Resposta: D. Clarice obviamente recebeu o brinco. Beatriz recebeu o colar porque foi o único que ficou acima de 30% e André recebeu o bracelete. 04. Resposta: B. A=b⋅h Portanto foi reduzida em 50% 05. Resposta: D. Como ele obteve um desconto de 30%, pagou 70% do valor: 60⋅0,7=42 Ele revendeu por: 42⋅1,3=54,60 Teve um lucro de: 54,60-42=12,60 06. Resposta: D. Como teve um desconto de 35%. Pagou 65%do vestido 150⋅0,65=97,50 07. Resposta: C. Como a previsão para o primeiro trimestre é de 180 milhões e é 10% inferior, no segundo trimestre temos uma previsão de 180-----90% x---------100 x=200 200+180=380 milhões para o primeiro semestre 380----95 x----100 x=400 milhões Somando os dois semestres: 380+400=780 milhões 780/4trimestres=195 milhões 08. Resposta: C. Ou seja, ele pagou 70% do produto, o desconto foi de 30%. OBS: muito cuidado nesse tipo de questão, para não errar con- forme a pergunta feita. 09. Resposta: B. 8,6(1+x)=10,75 8,6+8,6x=10,75 8,6x=10,75-8,6 8,6x=2,15 X=0,25=25% 10. Resposta: D. 50% maior quer dizer que ficou 1,5 Quantidade de tanque: x A quantidade que aumentaria deve ficar igual a 12 tanques 1,5x=12 X=8 REGRA DE TRÊS SIMPLES Regra de três simples é um processo prático para resolver pro- blemas que envolvam quatro valores dos quais conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos três já conhecidos. Passos utilizados numa regra de três simples: 1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma espécie em colunas e mantendo na mesma linha as grandezas de espécies diferentes em correspondência. 2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamen- te proporcionais. 3º) Montar a proporção e resolver a equação. Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de 400Km/h, faz um determinado percurso em 3 horas. Em quanto tempo faria esse mesmo percurso, se a velocidade utilizada fosse de 480km/h? Solução: montando a tabela: 1) Velocidade (Km/h) Tempo (h) 400-----------------3 480---------------- x MATEMÁTICA 15 2) Identificação do tipo de relação: Velocidade----------tempo 400↓-----------------3↑ 480↓---------------- x↑ Obs.: como as setas estão invertidas temos que inverter os nú- meros mantendo a primeira coluna e invertendo a segunda coluna ou seja o que está em cima vai para baixo e o que está em baixo na segunda coluna vai para cima Velocidade----------tempo 400↓-----------------X↓ 480↓---------------- 3↓ 480x=1200 X=25 Regra de três composta Regra de três composta é utilizada em problemas com mais de duas grandezas, direta ou inversamente proporcionais. Exemplos: 1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m³ de areia. Em 5 horas, quantos caminhões serão necessários para descarregar 125m³? Solução: montando a tabela, colocando em cada coluna as grandezas de mesma espécie e, em cada linha, as grandezas de es- pécies diferentes que se correspondem: Horas --------caminhões-----------volume 8↑----------------20↓----------------------160↑ 5↑------------------x↓----------------------125↑ A seguir, devemos comparar cada grandeza com aquela onde está o x. Observe que: Aumentando o número de horas de trabalho, podemos dimi- nuir o número de caminhões. Portanto a relação é inversamente proporcional (seta para cima na 1ª coluna). Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o número de caminhões. Portanto a relação é diretamente proporcional (seta para baixo na 3ª coluna). Devemos igualar a razão que contém o termo x com o produto das outras razões de acordo com o sentido das setas. Montando a proporção e resolvendo a equação temos: Horas --------caminhões-----------volume 8↑----------------20↓----------------------160↓ 5↑------------------x↓----------------------125↓ Obs.: Assim devemos inverter a primeira coluna ficando: Horas --------caminhões-----------volume 5----------------20----------------------160 8------------------x----------------------125 Logo, serão necessários 25 caminhões EXERCÍCIOS 01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenciários- VU- NESP/2017) Para imprimir 300 apostilas destinadas a um curso, uma máquina de fotocópias precisa trabalhar 5 horas por dia du- rante 4 dias. Por motivos administrativos, será necessário imprimir 360 apostilas em apenas 3 dias. O número de horas diárias que essa máquina terá que trabalhar para realizar a tarefa é (A) 6. (B) 7. (C) 8. (D) 9. (E) 10. 02. (SEPOG – Analista em Tecnologia da Informação e Comu- nicação – FGV/2017) Uma máquina copiadora A faz 20% mais có- pias do que uma outra máquina B, no mesmo tempo. A máquina B faz 100 cópias em uma hora. A máquina A faz 100 cópias em (A) 44 minutos. (B) 46 minutos. (C) 48 minutos. (D) 50 minutos. (E) 52 minutos. 03. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária - MSCON- CURSOS/2017) Para a construção de uma rodovia, 12 operários tra- balham 8 horas por dia durante 14 dias e completam exatamente a metade da obra. Porém, a rodovia precisa ser terminada daqui a exatamente 8 dias, e então a empresa contrata mais 6 operários de mesma capacidade dos primeiros. Juntos, eles deverão trabalhar quantas horas por dia para terminar o trabalho no tempo correto? (A) 6h 8 min (B)6h 50min (C) 9h 20 min (D) 9h 33min 04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VUNESP/2017 ) Um restaurante “por quilo” apresenta seus preços de acordo com a ta- bela: Rodolfo almoçou nesse restaurante na última sexta-feira. Se a quantidade de alimentos que consumiu nesse almoço custou R$ 21,00, então está correto afirmar que essa quantidade é, em gra- mas, igual a (A) 375. (B) 380. (C) 420. (D) 425. (E) 450. MATEMÁTICA 16 05. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VUNESP/2017 ) Um carregamento de areia foi totalmente embalado em 240 sacos, com 40 kg em cada saco. Se fossem colocados apenas 30 kg em cada saco, o número de sacos necessários para embalar todo o carrega- mento seria igual a (A) 420. (B) 375. (C) 370. (D) 345. (E) 320. 06. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIRVGO/2017) Quarenta e oito funcionários de uma certa empresa, trabalhando 12 horas pordia, produzem 480 bolsas por semana. Quantos fun- cionários a mais, trabalhando 15 horas por dia, podem assegurar uma produção de 1200 bolsas por semana? (A) 48 (B) 96 (C) 102 (D) 144 07. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPEGO/2017) Durante 90 dias, 12 operários constroem uma loja. Qual o número mínimo de operários necessários para fazer outra loja igual em 60 dias? (A) 8 operários. (B) 18 operários. (C) 14 operários. (D) 22 operários. (E) 25 operários 08. (FCEP – Técnico Artístico – AMAUC/2017) A vazão de uma torneira é de 50 litros a cada 3 minutos. O tempo necessário para essa torneira encher completamente um reservatório retangular, cujas medidas internas são 1,5 metros de comprimento, 1,2 metros de largura e 70 centímetros de profundidade é de: (A) 1h 16min 00s (B) 1h 15min 36s (C) 1h 45min 16s (D) 1h 50min 05s (E) 1h55min 42s 09. (CRMV/SC – Assistente Administrativo – IESES/2017) Tra- balhando durante 6 dias, 5 operários produzem 600 peças. Deter- mine quantas peças serão produzidas por sete operários trabalhan- do por 8 dias: (A) 1120 peças (B)952 peças (C) 875 peças (D) 1250 peças 10. (MPE/SP – Oficial de Promotoria I – VUNESP/2016) Para organizar as cadeiras em um auditório, 6 funcionários, todos com a mesma capacidade de produção, trabalharam por 3 horas. Para fazer o mesmo trabalho, 20 funcionários, todos com o mesmo ren- dimento dos iniciais, deveriam trabalhar um total de tempo, em minutos, igual a (A) 48. (B) 50. (C) 46. (D) 54. (E) 52. GABARITO 01. Resposta: C. ↑Apostilas↑ horasdias↓ 300------------------5--------------4 360-----------------x----------------3 ↑Apostilas↑ horasdias↑ 300------------------5--------------3 360-----------------x----------------4 900x=7200 X=8 02. Resposta: D. Como a máquina A faz 20% a mais: Em 1 hora a máquina A faz 120 cópias. 120------60 minutos 10-------x X=50 minutos 03. Resposta: C. ↑Operário↓horas dias↑ 12--------------8------------14 18----------------x------------8 Quanto mais horas, menos operários Quanto mais horas, menos dias 8⋅18x=14⋅12⋅8 X=9,33h 9 horas e 1/3 da hora 1/3 de hora é equivalente a 20 minutos 9horas e 20 minutos 04. Resposta:C. 12,50------250 21----------x X=5250/12,5=420 gramas 05. Resposta: E. Sacoskg 240----40 x----30 Quanto mais sacos, menos areia foi colocada(inversamente) 30x=9600 X=320 06. Resposta: A. ↓Funcionários↑ horasbolsas↓ 48------------------------12-----------480 x-----------------------------15----------1200 Quanto mais funcionários, menos horas precisam Quanto mais funcionários, mais bolsas feitas MATEMÁTICA 17 X=96 funcionários Precisam de mais 48 funcionários 07. Resposta: B. Operários dias 12-----------90 x--------------60 Quanto mais operários, menos dias (inversamente proporcio- nal) 60x=1080 X=18 08. Resposta: B. V=1,5⋅1,2⋅0,7=1,26m³=1260litros 50litros-----3 min 1260--------x X=3780/50=75,6min 0,6min=36s 75min=60+15=1h15min 09. Resposta: A. ↑Dias↑ operáriospeças↑ 6-------------5---------------600 8--------------7---------------x 30x=33600 X=1120 10. Resposta: D. Como o exercício pede em minutos, vamos transformar 3 horas em minutos 3x60=180 minutos ↑Funcionários minutos↓ 6------------180 20-------------x As Grandezas são inversamente proporcionais, pois quanto mais funcionários, menos tempo será gasto. Vamos inverter os minutos ↑Funcionários minutos↑ 6------------x 20-------------180 20x=6.180 20x=1040 X=54 minutos MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES MÉDIA ARITMÉTICA Média aritmética de um conjunto de números é o valor que se obtém dividindo a soma dos elementos pelo número de elementos do conjunto. Representemos a média aritmética por . A média pode ser calculada apenas se a variável envolvida na pesquisa for quantitativa. Não faz sentido calcular a média aritméti- ca para variáveis quantitativas. Na realização de uma mesma pesquisa estatística entre diferen- tes grupos, se for possível calcular a média, ficará mais fácil estabe- lecer uma comparação entre esses grupos e perceber tendências. Considerando uma equipe de basquete, a soma das alturas dos jogadores é: Se dividirmos esse valor pelo número total de jogadores, obte- remos a média aritmética das alturas: A média aritmética das alturas dos jogadores é 2,02m. Média Ponderada A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à adi- ção e na qual cada elemento tem um “determinado peso” é chama- da média aritmética ponderada. Mediana (Md) Sejam os valores escritos em rol: Sendo n ímpar, chama-se mediana o termo tal que o número de termos da sequência que precedem é igual ao número de termos que o sucedem, isto é, é termo médio da sequência ( ) em rol. Sendo n par, chama-se mediana o valor obtido pela média arit- mética entre os termos e , tais que o número de termos que precedem é igual ao número de termos que sucedem , isto é, a mediana é a média aritmética entre os termos centrais da se- quência ( ) em rol. Exemplo 1: Determinar a mediana do conjunto de dados: {12, 3, 7, 10, 21, 18, 23} Solução: Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se: (3, 7, 10, 12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio desse rol. Logo: Md=12 Resposta: Md=12. MATEMÁTICA 18 Exemplo 2: Determinar a mediana do conjunto de dados: {10, 12, 3, 7, 18, 23, 21, 25}. Solução: Escrevendo-se os elementos do conjunto em rol, tem-se: (3, 7, 10, 12, 18, 21, 23, 25). A mediana é a média aritmética entre os dois termos centrais do rol. Logo: Resposta: Md=15 Moda (Mo) Num conjunto de números: , chama-se moda aquele valor que ocorre com maior frequência. Observação: A moda pode não existir e, se existir, pode não ser única. Exemplo 1: O conjunto de dados 3, 3, 8, 8, 8, 6, 9, 31 tem moda igual a 8, isto é, Mo=8. Exemplo 2: O conjunto de dados 1, 2, 9, 6, 3, 5 não tem moda. Medidas de dispersão Duas distribuições de frequência com medidas de tendência central semelhantes podem apresentar características diversas. Necessita-se de outros índices numéricas que informem sobre o grau de dispersão ou variação dos dados em torno da média ou de qualquer outro valor de concentração. Esses índices são chamados medidas de dispersão. Variância Há um índice que mede a “dispersão” dos elementos de um conjunto de números em relação à sua média aritmética, e que é chamado de variância. Esse índice é assim definido: Seja o conjunto de números , tal que é sua média aritmética. Chama-se variância desse conjunto, e indica-se por , o número: Isto é: E para amostra Exemplo 1: Em oito jogos, o jogador A, de bola ao cesto, apresentou o se- guinte desempenho, descrito na tabela abaixo: Jogo Número de pontos 1 22 2 18 3 13 4 24 5 26 6 20 7 19 8 18 a) Qual a média de pontos por jogo? b) Qual a variância do conjunto de pontos? Solução: a) A média de pontos por jogo é: b) A variância é: Desvio médio Definição Medida da dispersão dos dados em relação à média de uma se- quência. Esta medida representa a média das distâncias entre cada elemento da amostra e seu valor médio. Desvio padrão Definição Seja o conjunto de números , tal que é sua média aritmética. Chama-se desvio padrão desse conjunto, e indi- ca-se por , o número: Isto é: MATEMÁTICA 19 Exemplo: As estaturas dos jogadores de uma equipe de basquetebol são: 2,00 m; 1,95 m; 2,10 m; 1,90 m e 2,05 m. Calcular: a) A estatura média desses jogadores. b) O desvio padrão desse conjunto de estaturas. Solução: Sendo a estatura média, temos: Sendo o desvio padrão, tem-se: EXERCÍCIOS 01. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VUNESP/2017) Uma empresa tem 120 funcionários no total: 70 possuem curso superior e 50 não possuem curso superior. Sabe-se que a média salarial de toda a empresa é de R$ 5.000,00, e que a média salarial somen- te dos funcionários que possuem curso superior é de R$ 6.000,00. Desse modo, é correto afirmar que a média salarial dos funcioná- rios dessa empresa que não possuem curso superior é de (A) R$ 4.000,00. (B) R$ 3.900,00. (C) R$ 3.800,00. (D) R$ 3.700,00. (E) R$ 3.600,00.02. (TJM/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VUNESP/2017) Leia o enunciado a seguir para responder a questão. A tabela apresenta o número de acertos dos 600 candidatos que realizaram a prova da segunda fase de um concurso, que conti- nha 5 questões de múltipla escolha Número de acertos Número de candidatos 5 204 4 132 3 96 2 78 1 66 0 24 A média de acertos por prova foi de (A) 3,57. (B) 3,43 (C) 3,32. (D) 3,25. (E) 3,19. 03. (PREF. GUARULHOS/SP – Assistente de Gestão Escolar – VUNESP/2016) Certa escola tem 15 classes no período matutino e 10 classes no período vespertino. O número médio de alunos por classe no período matutino é 20, e, no período vespertino, é 25. Considerando os dois períodos citados, a média aritmética do nú- mero de alunos por classe é (A) 24,5. (B) 23. (C) 22,5. (D) 22. (E) 21. 04. (SEGEP/MA – Técnico da Receita Estadual – FCC/2016) Para responder à questão, considere as informações abaixo. Três funcionários do Serviço de Atendimento ao Cliente de uma loja foram avaliados pelos clientes que atribuíram uma nota (1; 2; 3; 4; 5) para o atendimento recebido. A tabela mostra as notas recebi- das por esses funcionários em um determinado dia. Considerando a avaliação média individual de cada funcionário nesse dia, a diferença entre as médias mais próximas é igual a (A) 0,32. (B) 0,21. (C) 0,35. (D) 0,18. (E) 0,24. 05. (UFES – Assistente em Administração – UFES/2017) Consi- dere n números x1, x2, … , xn, em que x1 ≤ x2 ≤ ⋯ ≤ xn . A mediana desses números é igual a x(n + 1)/2, se n for ímpar, e é igual à média aritmética de xn ⁄ 2 e x(n + 2)/2, se n for par. Uma prova composta por 5 questões foi aplicada a uma turma de 24 alunos. A tabela seguinte relaciona o número de acertos obtidos na prova com o número de alunos que obtiveram esse número de acertos. Número de acertos Número de alunos 0 4 1 5 2 4 3 3 4 5 5 3 A penúltima linha da tabela acima, por exemplo, indica que 5 alunos tiveram, cada um, um total de 4 acertos na prova. A mediana dos números de acertos é igual a (A) 1,5 (B) 2 (C) 2,5 (D) 3 (E) 3,5 MATEMÁTICA 20 06. (UFAL – Auxiliar de Biblioteca – COPEVE/2016) A tabela apresenta o número de empréstimos de livros de uma biblioteca setorial de um Instituto Federal, no primeiro semestre de 2016. Mës Empréstimos Janeiro 15 Fevereiro 25 Março 22 Abril 30 Maio 28 Junho 15 Dadas as afirmativas, I. A biblioteca emprestou, em média, 22,5 livros por mês. II. A mediana da série de valores é igual a 26. III. A moda da série de valores é igual a 15. Verifica-se que está(ão) correta(s) (A) II, apenas. (B) III, apenas. (C) I e II, apenas. (D) I e III, apenas. (E) I, II e III. 07. (COSANPA - Químico – FADESP/2017) Algumas Determina- ções do teor de sódio em água (em mg L-1) foram executadas (em triplicata) paralelamente por quatro laboratórios e os resultados são mostrados na tabela abaixo. Replicatas Laboratório 1 2 3 4 1 30,3 30,9 30,3 30,5 2 30,4 30,8 30,7 30,4 3 30,0 30,6 30,4 30,7 Média 30,20 30,77 30,47 30,53 Desvio Padrão 0,20 0,15 0,21 0,15 Utilize essa tabela para responder à questão. O laboratório que apresenta o maior erro padrão é o de nú- mero (A) 1. (B) 2. (C) 3. (D) 4. 08. (ANAC – Analista Administrativo- ESAF/2016) Os valores a seguir representam uma amostra 3 3 1 5 4 6 2 4 8 Então, a variância dessa amostra é igual a (A) 4,0 (B) 2,5. (C) 4,5. (D) 5,5 (E) 3,0 09. (MPE/SP – Oficial de Promotoria I – VUNESP/2016) A média de salários dos 13 funcionários de uma empresa é de R$ 1.998,00. Dois novos funcionários foram contratados, um com o salário 10% maior que o do outro, e a média salarial dos 15 funcio- nários passou a ser R$ 2.013,00. O menor salário, dentre esses dois novos funcionários, é igual a (A) R$ 2.002,00. (B) R$ 2.006,00. (C) R$ 2.010,00. (D) R$ 2.004,00. (E) R$ 2.008,00. 10. (PREF. DE NITERÓI – Agente Fazendário – FGV/2015) Os 12 funcionários de uma repartição da prefeitura foram submetidos a um teste de avaliação de conhecimentos de computação e a pontu- ação deles, em uma escala de 0 a 100, está no quadro abaixo. 50 55 55 55 55 60 62 63 65 90 90 100 O número de funcionários com pontuação acima da média é: (A) 3; (B) 4; (C) 5; (D) 6; (E) 7. GABARITO 01. Resposta: E. S=cursam superior M=não tem curso superior S+M=600000 S=420000 M=600000-420000=180000 MATEMÁTICA 21 02. Resposta:B. 03. Resposta: D. M=300 V=250 04. Resposta: B. 3,36-3,15=0,21 05.Resposta: B. Como 24 é um número par, devemos fazer a segunda regra: 06. Resposta: D. Mediana Vamos colocar os números em ordem crescente 15,15,22,25,28,30 Moda é o número que mais aparece, no caso o 15. 07. Resposta: C. Como o desvio padrão é maior no 3, o erro padrão é proporcio- nal, portanto também é maior em 3. 08. Resposta: C. 09. Resposta: C. Vamos chamar de x a soma dos salários dos 13 funcionários x/13=1998 X=13.1998 X=25974 Vamos chamar de y o funcionário contratado com menor valor e, portanto, 1,1y o com 10% de salário maior, pois ele ganha y+10% de y Y+0,1y=1,1y (x+y+1,1y)/15=2013 25974+2,1y=15∙2013 2,1y=30195-25974 2,1y=4221 Y=2010 10. Resposta: A. M=66,67 Apenas 3 funcionários estão acima da média. EQUAÇÃO DO 1º GRAU. SISTEMA DE EQUAÇÕES DO 1º GRAU Equação 1º grau Equação é toda sentença matemática aberta representada por uma igualdade, em que exista uma ou mais letras que representam números desconhecidos. Equação do 1º grau, na incógnita x, é toda equação redutível à forma ax+b=0, em que a e b são números reais, chamados coefi- cientes, com a≠0. Uma raiz da equação ax+b =0(a≠0) é um valor numérico de x que, substituindo no 1º membro da equação, torna-se igual ao 2º membro. Nada mais é que pensarmos em uma balança. A balança deixa os dois lados iguais para equilibrar, a equação também. No exemplo temos: 3x+300 Outro lado: x+1000+500 E o equilíbrio? 3x+300=x+1500 Quando passamos de um lado para o outro invertemos o sinal 3x-x=1500-300 2x=1200 X=600 MATEMÁTICA 22 Exemplo (PREF. DE NITERÓI/RJ – Fiscal de Posturas – FGV/2015) A idade de Pedro hoje, em anos, é igual ao dobro da soma das idades de seus dois filhos, Paulo e Pierre. Pierre é três anos mais velho do que Paulo. Daqui a dez anos, a idade de Pierre será a metade da idade que Pedro tem hoje. A soma das idades que Pedro, Paulo e Pierre têm hoje é: (A) 72; (B) 69; (C) 66; (D) 63; (E) 60. Resolução A ideia de resolver as equações é literalmente colocar na lin- guagem matemática o que está no texto. “Pierre é três anos mais velho do que Paulo” Pi=Pa+3 “Daqui a dez anos, a idade de Pierre será a metade da idade que Pedro tem hoje.” A idade de Pedro hoje, em anos, é igual ao dobro da soma das idades de seus dois filhos, Pe=2(Pi+Pa) Pe=2Pi+2Pa Lembrando que: Pi=Pa+3 Substituindo em Pe Pe=2(Pa+3)+2Pa Pe=2Pa+6+2Pa Pe=4Pa+6 Pa+3+10=2Pa+3 Pa=10 Pi=Pa+3 Pi=10+3=13 Pe=40+6=46 Soma das idades: 10+13+46=69 Resposta: B. Equação 2º grau A equação do segundo grau é representada pela fórmula geral: Onde a, b e c são números reais, Discussão das Raízes Se for negativo, não há solução no conjunto dos números reais. Se for positivo, a equação tem duas soluções: Exemplo , portanto não há solução real. Se não há solução, pois não existe raiz quadrada real de um número negativo. Se , há duas soluções iguais: Se , há soluções reais diferentes: Relações entre Coeficientes e Raízes Dada as duas raízes: Soma das Raízes Produto das Raízes MATEMÁTICA 23 Composição de uma equação do 2ºgrau, conhecidas as raízes Podemos escrever a equação da seguinte maneira: x²-Sx+P=0 Exemplo Dada as raízes -2 e 7. Componha a equação do 2º grau. Solução S=x1+x2=-2+7=5 P=x1.x2=-2.7=-14 Então a equação é: x²-5x-14=0 Exemplo (IMA – Analista Administrativo Jr – SHDIAS/2015) A soma das idades de Ana e Júlia é igual a 44 anos, e, quando somamos os qua- drados dessas idades, obtemos 1000. A mais velha das duas tem: (A) 24 anos (B) 26 anos (C) 31 anos (D) 33 anos Resolução A+J=44 A²+J²=1000 A=44-J (44-J)²+J²=10001936-88J+J²+J²=1000 2J²-88J+936=0 Dividindo por2: J²-44J+468=0 ∆=(-44)²-4.1.468 ∆=1936-1872=64 Substituindo em A A=44-26=18 Ou A=44-18=26 Resposta: B. Inequação Uma inequação é uma sentença matemática expressa por uma ou mais incógnitas, que ao contrário da equação que utiliza um sinal de igualdade, apresenta sinais de desigualdade. Veja os sinais de desigualdade: >: maior <: menor ≥: maior ou igual ≤: menor ou igual O princípio resolutivo de uma inequação é o mesmo da equa- ção, onde temos que organizar os termos semelhantes em cada membro, realizando as operações indicadas. No caso das inequa- ções, ao realizarmos uma multiplicação de seus elementos por –1com o intuito de deixar a parte da incógnita positiva, invertemos o sinal representativo da desigualdade. Exemplo 1 4x + 12 > 2x – 2 4x – 2x > – 2 – 12 2x > – 14 x > –14/2 x > – 7 Inequação-Produto Quando se trata de inequações-produto, teremos uma desi- gualdade que envolve o produto de duas ou mais funções. Portan- to, surge a necessidade de realizar o estudo da desigualdade em cada função e obter a resposta final realizando a intersecção do conjunto resposta das funções. Exemplo a)(-x+2)(2x-3)<0 Inequação -Quociente Na inequação- quociente, tem-se uma desigualdade de funções fracionárias, ou ainda, de duas funções na qual uma está dividindo a outra. Diante disso, deveremos nos atentar ao domínio da função que se encontra no denominador, pois não existe divisão por zero. Com isso, a função que estiver no denominador da inequação deve- rá ser diferente de zero. O método de resolução se assemelha muito à resolução de uma inequação-produto, de modo que devemos analisar o sinal das funções e realizar a intersecção do sinal dessas funções. Exemplo Resolva a inequação a seguir: x-2≠0 x≠2 MATEMÁTICA 24 Sistema de Inequação do 1º Grau Um sistema de inequação do 1º grau é formado por duas ou mais inequações, cada uma delas tem apenas uma variável sendo que essa deve ser a mesma em todas as outras inequações envol- vidas. Veja alguns exemplos de sistema de inequação do 1º grau: Vamos achar a solução de cada inequação. 4x + 4 ≤ 0 4x ≤ - 4 x ≤ - 4 : 4 x ≤ - 1 S1 = {x R | x ≤ - 1} Fazendo o cálculo da segunda inequação temos: x + 1 ≤ 0 x ≤ - 1 A “bolinha” é fechada, pois o sinal da inequação é igual. S2 = { x R | x ≤ - 1} Calculando agora o CONJUTO SOLUÇÃO da inequação Temos: S = S1 ∩ S2 Portanto: S = { x R | x ≤ - 1} ou S = ] - ∞ ; -1] Inequação 2º grau Chama-se inequação do 2º grau, toda inequação que pode ser escrita numa das seguintes formas: ax²+bx+c>0 ax²+bx+c≥0 ax²+bx+c<0 ax²+bx+c<0 ax²+bx+c≤0 ax²+bx+c≠0 Exemplo Vamos resolver a inequação3x² + 10x + 7 < 0. Resolvendo Inequações Resolver uma inequação significa determinar os valores reais de x que satisfazem a inequação dada. Assim, no exemplo, devemos obter os valores reais de x que tornem a expressão 3x² + 10x +7negativa. S = {x ∈ R / –7/3 < x < –1} EXERCÍCIOS 01. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária - MSCON- CURSOS/2017) O dobro do quadrado de um número natural au- mentado de 3 unidades é igual a sete vezes esse número. Qual é esse número? (A) 2 (B) 3 (C) 4 (D) 5 MATEMÁTICA 25 02. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário -VUNESP/2017) Um carro parte da cidade A em direção à cidade B pela rodovia que liga as duas cidades, percorre 1/3 do percurso total e para no ponto P. Outro carro parte da cidade B em direção à cidade A pela mesma rodovia, percorre 1/4 do percurso total e para no ponto Q. Se a soma das distâncias percorridas por ambos os carros até os pontos em que pararam é igual a 28 km, então a distância entre os pontos P e Q, por essa rodovia, é, em quilômetros, igual a (A) 26. (B) 24. (C) 20. (D) 18. (E) 16. 03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário -VUNESP/2017) Nel- son e Oto foram juntos a uma loja de materiais para construção. Nelson comprou somente 10 unidades iguais do produto P, todas de mesmo preço. Já Oto comprou 7 unidades iguais do mesmo pro- duto P, e gastou mais R$ 600,00 na compra de outros materiais. Se os valores totais das compras de ambos foram exatamente iguais, então o preço unitário do produto P foi igual a (A) R$ 225,00. (B) R$ 200,00. (C) R$ 175,00. (D) R$ 150,00. (E) R$ 125,00. 04. (ITAIPU BINACIONAL -Profissional Nível Técnico I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Considere a equação dada por 2x² + 12x + 3 = -7. Assinale a alternativa que apresenta a soma das duas soluções dessa equação. (A) 0. (B) 1. (C) -1. (D) 6. (E) -6. 05. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIRVGO/2017) Num estacionamento encontram-se 18 motos, 15 triciclos e alguns carros. Se Pedrinho contou um total de 269 rodas, quantos carros tem no estacionamento? (A) 45 (B) 47 (C)50 (D) 52 06. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIRVGO/2017) O valor de m para que a equação (2m -1) x² - 6x + 3 = 0 tenha duas raízes reais iguais é (A) 3 (B) 2 (C) −1 (D) −6 07. (IPRESB - Agente Previdenciário – VUNESP/2017) Em se- tembro, o salário líquido de Juliano correspondeu a 4/5 do seu salá- rio bruto. Sabe-se que ele destinou 2/5 do salário líquido recebido nesse mês para pagamento do aluguel, e que poupou 2/5 do que restou. Se Juliano ficou, ainda, com R$ 1.620,00 para outros gastos, então o seu salário bruto do mês de setembro foi igual a (A) R$ 6.330,00. (B) R$ 5.625,00. (C) R$ 5.550,00. (D) R$ 5.125,00. (E) R$ 4.500,00. 8. (SESAU/RO – Técnico em Informática – FUNRIO/2017) Da- qui a 24 anos, Jovelino terá o triplo de sua idade atual. Daqui a cinco anos, Jovelino terá a seguinte idade: (A) 12. (B) 14. (C) 16. (D) 17. (E) 18. 09. (PREF. DE FAZENDA RIO GRANDE/PR – Professor – PUC/2017) A equação 8x² – 28x + 12 = 0 possui raízes iguais a x1 e x2. Qual o valor do produto x1 . x2? (A) 1/2 . (B) 3. (C) 3/2 . (D) 12. (E) 28. 10 (PREF.DO RIO DE JANEIRO – Agente de Administração – PREF. DO RIO DE JANEIRO/2016) Ao perguntar para João qual era a sua idade atual, recebi a seguinte resposta: - O quíntuplo da minha idade daqui a oito anos, diminuída do quíntuplo da minha idade há três anos atrás representa a minha idade atual.A soma dos algarismos do número que representa, em anos, a idade atual de João, corresponde a: (A) 6 (B) 7 (C) 10 (D) 14 GABARITO 01. Resposta: B. 2x²+3=7x 2x²-7x+3=0 ∆=49-24=25 Como tem que ser natural, apenas o número 3 convém. 02. Resposta: C. Mmc(3,4)=12 MATEMÁTICA 26 4x+3x=336 7x=336 X=48 A distância entre A e B é 48km Como já percorreu 28km 48-28=20 km entre P e Q. 03. Resposta:B. Sendo x o valor do material P 10x=7x+600 3x=600 X=200 04. Resposta: E. 2x²+12x+10=0 ∆=12²-4⋅2⋅10 ∆=144-80=64 A soma das duas é -1-5=-6 05. Resposta:B. Vamos fazer a conta de rodas: Motos tem 2 rodas, triciclos 3 e carros 4 18⋅2+15⋅3+x⋅4=269 4x=269-36-45 4x=188 X=47 06. Resposta: B ∆=-(-6)²-4⋅(2m-1) ⋅3=0 36-24m+12=0 -24m=-48 M=2 07. Resposta: B. Salário liquido: x 10x+6x+40500=25x 9x=40500 X=4500 Salariofração y---------------1 4500---------4/5 08. Resposta: D. Idade atual: x X+24=3x 2x=24 X=12 Ele tem agora 12 anos, daqui a 5 anos: 17. MATEMÁTICA 27 09. Resposta: C. ∆=(-28)²-4.8.12 ∆=784-384 ∆=400 10. Resposta: C. Atual:x 5(x+8)-5(x-3)=x 5x+40-5x+15=x X=55 Soma: 5+5=10 SISTEMA MÉTRICO: MEDIDAS DE TEMPO, COMPRIMENTO, SUPERFÍCIE E CAPACIDADE SISTEMA DE MEDIDAS Unidades de Comprimento km hm dam m dm cm mm Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro 1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para pequenas distâncias. Para medi- das milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos: mícron (µ) = 10-6 m angströn (Å) = 10-10 m Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano): Ano-luz = 9,5 ∙ 1012 km Exemplos de Transformação 1m=10dm=100cm=1000mm=0,1dam=0,01hm=0,001km 1km=10hm=100dam=1000m Ou seja, para transformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 10 e para a esquerda divide por 10. SuperfícieA medida de superfície é sua área e a unidade fundamental é o metro quadrado(m²). Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos observar que cada unidade é cem vezes maior que a unidade imedia- tamente inferior. Assim, multiplicamos por cem para cada deslocamento de uma unidade até a desejada. Unidades de Área km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2 Quilômetro Quadrado Hectômetro Quadrado Decâmetro Quadrado Metro Quadrado Decímetro Quadrado Centímetro Quadrado Milímetro Quadrado 1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2 MATEMÁTICA 28 Exemplos de Transformação 1m²=100dm²=10000cm²=1000000mm² 1km²=100hm²=10000dam²=1000000m² Ou seja, para transformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 100 e para a esquerda divide por 100. Volume Os sólidos geométricos são objetos tridimensionais que ocupam lugar no espaço. Por isso, eles possuem volume. Podemos encontrar sólidos de inúmeras formas, retangulares, circulares, quadrangulares, entre outras, mas todos irão possuir volume e capacidade. Unidades de Volume km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3 Quilômetro Cúbico Hectômetro Cúbico Decâmetro Cúbico Metro Cúbico Decímetro Cúbico Centímetro Cúbico Milímetro Cúbico 1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3 Capacidade Para medirmos a quantidade de leite, sucos, água, óleo, gasolina, álcool entre outros utilizamos o litro e seus múltiplos e submúltiplos, unidade de medidas de produtos líquidos. Se um recipiente tem 1L de capacidade, então seu volume interno é de 1dm³ 1L=1dm³ Unidades de Capacidade kl hl dal l dl cl ml Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro 1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l Massa Toda vez que andar 1 casa para direita, multiplica por 10 e quando anda para esquerda divide por 10. E uma outra unidade de massa muito importante é a tonelada 1 tonelada=1000kg Tempo A unidade fundamental do tempo é o segundo(s). É usual a medição do tempo em várias unidades, por exemplo: dias, horas, minutos Transformação de unidades Deve-se saber: 1 dia=24horas 1hora=60minutos 1 minuto=60segundos 1hora=3600s MATEMÁTICA 29 Adição de tempo Exemplo: Estela chegou ao 15h 35minutos. Lá, bateu seu recor- de de nado livre e fez 1 minuto e 25 segundos. Demorou 30 minutos para chegar em casa. Que horas ela chegou? Não podemos ter 66 minutos, então temos que transferir para as horas, sempre que passamos de um para o outro tem que ser na mesma unidade, temos que passar 1 hora=60 minutos Então fica: 16h6 minutos 25segundos Vamos utilizar o mesmo exemplo para fazer a operação inversa. Subtração Vamos dizer que sabemos que ela chegou em casa as 16h6 mi- nutos 25 segundos e saiu de casa às 15h 35 minutos. Quanto tempo ficou fora? Não podemos tirar 6 de 35, então emprestamos, da mesma for- ma que conta de subtração. 1hora=60 minutos Multiplicação Pedro pensou em estudar durante 2h 40 minutos, mas demo- rou o dobro disso. Quanto tempo durou o estudo? Divisão 5h 20 minutos :2 1h 20 minutos, transformamos para minutos :60+20=80minu- tos EXERCÍCIOS 01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenciários- VU- NESP/2017) Uma gráfica precisa imprimir um lote de 100000 folhe- tos e, para isso, utiliza a máquina A, que imprime 5000 folhetos em 40 minutos. Após 3 horas e 20 minutos de funcionamento, a máqui- na A quebra e o serviço restante passa a ser feito pela máquina B, que imprime 4500 folhetos em 48 minutos. O tempo que a máquina B levará para imprimir o restante do lote de folhetos é (A) 14 horas e 10 minutos. (B) 14 horas e 05 minutos. (C) 13 horas e 45 minutos. (D) 13 horas e 30 minutos. (E) 13 horas e 20 minutos. 02. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VUNESP/2017) Re- nata foi realizar exames médicos em uma clínica. Ela saiu de sua casa às 14h 45 min e voltou às 17h 15 min. Se ela ficou durante uma hora e meia na clínica, então o tempo gasto no trânsito, no trajeto de ida e volta, foi igual a (A) 1/2h. (B) 3/4h. (C) 1h. (D) 1h 15min. (E) 1 1/2h. 03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VUNESP/2017) Uma indústria produz regularmente 4500 litros de suco por dia. Sabe-se que a terça parte da produção diária é distribuída em caixinhas P, que recebem 300 mililitros de suco cada uma. Nessas condições, é correto afirmar que a cada cinco dias a indústria utiliza uma quanti- dade de caixinhas P igual a (A) 25000. (B) 24500. (C) 23000. (D) 22000. (E) 20500. 04. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIRVGO/2017) Uma empresa farmacêutica distribuiu 14400 litros de uma substân- cia líquida em recipientes de 72 cm3 cada um. Sabe-se que cada recipiente, depois de cheio, tem 80 gramas. A quantidade de to- neladas que representa todos os recipientes cheios com essa subs- tância é de (A) 16 (B) 160 (C) 1600 (D) 16000 05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPEGO/2017) João estuda à noite e sua aula começa às 18h40min. Cada aula tem dura- ção de 45 minutos, e o intervalo dura 15 minutos. Sabendo-se que nessa escola há 5 aulas e 1 intervalo diariamente, pode-se afirmar que o término das aulas de João se dá às: (A) 22h30min (B) 22h40min (C) 22h50min (D) 23h (E) Nenhuma das anteriores MATEMÁTICA 30 06. (IBGE – Agente Censitário Administrativo- FGV/2017) Quando era jovem, Arquimedes corria 15km em 1h45min. Agora que é idoso, ele caminha 8km em 1h20min. Para percorrer 1km agora que é idoso, comparado com a época em que era jovem, Arquimedes precisa de mais: (A) 10 minutos; (B) 7 minutos; (C) 5 minutos; (D) 3 minutos; (E) 2 minutos. 07. (IBGE – Agente Censitário Administrativo- FGV/2017) Lu- cas foi de carro para o trabalho em um horário de trânsito intenso e gastou 1h20min. Em um dia sem trânsito intenso, Lucas foi de carro para o trabalho a uma velocidade média 20km/h maior do que no dia de trânsito intenso e gastou 48min. A distância, em km, da casa de Lucas até o trabalho é: (A) 36; (B) 40; (C) 48; (D) 50; (E) 60. 08. (EMDEC - Assistente Administrativo Jr – IBFC/2016) Carlos almoçou em certo dia no horário das 12:45 às 13:12. O total de segundos que representa o tempo que Carlos almoçou nesse dia é: (A) 1840 (B) 1620 (C) 1780 (D) 2120 09. (ANP – Técnico Administrativo – CESGRANRIO/2016) Um caminhão-tanque chega a um posto de abastecimento com 36.000 litros de gasolina em seu reservatório. Parte dessa gasolina é trans- ferida para dois tanques de armazenamento, enchendo-os comple- tamente. Um desses tanques tem 12,5 m3, e o outro, 15,3 m3, e estavam, inicialmente, vazios. Após a transferência, quantos litros de gasolina restaram no caminhão-tanque? (A) 35.722,00 (B) 8.200,00 (C) 3.577,20 (D) 357,72 (E) 332,20 10. (DPE/RR – Auxiliar Administrativo – FCC/2015) Raimundo tinha duas cordas, uma de 1,7 m e outra de 1,45 m. Ele precisava de pedaços, dessas cordas, que medissem 40 cm de comprimento cada um. Ele cortou as duas cordas em pedaços de 40 cm de com- primento e assim conseguiu obter (A) 6 pedaços. (B) 8 pedaços. (C) 9 pedaços. (D) 5 pedaços. (E) 7 pedaços. GABARITO 01. Resposta: E. 3h 20 minutos-200 minutos 5000-----40 x----------200 x=1000000/40=25000 Já foram impressos 25000, portanto faltam ainda 75000 4500-------48 75000------x X=3600000/4500=800 minutos 800/60=13,33h 13 horas e 1/3 hora 13h e 20 minutos 02. Resposta: C. Como ela ficou 1hora e meia na clínica o trajeto de ida e volta demorou 1 hora. 03. Resposta:A. 4500/3=1500 litros para as caixinhas 1500litros=1500000ml 1500000/300=5000 caixinhas por dia 5000.5=25000 caixinhas em 5 dias 04. Resposta:A. 14400litros=14400000 ml 200000⋅80=16000000 gramas=16 toneladas 05. Resposta: B. 5⋅45=225 minutos de aula 225/60=3 horas 45 minutos nas aulas mais 15 minutos de in- tervalo=4horas 18:40+4h=22h:40 06. Resposta: D. 1h45min=60+45=105 minutos 15km-------105 1--------------x X=7 minutos 1h20min=60+20=80min 8km----80 1-------x X=10minutos A diferença é de 3 minutos 07. Resposta: B. V------80min V+20----48 Quanto maior a velocidade, menor o tempo(inversamente) 80v=48V+960 32V=960V=30km/h 30km----60 min x-----------80 MATEMÁTICA 31 60x=2400 X=40km 08 Resposta: B. 12:45 até 13:12 são 27 minutos 27x60=1620 segundos 09. Resposta: B. 1m³=1000litros 36000/1000=36 m³ 36-12,5-15,3=8,2 m³x1000=8200 litros 10.Resposta: E. 1,7m=170cm 1,45m=145 cm 170/40=4 resta 10 145/40=3 resta 25 4+3=7 RELAÇÃO ENTRE GRANDEZAS: TABELAS E GRÁFICOS GRÁFICOS E TABELAS Os gráficos e tabelas apresentam o cruzamento entre dois da- dos relacionados entre si. A escolha do tipo e a forma de apresentação sempre vão de- pender do contexto, mas de uma maneira geral um bom gráfico deve: -Mostrar a informação de modo tão acurado quanto possível. -Utilizar títulos, rótulos, legendas, etc. para tornar claro o con- texto, o conteúdo e a mensagem. -Complementar ou melhorar a visualização sobre aspectos des- critos ou mostrados numericamente através de tabelas. -Utilizar escalas adequadas. -Mostrar claramente as tendências existentes nos dados. Tipos de gráficos Barras- utilizam retângulos para mostrar a quantidade. Barra vertical Fonte: tecnologia.umcomo.com.br Barra horizontal Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br Histogramas São gráfico de barra que mostram a frequência de uma variável específica e um detalhe importante que são faixas de valores em x. MATEMÁTICA 32 Setor ou pizza- Muito útil quando temos um total e queremos demonstrar cada parte, separando cada pedaço como numa pizza. Fonte: educador.brasilescola.uol.com.br Linhas- É um gráfico de grande utilidade e muito comum na representação de tendências e relacionamentos de variáveis Pictogramas – são imagens ilustrativas para tornar mais fácil a compreensão de todos sobre um tema. Da mesma forma, as tabelas ajudam na melhor visualização de dados e muitas vezes é através dela que vamos fazer os tipos de gráficos vistos anteriormente. Podem ser tabelas simples: Quantos aparelhos tecnológicos você tem na sua casa? aparelho quantidade televisão 3 celular 4 Geladeira 1 Até as tabelas que vimos nos exercícios de raciocínio lógico EXERCÍCIOS 01. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Na Pesquisa Na- cional por Amostra de Domicílios Contínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram obtidos os dados da taxa de desocupação da população em idade para trabalhar. Es- ses dados, em porcentagem, encontram-se indicados na apresenta- ção gráfica abaixo, ao longo de trimestres de 2014 a 2017. Dentre as alternativas abaixo, assinale a que apresenta a me- lhor aproximação para o aumento percentual da taxa de desocupa- ção do primeiro trimestre de 2017 em relação à taxa de desocupa- ção do primeiro trimestre de 2014. (A) 15%. (B) 25%. (C) 50%. (D) 75%. (E) 90%. 02. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário -VUNESP/2017) A tabela seguinte, incompleta, mostra a distribuição, percentual e quantitativa, da frota de uma empresa de ônibus urbanos, de acor- do com o tempo de uso destes. O número total de ônibus dessa empresa é (A) 270. (B) 250. (C) 220 (D) 180. (E) 120. MATEMÁTICA 33 03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário -VUNESP/2017) O gráfico mostra o número de carros vendidos por uma concessio- nária nos cinco dias subsequentes à veiculação de um anúncio pro- mocional. O número médio de carros vendidos por dia nesse período foi igual a (A) 10. (B) 9. (C) 8. (D) 7. (E) 6. 04. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VUNESP/2017) Uma professora elaborou um gráfico de setores para representar a distri- buição, em porcentagem, dos cinco conceitos nos quais foram agru- padas as notas obtidas pelos alunos de uma determinada classe em uma prova de matemática. Observe que, nesse gráfico, as porcen- tagens referentes a cada conceito foram substituídas por x ou por múltiplos e submúltiplos de x. Analisando o gráfico, é correto afirmar que a medida do ângulo interno correspondente ao setor circular que representa o conceito BOM é igual a (A) 144º. (B) 135º. (C) 126º (D) 117º (E) 108º. 05. (TCE/PR – Conhecimentos Básicos – CESPE/2016) Tendo como referência o gráfico precedente, que mostra os va- lores, em bilhões de reais, relativos à arrecadação de receitas e aos gastos com despesas do estado do Paraná nos doze meses do ano de 2015, assinale a opção correta. (A) No ano considerado, o segundo trimestre caracterizou-se por uma queda contínua na arrecadação de receitas, situação que se repetiu no trimestre seguinte. (B) No primeiro quadrimestre de 2015, houve um período de queda simultânea dos gastos com despesas e da arrecadação de receitas e dois períodos de aumento simultâneo de gastos e de ar- recadação. (C) No último bimestre do ano de 2015, foram registrados tanto o maior gasto com despesas quanto a maior arrecadação de recei- tas. (D) No ano em questão, janeiro e dezembro foram os únicos meses em que a arrecadação de receitas foi ultrapassada por gastos com despesas. (E) A menor arrecadação mensal de receitas e o menor gasto mensal com despesas foram verificados, respectivamente, no pri- meiro e no segundo semestre do ano de 2015. MATEMÁTICA 34 06. (BRDE – Assistente Administrativo – FUNDATEC/2015) As- sinale a alternativa que representa a nomenclatura dos três gráficos abaixo, respectivamente. (A) Gráfico de Setores – Gráfico de Barras – Gráfico de Linha. (B) Gráfico de Pareto – Gráfico de Pizza – Gráfico de Tendência. (C) Gráfico de Barras – Gráfico de Setores – Gráfico de Linha. (D) Gráfico de Linhas – Gráfico de Pizza – Gráfico de Barras. (E) Gráfico de Tendência – Gráfico de Setores – Gráfico de Li- nha. 07. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP/2015) A distribui- ção de salários de uma empresa com 30 funcionários é dada na ta- bela seguinte. Salário (em salários mínimos) Funcionários 1,8 10 2,5 8 3,0 5 5,0 4 8,0 2 15,0 1 Pode-se concluir que (A) o total da folha de pagamentos é de 35,3 salários. (B) 60% dos trabalhadores ganham mais ou igual a 3 salários. (C) 10% dos trabalhadores ganham mais de 10 salários. (D) 20% dos trabalhadores detêm mais de 40% da renda total. (E) 60% dos trabalhadores detêm menos de 30% da renda total. 08. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP/2015) Considere a tabela de distribuição de frequência seguinte, em que xi é a variável estudada e fi é a frequência absoluta dos dados. xi fi 30-35 4 35-40 12 40-45 10 45-50 8 50-55 6 TOTAL 40 Assinale a alternativa em que o histograma é o que melhor re- presenta a distribuição de frequência da tabela. (A) (B) (C) (D) (E) MATEMÁTICA 35 09. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CESPE/2015) Ministério da Justiça — Departamento Penitenciário Nacional — Sistema Integrado de Informações Penitenciárias – InfoPen, Rela- tório Estatístico Sintético do Sistema Prisional Brasileiro, dez./2013 Internet:<www.justica.gov.br>(com adaptações) A tabela mostrada apresenta a quantidade de detentos no sistema penitenciário brasileiro por região em 2013. Nesse ano, o déficit relativo de vagas — que se define pela razão entre o déficit de vagas no sistema penitenciário e a quantidade de detentos no sistema penitenciário — registrado em todo o Brasil foi superior a 38,7%, e, na média nacional, havia 277,5 detentos por 100 mil ha- bitantes. Com base nessas informações e na tabela apresentada, julgue o item a seguir. Em 2013, mais de 55% da população carcerária no Brasil se en- contrava na região Sudeste. ( )certo( ) errado 10. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CESPE/2015) A partir das informações e do gráfico apresentados, julgue o item que se segue. Se os percentuais forem representados por barras verticais, conforme o gráfico a seguir, então o resultado será denominado histograma. ( ) Certo( ) Errado GABARITO 01. Resposta: E. 13,7/7,2=1,90 Houve um aumento de 90%. 02. Resposta:D 81+27=108 108 ônibus somam 60%(100-35-5) 108-----60 x--------100 x=10800/60=180 03. Resposta: C. 04. Resposta: A. X+0,5x+4x+3x+1,5x=360 10x=360 X=36 Como o conceito bom corresponde a 4x: 4x36=144° 05. Resposta: B. Analisando o primeiro quadrimestre, observamos que osdois primeiros meses de receita diminuem e os dois meses seguintes aumentam, o mesmo acontece com a despesa. 06. Resposta: C. MATEMÁTICA 36 Como foi visto na teoria, gráfico de barras, de setores ou pizza e de linha 07. Resposta: D. (A) 1,8x10+2,5x8+3,0x5+5,0x4+8,0x2+15,0x1=104 salários (B) 60% de 30=18 funcionários e se juntarmos quem ganha mais de 3 salários (5+4+2+1=12) (C)10% de 30=0,1x30=3 funcionários E apenas 1 pessoa ganha (D) 40% de 104=0,4x104= 41,6 20% de 30=0,2x30=6 5x3+8x2+15x1=46, que já é maior. (E) 60% de 30=0,6x30=18 30% de 104=0,3x104=31,20da renda: 31,20 08. Resposta: A. Colocando em ordem crescente: 30-35, 50-55, 45-50, 40-45, 35-40, 09. Resposta: CERTA. 555----100% x----55% x=305,25 Está correta, pois a região sudeste tem 306 pessoas. 10. Resposta: ERRADO. Como foi visto na teoria, há uma faixa de valores no eixo x e não simplesmente um dado. Referências http://www.galileu.esalq.usp.br NOÇÕES DE GEOMETRIA: FORMA, PERÍMETRO, ÁREA, VOLUME, TEOREMA DE PITÁGORAS Ângulos Denominamos ângulo a região do plano limitada por duas se- mirretas de mesma origem. As semirretas recebem o nome de la- dos do ângulo e a origem delas, de vértice do ângulo. Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do que 90º. Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do que 90º. Ângulo Raso: - É o ângulo cuja medida é 180º; - É aquele, cujos lados são semi-retas opostas. Ângulo Reto: - É o ângulo cuja medida é 90º; - É aquele cujos lados se apoiam em retas perpendiculares. MATEMÁTICA 37 Triângulo Elementos Mediana Mediana de um triângulo é um segmento de reta que liga um vértice ao ponto médio do lado oposto. Na figura, é uma mediana do ABC. Um triângulo tem três medianas. A bissetriz de um ângulo interno de um triângulo intercepta o lado oposto Bissetriz interna de um triângulo é o segmento da bissetriz de um ângulo do triângulo que liga um vértice a um ponto do lado oposto. Na figura, é uma bissetriz interna do . Um triângulo tem três bissetrizes internas. Altura de um triângulo é o segmento que liga um vértice a um ponto da reta suporte do lado oposto e é perpendicular a esse lado. Na figura, é uma altura do . Um triângulo tem três alturas. Mediatriz de um segmento de reta é a reta perpendicular a esse segmento pelo seu ponto médio. Na figura, a reta m é a mediatriz de . Mediatriz de um triângulo é uma reta do plano do triângulo que é mediatriz de um dos lados desse triângulo. Na figura, a reta m é a mediatriz do lado do . Um triângulo tem três mediatrizes. Classificação Quanto aos lados Triângulo escaleno:três lados desiguais. Triângulo isósceles: Pelo menos dois lados iguais. MATEMÁTICA 38 Triângulo equilátero: três lados iguais. Quanto aos ângulos Triângulo acutângulo:tem os três ângulos agudos Triângulo retângulo:tem um ângulo reto Triângulo obtusângulo: tem um ângulo obtuso Desigualdade entre Lados e ângulos dos triângulos Num triângulo o comprimento de qualquer lado é menor que a soma dos outros dois.Em qualquer triângulo, ao maior ângulo opõe-se o maior lado, e vice-versa. QUADRILÁTEROS Quadrilátero é todo polígono com as seguintes propriedades: - Tem 4 lados. - Tem 2 diagonais. - A soma dos ângulos internos Si = 360º - A soma dos ângulos externos Se = 360º Trapézio: É todo quadrilátero tem dois paralelos. - é paralelo a - Losango: 4 lados congruentes - Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus) - Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos. - Observações: - No retângulo e no quadrado as diagonais são congruentes (iguais) - No losango e no quadrado as diagonais são perpendiculares entre si (formam ângulo de 90°) e são bissetrizes dos ângulos inter- nos (dividem os ângulos ao meio). Áreas 1- Trapézio: , onde B é a medida da base maior, b é a medida da base menor e h é medida da altura. 2- Paralelogramo: A = b.h, onde b é a medida da base e h é a medida da altura. 3- Retângulo: A = b.h 4- Losango: , onde D é a medida da diagonal maior e d é a medida da diagonal menor. 5- Quadrado: A = l2, onde l é a medida do lado. Polígono Chama-se polígono a união de segmentos que são chamados lados do polígono, enquanto os pontos são chamados vértices do polígono. Diagonal de um polígono é um segmento cujas extremidades são vértices não-consecutivos desse polígono. MATEMÁTICA 39 Número de Diagonais Ângulos Internos A soma das medidas dos ângulos internos de um polígono con- vexo de n lados é (n-2).180 Unindo um dos vértices aos outros n-3, convenientemente es- colhidos, obteremos n-2 triângulos. A soma das medidas dos ângu- los internos do polígono é igual à soma das medidas dos ângulos internos dos n-2 triângulos. Ângulos Ex ternos A soma dos ângulos externos=360° Teorema de Tales Se um feixe de retas paralelas tem duas transversais, então a razão de dois segmentos quaisquer de uma transversal é igual à ra- zão dos segmentos correspondentes da outra. Dada a figura anterior, O Teorema de Tales afirma que são váli- das as seguintes proporções: Exemplo 2 Semelhança de Triângulos Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, os seus ân- gulos internos tiverem, respectivamente, as mesmas medidas, e os lados correspondentes forem proporcionais. Casos de Semelhança 1º Caso:AA(ângulo-ângulo) Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes de vértices correspondentes, então esses triângulos são congruentes. MATEMÁTICA 40 2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado) Se dois triângulos têm dois lados correspondentes proporcio- nais e os ângulos compreendidos entre eles congruentes, então es- ses dois triângulos são semelhantes. 3º Caso: LLL(lado-lado-lado) Se dois triângulos têm os três lado correspondentes proporcio- nais, então esses dois triângulos são semelhantes. Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo Considerando o triângulo retângulo ABC. Temos: Fórmulas Trigonométricas Relação Fundamental Existe uma outra importante relação entre seno e cosseno de um ângulo. Considere o triângulo retângulo ABC. Neste triângulo, temos que: c²=a²+b² Dividindo os membros por c² Como Todo triângulo que tem um ângulo reto é denominado trian- gulo retângulo. O triângulo ABC é retângulo em A e seus elementos são: MATEMÁTICA 41 a: hipotenusa b e c: catetos h:altura relativa à hipotenusa m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipotenusa Relações Métricas no Triângulo Retângulo Chamamos relações métricas as relações existentes entre os diversos segmentos desse triângulo. Assim: 1. O quadrado de um cateto é igual ao produto da hipotenu- sa pela projeção desse cateto sobre a hipotenusa. 2. O produto dos catetos é igual ao produto da hipotenusa pela altura relativa à hipotenusa. 3. O quadrado da altura é igual ao produto das projeções dos catetos sobre a hipotenusa. 4. O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos (Teorema de Pitágoras). Posições Relativas de Duas Retas Duas retas no espaço podem pertencer a um mesmo plano. Nesse caso são chamadas retas coplanares. Podem também não estar no mesmo plano. Nesse caso, são denominadas retas rever- sas. Retas Coplanares a) Concorrentes: r e s têm um único ponto comum -Duas retas concorrentes podem ser: 1. Perpendiculares: r e s formam ângulo reto. 2. Oblíquas:r e s não são perpendiculares. b) Paralelas: r e s não têm ponto comum ou r e s são coinci- dentes. EXERCÍCIOS 01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenciários- VU- NESP/2017) Um terreno retangular ABCD, com 40 m de largura por 60 m de comprimento, foi dividido em três lotes, conforme mostra a figura. Sabendo-se que EF = 36 m e que a área do lote 1 é 864 m², o perímetro do lote 2 é (A) 100 m. (B) 108 m. (C) 112 m. (D) 116 m. (E) 120 m. 02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Considere um triângulo retângulo de catetos medindo 3m e 5m. Um segundo tri- ângulo retângulo, semelhante ao primeiro, cuja área é o dobro da área do primeiro, terá como medidas dos catetos, em metros: (A) 3 e 10. (B) 3√2 e 5√2 . (C) 3√2 e 10√2. (D)5 e 6. (E) 6 e 10. MATEMÁTICA 42 03. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Na figura abai- xo, encontra-se representada uma cinta esticada passando em tor- no de três discos de mesmo diâmetro e tangentes entre si. Considerando que o diâmetro de cada disco é 8, o comprimen- to da cinta acima representada é (A) 8/3 π + 8 . (B) 8/3 π + 24. (C) 8π + 8 . (D) 8π + 24. (E) 16π + 24. 04. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Na figura abai- xo, ABCD é um quadrado de lado 10; E, F, G e H são pontos médios dos lados do quadrado ABCD e são os centros de quatro círculos tangentes entre si. A área da região sombreada, da figura acima apresentada, é (A)100 - 5π . (B) 100 - 10π . (C) 100 - 15π . (D)100 - 20π . (E)100 - 25π . 05. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) No cubo de aresta 10, da figura abaixo, encontra-se representado um plano passando pelos vértices B e C e pelos pontos P e Q, pontos médios, respectivamente, das arestas EF e HG, gerando o quadrilátero BCQP. A área do quadrilátero BCQP, da figura acima, é (A) 25√5. (B) 50√2. (C) 50√5. (D)100√2 . (E) 100√5. 06. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária - MSCON- CURSOS/2017) O triângulo retângulo em B, a seguir, de vértices A, B e C, representa uma praça de uma cidade. Qual é a área dessa praça? (A) 120 m² (B)90 m² (C) 60 m² (D) 30 m² 07. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VUNESP/2017) A figura, com dimensões indicadas em centímetros, mostra um painel informativo ABCD, de formato retangular, no qual se destaca a re- gião retangular R, onde x > y. Sabendo-se que a razão entre as medidas dos lados correspon- dentes do retângulo ABCD e da região R é igual a 5/2 , é correto afirmar que as medidas, em centímetros, dos lados da região R, in- dicadas por x e y na figura, são, respectivamente, (A) 80 e 64. (B) 80 e 62. (C) 62 e 80. (D) 60 e 80. (E) 60 e 78. 08. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VUNESP/2017) O piso de um salão retangular, de 6 m de comprimento, foi totalmente coberto por 108 placas quadradas de porcelanato, todas inteiras. Sabe-se que quatro placas desse porcelanato cobrem exatamente 1 m2 de piso. Nessas condições, é correto afirmar que o perímetro desse piso é, em metros, igual a (A) 20. (B) 21. (C) 24. (D) 27. (E) 30. MATEMÁTICA 43 09. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervisor – FGV/2017) O proprietário de um terreno retangular resolveu cer- cá-lo e, para isso, comprou 26 estacas de madeira. Colocou uma estaca em cada um dos quatro cantos do terreno e as demais igual- mente espaçadas, de 3 em 3 metros, ao longo dos quatro lados do terreno. O número de estacas em cada um dos lados maiores do terre- no, incluindo os dois dos cantos, é o dobro do número de estacas em cada um dos lados menores, também incluindo os dois dos can- tos. A área do terreno em metros quadrados é: (A) 240; (B) 256; (C) 324; (D) 330; (E) 372. 10. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário- VUNESP/2017) A fi- gura seguinte, cujas dimensões estão indicadas em metros, mostra as regiões R1 e R2 , ambas com formato de triângulos retângulos, situadas em uma praça e destinadas a atividades de recreação in- fantil para faixas etárias distintas. Se a área de R1 é 54 m², então o perímetro de R2 é, em metros, igual a (A) 54. (B) 48. (C) 36. (D) 40. (E) 42. 11. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária – MSCON- CURSOS/2017) Seja a expressão definida em 0< x < π/2 . Ao simplificá-la, obteremos: (A) 1 (B) sen²x (C)cos²x (D)0 12. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária – MSCON- CURSOS/2017) Fábio precisa comprar arame para cercar um ter- reno no formato a seguir, retângulo em B e C. Considerando que ele dará duas voltas com o arame no terreno e que não terá per- das, quantos metros ele irá gastar? (considere √3 =1,7; sen30º=0,5; cos30º=0,85; tg30º=0,57). (A) 64,2 m (B) 46,2 m (C)92,4 m (D) 128,4 m GABARITO 01. Resposta: D. 96h=1728 H=18 Como I é um triângulo: 60-36=24 X²=24²+18² X²=576+324 X²=900 X=30 Como h=18 e AD é 40, EG=22 Perímetro lote 2: 40+22+24+30=116 02. Resposta: B. MATEMÁTICA 44 Lado=3√2 Outro lado =5√2 03. Resposta: D. Observe o triângulo do meio, cada lado é exatamente a mesma medida da parte reta da cinta. Que é igual a 2 raios, ou um diâmetro, portanto o lado esticado tem 8x3=24 m A parte do círculo é igual a 120°, pois é 1/3 do círculo, como são três partes, é a mesma medida de um círculo. O comprimento do círculo é dado por: 2πr=8π Portanto, a cinta tem 8π+24 04. Resposta: E. Como o quadrado tem lado 10,a área é 100. O ladao AF e AE medem 5, cada um, pois F e E é o ponto Médio X²=5²+5² X²=25+25 X²=50 X=5√2 X é o diâmetro do círculo, como temos 4 semi círculos, temos 2 círculos inteiros. A área de um círculo é A sombreada=100-25π 05. Resposta: C. CQ é hipotenusa do triângulo GQC. 01. CQ²=10²+5² CQ²=100+25 CQ²=125 CQ=5√5 A área do quadrilátero seria CQ⋅BC A=5√5⋅10=50√5 06. Resposta: C Para saber a área, primeiro precisamos descobrir o x. 17²=x²+8² 289=x²+64 X²=225 X=15 07. Resposta: A. 5y=320 Y=64 5x=400 X=80 08. Resposta: B. 108/4=27m² 6x=27 X=27/6 O perímetro seria 09. Resposta: C. Número de estacas: x X+x+2x+2x-4=26 obs: -4 é porque estamos contando duas ve- zes o canto 6x=30 X=5 Temos 5 estacas no lado menor, como são espaçadas a cada 3m 4 espaços de 3m=12m Lado maior 10 estacas 9 espaços de 3 metros=27m A=12⋅27=324 m² 10. Resposta: B. 9x=108 X=12 MATEMÁTICA 45 Para encontrar o perímetro do triângulo R2: Y²=16²+12² Y²=256+144=400 Y=20 Perímetro: 16+12+20=48 11. Resposta: C. 1-cos²x=sen²x 12. Resposta: D. X=6 Y=10,2 2 voltas=2(12+18+10,2+6+18)=128,4m RACIOCÍNIO LÓGICO RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO Este tipo de raciocínio testa sua habilidade de resolver proble- mas matemáticos, e é uma forma de medir seu domínio das dife- rentes áreas do estudo da Matemática: Aritmética, Álgebra, leitura de tabelas e gráficos, Probabilidade e Geometria etc. Essa parte consiste nos seguintes conteúdos: - Operação com conjuntos. - Cálculos com porcentagens. - Raciocínio lógico envolvendo problemas aritméticos, geomé- tricos e matriciais. - Geometria básica. - Álgebra básica e sistemas lineares. - Calendários. - Numeração. - Razões Especiais. - Análise Combinatória e Probabilidade. - Progressões Aritmética e Geométrica. RACIOCÍNIO LÓGICO DEDUTIVO Este tipo de raciocínio está relacionado ao conteúdo Lógica de Argumentação. ORIENTAÇÕES ESPACIAL E TEMPORAL O raciocínio lógico espacial ou orientação espacial envolvem figuras, dados e palitos. O raciocínio lógico temporal ou orientação temporal envolve datas, calendário, ou seja, envolve o tempo. O mais importante é praticar o máximo de questões que envol- vam os conteúdos: - Lógica sequencial - Calendários RACIOCÍNIO VERBAL Avalia a capacidade de interpretar informação escrita e tirar conclusões lógicas. Uma avaliação de raciocínio verbal é um tipo de análise de ha- bilidade ou aptidão, que pode ser aplicada ao se candidatar a uma vaga. Raciocínio verbal é parte da capacidade cognitiva ou inteli- gência geral; é a percepção, aquisição, organização e aplicação do conhecimento por meio da linguagem. Nos testes de raciocínio verbal, geralmente você recebe um trecho com informações e precisa avaliar um conjunto de afirma- ções, selecionando uma das possíveis respostas: A – Verdadeiro (A afirmação é uma consequência lógica das in- formações ou opiniões contidas no trecho) B – Falso (A afirmação é logicamente falsa, consideradas as in- formações ou opiniões contidas no trecho) C – Impossível dizer (Impossível determinar se a afirmação é verdadeira ou falsa sem mais informações) LÓGICA SEQUENCIAL As sequências podem ser formadas por números, letras, pes- soas, figuras, etc. Existem várias formas de se estabelecer uma se- quência, o importante é que existem pelo menos três elementos que caracterize a lógica de sua formação, entretanto algumas séries necessitam de mais elementos para definir sua lógica1. Um bom co- nhecimento em Progressões Algébricas(PA) e Geométricas (PG), fa- zem com que deduzir as sequências se tornem simples e sem com- plicações. E o mais importante é estar atento a vários detalhes que elas possam oferecer. Exemplos: Progressão Aritmética: Soma-se constantemente um mesmo número. Progressão Geométrica: Multiplica-se constantemente um mesmo número. 1 https://centraldefavoritos.com.br/2017/07/21/sequencias- -com-numeros-com-figuras-de-palavras/ MATEMÁTICA 46 Sequência de Figuras: Esse tipo de sequência pode seguir o mesmo padrão visto na sequência de pessoas ou simplesmente sofrer rotações, como nos exemplos a seguir. Exemplos: 01. Analise a sequência a seguir: Admitindo-se que a regra de formação das figuras seguintes permaneça a mesma, pode-se afirmar que a figura que ocuparia a 277ª posição dessa sequência é: Resolução: A sequência das figuras completa-se na 5ª figura. Assim, continua-se a sequência de 5 em 5 elementos. A figura de número 277 ocu- pa, então, a mesma posição das figuras que representam número 5n + 2, com nN. Ou seja, a 277ª figura corresponde à 2ª figura, que é representada pela letra “B”. Resposta: B. 02. (Câmara de Aracruz/ES - Agente Administrativo e Legislativo - IDECAN) A sequência formada pelas figuras representa as posições, a cada 12 segundos, de uma das rodas de um carro que mantém velocidade constante. Analise-a. Após 25 minutos e 48 segundos, tempo no qual o carro permanece nessa mesma condição, a posição da roda erá: MATEMÁTICA 47 Resolução: A roda se mexe a cada 12 segundos. Percebe-se que ela volta ao seu estado inicial após 48 segundos. O examinador quer saber, após 25 minutos e 48 segundos qual será a posição da roda. Vamos transformar tudo para segundos: 25 minutos = 1500 segundos (60x25) 1500 + 48 (25m e 48s) = 1548 Agora é só dividir por 48 segundos (que é o tempo que levou para roda voltar à posição inicial) 1548 / 48 = vai ter o resto “12”. Portanto, após 25 minutos e 48 segundos, a roda vai estar na posição dos 12 segundos. Resposta: B. PROBLEMAS DE RACIOCÍNIO LÓGICO, PROBLEMAS USANDO AS QUATRO OPERAÇÕES É possível resolver problemas usando o raciocínio lógico e asso- ciar ao mesmo, questões matemáticas básicas. No entanto, ele não pode ser ensinado diretamente, mas pode ser desenvolvido através da resolução de exercícios lógicos que contribuem para a evolução de algumas habilidades mentais. Exemplos: 01. (TJ/PI – Analista Judiciário – Escrivão Judicial – FGV) Em um prédio há três caixas d’água chamadas de A, B e C e, em certo momento, as quantidades de água, em litros, que cada uma contém aparecem na figura a seguir. Abrindo as torneiras marcadas com x no desenho, as caixas fo- ram interligadas e os níveis da água se igualaram. Considere as seguintes possibilidades: 1. A caixa A perdeu 300 litros. 2. A caixa B ganhou 350 litros. 3. A caixa C ganhou 50 litros. É verdadeiro o que se afirma em: (A) somente 1; (B) somente 2; (C) somente 1 e 3; (D) somente 2 e 3; (E) 1, 2 e 3. Resolução: Somando os valores contidos nas 3 caixas temos: 700 + 150 + 350 = 1200, como o valor da caixa será igualado temos: 1200/3 = 400l. Logo cada caixa deve ter 400 l. Então de A: 700 – 400 = 300 l devem sair De B: 400 – 150 = 250 l devem ser recebidos De C: Somente mais 50l devem ser recebidos para ficar com 400 (400 – 350 = 50). Logo As possibilidades corretas são: 1 e 3 Resposta: C. 02. (TJ/PI – Analista Judiciário – Escrivão Judicial – FGV) Cada um dos 160 funcionários da prefeitura de certo município possui nível de escolaridade: fundamental, médio ou superior. O quadro a seguir fornece algumas informações sobre a quantidade de funcio- nários em cada nível: Fundamental Médio Superior Homens 15 30 Mulheres 13 36 Sabe-se também que, desses funcionários, exatamente 64 têm nível médio. Desses funcionários, o número de homens com nível superior é: (A) 30; (B) 32; (C) 34; (D) 36; (E) 38. Resolução: São 160 funcionários No nível médio temos 64, como 30 são homens, logo 64 – 30 = 34 mulheres Somando todos os valores fornecidos temos: 15 + 13 + 30 + 34 + 36 = 128 160 – 120 = 32, que é o valor que está em branco em homens com nível superior. Resposta: B. MATEMÁTICA 48 03. (Pref. Petrópolis/RJ – Auxiliar de coveiro- Fundação Dom Cintra) Um elevador pode transportar, no máximo, 7 adultos por viagem. Numa fila desse elevador estão 45 adultos. O número míni- mo de viagens que esse elevador deverá dar, para que possa trans- portar todas as pessoas que estão na fila, é: (A) 4; (B) 5; (C) 6; (D) 7; (E) 8. Resolução: Dividindo 45/7= 6,42. Como 6.7 = 42 sobram 3 pessoas para uma próxima viagem. Logo temos 6 + 1 = 7 viagens Resposta: D. 04. (Pref. Marilândia/ES – Aux. Serviços Gerais – IDECAN) Anel está para dedo, assim como colar está para (A) papel (B) braço (C) perna (D) pescoço Resolução: O Anel usa-se no dedo, logo o colar usa-se no pescoço. Resposta: D. 05. (DPU – Agente Administrativo – CESPE) Em uma festa com 15 convidados, foram servidos 30 bombons: 10 de morango, 10 de cereja e 10 de pistache. Ao final da festa, não sobrou nenhum bom- bom e •quem comeu bombom de morango comeu também bombom de pistache; • quem comeu dois ou mais bombons de pistache comeu tam- bém bombom de cereja; • quem comeu bombom de cereja não comeu de morango. Com base nessa situação hipotética, julgue o item a seguir. É possível que um mesmo convidado tenha comido todos os 10 bombons de pistache. () Certo ( ) Errado Resolução: Vamos partir da 2ª informação, utilizando a afirmação do enun- ciado que ele comeu 10 bombons de pistache: - quem comeu dois ou mais bombons (10 bombons) de pista- che comeu também bombom de cereja; - CERTA. Sabemos que quem come pistache come morango, logo: - quem comeu bombom de morango comeu também bombom de pistache; - CERTA Analisando a última temos: - quem comeu bombom de cereja não comeu de morango. – ERRADA, pois esta contradizendo a informação anterior. Resposta: Errado. RESOLUÇÃO DE SITUAÇÕES-PROBLEMA Prezado Candidato, o tópico acima supracitado foi abordado durante todo o conteúdo. ANOTAÇÕES ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ CONHECIMENTOS GERAIS 1. HISTÓRIAGERAL Primeira Guerra Mundial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 2. O nazifascismo e a Segunda Guerra Mundial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03 3. A Guerra Fria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06 4. Globalização e as políticas neoliberais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07 5. HISTÓRIA DO BRASIL A Revolução de 1930 e a Era Vargas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07 6. As Constituições Republicanas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08 7. A estrutura política e os movimentos sociais no período militar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09 8. A abertura política e a redemocratização do Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09 9. GEOGRAFIA GERAL A nova ordem mundial, o espaço geopolítico e a globalização. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 10. Os principais problemas ambientais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 11. GEOGRAFIA DO BRASIL A natureza brasileira (relevo, hidrografia, clima e vegetação) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 12. A população: crescimento, distribuição, estrutura e movimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 13. As atividades econômicas: industrialização e urbanização, fontes de energia e agropecuária. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 14. .Os impactos ambientais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 15. ATUALIDADES Questões relacionadas a fatos políticos, econômicos, sociais e culturais, nacionais e internacionais, ocorridos a partir de 6 (seis) meses anteriores à publicação deste Edital, divulgados na mídia local e/ou nacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 CONHECIMENTOS GERAIS 1 HISTÓRIA GERAL - PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL GUERRAS, DOUTRINAS E GLOBALIZAÇÃO Dentro do contexto pré-estabelecido vamos discorrer sobre a primeira e segunda guerra, nas quais a economia e as expansões foram pontos chave nos conflitos. Vamos discorrer também sobre doutrinas econômicas-políticas, integração financeira e cultural das nações. Primeira Guerra Mundial • Os Antecedentes No contexto antecedente a primeira guerra, temos no continente europeu um período que ficou conhecido como “Belle Époque”. Este período ocorreu junto com a Revolução Industrial marcado por grandes avanços tecnológicos e prosperidade econômica. Apesar desse ambiente favorável várias alianças foram sendo construídas, tornando a guerra mais iminente. Um período que ficou conhecido como a “Paz armada”. • As Causas O período da “Paz armada” foi marcado também pela política imperialista de expansão, domínio territorial e cultural sobre outras na- ções. Essa disputa imperialista, sobretudo do continente africano, beneficiava alguns países (Inglaterra e França, por exemplo), enquanto outros países (Itália e Alemanha) não eram beneficiados. As principais potencias europeias desejavam matéria prima, fontes de energia, mão de obra barata, mercado consumidor, etc., e a disputa pela África, Ásia e Oceania tornava-se evidente dentro do contexto industrial da época. Outra causa impactante foram os movimentos nacionalistas — conjunto de pessoas unidas num mesmo território por tradições, línguas e culturas etc. Essas pessoas queriam ser leais ao seu território, aflorando mais o conflito. Dentro deste contexto tivemos dois movimentos importantes, que vemos a seguir: — Revanchismo francês A França estava tomada de um sentimento de vingança, pois havia perdido a guerra Franco-Prussiana e foi humilhada pelo imperador alemão. CONHECIMENTOS GERAIS 2 — Questão Turca e a Questão Balcânica Essa região sempre foi muito instável, devido a junção de vários povos. Nesse período houve a degradação do império turco-otomano que dominava a região. Dentro deste contexto, surgem vários povos que lutam entre si, onde as grandes potências da época se dividem apoiando um ou outro visando interesses na região. Com isso surgiram duas alianças: A Aliança Entente formada pela Rússia, Reino Unido e França e a Tríplice Aliança composta pela Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália. • O Conflito Vamos dividir a guerra em três fases: 1ª Fase: Guerra à moda antiga, onde a ideia era invadir o território do inimigo e subjulgá-lo. Este é um modelo de movimentação de tropas, que consistia de um ataque de cavalaria acompanhada pela infantaria. 2ª Fase: Foi uma fase de uma guerra mais estratégica em que trincheiras eram construídas com o objetivo de alcançar pontos estra- tégicos, tais como portos, pontes, etc. 3ª Fase: Na terceira fase da guerra foram utilizadas novas armas bélicas, aviões de caça, tanques e adesão de um grande contingente de soldados americanos. Nesse cenário, os Estados Unidos, que até então era um fornecedor de empréstimos, armas, alimentos e produtos têxteis para a Inglaterra e França, entra na guerra a partir da 2ª fase e define a vitória para a Tríplice Entente. CONHECIMENTOS GERAIS 3 • As Consequências As consequências da guerra foram diversas. Tivemos uma instabilidade política e econômica com inúmeras mortes e reconfiguração territorial. Além disso foi criado o Tratado de Versalhes, que impôs severas restrições e condições à Alemanha. Foi criada ainda a Liga das Nações sem o apoio dos EUA. Este cenário favoreceu os alemães que voltaram a criar políticas expansionistas nos anos 30, por meio de Hitler, e iniciar a segunda guerra mundial. - O NAZIFASCISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL CONHECIMENTOS GERAIS 4 • Os Antecedentes e causas A Segunda Guerra Mundial foi um conflito militar global que ocorreu entre 1939 a 1945, envolvendo as grandes potências da época. Foram organizadas duas alianças militares que guerrearam: os Aliados (Reino Unido, França, União Soviética e Estados Unidos) e o eixo (Alemanha, Itália e Japão), posteriormente outros países se juntaram a um grupo ou ao outro, mas os países citados foram os principais. A Segunda Guerra Mundial é consequência do que não foi bem resolvido na Primeira Guerra Mundial. O domínio de áreas, mercados econômicos, tendo como ponto chave a política expansionista alemã, querendo dominar territórios interessantes também a grandes potências foram as causas da guerra. Nesse sentido foram criadas várias negociações para limitar os territórios na tentativa de evitar um conflito. Dentro deste contexto a Alemanha invade e toma a Tchecoslováquia, e Neville Chamberlain (ex-Primeiro-ministro da Inglaterra) convoca a Conferência de Munique. Essa conferência estabelece que os alemães poderiam ficar somente com a região dos Sudetos. O objetivo era impedir que os nazistas invadissem a Polônia, país que interessava comercialmente a países como Inglaterra Adolf Hitler, entretanto queria dominar a Polônia, e rompe os acordos declarando uma possível guerra contra Inglaterra, França e UniãoSoviética. Nesse contexto os alemães, por meio de Adolf Hitler se aliam ao Grupo da União Soviética dividindo a Polônia em duas partes, através do pacto de não agressão germano-soviético. Oito dias depois, Hitler rompe o acordo com a União Soviética e a Alemanha invade o corredor polonês, região da Polônia que havia negociado com a União Soviética, iniciando assim a Segunda Guerra Mundial. • O Conflito Abaixo relatamos alguns eventos relevantes da segunda guerra mundial. – Em 1940, a Alemanha invade quase inteiramente a França, dividindo-a em duas partes. – Em 1941 Hitler invade a Rússia, na operação chamada Barba Ruiva, rompendo com o pacto realizado com a União Soviética e pro- vocando a entrada desta na guerra. – Nesse mesmo ano, os japoneses atacam a base naval Pearl Harbor nos Estados Unidos, provocando a entrada dos Estados Unidos na guerra. – Nesse contexto de guerra temos de um lado o eixo (Alemanha, Itália e Japão) e do outro lado os aliados (Inglaterra, França, EUA e URSS). – Até o ano de 1942, a guerra é dominada pelo eixo, mas a partir de então sofre uma série de derrotas, dentre as quais temos como destaque a Batalha de Stalingrado (1942-1943) na qual a Alemanha é derrotada e inicia seu recuo na frente oriental. – Nesse mesmo ano, ocorre o cerco de Roma, no qual Mussolini (líder do movimento fascista) foi preso e a Itália saiu da guerra. – Em 1944, aconteceu o Dia D, a maior operação militar da história, na qual os Aliados recuperam a França das tropas alemãs, por meio do desembarque de milhares de tropas nas praias Normandia. CONHECIMENTOS GERAIS 5 – Em 1945, acontece a batalha e o Cerco à Berlim, no qual as tropas soviéticas cercam a capital alemã e Hitler comete suicídio. – Os japoneses continuavam a atacar os pontos estratégicos dos Estados Unidos, que promovem então os bombardeios atômicos à Hiroshima e a Nagasaki, encerrando a guerra, culminando assim a vitória dos aliados. • As Consequências Como na primeira, tivemos uma instabilidade política e econômica com inúmeras mortes e reconfiguração territorial; Nesse sentido vamos citar três importantes acordos: – A Conferência de Yalta - Definiu que o leste europeu seria uma área de influência soviética e a Europa Ocidental e Central de in- fluência capitalista), – A Conferência de Potsdam - Dividiu a Alemanha em Oriental e Ocidental, sendo a primeira sobre a influência socialista e a outra sobre a influência capitalista) – A Conferência de São Francisco – Criou a ONU, a qual julga o holocausto (assassinato em massa de milhares de judeus - genocídio). CONHECIMENTOS GERAIS 6 - A GUERRA FRIA Na guerra fria tínhamos a disputa entre dois países sobre o planeta: de um lado o EUA (CAPITALISMO) e do outro a UNIÃO SOVIETICA (SOCIALISMO). Os dois países tinham planos econômicos para emprestar dinheiro aos outros países, o Plano Marshal (EUA) e Comecon (UNIÃO SOVIÉTICA) e tratados militares Otan (EUA) e Pacto de Versóvia (UNIAO SOVIÉTICA). Também é um período de corrida armamen- tista (poder bélico), espacial e conquista de áreas. • Os antecedentes Conforme comentado no item anterior, na seção “consequências”, tivemos uma separação do mundo socialista e capitalista onde vários acordos foram assinados sobre este tema. Nesse contexto pós guerra, surgiram duas potencias que lideravam os blocos: O bloco capitalista tendo os Estados Unidos como o seu principal representante e o bloco socialista tendo a União Soviética como seu principal representante. • As causas De forma geral todo o contexto da segunda guerra foi responsável, mas podemos citar a busca da consolidação de um modelo eco- nômico para todo o planeta. • O Conflito Esta busca de consolidação de um modelo econômico, gerou alguns conflitos armados importantes que vamos destacar, bem menos devastadores que a segunda guerra. – A Revolução Chinesa; – A Guerra do Vietnã. – A Revolução Cubana; – A Guerra da Coreia; – A Independência do Congo; – A Independência da Índia; – Guerra do Afeganistão de 1979 – A Alemanha na guerra fria – A construção do Muro de Berlim, separando a Alemanha ocidental e Alemanha Oriental. Vale lembrar que o conflito entre os Gigantes não foi armado e aconteceu de outras formas: Na verdade foi uma guerra tecnológica para ampliar o poder. Sendo assim tivemos um período de paz armada onde as duas potencias investiram na corrida espacial e bélica. • As consequências Nesse sentido vamos citar acontecimentos marcantes que se deram no pós-guerra, visto que a guerra serviu para elucidar novos pensamentos sobre o mundo: – Unificação da Alemanha, até então estava separada pelo muro de Berlim. – Formação de novos blocos econômicos; – Derrota do socialismo; – Ascensão do capitalismo em todo o mundo; – Grande desenvolvimento e avanço tecnológicos; – Modificação do mapa-múndi, com o surgimento de novas nações. CONHECIMENTOS GERAIS 7 - GLOBALIZAÇÃO E AS POLÍTICAS NEOLIBERAIS Globalização e as políticas neoliberais A imagem representm como o mundo está organizado hoje. Com a Globalização temos o seguinte cenário: Um mundo multipolar, desta forma já não temos dois países como tínhamos na guerra fria, temos uma multiporalidade econô- mica (EUA, UE, (União Europeia) e JAPÃO), mas atualmente a China também exerce um papel fundamental nesse cenário. Também te- mos o MercoSul e, recentemente, tivemos o Brexit, que é a saída da Inglaterra da UE . Sendo assim podemos definir Globalização como o aumento das relações entre os países. Estas relações são principalmente de cunho econômico, mas também são culturais, sociais e políticas. O progresso econômico, segurança social, consumismo e quali- dade de vida são promessas da doutrina socioeconômica presente nos países mais ricos do mundo, o neoliberalismo. • Vantagens da Globalização – Avanços tecnológicos e meios de comunicação; – Aumento das relações econômicas entre os países; – Maior produção e consumo de bens e serviços globais; – Informações disseminadas instantaneamente; – Surgimento de empresas multinacionais e transnacionais; – Surgimento de blocos econômicos e diminuição de barreiras comerciais; – Economia informal. Hoje em nossa sociedade estas vantagens estão patentes, visto a difusão da Internet como fundamental nas relações pessoais e profissionais, públicas, negociações em geral, etc.. HISTÓRIA DO BRASIL - A REVOLUÇÃO DE 1930 E A ERA VARGAS Definição: o episódio conhecido como a Revolução de 1930 foi o movimento organizado pelos estados Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba, que resultou no golpe de Estado que destituiu, em 24 de outubro de 1930, o presidente em exercício, Washington Luís, e impossibilitou que Júlio Prestes, eleito para o cargo, tomasse posse. Motivação: a principal justificativa para a revolta foi a fraude eleitoral. Além disso, duas outras causas favoreceram o movimen- to: o homicídio de João Pessoa, governador da Paraíba, e a insa- tisfação provocada na população pela a crise econômica de 1929. Desfecho: o líder articulador do movimento, Getúlio Dorneles Vargas, governador do Rio Grande do Sul (ou “presidente”, confor- me se denominava o cargo naquela época), ficou encarregado do novo comando político do país, com a missão de dissolver o sistema oligárquico que dominava a política brasileira. Porém, esse novo comando, que, a princípio, era de natureza provisória, permaneceu por 15 anos, sendo conhecido como a Era Vargas. De 1930 a 1945, o Brasil viveu o período caracterizado como “a ditadura de Vargas” ou Estado Novo, cujo aspecto principal foi a proximidade com as massas populacionais. Importância histórica da Revolução de 1930 • Pôs termo aos acordos políticos entre as autoridades das di- versas regiões do país, que favoreciam conveniências pessoais em detrimento do benefício do Estado. Portanto, • extinguiu a denominada República Velha, sendo conside- rada o grande acontecimento do período republicano da história do Brasil. Quadro político Política do café com leite: as oligarquias deSão Paulo e Mi- nas Gerais conduziam a política nacional, e, por meio de eleições fraudulentas, submetiam todo o país a uma economia agroexpor- tadora. Nesse sistema político, também chamado de “política dos governadores”, as elites dos dois estados revezavam-se no cargo de presidente da República, sempre nomeando candidatos que os favoreceriam. Queda da Bolsa de Nova York: a crise, também conhecida por Grande Depressão Americana, afetou diretamente a exportação do café paulista, principal fluxo da economia brasileira na época. O de- semprego foi um dos maiores problemas. A mesma oligarquia que chefiava esse setor econômico também controlava o poder políti- co, e sua estratégia de recuperação econômica era integralmente centrada na sucessão à presidência da República. Aliança Liberal (AL): quando Washington Luís indicou Júlio Prestes, também paulista, para seu sucessor, o então presidente contrariou a articulação que alternava o poder entre Minas e São Paulo. Esse conflito entre os dois estados deu início à AL, constituí- da por autoridades políticas de Pernambuco, Paraíba, cujo intuito era promover concorrentes à presidência que proporcionassem uma alternativa à política do café com leite. Assim, lançou-se Getú- lio Vargas para presidente e João Pessoa para vice. Eleições de 1930: a chapa “Vargas Pessoa” não foi suficiente para concorrer à altura com a máquina eleitoreira de Washington Luís, que admitia apoio de políticos de outros estados, compra de votos, coerções e fraudes nas urnas. Cenário favorável ao golpe • Aliados importantes: após a incontestável fraude eleito- ral, a AL conseguiu reforço de ninguém menos que os militares. O exército, inclusive (mais propriamente a sua baixa patente, os te- nentes), já possuía antecedentes de iniciativas no combate ao sis- CONHECIMENTOS GERAIS 8 tema político desde o princípio da chamada Velha República, com destaque para a Revolta do Forte de Copacabana e a Revolta Pau- lista, em 1922 e 1924, respectivamente. • Assassinato de João Pessoa: em 26 de julho de 1930, por- tanto, meses antes do golpe, o então governador da Paraíba foi morto por um adversário político, João Duarte Dantas. Apesar da alegação dos revolucionários, a motivação desse crime não foi de natureza política, e, sim, por desavenças pessoais, segundo o pró- prio algoz. Características da Era Vargas: - Centralização do poder: Vargas atuou para fortalecer os po- deres do Executivo e tornar o Legislativo cada vez mais fraco. - Negociação política: desde a Revolução de 1930, o potencial de Vargas na conciliação de grupos contrário foi construído e apri- morado durante sua atuação política. - Política Trabalhista: a criação do Ministério do Trabalho, bem como das leis trabalhistas, é resultado dessa política focada nas ca- madas operárias. - Uso de propaganda política: Vargas criou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), para promover os atributos e inicia- tivas do seu governo. - Populismo: Vargas promoveu intensamente a relação direta e não institucionalizada entre líder e massas, o enfraquecimento do sistema partidário, a defesa da união das massas e a liderança alicerçada no carisma. - AS CONSTITUIÇÕES REPUBLICANAS 1) Constituição de 1824 - Período político: Império - Data: 25 de março de 1824 - Decretada por: D. Pedro I, com o apoio do Partido Português, formado pelo alto escalão do funcionalismo público e por comer- ciantes portugueses. - Forma de promulgação: imposição. A Assembleia Constituin- te de 1823 foi dissolvida pelo imperador, que, em seguida, impôs seu próprio projeto. - Principais diligências: • criação do Poder Moderador, para reforçar o poder do impe- rador, ao qual se subordinavam os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário • o direito ao voto era atribuído apenas aos homens livres e donos de propriedades, com renda fixa anual de cem mil réis 2) Constituição de 1891 - Período político: Brasil República - Data: 24 de fevereiro de 1891 - Decretada por: Marechal Deodoro da Fonseca e Rui Barbosa - Forma de promulgação: Assembleia Constituinte - Principais diligências: • Instauração do governo republicano e da forma federativa de Estado • Redução das restrições ao sufrágio, mantendo, ainda, a proi- bição do voto aos analfabetos e indigentes • Regulamentação da independência dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário • Estabelecimento do habeas corpus • Desvinculação de Igreja e Estado, destituindo a Igreja Católi- ca da categoria de religião oficial 3) Constituição de 1934 - Período político: Segunda República - Data: 16 de julho de 1934 - Decretada por: Getúlio Vargas - Forma de promulgação: Assembleia Constituinte - Principais diligências: • maior poder ao governo federal • voto obrigatório e secreto a partir dos 18 anos • direito de voto às mulheres • criação da Justiça Eleitoral e da Justiça do Trabalho • criação de leis trabalhistas (jornada de trabalho de 8 horas diárias, além do direito ao repouso semanal e a férias remuneradas) • ação popular e mandado de segurança fortalecimento da segurança do Estado e das funções do Poder Executivo, como forma de coibir “movimento subversivo das insti- tuições políticas e sociais” (por meio de emenda, em 1935) 4) Constituição de 1937 - Período político: Estado Novo - Data: 10 de novembro de 1937 - Decretada por: Getúlio Vargas - Forma de promulgação: imposição. A partir da publicação da Carta Constitucional do Estado Novo, fundamentada em princípios fascistas, os partidos políticos foram suprimidos e o poder foi con- centrado nas mãos do líder supremo do poder Executivo. - Principais diligências: • supressão das liberdades de imprensa e partidária • extinção das independências dos Poderes Legislativo e Judi- ciário • autorização para suspensão da imunidade parlamentar • limitação das garantias do Congresso Nacional • eleição indireta para presidente da República e mandato de seis anos • exílio e prisão de opositores do governo • instauração da pena de morte 5) Constituição de 1946 - Período político: República - Data: 18 de setembro de 1946 - Decretada por: Congresso - Forma de promulgação: Assembleia Nacional Constituinte - Principais diligências: • retomada da linha democrática de 1934 restabelecimento dos direitos individuais • fim da censura e da pena de morte • retorno da a independência ao Executivo, Legislativo e Judi- ciário • restabelecimento o equilíbrio entre esses poderes • autonomia de estados e municípios • instituição de eleições diretas para presidente da República, com mandato de cinco anos • incorporação da Justiça do Trabalho e do Tribunal Federal de Recursos ao Poder Judiciário • pluralidade partidária • direito de greve e livre associação sindical • condicionamento do uso da propriedade ao bem-estar so- cial, possibilitando a desapropriação por interesse social CONHECIMENTOS GERAIS 9 6) Constituição de 1967 - Período político: Regime Militar - Data: 24 de janeiro de 1967 - Decretada por: Militares - Forma de promulgação: imposição. A proposta foi encami- nhada para aprovação do parlamento, porém, o regime militar, em- bora tivesse preservado o Congresso Nacional, exercia total contro- le e domínio sobre o Poder Legislativo. - Principais diligências: • preservação da Federação, com expansão da União • adoção da eleição indireta para presidente da República, por meio de Colégio Eleitoral do Congresso e delegados nomeados pe- las Assembleias Legislativas • suspensão das prerrogativas dos magistrados • dentre as emendas que sofreu, estava o mecanismo foi o AI-5 (1968), que deu ao regime poderes absolutos e fechou Congresso Nacional e, entre outras medidas radicais de censura, suspensão do habeas corpus para crimes políticos, autorização e permissão para in- tervenção em estados e municípios e promulgação do estado de sítio. 7) Constituição de 1988 (Constituição Cidadã) - Período político: Nova República - Data: 5 de outubrode 1988 - Decretada por: José Sarney - Forma de promulgação: Assembleia Nacional Constituinte - Principais diligências: • ampliação das liberdades civis e os direitos e garantias indi- viduais • alteração das relações econômicas, políticas e sociais • direito de voto aos analfabetos e aos cidadãos acima de 16 anos • estabelecimento de novos direitos trabalhistas • instituição de dois turnos para eleições majoritárias • liberdade sindical e direito à greve • ampliação da licença-maternidade de três para quatro meses • direito a licença-paternidade de cinco dias • instalação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) • criação dos mandados de injunção e de segurança coletivo • restabelecimento do habeas corpus • criação do habeas data • reforma no sistema tributário • criação de leis de proteção ao meio ambiente • fim da censura dos meios de comunicação • alterações nas leis de assistência e seguridade social - A ESTRUTURA POLÍTICA E OS MOVIMENTOS SOCIAIS NO PERÍODO MILITAR Características: • Política fundamentada na profunda centralização de poder e no autoritarismo • Controle da nação por meio dos Atos Institucionais, dispositi- vos contrários à Constituição Federal • Intervenção estatal na economia, com desenvolvimento eco- nômico nos padrões capitalista e tecnoburocrático, com dependên- cia monetária internacional • Princípios da Escola Monetarista (Industrialização Excludente) • Modernização da infraestrutura (transporte, comunicação, energia e saneamento) • Ampliação da linha de crédito para classes média e média-alta Movimentos sociais • Movimento Sindical: ressurgiu a partir de 1974, confrontan- do a ditadura de forma mais direta e caracterizando o fim dos anos 1970 como uma intensa onda de greves, que sofreram fortes re- pressões. • Vanguarda Popular Revolucionária (VPR): movimento de guerrilha formado por militares dissidentes, criado em 1966, contrário à postura do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e à sua inoperância diante ao Golpe de 1964. • Movimentos das comunidades eclesiais de base: articulados pela Igreja Católica, especialmente pelos adeptos à Teologia da Li- bertação, esses grupos denunciavam episódios de prisões políticas e torturas, reivindicando direitos humanos mínimos. • Associações de moradores: esses grupos se multiplicavam no período do regime militar, com o objetivo de lutar por melhores condições de vida, principalmente em relação à saúde, educação e saneamento. • Movimento sanitarista: naquele sistema, a saúde pública es- tava limitada a poucos e respaldada no Instituto Nacional de Assis- tência Médica da Previdência Social (INAMPS), fundado em 1974, para dar assistência apenas aos trabalhadores das zonas urbanas e que possuíam registro em carteira, ou seja, previdenciários. • Movimento estudantil: Impulsionados pela Reforma Univer- sitária de 1968 e pelo Decreto no 477, que suspendeu quaisquer manifestações estudantis, e, ainda pelo Ato Institucional n. 5 (AI5), os estudantes se encarregaram da principal atuação no enfrenta- mento à ditadura. A União dos Estudantes (UNE) teve papel funda- mental nesse movimento. - A ABERTURA POLÍTICA E A REDEMOCRATIZAÇÃO DO BRASIL Definição: “Abertura Política” é a denominação de uma se- quência de atividades cuja finalidade era promover uma lenta, gra- dual e segura transição do regime militar que para o regime demo- cracia nos últimos dois mandatos da ditadura. “Lenta, gradual e segura”: o lema que definiu o início da aber- tura política foi criado no governo do general Ernesto Geisel indica- va o modo como o líder pretendia conduzir o processo de restaura- ção da democracia. - Lenta: devido a não haver conformidade nas Forças Armadas com relação à abertura política. Enquanto uns não concordavam com a adoção de medidas mais radicais e extremistas, outros de- fendiam (e empreendiam) tentados terroristas contra instituições. - Gradual: conforme o Pacote de Abril (nome atribuído pela a um conjunto de medidas impostas por Ernesto Geisel, abril de 1977), ainda não era o momento ideal para que os militantes abris- sem mão das eleições majoritárias indiretas. - Segura: tinha o objetivo de assegurar o controle da ascensão da esquerda ao poder, para que o processo democratização não eclodisse em uma revolução semelhante às que ocorreram na Chi- na e em Cuba. Ainda, por meio da Lei Falcão, conseguiu-se dificultar a divulgação das propostas dos candidatos oponentes. Lei da Anistia: promulgada no Governo de João Figueiredo, essa lei isentou os militares de seus crimes cometidos no decorrer da ditadura, além de dispensar, também, aqueles que tinham sido condenados por crimes políticos e os militares e agentes que atua- ram ilegalmente durante o regime. CONHECIMENTOS GERAIS 10 “Diretas Já”: o impulso que avançou o movimento também recuperou o pluripartidarismo. Mesmo que sua aprovação tenha ocorrido em função de fragmentar a esquerda, o pluripartidarismo permite representação política aos mais diversos grupos, sendo, assim, um fator essencial em um regime democrático. O retorno pelo à democracia somente seria possível por meio da eleição dire- ta para presidente da República, assim, o movimento “Diretas Já”, em contrapartida à divisão provocada pelo pluripartidarismo, ge- rou o engajamento político desses grupos em busca de desse ideal comum. Revogação do AI-5: outra medida indispensável na luta pela democracia, decretada no Governo de Ernesto Geisel. Eleição de Tancredo Neves: o marco da transição de regimes aconteceu em 1985, de forma indireta, e o candidato eleito contava com aprovação de boa parte da bancada governamental, ou seja, agradou os militares. E, mesmo que Neves não tenha assumido o cargo, o governo que se seguiu reafirmou o êxito dos militares, já que a esquerda só chegaria à Presidência da República quase vinte anos depois. GEOGRAFIA GERAL - A NOVA ORDEM MUNDIAL, O ESPAÇO GEOPOLÍTICO E A GLOBALIZAÇÃO Todos esses fatos estão diretamente relacionados com o mun- do pós Guerra Fria, onde nasce uma nova ordem mundial, com no- vas discussões sobre o espaço geopolítico, onde se desenvolve a globalização. Vejamos: Em todos os setores da vida social, ouve-se falar de uma nova ordem mundial. A conjunção de uma crescente internacionalização e interdependência dos mercados com a formação de áreas de livre comércio e a chamada Terceira Revolução Tecnológica caracteri- zam atualmente a globalização da economia. A globalização tem aparecido como uma nova diretriz para a organização da economia dos mais diferentes países do mundo, atingindo todos os setores da organização social. As metáforas da globalização estão por aí (Ianni, 1997): fim do Estado, fim da Geografia, fim da História, mundializa- ção, aldeia global, mercado único etc. No entanto é preciso lembrar que o capitalismo sempre foi internacional. O movimento de expansão é uma tendência inerente ao capi- talismo. Já em 1848 Marx e Engels, no Manifesto do Partido Comu- nista, entre outros escritos, apontavam a tendência à expansão do capitalismo como uma característica deste modo de organização da produção: “...Impelida pela necessidade de mercados sempre no- vos, a burguesia invade todo o globo. Necessita estabelecer-se em toda parte, explorar em toda parte, criar vínculos em toda parte.” (Marx & Engels, 1968, p.26-7). Em resumo, a Nova Ordem Mundial é um conceito político e econômico que se refere ao contexto histórico do mundo pós- -Guerra Fria. Estabeleceu-se no fim da década de 80, com a queda do muro de Berlim (1989), no quadro das transformações ocorri- das no Leste Europeu com a desintegração do bloco soviético. O termo Nova Ordem Mundial é aplicado de forma abrangente. Em um contexto atual, pode se referir também à importância das no- vas tecnologias em um mundo progressivamente globalizado e às novas formas de controle tecnológico sobre as pessoas. A Nova Or- dem Mundial busca garantir o desenvolvimento do capitalismo e estrutura-se a partir de umahierarquização de países, de acordo com seu nível de desenvolvimento do capitalismo e estrutura-se a partir de uma hierarquização de países, de acordo com seu nível de desenvolvimento e de especialização econômica. O uso de palavras como mundialização, internacionalização, planetarização, como sinônimo de globalização. Porem nem sem- pre são sinônimos entre si. Certamente, são muito próximos, mas têm também algumas diferenças, por vezes muito claras, outras ve- zes muito sutis. Globalização é o nível mais elevado da internacio- nalização. Com a globalização, o mundo torna-se cada vez menor. Novos termos foram criados para identificar essa nova imagem, como: “nave Terra”, “aldeia global”, “sociedade global” etc. Por- tanto, há muito tempo o mundo vem se internacionalizando, mas só recentemente tornou-se globalizado. Principais características da globalização são: - Domínio crescente das empresas multinacionais (transnacio- nais) sobre a economia mundial. - Reorganização do sistema financeiro internacional, de acordo com as exigências dos grandes complexos empresariais e dos paí- ses desenvolvidos, bem como o rápido descolamento de imensas somas de dinheiro e a interdependência de praticamente todas as bolsas de valores. - Avanços da microeletrônica, uma verdadeira revolução na in- formática, que influencia os mais diversos setores da vida social, acelerando os transportes, os fluxos de informação, encurtando o tempo e o espaço. - Expansão mundial do neoliberalismo, contrário à interferência dos governos na economia, que deve ser regida pela lei da oferta e a procura (“a mão invisível”, dos economistas clássicos liberais, como Adam Smith). - Consequentemente, ocorre o enfraquecimento dos Estados, pois os governos estão perdendo seu controle da economia. - Uso do inglês como língua universal, facilitando as trocas de informação entre diferentes pessoas, grupos e povos. - Transformação dos espaços nacionais em espaços da econo- mia internacional, o que provoca a perda da ideia de fronteiras na- cionais diante dos fluxos econômicos e financeiros globais. - Aceleração de todas as formas de circulação e comunicação de pessoas, mercadorias e ideias. - Desenvolvimento de uma consciência ecológica planetária, a partir da identificação de problemas ambientais globais, como efei- to estufa, chuva ácida, buraco na camada de ozônio etc, que afetam a todos, não obedecendo a fronteiras políticas. A Geopolítica é a ciência que se concentra na utilização de po- der político sob determinado território. Em uma visão mais prática, a geopolítica compreende as análises de geografia, história e ciên- cias sociais mescladas com teoria política em vários níveis, desde o Estado até o internacional-mundial. O conceito de geopolítica começou a ser desenvolvido a par- tir da segunda metade do século XIX, por conta da redefinição de fronteiras na Europa e do expansionismo das nações europeias, o que ficou conhecido como imperialismo ou ainda neocolonialismo. O espaço geográfico não deveria ser o único objetivo de uma nação, pois seria preciso considerar o tempo histórico, as ações humanas e demais interações, o que na verdade acabou lançan- do as bases para uma geografia regional. Assim, a soberania sobre um território estaria vinculada ao conhecimento regional, como a compreensão das formas de relevo, aspectos climáticos, economia, população, etc. O período conhecido como Guerra Fria expressou muitos dos princípios da geopolítica, pois envolveu uma grande disputa ideo- lógica e territorial entre duas potências, a União Soviética e os Es- tados Unidos, com grande ênfase no papel do Estado no que tange às decisões estratégicas e na definição de valores e padrões sociais. Com o fim da Guerra Fria, as maiores discussões geopolíticas se voltam ao combate ao terrorismo, à questão nuclear, às redefi- nições de fronteiras nos países africanos e do Oriente Médio e até mesmo aos problemas socioambientais. CONHECIMENTOS GERAIS 11 - OS PRINCIPAIS PROBLEMAS AMBIENTAIS Os Principais problemas ambientais1 - Poluição do ar por gases poluentes, gerados principalmente pela queima de combustíveis fósseis (carvão mineral, gasolina e diesel) e indústrias; - Poluição de rios, lagos, mares e oceanos provocados por despejos de esgotos e lixo, acidentes ambientais (vazamento de petróleo), etc; - Poluição do solo provocada por contaminação (agrotóxicos, fertilizantes e produtos químicos) e descarte incorreto de lixo; - Queimadas em matas e florestas como forma de ampliar áreas para pasto ou agricultura; - Desmatamento com o corte ilegal de árvores para comercialização de madeira; - Esgotamento do solo (perda da fertilidade para a agricultura), provocado por seu uso incorreto; - Diminuição e extinção de espécies animais, provocados pela caça predatória e destruição de ecossistemas; - Falta de água para o consumo humano, causado pelo uso irracional (desperdício), contaminação e poluição dos recursos hídricos; - Acidentes nucleares que causam contaminação do solo por centenas de anos. Podemos citar como exemplos os acidentes nucleares de Chernobyl (1986) e na Usina Nuclear de Fukushima no Japão (2011); - Aquecimento global, causado pela grande quantidade de emissão de gases do efeito estufa; - Diminuição da camada de ozônio, provocada pela emissão de determinados gases (CFC, por exemplo) no meio ambiente. GEOGRAFIA DO BRASIL - A NATUREZA BRASILEIRA (RELEVO, HIDROGRAFIA, CLIMA E VEGETAÇÃO) Relevo O relevo do Brasil tem formação antiga e atualmente existem várias classificações para o mesmo. Entre elas, destacam-se as dos se- guintes professores: Aroldo de Azevedo - esta classificação data de 1940, sendo a mais tradicional. Ela considera principalmente o nível altimétrico para determinar o que é um planalto ou uma planície. Aziz Nacib Ab’Saber - criada em 1958, esta classificação despreza o nível altimétrico, priorizando os processos geomorfológicos, ou seja, a erosão e a sedimentação. Assim, o professor considera planalto como uma superfície na qual predomina o processo de desgaste, enquanto planície é considerada uma área de sedimentação. Jurandyr Ross - é a classificação mais recente, criada em 1995. Baseia-se no projeto Radambrasil, um levantamento feito entre 1970 e 1985, onde foram tiradas fotos aéreas da superfície do território brasileiro, por meio de um sofisticado radar. Jurandyr também utiliza os processos geomorfológicos para elaborar sua classificação, destacando três formas principais de relevo: 1) Planaltos 2) Planícies 3) Depressões Sendo que: - Planalto é uma superfície irregular, com altitude acima de 300 metros e produto de erosão. - Planície é uma área plana, formada pelo acúmulo recente de sedimentos. - Depressão é uma superfície entre 100 e 500 metros de altitude, com inclinação suave, mais plana que o planalto e formada por processo de erosão. O território brasileiro é constituído, basicamente, por grandes maciços cristalinos (36%) e grandes bacias sedimentares (64%). Apro- ximadamente 93% do território brasileiro apresenta altitudes inferiores a 900 m. Em grande parte as estruturas geológicas são muito antigas, datando da Era Paleozóica à Mesozóica, no caso das bacias sedimentares, e da Era Pré-Cambriana, caso dos maciços cristalinos. As bacias sedimentares formam-se pelo acúmulo de sedimentos em depressão. É um terreno rico em combustíveis fósseis, como car- vão, petróleo, gás natural e xisto betuminoso. Os maciços são mais antigos e rígidos e se caracterizam pela presença de rochas cristalinas, como granitos e gnaisses, e são ricos em riquezas minerais metálicas, como ferro e manganês. O relevo brasileiro não sofre mais a ação de vulcões e terremotos, agentes internos, porém, os agentes externos, como chuvas, ven- tos, rios, marés, calor e frio, continuam sua obra de esculpir as formas do relevo. Eventualmente, em determinados pontos do território brasileiro podem-se sentir os reflexos dos tremores de terra ocorridos em alguns pontosdistantes, como no Chile e Peru. As unidades do relevo brasileiro são: a) Planaltos: das Guianas e Brasileiro (formado pelo Planalto Central, Atlântico e Meridional). Planalto das Guianas Ocupando a porção extremo setentrional do país, tem sua maior parte fora do território brasileiro, em terras da Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa. Constituído por rochas cristalinas pré-cambrianas, pode ser dividido em duas porções: - Planalto Norte-Amazônico: também chamado de Baixo Platô, apresenta pequenas elevações levemente onduladas, formando uma espécie de continuação das terras baixas da Planície Amazônica. - Região Serrana: situada na porção Norte do Planalto, acompanha de perto as fronteiras do Brasil com as Guianas e com a Venezuela. Dominada por dois arcos de escarpas (o Maciço Oriental e o Maciço Ocidental), separados por uma área deprimida e aplainada no noroeste de Roraima. O Maciço Oriental é caracterizado por pequenas altitudes que raramente superam os 600 m, onde se encontram serras como as de Tumucumaque e Açari, enquanto no Maciço Ocidental encontram-se as maiores altitudes absolutas do Brasil, destacando-se na serra do Imeri ou Tapirapecó o pico da Neblina, com 3.014 m de altitude (ponto culminante do país); na fronteira do estado do Amazonas com a Venezuela, o pico 31 de Março, com 2.992 m; e na serra de Pacaraima o monte Roraima, com 2.727 m. 1 “Problemas ambientais” em Só Geografia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2007-2020. CONHECIMENTOS GERAIS 12 Planalto das Guianas (Fonte: www.sogeografia.com.br) Planalto Brasileiro Uma das mais vastas regiões planálticas do mundo, estendendo- se do sul da Amazônia ao Rio Grande do Sul e de Roraima ao litoral Atlântico. É dominado por terrenos cristalinos amplamente recobertos por sedimentos. Por motivos didáticos e pelas diferenças morfoló- gicas que apresenta, pode-se dividi-lo em três subunidades: - Planalto Central: Abrange uma extensa região do Brasil Central, englobando partes do Norte, Nordeste, Sudeste e principalmente do Centro-Oeste. Apresenta terrenos cristalinos antigos fortemente erodidos e amplamente recobertos por sedimentos paleozóicos e mesozóicos. Além de planaltos cristalinos, destacam-se as chapadas recobertas por sedimentos, como dos Parecis, entre Roraima e Mato Grosso. - Planalto Atlântico ou Planalto Oriental: Estende-se do Nordeste, onde é bastante largo, ao nordeste do Rio Grande do Sul. Pode-se também o dividir em duas subunidades distintas: i) Região das Chapadas no Nordeste ii) Região Serrana - Planalto Meridional ou Arenito Basáltico: Abrange grande parte das terras da região Sul, o centro-oeste de São Paulo, o sul de Minas Gerais e o Triângulo Mineiro, o sul de Goiás e parte leste do Mato Grosso do Sul, correspondendo às terras drenadas pela bacia do rio Pa- raná. Predominam terrenos sedimentares, assentados sobre o embasamento cristalino, sendo os terrenos mesozóicos associados a rochas vulcânicas, provenientes do derrame de lavas ocorrido nessa era. Essas rochas vulcânicas, em especial o basalto e o diabásio, com o passar do tempo sofreram desagregação pela ação dos agentes erosivos, dando origem a um dos solos mais férteis do Brasil, a chamada “terra roxa”. As áreas onde predominam sedimentos paleozoicos e mesozóicos (arenitos), associados às rochas vulcânicas, constituem uma subunidade do planalto Meridional. Outra subunidade é a Depressão Periférica, uma estreita faixa de terrenos relativamente baixos que predominam arenitos, que se estende de São Paulo a Santa Catarina e parte do Rio Grande do Sul. É no planalto Meridional que aparece com destaque o relevo de “Cuestas”, costas (escarpas) sucessivas de leste para oeste. b) Planícies: Amazônica, do Pantanal, Costeira e Gaúcha. Planície Amazônica Vasta área de terras baixas e planas que corresponde à Bacia Sedimentar Amazônica, onde se distinguem alongadas faixas de sedi- mentos paleozóicos que afloram na sua porção centro-oriental, além de predominar arenitos, argilitos e areias terciárias e quaternárias. Localizada entre o planalto das Guianas ao norte e o Brasileiro ao sul, a planície é estreita a leste, próximo ao litoral do Pará, e alarga-se bastante para o interior na Amazônia Ocidental. Planície do Pantanal Ocupando quase toda metade oeste do Mato Grosso do Sul e o sudeste do Mato Grosso, a planície do Pantanal se estende para além do território brasileiro, em áreas do Paraguai, Bolívia e extremo norte da Argentina, recebendo nesses países a denominação de “Chaco”. Com terras muito planas e baixas (altitude média de 100 m), o Pantanal se constitui numa grande depressão interior do continente que se inunda largamente no verão. Os pontos mais elevados da planície, que ficam a salvo das cheias, levam o nome de “cordilheiras”, e as partes mais baixas, “baías” ou “lagos”. CONHECIMENTOS GERAIS 13 Planície Costeira Estendendo-se por quase todo o litoral brasileiro, do Pará ao Rio Grande do Sul, é uma área de sedimentos recentes: terciários e qua- ternários. Em alguns trechos, principalmente no Sul e Sudeste, a planície é interrompida pela proximidade do planalto Atlântico, dando origem às falésias; em alguns pontos surgem as baixadas litorâneas, destacando-se a baixada Capixaba no Espírito Santo, a baixada Flu- minense no Rio de Janeiro, as baixadas Santista e de Iguape em São Paulo, a de Paranaguá no Paraná e a de Laguna em Santa Catarina. Planície Gaúcha ou dos Pampas Ocupa, esquematicamente, a metade sul do Rio Grande do Sul, constituída por sedimentos recentes; apresenta-se plana e suavemen- te ondulada, recebendo a denominação de Coxilhas. Pontos mais altos Os relevos brasileiros caracterizam-se por baixas altitudes. Os maiores picos brasileiros, assim como sua localização e altitude, são: Fonte: www.sogeografia.com.br Hidrografia O Brasil é um país rico em rios e pobre em formações lacustres. Os rios brasileiros são predominantemente de planaltos, o que deter- mina um grande potencial hidrelétrico. Nossas bacias apresentam como principais dispersores de água: Cordilheira dos Andes, Planalto Guiano e Planalto Brasileiro. Os rios brasileiros são, direta ou indiretamente, afluentes do Atlântico, em consequência da presença da Cadeia Andina, que impossibilita a pas- sagem dos rios em direção ao Pacífico. Quanto à foz, há uma predominância de estuários, exceto no caso do rio Parnaíba (foz em delta) e do Amazonas (mista = delta + es- tuário). Predomina o regime pluvial tropical (cheias de verão e vazantes de inverno). Principais características da hidrografia brasileira - Grande riqueza fluvial, tanto na quantidade quanto na extensão e no volume de água; - Pobreza de lagos; - Predomínio do regime pluvial; - Predomínio dos rios perenes e de bacias exorreicas (que deságua no mar); - Predomínio de foz do tipo estuário (que desemboca no mar em forma de um único canal). - Na produção de energia elétrica, o uso dos rios é muito grande. Aproximadamente cerca de 90% da eletricidade brasileira provém dos rios. Seu potencial hidráulico vem de quedas d’água e corredeiras, dificultando a navegabilidade desses mesmos rios. Na construção da maioria das usinas hidrelétricas, não foi levado em conta a possibilidade futura de navegação, dificultando o transporte hidroviário. O Brasil apresenta fundamentalmente nove bacias hidrográficas: Amazônia, Paraná, Tocantins, São Francisco, Paraguai, Uruguai, Nor- deste, Leste e Sudeste. Em termos de tamanho e volume de água, as principais bacias hidrográficas brasileiras são: - Bacia Amazônica: é a maior bacia fluvial do mundo. Cobre 46,93% do território brasileiro e ainda penetra na Bolívia, Peru, Colômbia e Venezuela. É formada pelo rio principal, o Amazonas, e por seus vários afluentes. - Bacia do Paraná: cobre 10% do país e faz parte da Bacia Platina. É formada pelo rio principal, o Paraná, e destaca-se pelo seu po- tencial hidrelétrico, em virtude da sua localização favorável: na região Sudeste do país (maior mercado consumidor de energia do país).- Bacia do Tocantins-Araguaia: com uma área superior a 800.000 km2, a bacia do rio Tocantins-Araguaia é a maior bacia hidrográfica inteiramente situada em território brasileiro. O rio Tocantins nasce na confluência dos rios Maranhão e Paraná (GO), enquanto o Araguaia nasce no Mato Grosso. Localiza-se nessa bacia a usina de Tucuruí (PA), que abastece projetos para a extração de ferro e alumínio. - Bacia do São Francisco: abrange cerca de 7,5% do território brasileiro. Nasce ao sul de Minas Gerais (Serra da Canastra) e é formada pelo rio principal, o São Francisco, e seus inúmeros afluentes. É a maior bacia hidrográfica genuinamente brasileira. Seu principal trecho navegável está entre Pirapora (MG) e Juazeiro (BA). E entre esses pontos, acham-se as eclusas da usina de Sobradinho. - Bacia do Paraguai: destaca-se por sua navegabilidade, sendo bastante utilizada para o transporte de carga. Assim, torna-se impor- tante para a integração dos países do Mercosul. Suas águas banham terras brasileiras, paraguaias e argentinas. - Bacia do Uruguai: é formada pelo rio Uruguai e por seus afluentes, desaguando no estuário do rio da Prata, já fora do território bra- sileiro. O rio Uruguai é formado pelos rios Canoas e Pelotas e serve de divisa entre os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Faz ainda a fronteira entre Brasil e Argentina e entre Argentina e Uruguai. Deságua no oceano após percorrer 1.400 km. A região hidrográfica do Uruguai apresenta um grande potencial hidrelétrico, possuindo uma das maiores relações energia/km² do mundo. CONHECIMENTOS GERAIS 14 - Bacia do Nordeste: abrange diversos rios de grande porte e de significado regional, como: Acaraú, Jaguaribe, Piranhas, Potengi, Capibaribe, Una, Pajeú, Turiaçu, Pindaré, Grajaú, Itapecuru, Mearim e Parnaíba. O rio Parnaíba forma a fronteira dos estados do Piauí e Maranhão, desde suas nascentes na serra da Tabatinga até o oceano Atlântico, além de representar uma importante hidrovia para o transporte dos produtos agrícolas da região. - Bacia do Leste: assim como a bacia do nordeste, esta bacia possui diversos rios de grande porte e importância regional. Entre eles, temos os rios Pardo, Jequitinhonha, Paraíba do Sul, Vaza-Barris, Itapicuru, das Contas, Paraguaçu, entre outros. O rio Paraíba do Sul, por exemplo, situa-se entre os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, apresentando ao longo do seu curso diversos aproveita- mentos hidrelétricos, cidades ribeirinhas de porte e indústrias importantes, como a Companhia Siderúrgica Nacional. - Bacia do Sudeste-Sul: é composta por rios da importância do Jacuí, Itajaí e Ribeira do Iguape, entre outros. Os mesmos possuem importância regional, pela participação em atividades como transporte hidroviário, abastecimento d’água e geração de energia elétrica. Clima Uma das primeiras realidades que se evidenciam, quando se examina a colocação no Brasil no planisfério terrestre, é sua localização na faixa intertropical. Cortado ao norte pela linha do Equador e ao sul pelo Trópico de Capricórnio, o Brasil é um país quase inteiramente tropical. Cerca de 92% do seu território se localiza na zona intertropical. Sua localização na área de maior aquecimento solar da superfície terrestre é respon- sável, juntamente com outros fatores, pela predominância dos climas quentes, mas que apresenta variações e dá origem a vários subtipos climáticos, em função da altitude, da continentalidade (maior ou menor distância em relação à costa) e da maritimidade que favorece a visita constante das massas de ar, de origem tanto tropical como polar. Do ponto de vista físico, dois fatores são responsáveis por ser o clima brasileiro predominantemente tropical: - Sua posição geográfica na faixa intertropical. - A modéstia de seu relevo, na sua quase totalidade, com altitudes inferiores a 1.300 m, com muita pouca influência na caracterização climática geral do país. CONHECIMENTOS GERAIS 15 Apenas a região Sul foge à regra, não chegando, porém, nem a se caracterizar seu clima como tipicamente temperado, sendo muito mais de transição (subtropical), nem a influir decisivamente no quadro geral dos climas brasileiros, já que essa região abrange pouco mais de 10% do nosso território. Temos então, como principais tipos climáticos brasileiros: Subtropical, Semiárido, Equatorial úmido, Equatorial semiúmido, Tropical e Tropical de altitude. - Clima subtropical: As regiões que possuem clima subtropical apresentam grande variação de temperatura entre verão e inverno, não possuem uma estação seca e as chuvas são bem distribuídas durante o ano. É um clima característico das áreas geográficas a sul do Trópico de Capricórnio e a norte do Trópico de Câncer, com temperaturas médias anuais nunca superiores a 20ºC. A temperatura mínima do mês mais frio nunca é menor que 0ºC. - Clima semiárido: O clima semiárido, presente nas regiões Nordeste e Sudeste, apresenta longos períodos secos e chuvas ocasionais concentradas em poucos meses do ano. As temperaturas são altas o ano todo, ficando em torno de 26 ºC. A vegetação típica desse tipo de clima é a caatinga. - Clima equatorial úmido: Este tipo de clima apresenta temperaturas altas o ano todo. As médias pluviométricas são altas, sendo as chuvas bem distribuídas nos 12 meses, e a estação seca é curta. Aliando esses fatores ao fenômeno da evapotranspiração, garante-se a umidade constante na região. É o clima predominante no complexo regional amazônico. - Clima equatorial semiúmido: Uma pequena porção setentrional do país, existe o clima equatorial semiúmido, que também é quente, mas menos chuvoso. Isso ocorre devido ao relevo acidentado (o planalto residual norte-amazônico) e às correntes de ar que levam as massas equatoriais para o sul, entre os meses de setembro a novembro. Este tipo de clima diferencia-se do equatorial úmido por essa média pluviométrica mais baixa e pela presença de duas estações definidas: a chuvosa, com maior duração, e a seca. - Clima tropical: Presente na maior parte do território brasileiro, este tipo de clima caracteriza-se pelas temperaturas altas. As tempe- raturas médias de 18 °C ou superiores são registradas em todos os meses do ano. O clima tropical apresenta uma clara distinção entre a temporada seca (inverno) e a chuvosa (verão). O índice pluviométrico é mais elevado nas áreas litorâneas. - Clima tropical de altitude: Apresenta médias de temperaturas mais baixas que o clima tropical, ficando entre 15º e 22º C. Este clima é predominante nas partes altas do Planalto Atlântico do Sudeste, estendendo-se pelo centro de São Paulo, centro-sul de Minas Gerais e pelas regiões serranas do Rio de Janeiro e Espírito Santo. As chuvas se concentram no verão, sendo o índice de pluviosidade influenciado pela proximidade do oceano. CONHECIMENTOS GERAIS 16 Vegetação O Brasil apresenta uma grande variedade de paisagens vegetais, por sua grande extensão territorial e pela influência de vários fatores: clima, solo, relevo, fauna e ação humana. Fonte: www.sogeografia.com.br O fator mais importante é o clima, que exerce grande influência na distribuição dos vegetais, através da temperatura, umidade, pres- são atmosférica e insolação. Higrófitos: vegetais adaptados aos ambientes de elevada quantidade de água (comuns nas regiões de clima tropical super úmido ou equatorial). Xerófitos: vegetais adaptados aos ambientes com pouca água (comuns nas áreas do semiárido nordestino). Normalmente, as formações vegetais são divididas de acordo com o porte dos vegetais que as compõem. Assim, podemos ter: - Formações arbóreas ou florestais (grande porte); - Formações arbustivas (médio porte); - Formações herbáceas (pequeno porte). Formações florestais Originalmente eram as predominantes em nosso território, tendo sofrido ao longo dos tempos intensa devastação, o que levou largas áreas, principalmente próximas ao litoral, a perder quase totalmente sua cobertura original. É o caso do estado de São Paulo, que hoje não chega a ter 3%do seu território ocupado por vegetação florestal nativa. As principais formações vegetais do território brasileiro são: - Floresta Latifoliada Equatorial (pluvial): Trata-se da Floresta Amazônica, batizada de Hiléia por Humboldt. É a maior floresta úmida do mundo em variedade e quantidade de espécies vegetais. Cobre uma área superior a 6 milhões de km2, dos quais cerca de 4 milhões em território brasileiro. Sua vegetação predominante é do tipo higrófila, heterogênea, densa e latifoliada (vegetais com folhas largas). - Floresta Latifoliada Tropical: Originalmente ocupava toda área do litoral brasileiro. Era estreita no Nordeste, alargava-se no Sudeste, e no Sul voltava a se estreitar. Composta por inúmeras espécies, de vegetação bastante densa (menos que a Floresta Latifoliada Equato- rial), foi intensamente devastada pela lógica de ocupação do espaço adotada ao longo da história econômica do país. - Floresta Subtropical (araucária): Também conhecida como Mata dos Pinhais, é mais aberta e homogênea que as duas formações mencionadas anteriormente. É formada principalmente pela Araucária Angustifolia, espécie de pinheiro, e por algumas espécies associa- das, incluindo as do tipo latifoliada, como a Imbuia, Canela, Cedro etc. Originalmente ocupava os planaltos de clima tropical de altitude em São Paulo e Paraná, até as áreas de clima subtropical do Rio Grande do Sul. Sua intensa exploração levou a ser considerada extinta pelo IBDF (Instituto Brasileiro de Defesa Florestal) em 1985. Formações herbáceas Como principais exemplos deste tipo de formação vegetal temos: - Campos ou Pradarias: Predominam espécies rasteiras do tipo gramínea, caracterizada por pequenos arbustos espalhados pelo terre- no. Quando grandes áreas do terreno são cobertas pelo tipo de vegetação predominantemente de espécies gramíneas, tem-se a formação de campos limpos; quando aparecem arbustos, trata-se de campos sujos. - Cerrado: Trata-se de vegetação predominantemente arbustiva, encontrada em quase todo Brasil Central, cobrindo particularmente o Planalto Central. Seus arbustos de galhos retorcidos podem aparecer espalhados ou em formações compactas. - Caatinga: Vegetação típica do semiárido nordestino, formada por espécies xerófitas, representada pelas espécies de cactáceas e bromeliáceas. CONHECIMENTOS GERAIS 17 - Formação Litorânea: formada pelo mangue, é uma paisagem vegetal típica de litorais tropicais como o nosso. Ocorre em terrenos baixos que sofrem a ação das marés ou da água salobra. Suas espécies vegetais são geralmente arbustivas, adaptadas a ambientes de grande umidade (higrófilos) e grande acidez (halófilo). - A POPULAÇÃO: CRESCIMENTO, DISTRIBUIÇÃO, ESTRUTURA E MOVIMENTOS O crescimento da população brasileira, nas últimas décadas, está ligado principalmente ao crescimento vegetativo (ou natural). A queda nesse crescimento apresenta outras justificativas que merecem atenção. - Maior custo para criar filhos; - Acesso a métodos anticoncepcionais; - Trabalho feminino extradomiciliar; - Acesso a tratamento médico; - Saneamento básico. Para conhecer a população de um país, devemos, primeiramente, definir dois conceitos demográficos básicos: - População absoluta: corresponde ao número total de pessoas de uma área. No Brasil, por exemplo, a população absoluta era de 190.755.799 pessoas, pelo censo de 2010. - População relativa: é também chamada de densidade demográfica e é dada pelo número de habitantes por quilômetro quadrado de uma determinada região. O declínio da mortalidade deve-se, em grande parte, à diminuição da mortalidade infantil, isto é, dos óbitos de crianças com menos de um ano de idade. Em 1970, a taxa era de cem mortes em cada mil nascimentos vivos; em 1980, caiu para setenta por mil; em 1991, para 45 por mil; e no ano de 2000, para 35 por mil. Em relação aos países desenvolvidos, este índice ainda é elevado. Por isso, programas de combate à mortalidade vêm sendo imple- mentados tanto pelo governo quanto por entidades privadas A taxa de mortalidade infantil no Brasil está baixando, conforme indicadores. A queda da mortalidade infantil indica aumento no per- centual de adultos e melhorias na expectativa de vida, que em 1950 era de mais ou menos 46 anos e, em 2018, chegou a 76 anos (IBGE). Migrações populacionais As migrações populacionais remontam aos tempos pré-históricos. O homem parece estar constantemente à procura de novos ho- rizontes. As razões que justificam as migrações são inúmeras (político-ideológicas, étnico-raciais, profissionais, econômicas, catástrofes naturais, entre outras), ainda que as razões econômicas sejam predominantes. A grande maioria das pessoas migra em busca de melhores condições de vida. Todo ato migratório apresenta causas repulsivas (o indivíduo é forçado a migrar) e/ou atrativas (o indivíduo é atraído por determinado lugar ou país). Considera-se emigração como a saída de uma área para outra; imigração é a entrada de pessoas em uma área. As migrações podem ser internas, quando ocorrem dentro do país, e externas, quando ocorrem de um país para outro. Ainda podem ser permanentes ou temporárias. Movimentos migratórios no Brasil Externos Até 1934, foi liberada a entrada de estrangeiros no Brasil. A partir dessa data, ficou estabelecido que só poderiam imigrar 2% de cada nacionalidade dos estrangeiros que haviam migrado entre 1884 e 1934. Os fatores que mais favoreceram a entrada de imigrantes no Brasil foram: - A dificuldade de encontrar escravos após a extinção do tráfico, depois de 1850; - O ciclo do café, que exigia mão de obra numerosa; - Abundância de terras. Para a maior parte dos imigrantes, a adaptação foi muito difícil, pois além das diferenças climáticas, da língua e dos costumes, não ha- via no país uma política firme que assegurasse garantias as pessoas que aqui chegavam. As regiões sul e sudeste foram as que receberam maior contingente de imigrantes, principalmente por causa do ciclo do café e povoamento da região sul. Internos Em nossa história, os principais movimentos migratórios foram: - Migração de nordestinos da Zona da Mata para o sertão, séculos XVI e XVII (gado); - Migração de nordestinos e paulistas para Minas Gerais, século XVII (ouro); - Migração de mineiros para São Paulo, século XIX (café); - Migração de nordestinos para a Amazônia, devido ao ciclo da borracha; - Migração de nordestinos para Goiás, na década de 1950 (construção de Brasília); - Migrações de paulistas para Rondônia e Mato Grosso, na década de 1970. CONHECIMENTOS GERAIS 18 Fonte: www.sogeografia.com.br Os movimentos migratórios mais intensos nas décadas de 1980 e 1990 foram nas regiões: - Centro-oeste: Brasília e arredores; áreas do interior do MT, MS e GO, onde ocorre a expansão da pecuária e da agricultura comercial. - Norte: zonas de extrativismo mineral em RO, AP e PA; zonas madeireiras no PA e AM; áreas agrícolas em RO e AC. - Sudeste: migrações das capitais para o interior dos estados de SP, RJ e MG. - Sul: até o final da década de 1980, os movimentos emigratórios para o centro-Oeste e norte foram muito significativos. Na década de 1990, houve forte migração intraestadual, principalmente das metrópoles para o interior. - Nordeste: tradicionalmente, o Nordeste era uma área de evasão populacional, principalmente do sertão para a Zona da Mata ou outras regiões do país, como sudeste e centro-oeste. Atualmente, há uma atração devido os incentivos fiscais dos estados às empresas de fora, mão de obra barata e turismo. Estrutura etária da população brasileira Avalia-se a estrutura da população através da sua distribuição etária, condição socioeconômica e sua posição no IDH (Índice de Desen- volvimento Humano). Em relação aos critérios de avaliação dos países, desde 1950 até o final da década de 1980, a classificação comum era aquela que enquadrava os países da seguinte forma: 1º mundo: países capitalistas desenvolvidos; 2º mundo: países socialistas de economia planificada; 3º mundo: países subdesenvolvidos. Acontecimentosna geopolítica internacional, como a queda do Muro de Berlim, fim da Guerra Fria, ressurgimento da Europa como potência econômica e o fim da experiência socialista soviética, marcam uma nova disposição da ordem mundial, em que se menciona o mundo multipolar e a globalização da economia. A partir daí, tornou-se necessário um novo entendimento para classificar os países. A ONU passou a utilizar o IDH (Índice de Desenvol- vimento Humano), que tem por objetivo avaliar a qualidade de vida através de alguns critérios: - Expectativa de vida; - Renda per capita; - Grau de instrução. O IDH avalia e aplica uma nota que varia de 0 a 1. Quanto mais próximo do 1, melhor o IDH de uma país, ou de uma região. Veremos mais informações sobre o IDH nos próximos tópicos. Essa organização é apresentada em gráficos cartesianos, em que na abscissa (horizontal) são colocadas as populações por milhões, divididas em homens e mulheres, cada qual ficando de um lado da ordenada (vertical), onde é colocada uma tabela de idades, dividida em faixas de 5 em 5 ou de 10 em 10 anos. Esses gráficos cartesianos são chamados de pirâmides etárias. Normalmente, as faixas resultantes são divididas em três partes ou faixas etárias: - População jovem: 0 a 19 anos. - População adulta: de 20 a 59 anos. - População idosa: acima de 60 anos. A pirâmide etária do Brasil tem sua base larga e vai estreitando-se até atingir o topo. Isso significa que o número de idosos é relativa- mente pequeno. O gráfico do Brasil demonstra que, mesmo com todo o crescimento, continuamos a ser um país jovem, pois no caso dos países mais desenvolvidos, a base da pirâmide costuma ser menos larga e o topo mais amplo. CONHECIMENTOS GERAIS 19 Fonte: IBGE Fonte: IBGE PEA (População Economicamente Ativa) É a população que exerce atividade remunerada nas formas da lei. Nos países desenvolvidos, os ativos são predominantemente a população adulta, enquanto nos subdesenvolvidos tanto os jovens quanto os idosos trabalham juntamente com os adultos. - AS ATIVIDADES ECONÔMICAS: INDUSTRIALIZAÇÃO E URBANIZAÇÃO, FONTES DE ENERGIA E AGROPECUÁRIA O processo industrial brasileiro, sobretudo após a II Grande Guerra, beneficiou consideravelmente o Sudeste, cujas condições naturais e históricas impulsionaram seu desenvolvimento. Destacam-se a existência de uma maior concentração populacional e, por conseguinte, de uma maior oferta de mão-de-obra, principalmente no eixo Rio-São Paulo, e também a melhoria nas condições infraestruturas (estradas de ferro, rodovias, portos, rede bancária). Essa concentração vai acentuar-se ainda mais, fazendo convergir para a região Sudeste a pola- rização da economia nacional. Como indústria atrai indústria e como era a indústria que passava a comandar a vida econômica brasileira, depois de 1940 o Sudeste ampliou ainda mais a sua influência a partir de dois núcleos: São Paulo, mais importante centro econômico do país, e Rio de Janeiro, capital federal. Essa área, a mais dinâmica do país pela diversificação das atividades industriais, constitui-se num autêntico polo de desenvolvimento. CONHECIMENTOS GERAIS 20 Como decorrência do processo, ampliaram-se as diferenças regionais, cujos problemas procurou-se diminuir por meio de órgãos governamentais, com destaque para a criação da Sudene (Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste), da Sudam (Superin- tendência para o Desenvolvimento da Amazônia) e da Zona Franca de Manaus. Outra característica importante da industrialização brasileira é sua distribuição. As indústrias concentram-se principalmente na região Sudeste. Contudo, dentro dessa região, destaca-se o estado de São Paulo, pois concentra quase a metade da população operária do país e produz mais de 55% do valor da produção total. Na região Sudeste, destacam-se como áreas industriais: - a Grande São Paulo (a cidade de São Paulo e mais 36 municípios); - a Baixada Santista, principalmente o município de Cubatão; - a região de Campinas e Jundiaí; - Sorocaba (denominada a Manchester Paulista), com a indústria têxtil; - Americana; - Mogi das Cruzes, centro poli industrial, destacando-se a indústria metalúrgica; - a cidade do Rio de Janeiro, que tem, nas regiões próximas a ela, áreas poli industriais; Petrópolis e Nova Friburgo (cidade monoindus- trial têxtil); Volta Redonda, a cidade do aço, situada a meio caminho entre os grandes centros consumidores (São Paulo e Rio de Janeiro); - no estado de Minas Gerais, a “Zona Metalúrgica”. Trata-se de uma área que se desenvolveu basicamente em função de seus recursos naturais (ferro e manganês). Compreende os municípios de Sabará, Monlevade, Ipatinga, Itabira, Coronel Fabriciano, entre outros. - A cidade de Belo Horizonte, que possui características de uma capital industrializada. No seu subúrbio, instalou-se o Distrito Industrial de Contagem. A situação da indústria em outras regiões Na região Sul do país destaca-se como áreas industriais: Rio Grande do Sul - Porto Alegre se destaca na poli indústria, tendo Canoas e Esteio como centros periféricos; - Caxias do Sul, São Leopoldo, Garibaldi, Bento Gonçalves destacam-se com indústrias vinícolas; - Novo Hamburgo concentra indústrias de vestuário e couro; - Pelotas destaca-se com a monoindústria alimentar. Santa Catarina - Joinville e as cidades do vale do Itajaí, onde se destaca Blumenau, são áreas poli industriais, mas nota-se a predominância de indús- trias de vestuário, alimentos, maquinário, porcelanas e cristais. - Curitiba destaca-se com diversificação industrial, Guarapuava com a indústria de madeira e São José dos Pinhais, com a indústria automobilística. Urbanização2 A urbanização é um processo de transformação das características rurais de uma localidade ou região para características urbanas. Normalmente, a urbanização está relacionada ao desenvolvimento da civilização e da tecnologia. Nesse processo, o espaço rural transfor- ma-se em espaço urbano e ocorre a migração populacional do tipo campo-cidade. A urbanização é estudada por ciências diversas, como a sociologia, a geografia e a antropologia, cada uma delas propondo abordagens diferentes sobre o problema do crescimento das cidades. As disciplinas que procuram entender, regular, desenhar e planejar os processos de urbanização são o urbanismo, o planejamento urbano, o planejamento da paisagem, o desenho urbano, a geografia, entre outras. A urbanização no Brasil teve seu início na década de 1950, a partir do processo de industrialização, que funcionou como um dos fatores fundamentais para o deslocamento da população da área rural (êxodo rural) em direção à área urbana. Este processo aconteceu de maneira rápida e desordenada ao longo do século XX, com a grande migração da população, em busca das oportunidades oferecidas pelas cidades. O crescimento e o desenvolvimento do Brasil impulsionaram o surgimento de diversas cidades, sobretudo com a implementação de várias indústrias, que permitiram novos empregos, atraindo a população que vivia no campo para as cidades. No entanto, esse processo não aconteceu da mesma forma em todo o país. Algumas regiões brasileiras urbanizaram-se mais do que outras em razão das políticas públicas (que incentivaram determinadas áreas e outras não). As regiões sul e sudeste destacam-se porque possuem uma concentração maior de áreas urbanas. A região sudeste, por exemplo, por concentrar a maior parte das indústrias do país, foi a que recebeu grandes fluxos migratórios vindos da área rural, principalmente da região nordeste. Na região centro-oeste, o processo de urbanização teve como principal fator a construção de Brasília, em 1960, que atraiu milhares de trabalhadores, a maior parte deles vindos das regiões norte e nordeste. Desde o final da década de 1960 e início da década de 1970, o centro-oeste tornou-se a segunda região mais urbanizada do país. A urbanização na região sul foi lenta até a década de 1970, em razão de suas características econômicas de predomínio da propriedade familiar e da policultura,pois um número reduzido de trabalhadores rurais acabava migrando para as áreas urbanas. A região nordeste é a que apresenta a menor taxa de urbanização no Brasil. Essa fraca urbanização está sustentada no fato de que des- sa região partiram várias correntes migratórias para o restante do país e, além disso, o pequeno desenvolvimento econômico das cidades nordestinas não era capaz de atrair a sua própria população rural. Até a década de 60, a região norte era a segunda mais urbanizada do país. Porém, a concentração da economia do país no Sudeste e o fluxo de migrantes dessa para outras regiões, fez com que o crescimento relativo da população urbana regional diminuísse. O êxodo rural foi muito intenso nas décadas passadas e a migração dessas pessoas gerou um inchaço urbano em determinadas regiões. A falta de planejamento urbano, junto com o crescimento desordenado, acarretaram em algumas consequências para esses centros urbanos, tais como: problemas de saneamento básico (como tratamento de distribuição de água e esgoto), congestionamentos no trânsi- to (em razão da falta de espaço nas ruas), falta de moradias, poluição ambiental, falta de áreas verdes (como praças e bosques), indústrias e residências na mesma área (ocasionando problemas ambientais e de saúde), barulho, violência e diversos outros transtornos que resul- tam em má qualidade de vida para a sociedade. Também ocorreu no Brasil o planejamento urbano para a criação de algumas cidades, entre elas a capital federal, Brasília. O plane- jamento urbano tem como objetivo evitar os problemas que ocorrem com as cidades que se desenvolvem velozmente e não têm um acompanhamento adequado. 2 “Regiões metropolitanas” em Só Geografia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2007-2020.Disponivel em http://www.sogeografia.com. br/Conteudos/GeografiaHumana/Urbanizacao/urbanizacao3.php CONHECIMENTOS GERAIS 21 Fontes de energia Em nosso planeta, encontramos vários tipos de fontes de energia. Essas fontes podem ser renováveis ou esgotáveis. A energia solar e a eólica (obtida através dos ventos), por exemplo, fazem parte das fontes de energia inesgotáveis. Em contrapartida, os combustíveis fósseis (derivados do petróleo e do carvão mineral) possuem uma quantidade limitada em nosso planeta, podendo acabar caso não exista um consumo racional. As fontes tradicionais de energia são esgotáveis (a maior parte delas). Disso, resulta a necessidade de se encontrar modelos alternativos que contribuam com a produção mundial. - Energia hidrelétrica: no Brasil, a grande disponibilidade de rios de planaltos e a carência de petróleo, carvão mineral e gás natural levaram o poder público a optar pela hidreletricidade como principal matriz energética. - Petróleo: Desde a perfuração do primeiro poço de petróleo na cidade de Lobato no estado da Bahia, a produção de petróleo no Brasil vem crescendo continuamente. Possuindo em seu território treze refinarias, onze delas pertencentes à União, o Brasil é praticamente autossuficiente no setor, necessitando importar menos de 20% do produto para atender às suas necessidades de consumo. - Carvão: O carvão encontrado no território brasileiro não é coqueificável. Isso significa que ele se encontra numa fase geológica prematura, não atingiu o estado de hulha, em que pode ser transformado em coque, uma massa porosa rica em carbono, resultante da destilação do carvão para produção de derivados plásticos, inseticidas, e ser utilizado como combustível nos altos-fornos das usinas side- rúrgicas para a produção de ferro e aço. Portanto, o país tem de importar a maior parte do carvão mineral utilizado no país. - Energia eólica: Gerada a partir do vento, grandes hélices são instaladas em áreas abertas, sendo que os movimentos delas geram energia elétrica. É uma fonte limpa e inesgotável, e em expansão no Brasil. A maior parte dos parques eólicos se concentra nas regiões nordeste e sul do Brasil. No entanto, quase todo o território nacional tem potencial para geração desse tipo de energia. O desenvolvimen- to da energia eólica no Brasil está ajudando o país a alcançar seus objetivos estratégicos de aumentar a segurança energética, reduzir as emissões de gases de efeito estufa e criar empregos. Atividades econômicas do Brasil A ampla extensão territorial do Brasil permite inúmeras possibilidades no que diz respeito às atividades econômicas. O Brasil desenvolve em seu território atividades dos setores primário, secundário e terciário. Esse último é o destaque do país, sendo responsável por mais da metade do seu Produto Interno Bruto (PIB) e pela geração de 75% de seus empregos. Fonte: www.sogeografia.com.br O setor terciário é marcante nos países de alto grau de desenvolvimento econômico. Quanto mais rica é uma região, maior é a presen- ça de atividades do setor terciário. Com o processo de globalização, iniciado no século XX, o setor terciário foi o setor da economia que mais se desenvolveu no mundo. O Brasil é um país que apresenta uma economia sólida, é exportador de uma grande variedade de produtos, fato que fortalece a economia. As atividades de agropecuária, indústria e serviços são bem atuantes e contribuem para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). CONHECIMENTOS GERAIS 22 Contribuem para o crescimento econômico do país - Principais produtos agrícolas produzidos no Brasil: café, la- ranja, cana-de-açúcar (produção de açúcar e álcool), soja, tabaco, milho, mate. - Principais produtos da pecuária: carne bovina, carne de fran- go, carne suína. - Principais minérios produzidos: ferro, alumínio, manganês, magnesita e estanho. - Principais setores de serviços: telecomunicações, transporte rodoviário, técnico-profissionais prestados as empresas, transpor- te de cargas, limpeza predial e domiciliar, informática, transportes aéreos e alimentação. - Principais setores industriais: alimentos e bebidas, produtos químicos, veículos, combustíveis, produtos metalúrgicos básicos, máquinas e equipamentos, produtos de plástico e borracha, ele- trônicos e produtos de papel e celulose. A atividade agrícola no Brasil Desempenhou sempre papel de suma importância na economia brasileira e, ainda hoje, destaca-se a participação desse setor de atividade na produção econômica nacional. Pode-se dizer que, em termos reais, a agricultura é uma das bases mais importantes da economia brasileira, pois oferece trabalho para aproximadamente 1/3 dos trabalhadores brasileiros, produz 10% do PIB, matérias-pri- mas para a crescente indústria nacional, alimentos; e, ainda, seus produtos representam parcela significativa das exportações. Observado as últimas décadas, ficou notório a acelerada mo- dernização da agricultura, representada, essencialmente, pelo emprego maciço de maquinaria no processo produtivo e pela uti- lização, cada vez mais difundida, de insumos químicos. A articula- ção crescente da agricultura com o setor industrial dominante da economia, evidenciada nas características do processo produtivo ou na subordinação frequente às indústrias de processamento da produção, configurando a existência de um Complexo Agroindus- trial (CAI), redefiniu o contexto produtivo na agricultura e acentuou as diferenciações existentes entre áreas do país, produtores e seg- mentos produtivos da economia agrária. A agricultura brasileira não tem representado um papel mais relevante devido aos inúmeros problemas que a afetam, tais como: - Utilização de técnicas de cultivo ultrapassadas e danosas ao solo (queimadas desenfreadas, plantações em declives – que acen- tua a erosão – etc.). - Baixo poder aquisitivo do agricultor. - Criação de imensas pastagens – que concentram a proprie- dade de terra e, também, aceleram o processo de erosão do solo. - Subaproveitamento do espaço agrícola – dos 8,5 milhões de quilômetros do país, apenas 3 milhões são utilizados por estabele- cimentos rurais. - Conflitos sociais: o processo de formação da propriedade de terra no Brasil foi marcado pela violência, pela imprecisãodos limi- tes dos lotes e, consequentemente, pela falta de garantias legais para o direito de propriedade, dando margens à utilização da força como solução. - OS IMPACTOS AMBIENTAIS Os impactos ambientais Meio ambiente é o conjunto dos elementos físicos, químicos e biológicos necessários à sobrevivência de cada espécie, vegetal e mineral. O Brasil não é exceção nesse quadro trágico. A ação huma- na tem provocado sérios danos à diversidade biológica em nosso país. Atualmente, os principais problemas têm origem nas ativida- des agropecuárias predatórias e na extração madeireira. - Desmatamento: O modelo de exploração econômica implan- tado no Brasil desde a época colonial tem interferido de maneira direta na relação entre a população e o meio ambiente, com graves reflexos na atualidade. A expansão das fronteiras agrícolas, a pe- cuária não sustentável, a atividade mineradora e a ação das madei- reiras continuam a causar grandes impactos ambientais. - Queimadas: É uma das mais antigas técnicas para limpeza e preparo do solo para plantio e pastagem. A queimada é ainda largamente praticada em nosso país, apesar das tentativas legais para proibi-la e o trabalho de conscientização. É uma forma muito barata de “limpar uma área”, mas certamente a mais nociva, pois ela empobrece o solo e consome seus nutrientes. A fumaça libera- da causa danos à saúde, polui o meio ambiente e contribui para o aquecimento do planeta. - Desertificação: A ação humana, por meio do desmatamento e de atividades agropecuárias e mineradoras predatórias, tem provocado o surgimento do fenômeno de desertificação de grandes áreas em algumas regiões brasileiras. A desertificação provoca a perda gradual de fertilidade biológica do solo e é resultado sobretudo do cultivo inadequado da terra, associado a variações climáticas locais e a características do solo (pedregoso ou impermeável, com evaporação elevada por causa das altas temperaturas do clima semiárido, típico do interior nordestino). - Poluição: Rios e lagos formam os ecossistemas de água doce e são considerados o meio de vida natural mais ameaçado do pla- neta. Cerca de 80% dos esgotos do país não recebem nenhum tipo de tratamento e são despejados diretamente em rios, mares, lagos e mananciais. - Poluição do ar: A quantidade de resíduos tóxicos lançados pelo tráfego excessivo de veículos e, em menor escala, pela atividade industrial afeta cada vez mais a qualidade do ar, prejudicando as condições de saúde da população, especialmente a dos centros ur- banos. Se inalados diariamente e com frequência, os gases poluen- tes afetam diretamente o sistema respiratório, causando doenças como rinite, bronquite, pneumonia e asma. Quando inalado em níveis muito altos, o CO provoca náuseas e dor de cabeça, além de agravar problemas cardíacos. - Poluição do solo: As principais causas da poluição do solo são o acúmulo de lixo sólido, como embalagens de plástico, papel e metal, e de produtos químicos, como fertilizantes, pesticidas e her- bicidas. A melhor forma de amenizar o problema é investir nos pro- cessos de reciclagem e também no uso de materiais biodegradáveis ou não descartáveis. Referências Bibliográficas: Geografia Geral prática / Carlos Alberto Schneeberger, Luiz An- tonio Farago. — 1. ed. — São Paulo: Rideel Minimanual compacto de geografia do Brasil: teoria e prática / Carlos Alberto Schneeberger, Luiz Antonio Farago. — 1. ed. — São Paulo: Rideel, 2003. https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/nova-or- dem-mundial-o-fim-da-geopolitica-bipolar.htm https://www.sogeografia.com.br https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/geografia/o-que-e- -neoliberalismo.htm https://www.proenem.com.br/enem CONHECIMENTOS GERAIS 23 ATUALIDADES QUESTÕES RELACIONADAS A FATOS PO- LÍTICOS, ECONÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS, NACIO- NAIS E INTERNACIONAIS, OCORRIDOS A PARTIR DE 6 (SEIS) MESES ANTERIORES À PUBLICAÇÃO DESTE EDI- TAL, DIVULGADOS NA MÍDIA LOCAL E/OU NACIONAL BRASIL Novas metas de Salles para o Acordo de Paris liberam mais emissões no Brasil, aponta Observatório do Clima A nova meta climática apresentada pelo Brasil ao Acordo de Paris na terça-feira (08/12/2020) permitirá ao país chegar a 2030 emitindo 400 milhões de toneladas de gases do efeito estufa a mais do que o previsto na meta original, de acordo com uma análise do Observatório do Clima, rede de 56 organizações da sociedade civil. A meta, agora atualizada pelo Ministério do Meio Ambiente, foi definida em dezembro de 2015, quando o Acordo de Paris reu- niu países que aceitaram se comprometer com o esforço de limitar o aquecimento global a 1,5ºC. Cinco anos depois, o Brasil cumpre a entrega da renovação das metas por ele mesmo estipuladas, mas especialistas fazem alertas. Segundo o secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, o ministério manteve na meta o mesmo percentual de redução definido cinco anos atrás: reduzir em 43% as emissões até 2030. Entretanto, não considerou que a base de cálculo utiliza- da mudou e ficou ainda maior. “A meta de redução de 2015 era baseada no Segundo Inventá- rio de Emissões de Gases de Efeito Estufa. Já a meta atual tem como base o Terceiro Inventário, que atualizou o valor absoluto dos gases emitidos em 2005 de 2,1 bilhões de toneladas para 2,8 bilhões de toneladas de gases emitidos” - Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima. A meta climática do Brasil no Acordo de Paris utiliza como re- ferência o valor total de gases emitidos no ano de 2005. De acordo com Tasso Azevedo, coordenador do MapBiomas e especialista do Observatório do Clima, tal valor é calculado pelo relatório chamado “Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa”, que é editado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. O documento revisa perio- dicamente o valor absoluto de emissões de gases usado no cálculo. “O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa de 2005 costuma ser revisado a cada 4 anos, quando é publicado um novo inventário”, explica Azevedo. Com a revisão mais recente, o valor absoluto de gases emitidos em 2005 foi ajustado de 2,1 bilhões de toneladas para mais de 2,8 bilhões de toneladas. Na prática, se em 2015 a meta de redução dos 43% significa- va emitir 1,2 bilhões de toneladas de gases até 2030, a nova meta apresentada pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, com a mesma taxa de redução, permitirá agora o Brasil emitir 1,6 bilhões de toneladas no mesmo período. “Sem o reajuste na base de cálculo, a nova meta da proposta climática está cerca de 400 milhões de toneladas de carbono maior do que era em 2015” - Marcio Astrini, Observatório do Clima Por isso, segundo os especialistas, para apenas manter a meta climática já assumida anteriormente pelo Brasil no Acordo de Paris, o ministro do Meio Ambiente deveria ter se comprometido a dimi- nuir 57% das emissões até 2030, e não apenas 43%. “Uma coisa é diminuirmos 43% de um valor x, outra coisa é cortarmos a mesma porcentagem de um valor y. O número final será diferente”, afirma Astrini. Renovação após 5 anos Neste mês, quando o Acordo de Paris completa cinco anos, todos os países signatários estão apresentando novas versões dos compromissos já assumidos em 2015. Além da meta que estipula um percentual de redução nas emis- sões até 2030, o Brasil ainda tem outra intermediária: a de chegar em 2025 com redução de 37% em relação aos níveis de 2005. Para atingir tanto a meta de 2030 quanto a de 2025, o governo anunciou compromissos como o de zerar o desmatamento ilegal até 2030, reflorestar 12 milhões de hectares e assegurar 45% de fontes renováveis na matriz energética nacional, mas não informou um plano detalhado de como executará tais ambições. Em nota publicada nesta quarta-feira (9), o Ministério das Re- lações Exteriores afirmou que a Contribuição Nacionalmente Deter- minada (NDC, em inglês), nome técnico para as metas do Brasil no Acordo de Paris, é uma das mais ambiciosas do mundo. “A NDC brasileira é umadas mais ambiciosas do mundo em razão de quatro características principais. Primeiro, por se referir a emissões absolutas, e não fatores relativos como intensidade de carbono ou tendências históricas de crescimento, como a maioria das NDCs de países em desenvolvimento. Segundo, por se referir a toda a economia, e não a setores específicos. Terceiro, pela magni- tude das metas (37% e 43%), que supera inclusive a de muitos paí- ses desenvolvidos. Quarto, por incluir uma meta intermediária para 2025, obrigando a trajetória de reduções em toda a década e não apenas em 2030”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores. ‘Imoral e insuficiente’ Outra ambição apresentada por Salles na terça foi a de neu- tralizar as emissões de gases causadores do efeito estufa até 2060. Esta não é uma meta, mas um indicativo feito pelo governo brasi- leiro. O Observatório do Clima destacou que a ambição é dez anos mais longa que a meta da maioria dos países do Acordo, que devem zerar o saldo de emissões de gás carbônico em 2050. Além disso, a entidade lembrou que somente a China apresentou meta igual à brasileira. “A NDC [meta] anunciada é insuficiente e imoral. A redução de 43% nas emissões em 2030 não está em linha com nenhuma das metas do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a menos de 2º C ou a 1,5º C. Ela nos levaria a um mundo cerca de 3º C mais quente se todos os países tivessem a mesma ambição” - Observa- tório do Clima, nota em 8/12. No mesmo documento, a entidade classificou como chanta- gem a afirmação do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de que o prazo para alcançar a neutralidade de carbono nos pró- ximos 40 anos poderá ser antecipado caso os países desenvolvidos transfiram US$ 10 bilhões anuais para projetos brasileiros a partir de 2021. Esta não é a primeira vez que Salles fala em pedir US$ 10 bi- lhões anuais aos países ricos para investir em ações de conservação no Brasil. Ainda em 2019, nas reuniões preparativas para a Confe- rência Internacional do Clima (COP 25) em Madri, o ministro citou a cifra – que corresponderia a 10% do total previsto no Acordo de Paris de repasses de países desenvolvidos para países subdesen- volvidos. Apesar dessas declarações, mesmo o dinheiro que o Brasil já recebe de países europeus está paralisado. O Fundo Amazônia, um dos principais instrumentos para essas remessas, está interditado há mais de um ano. Além da meta de redução de emissões, o Observatório do Cli- ma também propõe que o Brasil adote uma série de políticas públi- cas que facilitam o cumprimento do compromisso, entre elas: CONHECIMENTOS GERAIS 24 - Eliminar o desmatamento em todos os seus biomas até 2030; - Restaurar 14 milhões de hectares em áreas de reserva legal e áreas de preservação permanente entre 2021 e 2030; - Restaurar e recuperar 27 mil hectares em áreas de apicuns e manguezais entre 2021 e 2030; - Recuperar 23 milhões de hectares de pastagens degradadas entre 2021 e 2030; - Aumentar em 2 milhões de hectares a área de florestas plan- tadas no período entre 2021 e 2030; - Ampliar a pelo menos 20% a mistura de biodiesel no diesel de petróleo (B20) até 2030; - Eliminar os subsídios a combustíveis fósseis até 2030; - Eliminar a entrada em circulação de novos veículos de trans- porte urbano de passageiros movidos por motor a diesel até 2030; - Recuperar ou queimar pelo menos 50% de todo o biogás ge- rado nos aterros sanitários; - Erradicar todos os lixões do país até 2024. Principais pontos do acordo do Acordo de Paris O Acordo de Paris foi assinado em 2015, durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climática. O texto fala em manter a temperatura do planeta com uma elevação “muito abaixo de 2°C” mas “perseguindo esforços para limitar o aumento de tem- peratura a 1,5°C”. São os principais pontos do Acordo de Paris: - Países devem trabalhar para que aquecimento fique muito abaixo de 2ºC, buscando limitá-lo a 1,5ºC; - Países ricos devem garantir financiamento de US$ 100 bilhões por ano; - Não há menção à porcentagem de corte de emissão de gases- -estufa necessária; - Texto não determina quando emissões precisam parar de su- bir; - Acordo deve ser revisto a cada 5 anos. (Fonte: https://g1.globo.com/natureza/noticia/2020/12/10/novas- -metas-de-salles-para-o-acordo-de-paris-liberam-mais-emissoes- -no-brasil-aponta-observatorio-do-clima.ghtml) Superfungo encontrado no Brasil mata 39% dos contamina- dos O superfungo Candida auris que acendeu o alerta vermelho da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) tem uma taxa de mortalidade alta. Segundo um estudo publicado na BMC Infectious Diseases, 39% dos contaminados acabam perdendo a vida. Ainda de acordo com o artigo, há ao menos 4,7 mil casos de infecção pela Candida auris já registrados em 33 países, como Espa- nha, Venezuela, Índia, Paquistão e Estados Unidos. Por ser um fungo letal e que se espalha facilmente, principal- mente em ambientes hospitalares, o surgimento de novos casos preocupa autoridades em todo o mundo. No Brasil, o microrganismo foi identificado na última sexta-fei- ra, 4, no cateter de um paciente internado com covid-19 na UTI de um hospital privado de Salvador, na Bahia. Foram realizadas duas contraprovas, sendo uma no Laborató- rio Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) e outra na Univer- sidade de São Paulo, que é a referência nacional do Ministério da Saúde, testando positivo em todas as ocasiões. Desde 2017, laboratórios brasileiros de referência analisam amostras suspeitas que são encaminhadas pelos estados, mas nun- ca antes houve o registro de nenhum caso de infecção por C. auris. Alerta e prevenção A Anvisa chegou a emitir um alerta na última terça-feira, 8, afirmando que o Candida auris é um fungo que representa grave ameaça à saúde global e que algumas cepas dele são resistentes a todas as principais classes de fármacos antifúngicos. Junto com o alerta, a Agência publicou o Comunicado de Risco, contendo orientações para a vigilância laboratorial, encaminha- mento de isolados para laboratórios de referência e medidas de prevenção e controle de infecções pela C. auris. A força-tarefa nacional foi organizada para acompanhar o caso e prevenir a disseminação do microrganismo no país. As autorida- des de saúde também investigam se o caso de Salvador é isolado ou se o fungo já se espalhou. (Fonte: https://catracalivre.com.br/saude-bem-estar/super- fungo-encontrado-no-brasil-mata-39-dos-contaminados/) Com aglomerações diárias, Brás detém a 2ª maior taxa de mortes por Covid-19 em SP Tradicional região do comércio popular na capital paulista, o Brás (Região Central) possui uma taxa de 267 mortes por Covid-19 por 100 mil habitantes, a segunda mais alta da cidade de São Paulo, atrás apenas do Belém, distrito vizinho ao Brás, na Zona Leste (271 mortes para cada grupo de 100 mil pessoas). É o que aponta um levantamento feito pela GloboNews e pelo G1 com base em dados do Programa de Aprimoramento das In- formações de Mortalidade (PRO-AIM), da Secretaria Municipal da Saúde. Dada a proximidade do Natal, o Brás, por concentrar lojas que comercializam uma série de produtos no varejo e no atacado, como roupas, por exemplo, tem registrado aglomerações praticamente diárias, nas primeiras horas da manhã. De acordo com os números do PRO-AIM atualizados até o dia 3 deste mês, o Brás registrou desde o início da pandemia 78 mortes confirmadas ou suspeitas decorrentes do novo coronavírus. Vivem no distrito 29.265 pessoas, segundo o censo mais recente do IBGE. O Belém, com a mais taxa de óbitos pela Covid-19 em toda a capital paulista, contabilizou um total 122 mortes ante uma popula- ção estimada em 45.057 pessoas. O ranking das cinco maiores taxas de mortes pelo novo coronavírus é o seguinte: Maiores taxas de mortes por Covid-19 em SP Óbitos confirmados ou suspeitos por 100 mil habitantes - Belém (Zona Leste) – 271 - Brás (Centro) – 267 - Água Rasa (Zona Leste) – 265 - Freguesia do Ó (Zona Norte)– 252 - Moóca (Zona Leste) – 250 Fonte: PRO-AIM/Secretaria Municipal da Saúde e IBGE A prefeitura disse por meio de nota que “fortaleceu todos os seus Equipamentos e ações com foco na prevenção, diagnóstico, atendimento, garantia de leitos e internações em função da Co- vid-19 em todos os 96 distritos administrativos da cidade, focando com especial atenção as áreas mais vulneráveis”. Afirmou ainda que a Coordenadoria Regional de Saúde Sudeste, a que pertencem os distritos de Belém, Brás, Água Rasa e Mooca, “contempla 217 serviços de Saúde municipais”. Dos cinco distritos com as taxas mais altas na cidade, três ficam na Zona Leste e se localizam próximos uns dos outros. Além deles, e do Brás, figura no ranking a Freguesia do Ó, na Zona Norte. Na avaliação do epidemiologista Paulo Lotufo, professor titu- lar da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), as aglomerações frequentes na região do Brás são um motivo de preocupação em relação à propagação ainda mais intensa do novo coronavírus. CONHECIMENTOS GERAIS 25 “O Brás é um local onde você tem o metrô, o trem, você tem muita saída [pontos] de ônibus e é o local de comércio intenso, en- tão, o que nós estamos observando que o fator determinante para casos e para óbitos tem sido muito mais o deslocamento do que, de fato, o local de moradia, a qualidade da moradia. As pessoas que estão se movimentando mais estão contaminando mais as outras”, explica o especialista. Outro aspecto preocupante relacionado às aglomerações no Brás, diz Lotufo, é a possibilidade de um contágio naquela região acabar tendo como efeito a contaminação de pessoas até fora do estado, dado o fato de as lojas do Brás serem frequentadas por consumidores de praticamente todo o Brasil. “Brás, Pari, a região do Bom Retiro, são centros nacionais de comércio. O que preocupa é que são pessoas que estão vindo de outros estados e trazem o contágio para cá e pessoas que estão vindo para cá sem estarem contaminadas e acabam ficando conta- minadas e levam [o vírus] para os seus estados. O famoso ônibus da madrugada, que chega de vários lugares, com certeza, é um proble- ma seríssimo”, diz ele. De acordo com os dados do PRO-AIM, da Secretaria Municipal da Saúde, a cidade de São Paulo possui uma taxa de 190 mortes por Covid-19 por 100 mil habitantes. Há na cidade de São Paulo 45 distritos com taxas acima desse patamar e 51 com índices inferiores à média de toda a capital paulista. Aceleração Após um longo período de estabilidade e queda, a cidade de São Paulo voltou a registrar alta de mortes por coronavírus. Nos últimos sete dias, houve aumento de mais de 30%. Nesta quinta-feira (10/12/2020), a capital chegou a 14.868 óbitos pela Covid-19 desde o início da pandemia, segundo dados da Fundação Seade do governo estadual. A média móvel diária de mortes na capital, que leva em consideração os registros dos últi- mos 7 dias, é de 38 nesta quinta (10). O valor é 31% maior do que o registrado há 14 dias, o que para especialistas indica tendência de alta. As ruas do Brás, no Centro de São Paulo, registram lotação e congestionamento na manhã desta quarta-feira (9). Vendedores ambulantes ocupam as calçadas das vias para conseguir comercia- lizar os mercadores. A menos de 20 dias do Natal, milhares de pessoas se aglomera- vam pelas vias do bairro. Além das filas na porta dos comércios, era possível ver pessoas circulando no local sem máscara ou fazendo uso incorreto dela. Por conta da proximidade das festas de final de ano, o número de pessoas circulando na região é cada dia mais intenso. O local re- cebe excursões de lojistas de fora do estado, que chegam de ônibus todas as manhãs no bairro. Paraisópolis, 2ª menor taxa de óbitos da cidade Motivo de grande preocupação entre especialistas no início da pandemia, dada a maior dificuldade para muitos moradores faze- rem o isolamento social, Vila Andrade, onde fica a favela Paraisópo- lis, na Zona Sul, possui a segunda menor taxa de mortes por 100 mil habitantes da cidade (108), atrás apenas de Anhanguera, na Zona Norte, dona do melhor índice de toda a cidade (109 mortes por 100 mil pessoas). Figuram ainda no ranking das cinco menores taxas de mortes por Covid-19 o Grajaú, na Zona Sul (128 mortes por 100 mil habi- tantes), Parque São Rafael, na Zona Leste, e Pedreira, na Zona Sul. Menores taxas de mortes por Covid-19 em SP Óbitos confirmados ou suspeitos por 100 mil habitantes - Anhanguera (Zona Norte) – 109 - Vila Andrade (Zona Sul) – 118 - Grajaú (Zona Leste) – 128 - São Rafael (Zona Norte) – 131 - Pedreira (Zona Leste) – 134 Fonte: PRO-AIM/Secretaria Municipal da Saúde e IBGE De acordo com o epidemiologista Paulo Lotufo, o que houve em Paraisópolis “um trabalho de saúde pública efetivo e houve um siste- ma de defesa da comunidade. Grajaú também está um pouco nisso, houve uma atuação da saúde pública em conter isso e também uma mobilidade um pouco menor do que existiu em outros locais”. O que diz a Prefeitura de SP Procurada, a Secretaria Municipal da Saúde enviou o seguinte posicionamento à reportagem: “A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), informa que, desde o início da pandemia, fortale- ceu todos os seus Equipamentos e ações com foco na prevenção, diagnóstico, atendimento, garantia de leitos e internações em fun- ção da Covid-19 em todos os 96 distritos administrativos da cidade, focando com especial atenção as áreas mais vulneráveis. A Coordenadoria Regional de Saúde Sudeste, a que pertencem os distritos do Belém, Brás, Água Rasa, Mooca, Carrão, Vila Pruden- te, Artur Alvim e Vila Formosa, informa que a região contempla 217 serviços de Saúde municipais. São 15 serviços pré-hospitalares, 10 hospitais, 73 Unidades Básicas de Saúde, 22 AMA-UBSs Integradas e 3 AMAS, entre outros serviços ofertados à população. O início da realização do Inquérito Sorológico evidenciou o perfil da população mais atingida pelo novo Coronavírus. Após a realização de 8 fases da pesquisa (0 + 7), em especial com relação aos dados referentes à adesão ao isolamento social e às medidas preventivas (como a utilização das máscaras), notou-se um aumen- to da população que confirmou não estar se protegendo. Ainda com relação aos resultados obtidos na pesquisa, evidenciou-se uma menor adesão entre os jovens, que se contaminam e acabam por contaminar demais membros da família. A última fase da pesquisa, a Fase 7, foi feita em 5.704 domicílios da cidade de São Paulo e realizou 2.016 coletas de sangue. Entre as pessoas que testaram positivo, 35,3% eram assintomáticas. Os índi- ces de prevalência permaneceram maiores em cidadãos de até 49 anos de idade, especialmente na faixa de 35 a 49 anos (19,2%). O to- tal de contaminados durante as fases do inquérito variou da seguinte forma nas regiões do município: de 10,7% a 19,9 % na Coordenadoria Regional de Saúde Sul; de 10% a 19,6% na Leste; de 7,9% a 13,8% na Norte; de 8,4% a 11,9% no Sudeste e de 3,7% a 10,3% na Oeste. Os índices de prevalência também seguem de 2 a 6 vezes maio- res em pessoas das classes D e E, em comparação às classes A e B. No levantamento por raça e cor, os pretos e pardos seguem com um maior índice de prevalência da infecção em comparação aos brancos - chegando ao dobro de incidência nas fases 4 e 7. Em todas as fases do estudo, os residentes em domicílios com um ou dois moradores se infectaram muito menos do que as outras faixas de moradores. Vale destacar que a Pasta tem fortalecido as ações de moni- toramento na capital, e a Atenção Básica, enquanto ordenadora do cuidado, destaca-se em seu papel no monitoramento e cuidado da população de seu território. Com relação à Covid-19, a Unidade Básica de Saúde (UBS) destaca-se nas ações de promoção e preven- ção, monitoramento e acompanhamento dos casos sintomáticos leves e encaminhamento de casos para os hospitais de referência. Este trabalho é desenvolvido pelas equipes de Saúde, e entre o dia 24 de abril até 27de novembro, foram monitorados 815.332 pacientes entre pessoas com sintomas leves e moderados diagnos- ticadas com a Covid-19 e 595.056 receberam alta. Outros 170.903 seguem em monitoramento. CONHECIMENTOS GERAIS 26 A atuação consiste no monitoramento telefônico diário dos casos, por um período de 14 dias. Se não há contato, as equipes realizam visitas domiciliares. Além disso, citamos as ações comunitárias, de grande impor- tância para as medidas preventivas e de atendimento oportuno à Covid-19. Foram 3 milhões de pessoas abordadas em 24,5 mil ações em comunidades, até o dia 30 de novembro. Sobre o inquérito sorológico - Com o objetivo de identificar o grau de contágio da população e conhecer a real letalidade da Co- vid-19 e, assim, nortear a atuação da Saúde Pública no enfrenta- mento da pandemia pelo novo Coronavírus, a Secretaria da Saúde realizou um estudo analítico no município com oito fases, em mu- nícipes a partir de 18 anos”. (Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2020/12/11/ com-aglomeracoes-diarias-bras-detem-a-2a-maior-taxa-de-mor- tes-por-covid-19-em-sp.ghtml) Governo de SP diz que contágio por Covid é maior em dezem- bro do que no 1º pico: troque ‘boas festas’ por ‘fique em casa’ O governo de São Paulo disse nesta quinta-feira (10/12/2020) que a chance de contágio por Covid-19 está maior em dezembro do que no primeiro pico da pandemia, em julho. “Do ponto de vista médico, cada um de nós tem observado um número crescente de pessoas com Covid ao seu redor. Então, a chance de contágio é muito maior do que quando teve o primeiro pico”, disse José Medina, coordenador do centro de contingência da Covid-19. “Então isso requer um cuidado muito grande no mês de de- zembro. Primeiro nós temos que retomar a questão do fique em casa e aquela saudação que nós fazemos normalmente “boas fes- tas”, nós temos que abolir, nós temos que trocar ‘boas festas’ por ‘fique em casa’. Temos que utilizar aquele feliz natal, feliz ano novo como nós utilizávamos no passado, sem muita festa, sem troca de presente e sem aglomeração de pessoas”, disse o coordenador do centro de contingência da Covid-19. Ainda, de acordo com Medina, a média de novos casos da do- ença cresceu de 20 para 40 mil casos entre novembro e dezembro no Brasil, e que levou três meses para acontecer o mesmo aumento no primeiro pico da pandemia. “Se nós observarmos a curva de crescimento no número de casos no Brasil para chegar de 20 a 40 mil, dobrar o número de ca- sos no Brasil, isso demorou quase três meses, nesse segundo pico que começou a acontecer em novembro até dezembro demorou um mês para chegar de 20 a 40 mil casos”, disse Medina. No dia 1º de novembro a média móvel de novos casos registra- dos no Brasil nos últimos 7 dias era de 21.579, por dia. No dia 9 de dezembro a média móvel de novos casos nos últimos 7 dias subiu para 41.926. Medina diz que o crescimento ocorreu em 3 meses, mas da- dos coletados pelo G1 mostram que o crescimento no pico ocorreu em menos de 2 meses, ou seja, mais rápido do que o coordenador disse, mas mais demorado do que o contágio agora em dezembro. A maior média móvel de casos registrada até o momento foi de 46.393 no dia 27 de julho. O dado leva em consideração os registros dos últimos 7 dias e minimiza as diferenças das notificações. O coordenador do Centro de contingência da Covid-19 atribuiu o crescimento mais rápido no último mês a um maior número de infectantes. “Então, o crescimento desse segundo pico é muito mais acentuado porque a base de infectantes é muito maior. Todos nós lembramos que no começo tenha uma região que tinha um determinado número de casos, enquanto outros estados, outras regiões do estado de São Paulo não tinha nem um caso. Hoje, todas as cidades brasileiras tem pelo menos um paciente, tem muito mais do que um paciente que tá contagiado e que é um paciente infectante”., disse. O secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, disse que o aumento da média móvel de mortes, de internações e de casos no Brasil mostra que “infelizmente nós ainda estamos vivenciando uma pandemia”. “O Brasil contabiliza hoje 6 milhões 728 mil 452 casos, já com 178 mil 995 casos, mostrando que infelizmente nós ainda estamos vivenciando uma pandemia e uma pandemia que tem mostrado nos últimos dias, nas últimas 3 semanas um aumento da média mó- vel de mortes, de internações e de casos. Portanto não só nós não estamos no final da pandemia, mas temos que estar vigilantes com a velocidade da instalação de novos casos e mortes e internações”, disse Gorinchteyn. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), se disse preocu- pado com a situação e anunciou que uma nova coletiva de impren- sa foi agendada para sexta-feira (11) para tratar sobre aumento no número de casos e mortes por Covid-19 no estado. “Estamos sim preocupados, quero antecipar que há uma pre- ocupação do governo do estado de São Paulo em relação ao país, mas há obviamente a nossa responsabilidade em São Paulo em re- lação ao aumento de infecções, de ocupação dos leitos de UTI e também de óbitos. Tudo isso será apresentado amanhã como ope- racionalizar”, disse. Festas de fim de ano A menos de 20 dias do Natal, milhares de pessoas se aglomera- vam pelas vias do Brás, no Centro de São Paulo, na quarta-feira (9). Além das filas na porta dos comércios, era possível ver pessoas cir- culando no local sem máscara ou fazendo uso incorreto dela. Ven- dedores ambulantes ocupam as calçadas das vias para conseguir comercializar as mercadorias. Doria também pediu a ajuda de comerciantes e empreendedo- res para que aglomerações sejam evitadas e que as pessoas não se esqueçam da importância do uso da máscara e do álcool gel. “Sobretudo quero aproveitar a oportunidade aqui para pedir a solidariedade das pessoas, das famílias, pais, mães, avós, também os que são empreendedores, empresários, por favor nos ajudem, nos ajudem a salvar vidas, não promovam aglomerações, estimu- lem o uso de máscaras, a máscara é obrigatória no estado de São Paulo em qualquer situação”, disse Doria. O coordenador do Centro de Contingência da Covid-19, José Medina disse também que as pessoas podem visitar seus parentes durante esse período, mas que não esqueçam do protocolo que inclui o uso de máscara, álcool gel e o distanciamento social. “Isso não significa que nós não podemos visitar nossos avós, nossos pais durante esse período. Desde que seja feito essa visita com determinado protocolo, como o comércio em geral segue: uti- lizo máscara, mantenho o distanciamento e um tempo de exposi- ção curto que faz com que a chance e contágio seja menor”, disse. (Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2020/12/10/ governo-de-sp-diz-que-contagio-por-covid-e-maior-em-dezembro- -do-que-no-1o-pico-troque-boas-festas-por-fique-em-casa.ghtml) Cantor Ubirany, do grupo Fundo de Quintal, morre de Co- vid-19 no Rio O cantor Ubirany Félix Do Nascimento, do grupo Fundo de Quintal, morreu de Covid-19 nesta sexta-feira (11/12/2020) em um hospital do Rio de Janeiro. Ele tinha 80 anos e estava internado havia mais de uma sema- na na Casa São Bernardo, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cida- de. O sambista chegou a ter uma breve melhora no quadro clínico, mas não resistiu. CONHECIMENTOS GERAIS 27 Ubirany foi o responsável por introduzir o repique de mão no mundo do samba, instrumento que deu identificação ao Fundo de Quintal. O cantor também foi um dos fundadores do grupo na dé- cada de 1970. O grupo divulgou uma nota lamentando o falecimento do in- tegrante “por complicações decorrentes de sua contaminação por Covid-19”. Em abril, o cantor Sereno, também integrante do grupo, foi diagnosticado com coronavírus. DVD com Diogo Nogueira No dia 26 de novembro, o grupo Fundo de Quintal participou da gravação do DVD “Samba de Verão” do também sambista Diogo Nogueira. A filmagem foi feita em uma balsa em Niterói, com a Baía de Guanabara ao fundo. O DVD só será lançado no verão doano que vem. Origem do Fundo de Quintal Toda a nova geração de sambistas e pagodeiros tem influência do Fundo de Quintal. O grupo surgiu em 1977, no Cacique de Ramos — um dos mais conhecidos e tradicionais blocos de carnaval do Rio —, com ajuda da cantora Beth Carvalho (que morreu em abril de 2019). Em 1978, Beth Carvalho lançou “De pé no chão”, pela extinta gravadora RCA-Victor, com participação do grupo. Foi a partir daí que o grupo ganhou projeção nacional. Em 2018, o grupo lançou um DVD para comemorar 40 anos de formação. Na época, em entrevista ao “Fantástico”, Ubirany disse que o grupo começou por acaso, e com ajuda de Beth de Carvalho. “Nós ficávamos por ali, curtindo uma ‘pelada’, uma comida, os instrumentos iam chegando, cada um trazendo o seu, os amigos chegando, se aproximando, jogadores de futebol... E isso virou uma festa, passou a ser um ponto de encontro. [...] E a grande culpada disso, por nos transformar em profissional, foi a Beth de Carvalho.” Mortes aumentam, cidades retomam restrições, hospitais lo- tados: os sinais de que a pandemia de coronavírus não está no ‘finalzinho’ Aumento de mortes, cidades voltando a impor restrições e hospitais cada vez mais lotados escancaram a realidade: a pande- mia de Covid-19 ainda não acabou e o número de casos e vítimas pode piorar nas próximas semanas se as pessoas não adotarem as medidas de prevenção contra o novo coronavírus. Nesta quinta-feira (10/12/2020), o presidente Jair Bolsonaro disse em evento que “estamos vivendo um finalzinho de pande- mia”. Embora as vacinas cada vez mais próximas sejam uma espe- rança para que, enfim, a crise do coronavírus acabe, a transmissão da Covid-19 continua e vem crescendo nas últimas semanas. E ainda levará algumas semanas ou meses até que a vacina- ção comece no Brasil — a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda não autorizou o uso de nenhum imunizante no país. Assim, por enquanto, os médicos e outros cientistas da área da saúde recomendam continuar com o uso da máscara, a ventilação dos ambientes compartilhados com outras pessoas, a boa higiene das mãos e que se evite aglomerações e locais muito cheios. “Não há a menor possibilidade de acreditar em um discurso, por mais otimista que seja, de fim de pandemia”, diz, em entrevista ao G1, o chefe de infectologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Alexandre Naime. E mesmo com a vacinação, alertou o especialista, a diminuição no número de casos vai ser gradativa, e não imediata. Segundo ele, é possível que o Brasil continue a registrar um número alto de no- vos casos no primeiro semestre de 2021 se as medidas básicas de higiene e isolamento não forem respeitadas. Alta de casos e de mortes Os números são os mais claros de que a pandemia não só está no fim como há tendência de piora: as médias móveis de casos e de mortes pelo coronavírus estiveram em alta nesta quinta-feira (10). E as curvas nos gráficos mostram que há dias o país vive um repique da Covid-19. O infectologista da Unesp avaliou um aumento no número de casos e mortes da Covid-19 no Brasil, depois de uma tendência acentuada de redução na taxa de transmissão do coronavírus entre os meses de agosto e outubro deste ano. “A cada dia, mais brasileiros se infectam”, diz Naime. “Existe um número bem subestimado de 6,5 milhões a 7 milhões de no- tificados, mas isso deve ser de 3 a 4 vezes menor que o total de infecções, porque muitos não são testados.” Ao todo, 21 estados e o Distrito Federal apresentaram alta na média móvel de mortes: PR, RS, SC, ES, MG, RJ, SP, DF, GO, MS, MT, AC, RO, RR, TO, BA, CE, PB, PE, PI, RN e SE. É o segundo dia seguido em que tantos estados aparecem simultaneamente com tendência de alta nas mortes pela doença desde que o consórcio começou a acompanhar essas tendências, em 9 de julho. Antes disso, o máxi- mo de estados em alta ao mesmo tempo havia sido de 18. Com isso, o Brasil se aproxima da triste marca de 180 mil mor- tos pela Covid-19. Só os Estados Unidos têm mais vítimas no mun- do, em números absolutos. Além disso, o país registra mais de 6,7 milhões de casos confirmados da doença desde o início da pande- mia. Hospitais cada vez mais lotados A tendência de aumento nas ocupações de leitos já era senti- da há algumas semanas. Em meados de novembro, por exemplo, o governo de São Paulo admitiu que as internações por Covid-19 estavam aumentando, revertendo a sensação de melhora percebi- da em outubro. A microbiologista da Universidade de São Paulo (USP) Natalia Pasternak aponta que há um aumento no número de casos e hos- pitalizações por complicações do novo coronavírus e alerta para o risco de sobrecarga do sistema de saúde. “Os hospitais estão lotados, estão correndo o risco de realmen- te não dar conta dos atendimentos”, ressalta Pasternak. “Isso não é o ‘finalzinho da pandemia’, o finalzinho da pandemia vai acontecer quando a gente observar o contrário disso.” Com o passar dos dias, as notícias sobre ocupação de leitos por causa do coronavírus pioraram. Nesta quinta-feira (10), a fila de es- pera por um leito para a Covid-19 no Rio de Janeiro era mais de três vezes maior do que o observado em 23 de novembro. Para o infectologista da Unesp, ainda que os médicos da linha de frente já conheçam um pouco mais sobre o vírus que no início da pandemia, um alto número de infectados reflete em mais inter- nações e mortes por complicações da Covid-19. A situação nesta primeira quinzena de dezembro é grave em diversas cidades e estados, com ocupação total nas UTIs em alguns hospitais da rede pública de saúde. Governos voltam a impor restrições Preocupados com a lotação nos hospitais e com o aumento no número de vítimas da pandemia, governos municipais e estaduais retomaram restrições impostas para conter o contágio do novo co- ronavírus. A pneumologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marga- reth Dalcolmo, alertou para a transmissão da Covid-19 mesmo en- tre pessoas que mantêm o isolamento social. Ela explica que muitos são infectados dentro de casa por familiares que descumpriram as normas sanitárias. CONHECIMENTOS GERAIS 28 “Estamos internando pessoas que nunca saíram de casa, que fi- caram doentes porque alguém chegou em casa com a doença. Esse é que é o panorama do que nós estamos vivendo”, disse Dalcolmo. Nesta quinta (10), a prefeitura do Rio de Janeiro suspendeu áreas de lazer e proibiu estacionamento na orla nos fins de sema- nas e feriados. Além disso, haverá escalonamento no horário das atividades: indústria, serviço e comércio. Além disso, o prefeito de Salvador, ACM Neto, cancelou a festa virtual “Live da Virada”, que teria apresentações de Ivete Sangalo e Gusttavo Lima sem presença de público no Forte São Marcel. Se- gundo o prefeito, a medida foi tomada para dar um recado à popu- lação com relação ao aumento do número de casos da Covid-19 na capital. Outro anúncio feito por ACM Neto foi que a orla da Barra será fisicamente interditada para evitar aglomerações na virada do ano. Outros estados e municípios chegaram a anunciar toque de re- colher: o estado do Paraná e a prefeitura de Campo Grande (MS) impuseram restrições severas à circulação noturna. O governo de Mato Grosso do Sul ainda estuda ampliar a medida para o restante do estado. Mundo vive pior fase da pandemia Segundo a Universidade Johns Hopkins, que monitora os nú- meros do coronavírus no planeta, as curvas de casos e de mortes diários estão nos patamares mais elevados na comparação com ou- tros momentos da pandemia. A Europa viu que a segunda onda da doença foi ainda pior do que a primeira em alguns países. Por isso, governos decretaram um novo lockdown em novembro e ainda manterão as restrições pelas próximas semanas. Nos Estados Unidos, onde a situação é ainda mais grave, o número de mortos em um só dia passou de 3 mil nesta quinta. A médica australiana Margaret Harris, porta-voz da Organi- zação Mundial da Saúde (OMS), reforçou nesta sexta (11) que a agência desaúde da ONU ainda não declarou o fim da pandemia de Covid-19 e que ela segue ativa pelo mundo. “Para nós [OMS], a pandemia continua em todos os lugares”, disse Harris. Ao todo, o mundo registra quase 70 milhões de diagnósticos de Covid-19 desde o começo da pandemia — dado que não inclui subnotificações. O número de vítimas da doença em todo o planeta passa de 1,58 milhão. (Fonte: https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noti- cia/2020/12/11/mortes-aumentam-cidades-retomam-restricoes- -hospitais-lotados-os-sinais-de-que-a-pandemia-de-coronavirus- -nao-esta-no-finalzinho.ghtml) Polícia indicia seis por morte de João Alberto no Carrefour em Porto Alegre A Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou nesta sexta-feira (11/12/2020) seis pessoas por homicídio triplamente qualificado - por motivo torpe, asfixia e recurso que impossibilitou a defesa da vítima - no Caso João Alberto Silveira Freitas, cidadão negro morto após ser espancado por dois seguranças brancos no dia 19 de no- vembro em um supermercado em Porto Alegre. Não houve indicia- mento por racismo, mas a delegada falou em “racismo estrutural” ao comentar o caso. Veja os nomes dos indiciados: - Giovane Gaspar da Silva, segurança autor da agressão - Magno Braz Borges, segurança autor da agressão - Adriana Alves Dutra, funcionária que tenta impedir gravação e tem, segundo a polícia, comando sobre os demais funcionários - Paulo Francisco da Silva, funcionário da empresa de seguran- ça Vector que impede acesso da esposa à vítima que agonizava - Kleiton Silva Santos, funcionário do mercado que auxilia na imobilização da vítima - Rafael Rezende, funcionário do mercado que auxilia na imo- bilização da vítima O G1 tenta contato com a defesa dos acusados. O Carrefour informou que ainda não teve acesso ao inquérito policial. Já a em- presa de segurança Vector repudiou os atos de violência e disse os colaboradores envolvidos foram desligados do quadro de funcio- nários. Segundo a polícia, a partir da análise das provas coletadas, é possível identificar que houve um exagero nas agressões impostas à vítima. Sendo, para a polícia, resultado da fragilidade socioeconô- mica da vítima. Apesar disso, os indiciados não vão responder pelo crime de in- júria racial, após o racismo ter sido apontado como causa do crime pela família de João Alberto. “Nós fizemos uma análise conjuntural de todos os aspectos probatórios e doutrinários e concluímos, portanto, que o racismo estrutural que são aquelas concepções arraigadas na sociedade fo- ram sim, fundamentais, no determinar da conduta dessas pessoas naquele caso. Sejam elas, de que cor forem, já que entre os seis, existiam também pessoas negras, e portanto, tiveram também, a mesma forma de comportamento. Ou seja, arraigado dentro do seu íntimo, concepções já antigas de discriminação por conta, não só, da sua cor de pele, da cor de pele da vítima, no caso. Mas também pela sua condição socioeconômica. Nós entendemos que, uma ou- tra pessoa estando naquele momento, naquele lugar, poderia ter um tratamento diferenciado”, disse a delegada Roberta Bertoldo. De acordo com o inquérito, os depoimentos mostraram que houve indiferença dos funcionários vinculados ao Carrefour e à em- presa de segurança Vector quanto às ações que cometiam contra a vítima. A situação foi classificada como “degradante” e “desuma- na”. Para a polícia, além dos seguranças agressores, os outros qua- tro indiciados contribuíram para a morte por manterem os popu- lares e a esposa da vítima afastados, inviabilizando qualquer ajuda à vítima. “A vítima não apresentava sinais vitais, Giovane, Magno, Adria- na e Paulo se mantiveram inertes, mesmo tendo uma unidade hos- pitalar próxima, ou seja, distante apenas1,2 km, ou a três minutos dali. E, mesmo assim, aguardou-se equipe do Samu que chegou ao local 14 minutos após ser cientificada”, cita trecho do inquérito. CONHECIMENTOS GERAIS 29 Presos Estão presos, desde o dia do crime em flagrante, os seguranças Giovane Gaspar da Silva, de 24 anos, e Magno Borges Braz, de 30 anos. Além deles, a agente de fiscalização do mercado, Adriana Alves Dutra, 51 anos, que acompanhou a ação dos seguranças, também foi presa. O inquérito ainda traz a conclusão da causa da morte de João Alberto. De acordo com necropsia feita pelos legistas do Departamento Médico Legal, a vítima foi morta por asfixia. “Neste caso, o tempo que o laudo levou foi devido sua grande complexidade. Trabalharam três legistas, patologistas, peritos. O tra- balho foi de alta complexidade. Análise do local do crime, análise da vítima, do corpo, na necropsia. Exames complementares e protoco- lares”, explica Heloisa Helena Kuser, diretora do Instituto Geral de Perícias. A polícia pediu a prisão preventiva de Adriana Alves Dutra, Paulo Francisco da Silva, Rafael Rezende e Kleiton Silva Santos. Ainda re- presentou à Justiça pela manutenção da prisão preventiva de Giovane Gaspar da Silva e Magno Braz. Depoimentos À polícia, o funcionário Kleiton Silva Santos, um dos indiciados, contou que uma funcionária que ficava no setor conhecido como ‘frente de caixa’, informou via rádio uma alteração em seu setor. Ela adiantou que a situação não envolvia furto de bens da loja, o que não requer acionamento imediato da segurança. Segundo ele, após alguns minutos, a supervisora da loja, Adriana Alves Dutra, gritou no rádio que era para a central de segurança acionar a Brigada Militar. O motivo relatado pela funcionária para o pedido de apoio foi ter considerado que o olhar de João Alberto, que ela disse que a en- carava, era “agressivo”. Alegou também que a vítima tinha falado alguma coisa que ela não havia entendido. Disse também que saiu de perto e João Alberto se aproximou novamente, gesticulando -- ela não soube explicar que gestos eram esses e alegou estar tensa com a situação. Essa funcionária não está entre os indiciados. Em depoimento à polícia, Paulo Francisco da Silva, funcionário da Vector, outro responsabilizado pelo crime, narrou que, no dia do crime, estava no segundo piso do supermercado quando, por volta das 20h30min foi informado de que um homem estaria causando desordem no estabelecimento. Ao chegar no local se deparou com a vítima caída no chão com sinais vitais fracos, mas ainda com vida. Citou que, naquela mesma semana, João Alberto havia ingressado no supermercado, com sinais de embriaguez e/ou drogadição e que alguns clientes reportaram para funcionários do mercado importunações causadas por ele. A polícia mostrou a Paulo o vídeo em que ele aparece dizendo: “não faz cena, (...) a gente te avisou da outra vez” a João Alberto. Explicou que, alguns dias antes, a vítima teria estado no supermercado bastante alterado e que, inclusive, andou de pés descalços pelo interior da loja. Além disso, ele fazia gestos com as mãos, como se denotasse estar com uma arma de fogo, e, também, se aproximava das pessoas, forçando um abraço. “Dois dias antes do fato, João Alberto foi ao supermercado e há indicação de ações de importunação a outros clientes. Seguranças o abordaram, ele dissuadiu do comportamento e deixou o supermercado. Mas eram outros funcionários e esse evento em nada implicou nesse desfecho depois”, concluiu a delegada. CONHECIMENTOS GERAIS 30 Nota do Carrefour Até o momento, o Carrefour informa que não teve acesso a conclusão do inquérito da Polícia Civil a respeito do caso ocorrido na noite do dia 19 de novembro, em Porto Alegre. Seguimos à disposição dos órgãos para contribuir com todas as informações necessárias e reforçamos nosso repúdio a qualquer tipo de violência e agressão em nossas unidades. Nota da Vector O Grupo VECTOR manifesta seu repúdio a qualquer ato de violência e lamenta o fato ocorrido na noite de 19/11/2020. A Vector reforça que não compactua com ações de violência, independentemente do tipo, caráter e objeto alvo da violência. Os colaboradores envolvidos com os acontecimentos foram desligados do quadro de funcionários da Vector. A Vector possuiseus valores a fundados na Cordialidade e Empatia para desempenho de suas ações, respeitando a vida. No pre- sente momento, a prioridade da Vector é contribuir integralmente com as investigações e ações da Justiça. Garantir que qualquer fato semelhante jamais aconteça novamente é o principal compromisso da Vector, através da transformação ao qual a empresa se encontra, mantido pelo diálogo transparente estabelecido com a sociedade. (Fonte: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2020/12/11/policia-indicia-seis-por-morte-de-cidadao-negro-no-carrefour- -em-porto-alegre-rs.ghtml) Onça queimada em incêndio no Pantanal se cura dos ferimentos, mas não consegue mais caçar e não voltará à natureza A onça-pintada Amanaci, que recebeu tratamento para queimaduras nas patas em Corumbá de Goiás, se recuperou dos ferimentos e foi para uma “casa nova”, um ambiente criado especialmente para ela dentro do Instituto Nex, onde recebeu o tratamento. Segundo profissionais do local, o animal teve danos permanentes nas patas que o impedem de voltar ao Pantanal. Amanaci retirou as botas que protegiam as patas e recebeu alta dos tratamentos na terça-feira (08/12/2020). O veterinário Thiago Luczinski, que acompanha o caso dela desde o início, contou que ela já explorou o ambiente, caminhou pelo espaço novo, está se alimen- tando bem e tem quadro geral muito bom. Luczinski disse que o local onde ela está foi projetado especialmente para Amananci. O ambiente foi pensando, segundo ele, para que ela tenha uma vida confortável, com um lago do qual ela possa entrar e sair sem dificuldade, por exemplo. O profissional também explicou que os tendões que ela precisa para expor e usar as garras foram queimados, por isso, mesmo recu- perada, ela não pode voltar à vida livre. “Tem tendões que fazem a unha ser exposta quando ela precisa caçar, escalar, segurar uma presa - como os gatos domésticos fazem. Todos foram queimados. Então, ela perdeu a capacidade de usar essas garras. Isso compromete muito o retorno dela para a natureza”, explicou. Símbolo da resistência das queimadas, Amanaci foi levada o Instituto Nex no final de agosto, logo após sofrer as queimaduras nas patas durante um incêndio no Pantanal. Foram feitas mais de 30 aplicações de células-tronco para ajudá-la na recuperação das queima- duras graves que sofreu. Ousado Além de Amanaci, outra onça-pintada queimada no Pantanal foi levada a Corumbá de Goiás para receber tratamento contra queima- dura nas patas: o macho batizado de Ousado. Com ferimentos menos graves, ele passou por sessões de laser e ozônio para se recuperar. Depois de tratado os ferimentos, o felino foi solto no dia 20 de outubro, no mesmo local onde foi socorrido, na região de Porto Jofre, na cidade de Poconé, em Mato Grosso. Um vídeo mostra quando ousado sai da caixa de transporte. Após olhar em volta, ele deixa a estrutura de forma calma e corre em direção à mata (assista acima). Dias depois, o Instituo Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) informou que ele parecia estar se rea- daptando bem. (Fonte: https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2020/12/11/onca-ferida-em-incendio-no-pantanal-se-recupera-de-ferimentos-e-vai-para- -nova-casa-dentro-de-instituto-em-goias.ghtml) Vacinas contra a Covid-19: veja comparativo das candidatas em estágio mais avançado Abaixo, confira o status das vacinas mais promissoras em desenvolvimento contra a Covid-19. Veja quais são, os países que já fizeram compras, a situação do registro e o que se sabe sobre eficácia. CONHECIMENTOS GERAIS 31 COMPRAS E REGISTRO Situação das vacinas: compras e registro STATUS DOS TESTES Status das vacinas: estágio dos testes CARACTERÍSTICAS E CUSTOS Status das vacinas: custos e características (Fonte: https://g1.globo.com/bemestar/vacina/noticia/2020/12/10/vacinas-contra-a-covid-19-veja-comparativo-das-candidatas-em-es- tagio-mais-avancado.ghtml) Governo define meta fiscal de déficit de R$ 232 bilhões em 2021 O governo decidiu enviar ao Congresso uma meta fiscal para 2021 de um déficit de R$ 232 bilhões, informou ao blog uma fonte que participou da definição do número, na noite desta quinta-feira (10/12/2020). O número é fechado pela JEO (Junta de Execução Orçamen- tária), comandada pela Casa Civil. CONHECIMENTOS GERAIS 32 A primeira discussão, desde que a equipe econômica passou a estudar qual meta fiscal estabelecer para o ano posterior ao or- çamento de guerra da pandemia, era de um déficit em torno de R$ 210 bilhões. Mas o fato de o Tribunal de Contas da União (TCU) ter autorizado o pagamento de restos a pagar de 2020 ao longo do próximo ano ampliou a previsão de despesas. Quando enviou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) em abril, o governo propôs ao Congresso que 2021 tivesse uma meta fiscal flexível, pela indefinição de como a economia reagiria no pós- -pandemia. O TCU, entretanto, exigiu uma meta fixa. A LDO deve ser votada pelo Congresso no próximo dia 16. A meta fiscal é calculada com base nas despesas totais previs- tas para o ano e a expectativa de receitas do governo. Ao calcular a meta fiscal, a equipe econômica estimou um crescimento do PIB entre 3,5% e 4% em 2021. A previsão de déficit primário do governo enviada em agosto ao Congresso já era de R$ 233,6 bilhões. (Fonte: https://g1.globo.com/economia/blog/ana-flor/ post/2020/12/11/governo-define-meta-fiscal-de-deficit-de-r- -232-bilhoes-em-2021.ghtml) Fundeb: entenda o que muda se escolas ligadas a igrejas fo- rem beneficiadas pelo fundo de educação No Brasil, existe um fundo, chamado “Fundeb”, que redistribui recursos para a educação básica pública: é um cofre abastecido por impostos municipais e estaduais, com contribuições do governo fe- deral. Para reduzir desigualdades, ele garante um valor mínimo que deve ser investido em cada aluno das escolas de ensino infantil, fundamental e médio, e da educação de jovens e adultos (EJA). É usado principalmente na remuneração de professores. Na quinta-feira (10/12/2020), no entanto, a Câmara dos Depu- tados decidiu que escolas ligadas a igrejas também poderiam ser beneficiadas. A proposta ainda precisa passar pelo Senado. Abaixo, entenda o que pode mudar caso a mudança seja real- mente aprovada: Por que o Fundeb está em discussão? Fundeb é a sigla para Fundo de Manutenção e Desenvolvimen- to da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Edu- cação. Ele existe desde 2007 e só estava garantido até o fim deste ano. Em agosto, o Congresso Nacional aprovou o novo Fundeb, que passou a fazer parte da Constituição Federal - ou seja, não tem mais um prazo de vigência. Mas faltava uma etapa importante: regulamentar o texto do fundo, para que o dinheiro pudesse ser usado a partir de janeiro de 2021. Na quinta, a Câmara dos Deputados aprovou este texto-base do projeto de lei. Ele ainda vai ser analisado e votado pelo Senado. O que diz o texto sobre o benefício a escolas da igreja? Uma emenda destacou-se: a possibilidade de destinar os recur- sos do Fundeb para instituições: - filantrópicas comunitárias - cooperativas educacionais manti- das por um grupo da comunidade, sem fins lucrativos; - confessionais - orientadas por uma equipe ligada a alguma ideologia específica, como escolas em igrejas; - profissionalizantes - turmas articuladas à EJA ou ao ensino médio e cursos técnicos integrados a escolas, como os do Sistema S (Senac, Sesi e Senai). No funcionamento atual, apenas as escolas públicas e a EJA re- cebem os recursos do Fundeb. Nenhuma das instituições listadas acima é beneficiada. Pela Constituição, elas só receberiam repasses se faltassem vagas no ensino fundamental ou médio - o que não ocorre no momento. Como o dinheiro seria usado pelas instituições filantrópicas? Segundo o texto-base aprovado pela Câmara, as instituições filantrópicas, confessionais e profissionalizantes poderiam usar a verba do Fundeb para pagar salários de: - professores; - profissionais das áreas administrativas; - psicólogos e assistentes sociais; - terceirizadosQual o argumento da Câmara para incluir as instituições fi- lantrópicas? A Câmara afirma que é importante acrescentar as instituições filantrópicas ao Fundeb para “garantir de forma universal a moda- lidade da educação especial e do campo” e a “educação infantil”. Segundo o Censo Escolar 2019, 71,4% das matrículas na edu- cação infantil estão na rede municipal, que já eram beneficiadas pelo Fundeb. O fundo, inclusive, é essencial para o funcionamento dessas escolas - representa mais de 80% da verba em 2.022 cida- des, segundo levantamento do Laboratório de Dados Educacionais (LDE). O restante das matrículas está na esfera privada. Do total, ape- nas 8,2% dos alunos dessa etapa de ensino pertencem a institui- ções comunitárias, confessionais e filantrópicas conveniadas. O que especialistas pensam sobre a mudança? Claudia Costin, diretora do Centro de Políticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas no Rio (FGV/RJ), afirma que a nova regra, se passar pelo Senado, vai impactar o caráter distributivo de recur- sos do Fundeb. “Reservar recursos para entidades filantrópicas e privadas para além da educação infantil, que é onde já está permitido, tem dois efeitos ruins. Primeiro, vai financiar a iniciativa privada. Não faz sentido tirar recurso das escolas públicas, que já são insuficientes, e dar para outras instituições. Outro ponto é: onde estão essas ins- tituições privadas? A maioria está em municípios mais ricos. Isso faz com que o Fundeb perca um pouco o caráter distributivo que o dinheiro da União traria”, afirma Costin. Lucas Fernandes Hoogerbrugge, líder de relações governamen- tais no Todos Pela Educação, vê com preocupação dois pontos do texto: pagar salários de pessoas que não são da educação com re- cursos do Fundeb e repassar recursos para as entidades filantrópi- cas e confessionais. “O número de confessionais e filantrópicas nos municípios mais ricos é 18 vezes maior do que nos municípios mais pobres. Isso é o principal elemento que nos leva à conclusão de que no mo- mento que começar a computar as matrículas [nessas instituições], já começa a tirar recurso dos mais pobres para os mais ricos”, avalia Hoogerbrugge. Daniel Cara, dirigente da Campanha Nacional Pelo Direito à Educação e professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), criticou a inclusão das entidades filantrópicas no Fundeb. “Quando você aumenta o número de escolas que podem ser beneficiadas pelo recurso público, que já é pouco, você está preju- dicando ainda mais as escolas públicas”, disse. O especialista em educação afirmou, ainda, que escolas con- fessionais são, muitas vezes, administradas por ordens religiosas “extremamente ricas”. “Elas já teriam condição de fazer suas ativi- dades filantrópicas sem o apoio do Estado.” Em nota, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) também se pronunciou contra o texto aprovado pela Câma- ra. “É uma decisão arbitrária e que causa um ‘apartheid educacio- nal’ no país – penaliza os mais pobres, explorados e excluídos da sociedade”, afirma a Ubes. CONHECIMENTOS GERAIS 33 Sonia Dias, especialista em educação e coordenadora de Im- plementação Regional do Itaú Social, afirma que “é um ganho” o novo Fundeb ter sido aprovado e a regulamentação passar pela Câ- mara, mas ainda há detalhes a serem acertados. “Foi aprovado, é um ganho, e vai agora para o Senado, mas ainda tem as letras miúdas do que precisa entrar no Fundeb e do que precisa ser regulamentado. Quanto mais tempo demora, maior o impacto em nossas crianças”, alerta Dias. Para ela, a discussão sobre as instituições confessionais e filan- trópicas pode ofuscar o debate sobre o custo aluno-qualidade, por exemplo, que está no novo Fundeb e ainda precisa ser detalhado. O que acontece agora? O texto segue para o Senado. Se não tiver alteração, poderá ser aprovado como está. Se tiver alteração, volta para a Câmara, que vai analisar as mu- danças. Caso o ano termine sem que o Fundeb seja regulamentado, é possível que uma medida provisória (MP) seja publicada para per- mitir a operacionalização no início do ano que vem. A regra atual expira em 31 de dezembro. (Fonte: https://g1.globo.com/educacao/noticia/2020/12/11/fun- deb-entenda-o-que-muda-se-escolas-ligadas-a-igrejas-forem-be- neficiadas-pelo-fundo-de-educacao.ghtml) Brasil vence prêmio Fóssil do Ano por ‘calar sociedade civil’ e ‘desproteger povos indígenas’ O governo brasileiro foi escolhido nesta sexta-feira (11/12/2020) como vencedor em duas categorias do prêmio “Fós- sil do Ano”. Ao todo, a premiação concedeu cinco “estatuetas” e o Brasil teve a companhia de Austrália e Estados Unidos entre os vencedores. O prêmio é tradicionalmente concedido durante as conferên- cias do clima da ONU e é organizado pela Climate Action Network (CAN). Por causa da pandemia, a conferência não foi realizada em 2020, mas a CAN celebrou uma edição especial para destacar os países que “fizeram seu melhor para serem os piores” nos últimos cinco anos. O Brasil venceu na categoria “Não proteger as pessoas dos Impactos Climáticos”. A escolha foi justificada pelos organizadores diante do que apontam como um esforço do governo Bolsonaro em destruir os ecossistemas brasileiros e não proteger os povos indíge- nas das queimadas e dos efeitos da mudança do clima. O segundo prêmio foi concedido na categoria “Reduzir o es- paço da sociedade civil”. Os organizadores destacam a repressão aos grupos da sociedade civil que resistem às políticas de desmonte ambiental e lutam pelos direitos das comunidades indígenas. No quesito, o destaque foi para o plano do Conselho Nacional da Amazônia Legal, coordenado pelo vice-presidente, general Ha- milton Mourão, que pretende, por meio de um marco regulatório, ter o “controle” de 100% das ONGs que atuam na região até 2022. “A sociedade civil, apesar das ameaças, precisa se fortalecer para pressionar, nacional e internacionalmente, por medidas efeti- vas de redução nas emissões, pela preservação das florestas e pro- teção dos indígenas”, disse Nayara Castiglioni Amaral, coordenado- ra-geral do Engajamundo, que recebeu os prêmios. Austrália e Estados Unidos A Austrália foi a vencedora na categoria “Não honrar a meta de 1,5°C” por defender o carvão mineral e se recusar a adotar uma meta de neutralização de emissões. Os EUA venceram por “não prover financiamento climático” e ainda levaram o prêmio máximo “Fóssil Colossal” por terem aban- donado o Acordo de Paris. No ano passado, o grande prêmio ficou com o Brasil, por “culpar ambientalistas pelas queimadas na Ama- zônia” (Fonte: https://g1.globo.com/natureza/noticia/2020/12/11/brasil- -vence-premio-fossil-do-ano-por-calar-sociedade-civil-e-desprote- ger-povos-indigenas.ghtml) Funcionários da Anvisa afirmam em carta que agência ‘não serve aos interesses de governos’ Funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicaram no início da madrugada desta sexta-feira (11/12/2020) uma carta aberta para afirmar que eles atuam com base em critérios científicos e que não servem “aos interesses de governos, de pessoas, de organizações ou de partidos políticos”. Os servidores estão no meio de uma disputa política provocada pela corrida para a obtenção de vacinas contra a Covid-19. A Associação dos Servidores da Anvisa (Univisa) reforça no texto que o trabalho técnico da autarquia está “acima de qualquer pressão”. “Pressões externas são inerentes ao trabalho desenvolvido por nós, servidores da Anvisa, mas o trabalho técnico está acima de qualquer pressão”, diz trecho do documento. A Anvisa acabou sendo envolvida no embate entre o governa- dor de São Paulo, João Doria, e o presidente Jair Bolsonaro, que divergem sobre os prazos e a forma de liberação das vacinas. Na carta, os funcionários da Anvisa informam que foi criado um comitê especial durante a pandemia para se dedicar exclusiva- mente à análise de dados contidos nos pedidos de registros e auto- rização para uso emergencial devacinas contra o novo coronavírus. “Tal comitê tem trabalhado incansavelmente, por meio de avaliação técnica criteriosa, que inclui uma análise rigorosa dos da- dos laboratoriais, de produção, de estabilidade e clínicos, de forma isenta e sem se submeter a qualquer tipo de pressão política e no menor tempo possível”. Veja abaixo a íntegra da carta dos servidores da Anvisa: CARTA ABERTA À SOCIEDADE BRASILEIRA EM DEFESA DA AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA Nós, servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), reafirmamos, por meio desta carta aberta, o caráter téc- nico e independente dos trabalhos e das atividades desenvolvidos pelos servidores da Agência na promoção e na proteção da saúde da população. Por se tratar de uma autarquia sob regime especial, conforme define a própria lei de criação da Anvisa, a Agência não serve aos interesses de governos, de pessoas, de organizações ou de partidos políticos. Pressões externas são inerentes ao trabalho desenvolvido por nós, servidores da Anvisa, mas o trabalho técnico está acima de qualquer pressão. A Anvisa é um órgão do Estado brasileiro e está a serviço do povo brasileiro. Ao longo dos seus 20 anos de existência, a Agência consolidou-se como uma referência no setor de saúde justamente pelo trabalho desenvolvido por seus servidores, que resultou na reconhecida excelência da sua atuação regulatória e na credibilidade de suas ações e decisões, baseadas exclusivamente em critérios técnicos e científicos. Deve-se destacar que a Anvisa foi classificada como Agência Reguladora Nacional de Referência Regional pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Em 2019, também foi eleita para ocupar a última vaga disponível no Comitê Gestor do Conselho In- ternacional de Harmonização de Requisitos Técnicos para Registro de Medicamentos de Uso Humano (ICH). O Comitê Gestor do ICH CONHECIMENTOS GERAIS 34 é composto pelos membros permanentes (Estados Unidos, União Europeia, Japão, Canadá e Suíça) e há quatro vagas para membros eleitos, das quais três foram ocupadas em 2018 (Coreia do Sul, Chi- na e Singapura) e, agora, pelo Brasil, cujo mandato vai até 2021. Além disso, em 30 de novembro deste ano, a Anvisa foi for- malmente comunicada da conclusão, com sucesso, do processo de adesão da Agência ao Esquema de Cooperação em Inspeção Farmacêutica (PIC/S, do inglês Pharmaceutical Inspection Co-ope- ration Scheme). Assim, a Anvisa se tornou o 54º membro da ini- ciativa internacional em inspeção farmacêutica, passando a contar com o reconhecimento internacional da excelência das inspeções em Boas Práticas de Fabricação (BPF) de medicamentos e insumos farmacêuticos de uso humano. O cumprimento das Boas Práticas de Fabricação Farmacêuticas por parte das empresas fabricantes é requisito prévio fundamental para a aprovação e a comercialização desses insumos de saúde no Brasil. É importante ressaltar, ainda, que o corpo técnico da Anvisa é constituído por servidores de carreira. Ademais, o Comitê cria- do para se dedicar exclusivamente à análise dos pacotes de dados contidos nos pedidos de registro e de autorização para uso emer- gencial das vacinas contra a Covid-19, doença caracterizada como pandemia pela OMS desde março de 2020 e que já vitimou dra- maticamente mais de 178 mil brasileiros, tem seguido e respeita- do preceitos técnicos previstos no arcabouço regulatório sanitário vigente no país. Nesse sentido, tal comitê tem trabalhado incansavelmente, por meio de avaliação técnica criteriosa, que inclui uma análise rigorosa dos dados laboratoriais, de produção, de estabilidade e clínicos, de forma isenta e sem se submeter a qualquer tipo de pressão política e no menor tempo possível, com o objetivo de assegurar que as vacinas contra a Covid-19 que venham a ser registradas pela Agência sejam seguras, eficazes e produzidas com qualidade. Somos sensíveis e so- lidários a este momento crítico que todos nós estamos atravessando e temos trabalhado de forma ativa no enfrentamento da pandemia desde o início e em diversas frentes, como no controle sanitário de portos, aeroportos e fronteiras, no registro de kits de diagnóstico da doença, na agilização do registro de respiradores, na elaboração de protocolos de segurança em serviços de saúde, na flexibilização de normas para disponibilização de álcool gel e saneantes, entre outros. Por isso tudo, neste momento de pandemia, ratificamos nosso compromisso com a saúde, com o povo brasileiro e com uma atua- ção ética, obrigação de todos os servidores públicos, frente a qual- quer tipo de pressão ou intervenção política no desenvolvimento de nossas atividades. Estamos cientes da importância e das expec- tativas em torno das atividades que desenvolvemos na análise da qualidade, da segurança e da eficácia das vacinas para a Covid-19. Sentimos orgulho de contribuir para enfrentar esta situação iné- dita de pandemia e estamos cientes de que o nosso trabalho irá reverberar em cada família brasileira, inclusive nas nossas próprias. Afinal, também somos cidadãos e somos igualmente afetados pelas decisões da Anvisa. Por fim, prestamos nossa solidariedade a todos os familiares e pessoas que perderam entes queridos em razão da Covid-19 e pres- tamos também nossa homenagem aos trabalhadores da saúde que se encontram na linha de frente de atuação no enfrentamento da pandemia. Podem ter certeza de que nós, servidores da Anvisa, não faltaremos ao povo brasileiro e daremos nossas melhores energias e todo o nosso conhecimento técnico para aprovar, com segurança e com a urgência que a situação exige, as vacinas que o país aguar- da com tanta ansiedade. Mantemos o nosso compromisso de atu- ar em prol dos interesses da saúde pública, honrando a missão da Agência de “proteger e promover a saúde da população, mediante a intervenção nos riscos decorrentes da produção e do uso de pro- dutos e serviços sujeitos à vigilância sanitária, em ação coordenada e integrada no âmbito do Sistema Único de Saúde”. (Fonte: https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/12/11/funcio- narios-da-anvisa-afirmam-em-carta-que-agencia-nao-serve-aos- -interesses-de-governos.ghtml) Cabo submarino que ligará Brasil e Europa é ancorado em Fortaleza O Brasil ganhará mais um ponto de conexão de internet de alta velocidade com a Europa. Um cabo submarino de fibra óptica ligará as cidades de Fortaleza, no Ceará, a Sines, em Portugal, e permiti- rá o tráfego de dados de 72 terabits por segundo e latência de 60 milissegundos. A ancoragem do cabo aconteceu nesta segunda-feira (14/12/2020), na Praia do Futuro, e o projeto tem expectativa de conclusão para meados de 2021. Segundo o Ministério das Comu- nicações, o cabo ainda se estenderá para pontos no Rio de Janeiro e em São Paulo, além de conexões na África e em outros países europeus, ilhas do Atlântico e Guiana Francesa. “Temos hoje um cabo que já faz essa conexão, mas de voz, en- tre Brasil e Europa, que passa pelos Estados Unidos, mas que já tem mais de 20 anos. A vida útil de um cabo de fibra óptica que faz esse tipo de tráfego, ele tem uma durabilidade em torno de 25 anos”, explica o ministro das Comunicações, Fábio Faria. A instalação do cabo submarino será feita por uma empresa privada, a Ellalink, e custará R$ 1 bilhão. O cabo tem 6 mil quilôme- tros de extensão, podendo chegar a 5 quilômetros de profundidade em alguns locais. Atualmente, a comunicação entre Brasil e Europa passa antes pelos Estados Unidos, o que dobra o caminho percorri- do: 12 mil quilômetros. “O Brasil é um dos países que mais produz dados no mundo, e com o 5G nós teremos um aumento ainda maior. Então, nós preci- samos de escoamento”, completa Faria. Entenda a importância dos cabos submarinos É bastante provável que você já tenha ouvido falar de cabos submarinos. Eles são usados em trechos de mar para ligar estações terrestres e, assim, transmitir sinais de telecomunicações por lon- gas distâncias. Para isso, são instalados no assoalhooceânico. Esses cabos recebem proteção mecânica adicional para que sejam instalados sob a água: normalmente, têm interior de aço e isolamento especial. Eles podem ser metálicos, coaxiais ou ópticos — os mais utilizados atualmente. (Fonte: https://olhardigital.com.br/2020/12/14/noticias/cabo-sub- marino-brasil-europa-ancorado-fortaleza/) Governo de SP muda de estratégia e decide pedir o registro definitivo da CoronaVac O governo de São Paulo decidiu adiar em uma semana o envio dos estudos da fase 3 da CoronaVac para a Anvisa. E, em vez de pedir o registro emergencial, vai solicitar a permissão definitiva às agências chinesa e brasileira. Antes de correr pelas “artérias” da fábrica do Instituto Butan- tan, a CoronaVac passou por provas. Nas duas primeiras fases dos estudos clínicos, foi testada em 743 pacientes. Primeiro, mostrou que é segura. Depois, que é capaz de gerar anticorpos contra o co- ronavírus. O último teste é a fase 3 com 12.400 mil profissionais de saúde, como voluntários no Brasil. Metade recebeu a vacina. Meta- de tomou placebo, soro sem imunizante. É nessa fase que a vacina prova ou não se protege de fato contra a doença. O governo paulista diz que o número mínimo de contaminados já foi ultrapassado e chegou a 170 voluntários. Com isso, é possível já quebrar o sigilo dos estudos, e dizer quais deles receberam pla- cebo e quais tomaram a vacina. Só então será possível saber a taxa de eficácia da CoronaVac. É o que falta para que a vacina da chinesa CONHECIMENTOS GERAIS 35 Sinovac, produzida em parceria com o Instituto Butantan, seja submetida à aprovação emergencial nas agências sanitárias. A entrega dos resultados estava prevista para acontecer nesta terça (15/12/2020), mas o governo de São Paulo decidiu pedir o registro definitivo e, por isso, transferiu para semana que vem, para o dia 23 deste mês. Os técnicos do governo de São Paulo não esconderam que adiar a entrega na verdade é uma forma de correr contra o tempo. O pe- dido será feito à Anvisa e à agência de vigilância sanitária chinesa. Se a agência chinesa aprovar o registro definitivo, pela lei brasileira a Anvisa terá 72 horas para se manifestar. “Na prática, optar por registrar a vacina com o estudo conclusivo garantirá agilidade no pedido de reconhecimento desta vacina”, diz João Doria, governador de São Paulo. “É a primeira vacina que terá seus estudos clínicos concluídos. Os demais estão sendo usados no esquema de uso emergencial, ainda dentro de estudos experimentais “, afirma Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan. O infectologista Renato Kfouri não viu com surpresa a mudança de planos. Para ele, o andamento do estudo gerou dados para que os técnicos pudessem buscar um registro definitivo. “Ao analisar parte do processo de uma análise interina, durante a análise mais dados surgiram, trazendo mais robustez a esses dados. O fabricante, no caso o Instituto Butantan decidiu por aguardar, somar esses dados a esses novos para que seja entregue um dossiê de uma qualidade melhor “, diz Renato Kfouri, da Associação Brasileira de Imunizantes. A expectativa do Governo de São Paulo é de que o registro definitivo seja aprovado até o fim do ano. A vacina está sendo produzida no Instituo Butantan, que já fez 1 milhão de doses com a matéria prima que chegou da China. De acordo com o governo, a a farmacêutica Si- novac vai mandar, no total, 6 milhões vacinas prontas e insumos para que o Butantan produza 40 milhões de doses até o começo de 2021. (Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2020/12/14/governo-de-sp-muda-de-estrategia-e-decide-pedir-o-registro-definiti- vo-da-coronavac.ghtml) Veja ordem dos desfiles do grupo especial do carnaval 2021 do RJ Nesta segunda-feira (14) foi definida a ordem dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial no carnaval de 2021, que, por causa da pandemia, estão previstos para acontecer no segundo semestre do ano que vem, no Rio. O sorteio foi realizado pela Liga Inde- pendente das Escolas de Samba (Liesa). Domingo (11) 1. Imperatriz 2. Mangueira 3. Salgueiro 4. São Clemente 5. Viradouro 6. Beija-flor Segunda (12) 1. Paraíso do Tuiuti 2. Portela 3. Mocidade 4. Unidos da Tijuca 5. Grande Rio 6. Vila Isabel Mudança no calendário Por conta da pandemia do novo coronavírus, o carnaval não vai acontecer em fevereiro e foi transferido para o meio do ano. As agremiações e a Liesa, entretanto, condicionaram a realização da festa à descoberta da vacina e campanha de imunização contra a Covid-19, entre outras questões burocráticas, como a discussão de um projeto de lei para definir um feriado. Os desfiles inicialmente estão previstos para os dias 11 e 12 de julho. “Se não tiver vacina, não terá desfile em julho”, disse Jorge Castanheira, presidente da Liesa. (Fonte: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/carnaval/2021/noticia/2020/12/14/veja-ordem-dos-desfiles-do-grupo-especial-do-carna- val-2021-do-rj.ghtml) CONHECIMENTOS GERAIS 36 7 milhões de pessoas atingidas e 2 toneladas de ração doadas: a campanha de marketing que viralizou nas redes sociais “Cada vez que o dog for compartilhado, 1 kg de ração será doado”. Quem usou as redes sociais, principalmente o Instagram e o Facebook, neste final de semana provavelmente se deparou com esta frase seguida da imagem de um (fofo) labrador. A publicação é fruto de uma cam- panha de marketing que viralizou e atingiu 7 milhões de pessoas em apenas dois dias, gerando uma doação de 2 toneladas de ração no total. A campanha foi criada pelo escritório Moresco Contabilidade, de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, às 10h do último sábado, 12 de de- zembro. A meta era doar, no máximo, 2 toneladas, mas em menos de duas horas, metade disso já havia sido batido. “Ficamos apavorados e felizes”, conta Morgana Moresco, 33, diretora do escritório, com exclusividade a PEGN. A executiva conta que a ideia da campanha surgiu ainda em 2012, fruto de uma história curiosa. Ela, que já trabalhava no escritório fundado por sua família, conta que dificilmente gostava dos presentes que ganhava de aniversário. “Ou trocava, ou não usava”, diz. A solução? Pedir 1 kg de ração para os seus cachorrinhos. A brincadeira foi crescendo e os colegas do escritório começaram a dar o valor em dinheiro, ao invés de carregar um saco de ração no seu aniversário. Daí surgiu a ideia de transformar a brincadeira pessoal em uma ação social do escritório. Em 2015, fizeram um planejamento estratégico com uma agência de marketing e lançaram a campanha no mesmo formato, só que no Facebook. A cada compartilhamento, 1 kg de ração doado. No primeiro ano, foram 400 kg, no segundo, 700 kg, e em 2017, 1,5 tonelada. Em 2019, no entanto, Moresco se decepcionou: apenas 380 kg. Aí surgiu o plano de fazer em 2020 uma ação mais consistente, com um novo parceiro de marketing. “A agência sugeriu fazermos no Instagram também, porque nosso escritório ainda não tinha uma conta lá”, afirma. Para viabilizar, firmaram uma parceria com a ONG Sítio da Vovó, que abriga mais de 600 cachorros abandonados, em Arroio dos Ratos, no interior do Rio Grande do Sul. Quando a campanha viralizou em menos de duas horas, a executiva conta que ficou tensa. “Começamos a ficar apavorados. Passamos o sábado inteiro no WhatsApp acompanhando e tivemos uma reunião de duas horas no domingo para pensar em tudo”, diz. A solução foi limitar a doação a 2 toneladas, meta original. Mas para não pausar aí, Moresco também decidiu fazer uma parceria com a agência para oferecer ao Sítio da Vovó uma “consultoria de marketing”. Juntas, vão criar redes sociais para a ONG e organizar novas campanhas. Ela também conta que ficou um pouco chateada com parte da repercussão na internet. “Muita gente desacreditando da campanha. Sou muito amante da causa, confesso que tive até dificuldade para dormir. Mas depois refleti e fiquei feliz, porque também teve muita gente apoiando.” A entrega ainda está sendo planejada, mas deve acontecer no próximo sábado, dia 19. “Estamos ansiosos parabrincar com os ca- chorros”, diz. (Fonte: https://revistapegn.globo.com/Banco-de-ideias/Pet/noticia/2020/12/7-milhoes-de-pessoas-atingidas-e-2-toneladas-de-racao- -doadas-campanha-de-marketing-que-viralizou-nas-redes-sociais.html) Fachin suspende alíquota zero para importação de revólveres e pistolas O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin suspendeu, nesta segunda-feira (14/12/2020), a alíquota zero para a importação de revólveres e pistolas. A isenção tinha sido definida na última semana pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), vinculada ao Ministério da Economia, mas só passaria a valer no próximo dia 1º de janeiro. Com a decisão de Fachin, fica mantido o imposto de importação atual, que é de 20% sobre o valor da arma. Fachin também determi- nou que a decisão individual seja submetida à análise do plenário do Supremo, em data a ser definida. A suspensão atende a um pedido do PSB, que contestou o ato do governo em ação apresentada na semana passada. Após a decisão, o advogado Rafael Carneiro, que assinou a ação do partido, afirmou que o decreto colocava em risco a segurança da sociedade e que não havia nenhum interesse social em zerar a alíquota. Na decisão, Fachin diz que “o risco de um aumento dramático da circulação de armas de fogo, motivado pela indução causada por fatores de ordem econômica, parece-me suficiente para que a projeção do decurso da ação justifique o deferimento da medida liminar [decisão provisória]”. CONHECIMENTOS GERAIS 37 O ministro afirmou que a redução a zero da alíquota do im- posto de importação sobre pistolas e revólveres, por contradizer o direito à vida e o direito à segurança, viola o ordenamento consti- tucional brasileiro. O relator também disse considerar que a finalidade da isenção é pouco evidente, sendo que “há razões para entender que seus objetivos podem não se coadunar com os mecanismos de legitima- ção constitucional e a diligência devida”. Fachin ressaltou que a segurança dos cidadãos deve primeira- mente ser garantida pelo Estado, e não pelos indivíduos. “É possível concluir que não há, por si só, um direito irrestrito ao acesso às armas, ainda que sob o manto de um direito à legíti- ma defesa. O direito de comprar uma arma, caso eventualmente o Estado opte por concedê-lo, somente alcança hipóteses excepcio- nais, naturalmente limitadas pelas obrigações que o Estado tem de proteger a vida”, disse. O ministro ponderou ainda sobre os efeitos da medida no mer- cado nacional. “É inegável que, ao permitir a redução do custo de importação de pistolas e revólveres, o incentivo fiscal contribui para a compo- sição dos preços das armas importadas e, por conseguinte, perda automática de competitividade da indústria nacional; o que afronta o mercado interno, considerado patrimônio nacional”. A decisão do governo A isenção da alíquota não se aplica a alguns tipos de armas, como as que são carregadas exclusivamente pela boca, pistolas lança-foguetes, revólveres para tiros de festim e armas de ar com- primido ou de gás. Esta medida se junta a outras tomadas no sentido da flexibili- zação nas regras de armamento, que vêm sendo adotadas desde o início do governo de Jair Bolsonaro – o presidente é declaradamen- te favorável ao armamento da população. (Fonte: https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/12/14/fachin- -suspende-aliquota-zero-para-importacao-de-revolveres-e-pisto- las.ghtml) Governo ignorou recomendação da Anvisa sobre testes de viajantes que chegam ao Brasil O governo Jair Bolsonaro decidiu ignorar uma recomendação, publicada em nota técnica da Agência Nacional de Vigilância Sani- tária (Anvisa), sobre medidas de controle a serem adotadas para a entrada de pessoas que chegam ao Brasil por aeroportos. Na nota, a Anvisa sugeriu, entre vários outros pontos, que o passageiro só embarcasse para o Brasil mediante a apresentação de um documento que comprovasse o resultado negativo do teste de coronavírus. A Nota Técnica 238/2020 propôs: “Apresentação, antes do em- barque, de documento comprobatório de realização de teste labo- ratorial (RT-PCR), para rastreio de infecção por SARS-CoV-2, com re- sultado negativo/não reagente, realizado com 72 horas anteriores ao momento do embarque.” Ao publicar a Portaria 615/2020, que trata da restrição para es- trangeiros entrarem no Brasil, o governo ignorou a recomendação. Medidas sanitárias Outra recomendação ignorada pelo governo foi a declaração de saúde do viajante, no qual ele deveria informar ter concordância com as medidas sanitárias que devem ser cumpridas no período em que estiver no Brasil. A nota técnica da Anivsa ressaltou que somente Brasil e México não adotam restrições desse tipo para a entrada de viajantes de outros países. A nota sugeriu ainda que fossem analisados outros dois pon- tos: - necessidade de isolamento - exigência de seguro-saúde dos viajantes. (Fonte: https://g1.globo.com/politica/blog/gerson-camarotti/ post/2020/12/15/governo-ignorou-recomendacao-da-anvisa-so- bre-testes-de-viajantes-que-chegam-ao-brasil.ghtml) Paulinho, vocalista do Roupa Nova, morre no Rio aos 68 anos após contrair Covid-19 O cantor Paulo César Santos, o Paulinho, vocalista do Roupa Nova, morreu na noite desta segunda-feira (14/12/2020), aos 68 anos. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Copa D’or, na Zona Sul do Rio, onde fazia tratamento para se recuperar de complicações da Covid-19. A informação da morte foi confirmada pela assessoria de im- prensa da banda e pela unidade de saúde. O hospital disse ainda que não tem autorização da família para divulgar mais detalhes. Em mensagem enviada ao G1, a assessoria do Roupa Nova informou que o artista “já não estava mais infectado [com coronavírus], po- rém, em decorrência do vírus, outros fatores complicaram”. Paulinho foi diagnosticado com coronavírus enquanto se recu- perava de um transplante de medula óssea que havia feito em se- tembro para tratar um linfoma – no procedimento, foram utilizadas as próprias células do paciente, que respondeu bem ao tratamento. No entanto, em novembro, ele precisou ser novamente internado, desta vez com Covid-19. Em uma postagem nas redes sociais mais cedo nesta segunda, a banda tinha informado que o quadro de saúde do artista era de- licado. Trajetória Nascido no Rio em 1952, Paulo César Santos se apresentava em bailes cariocas antes de se juntar à banda Os Famks, nos anos 1970. O grupo depois mudaria o nome Os Motokas, antes de rece- ber o nome definitivo, Roupa Nova, após assinar um contrato de gravação, já na década de 1980. Sua voz se tornou uma das principais marcas da banda. Pauli- nho faz os vocais principais em hits como “Canção de verão”, “Sen- sual”, “Volta pra mim”, “Asas do prazer” e “Meu universo é você”. Foi também percussionista do grupo, além de autor de músicas como “Assim como eu” e “Fora do ar”, ao lado de outros integran- tes. Com Serginho Herval, Kiko, Nando, Ricardo Feghali e Cleberson Horsth, ajudou a transformar o Roupa Nova em fenômeno já no início dos anos 80. O grupo se consagrou a partir do segundo disco da carreira, lançado em 1982, com a clássica “Clarear”, que se tornou tema da novela “Jogo da vida” (TV Globo). Era o início de uma trajetória que transformaria o Roupa Nova em recordista de trilhas de novelas, com mais de 30 músicas sele- cionadas para tramas de TV. Com o grupo, Paulinho já dividiu os vocais com nomes como Ivete Sangalo, Zélia Duncan, Elba Ramalho, Zezé di Camargo e Lu- ciano e artistas internacionais, como a banda de Soul americana The Commodores. Paulinho deixa dois filhos: Pepê, baterista da banda Jamz, reve- lada no programa SuperStar (TV Globo), e a cantora Twigg. (Fonte: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noti- cia/2020/12/14/paulinho-integrante-do-roupa-nova-morre-no-rio. ghtml) CONHECIMENTOS GERAIS 38 Operação Faroeste: filha de desembargadora, ex-cantora da Timbalada foi alvo de busca e apreensão A ex-cantora da banda Timbalada,Amanda Santiago, filha da desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), foi um dos 35 alvos de man- dados de busca e apreensão da nova etapa da operação Faroeste. Por meio de nota, a defesa da desembargadora Maria do Socorro afirmou que Amanda não tem qualquer envolvimento no esquema investigado. Deflagradas pela Polícia Federal nesta segunda-feira (14/12/2020), as 6ª e 7ª fases da operação investigam um suposto esquema criminoso de venda de decisões judiciais. Maria do Socorro Santiago está presa desde novembro do ano passado, quando foi alvo de um desdobramento da Operação Fa- roeste. Amanda Santiago foi citada na delação premiada de um dos advogados acusados de negociar compras de sentenças. Ao Minis- tério Público Federal (MPF), ele denunciou a existência de cinco grupos de atuação no esquema: “Orcrim da desembargadora Lígia Cunha”, “Orcrim da desembargadora Ilona Reis”, “Grupo criminoso do desembargador Ivanilton da Silva”, “Orcrim do desembargador Gesivaldo Britto” e o “Orcrim da desembargadora Maria do Socor- ro”. As investigações apontaram que Amanda Santiago apresentou movimentação financeira de mais de R$ 8 milhões no período anali- sado pelas autoridades, apesar de declarar R$ 1 mil em renda neste mesmo tempo. A análise da movimentação bancária da artista também apon- tou transferências “vultuosas” para a desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, que variavam entre R$ 25 mil e R$ 80 mil. Maria do Socorro Barreto Santiago é ré na operação e está pre- sa por envolvimento na organização criminosa. No documento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi revela- do que a desembargadora teria feito o pagamento de um imóvel na Praia do Forte à francesa Marie Agnês, que acusa a ex-presidente de ter se apropriado ilegalmente da casa - uma das parcelas quita- das foi de R$ 275 mil. Segundo o STJ, Amanda Santiago também teria realizado ope- rações financeira com Adailton Maturino (acusado de ser chefe do esquema de venda de sentenças em processos sobre posse de ter- ras no oeste da Bahia) e a esposa dele, Geciane Maturino, em valo- res que podem chegar a R$ 1 milhão, fazendo saque de R$ 500 mil para dificultar a vinculação criminosa entre os investigados. Através de nota, a defesa da desembargadora Maria do Socor- ro afirma que a busca e apreensão realizada na casa de Amanda tem a finalidade de “inviabilizar o julgamento do agravo regimental em que se discute a real necessidade da prorrogação de uma prisão cautelar que já ultrapassa um ano”. A nota diz ainda que Amanda “jamais recebeu qualquer valor advindo de qualquer prática de crime, seja em nome próprio ou de sua mãe”. Destaca também que, durante a prisão da desembarga- dora Maria do Socorro, “detém procuração para receber os rendi- mentos da magistrada e arcar com as respectivas defesas”. Os outros 34 mandados de busca e apreensão das 6ª e 7ª fases da operação Faroeste foram cumpridos em Salvador, em outras três cidades baianas — Barreiras, Catu, Uibaí — e um em Brasília (DF). Nova etapa da operação Faroeste Na etapa realizada nesta segunda-feira (14), as desembargado- ras Lígia Maria Ramos Cunha Lima e Ilona Márcia Reis, do Tribunal de Justiça da Bahia, foram alvos de mandados de prisão temporá- ria. Um mandado de prisão preventiva também foi emitido para Ro- nilson Pires de Carvalho. O pedido não detalha o cargo de Ronilson, mas afirma que o pagamento da propina era pago na conta dele. A defesa de Lígia Ramos informou que a prisão temporária “é medida por demais grave e precipitada” e que “a desembargadora nunca foi chamada para ser ouvida”. O G1 não conseguiu contato com a defesa de Ilona Reis. Até a publicação desta reportagem, a Polícia Federal não tinha confirmado se as duas já foram detidas. Outros alvos da operação foram o secretário de Segurança Pública (SSP) da Bahia, Maurício Barbosa, e a delegada chefe de gabinete da pasta, Gabriela Caldas Rosa de Macêdo. Ambos foram afastados do cargo por decisão do Superior Tribunal de Justiça. O subsecretário da SSP, Ary Pereira de Oliveira, assumiu a pasta. A investigação aponta a existência de um suposto esquema de venda de decisões judiciais por juízes e desembargadores da Bahia, com a participação de membros de outros poderes, que operavam a blindagem institucional da fraude. O esquema, segundo a denúncia, consistia na legalização de terras griladas no oeste do estado. A organização criminosa inves- tigada contava ainda com laranjas e empresas para dissimular os benefícios obtidos ilicitamente. Há suspeitas de que a área objeto de grilagem supere os 360 mil hectares e de que o grupo envolvido na dinâmica ilícita tenha movimentado cifras bilionárias. Operação Faroeste Antes da operação desta segunda (14), a quinta fase da Ope- ração Faroeste ocorreu no dia 24 de março. Na ocasião, a Polícia Federal cumpriu 11 mandados expedidos, três deles de prisão tem- porária e outros oito de busca e apreensão. A primeira fase da operação ocorreu em 19 de novembro de 2019, com a prisão de quatro advogados, o cumprimento de 40 mandados de busca e apreensão e o afastamento dos seis magis- trados. (Fonte: https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2020/12/14/ope- racao-faroeste-filha-de-desembargadora-ex-cantora-da-timbala- da-foi-alvo-de-busca-e-apreensao.ghtml) Anvisa certifica farmacêutica chinesa que desenvolveu Coro- naVac A Sinovac, fábrica que desenvolveu a vacina CoronaVac contra o novo coronavírus, em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo, recebeu a certificação de boas práticas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A resolução foi publicada pela Anvisa nesta segunda-feira (21/12/2020) no Diário Oficial da União, tem validade de dois anos e diz respeito à linha de produção do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) - matéria-prima para a produção do imunizante e de produtos estéreis usados na formulação. “A etapa finalizada é um dos pré-requisitos para a continuida- de do processo de registro da vacina da Sinovac e de um eventual pedido de autorização”, ressaltou a agência, em nota divulgada na noite de ontem. O pedido de registro, no entanto, depende da di- vulgação de resultados sobre a eficácia da vacina pelo Butantan, o que deve ocorrer amanhã (23), segundo a agência. Histórico A certificação da farmacêutica chinesa foi dada a cerca de 10 dias antes do prazo previsto inicialmente. Antes de conceder o do- cumento, uma equipe de técnicos da agência foi a Pequim, na Chi- na, fazer inspeção em uma fábrica da Sinovac para avaliar a quali- dade da linha de produção. Após a visita , que ocorreu entre os dias 30 de novembro e 4 de dezembro, foi encaminhado um relatório à Sinovac e ao Instituto Butantan com as conclusões. CONHECIMENTOS GERAIS 39 “O plano de ação foi enviado pelo Instituto Butantan para a Anvisa na última quarta-feira (16). Já a avaliação técnica da equipe inspetora e a revisão técnica foram realizadas e concluídas no final desta semana. Assim, foram antecipados em cerca de 10 dias da previsão inicial a publicação da decisão sobre a certificação”, infor- mou a Anvisa. Oxford Na mesma viagem à China, os técnicos da Anvisa também ins- pecionaram a fábrica que produzirá a matéria-prima que será en- viada ao Brasil para a produção da vacina de Oxford/AstraZeneca, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Nesse caso, a certificação deve sair até o início de janeiro, segundo a agência. (Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-12/ anvisa-certifica-farmaceutica-chinesa-que-desenvolveu-coronavac) Defesa de Marcelo Crivella pede que prefeito do Rio seja solto e responda em liberdade Os advogados do prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republica- nos), entraram com uma ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedindo que ele seja solto e responda em liberdade. O pedido foi feito nesta terça-feira (22/12/2020), horas após a prisão, enquanto Crivella ainda aguardava a audiência de custódia. A investigaçãoaponta a existência de um “QG da Propina” na Prefeitura do Rio. No esquema, de acordo com as apurações do MP, empresários pagavam para ter acesso a contratos e para rece- ber valores que eram devidos pela gestão municipal. De acordo com a investigação, Crivella seria o líder da quadri- lha e o esquema teria direcionado ao menos R$ 50 milhões em pro- pina. A defesa de Crivella argumenta que: - não há provas de que Crivella se beneficiava com a propina ou que a autorizava - prefeito está a dias do fim do mandato e não oferece risco à ordem pública - possibilidade de aplicação de outras medidas cautelares, em meio a “notória pandemia” Após ser preso, Crivella disse que é vítima de “perseguição po- lítica” e que espera “justiça”. Na denúncia, o MP listou 24 pontos que ligariam Crivella ao esquema: 1. Depoimento do colaborador Paulo Roberto de Souza Cruz, que revelou o pagamento de antecipação de propina a Mauro Ma- cedo 2. Nomeação de Marcelo Alves como presidente da Riotur, que seria o cumprimento de um acordo feito, ainda durante a campa- nha eleitoral, com o empresário Rafael Alves, irmão de Marcelo 3. Permissão da utilização da sede da Riotur como um “quartel general da propina”. 4. Livre atuação de Rafael Alves dentro da Riotur, o que permi- tiu direcionar licitações e fraudar contratos 5. Troca de mensagens entre Rafael Alves e o doleiro Sérgio Mi- zrahy sobre uma operação de lavagem de dinheiro que deveria ser entregue ao “zero um”, que seria uma clara referência ao prefeito 6. Intimidade de Marcelo Crivella com Rafael Alves, comprova- da pela presença do prefeito em festas de aniversário da filha do empresário e caminhadas matinais que faziam juntos no condomí- nio onde Crivella mora 7. Registros de mensagens por aplicativo entre o prefeito e o empresário Rafael Alves - várias delas fazem parte da investigação 8. A existência de um “inegável” esquema de corrupção para burlar os pagamentos do Tesouro Municipal 9. Pagamentos milionários para empresas com a interferência de Rafael Alves 10. Localização de documentos assinados pelo prefeito que au- torizam a antecipação de pagamentos para empresas comprovada- mente pagadoras de propina 11. Indicação feita por Rafael Alves para o cargo de subprefeito da Barra da Tijuca, acatada por Crivella 12. Indicação para o cargo da Previ-Rio pelo empresário, tam- bém acatada pelo prefeito 13. Permissão do prefeito para que Rafael Alves participasse de reuniões estratégicas com a alta cúpula da administração municipal 14. Decisão do prefeito de impedir a demolição da casa do se- nador Romário, construída em área irregular, a pedido de Rafael Alves 15. Decisão do prefeito, também a pedido do empresário, para interferência no resultado do carnaval de 2018, quando o prefeito redigiu carta à Liesa pedindo para que nenhuma escola fosse re- baixada 16. “Postura complacente” de Crivella diante de mensagens de Rafael Alves ameaçando romper o que havia sido acordado entre eles 17. Mensagem de Rafael Alves afirmando ter conhecimento do esquema de corrupção, além de ter provas que comprovariam o envolvimento do ex-tesoureiro de campanha, Mauro Macedo 18. Mensagem de Rafael Alves dizendo que não tinha interesse em cargos na prefeitura, mas no retorno do investimento feito em acordo com o prefeito antes do início do mandato 19. A existência de ostensivos esquemas de corrupção instala- dos dentro da Previ-rio e da Riotur. 20. Troca do número de telefone do prefeito Marcelo Crivella por pelo menos três vezes durante as investigações 21. Mensagens de Rafael Alves explicitando insatisfação com os espaços da prefeitura e indicação de ter conhecimento de fatos gravíssimos envolvendo o prefeito, a família dele e a igreja 22. Ligação de Marcelo Crivella para Rafael Alves no momento em que policiais cumpriam mandado de busca e apreensão na casa do empresário durante a Operação Hades 23. Mensagem de Marcelo Crivella a Rafael Alves desejando boa viagem quando o empresário seguia para Miami para se en- contrar com Arthur Soares para tratar da captação ilícita de valores 24. Mensagem telefônica fornecida pelo Ex-secretário da Casa Civil da Prefeitura, Paulo Messina, em que fica clara a interferência pessoal e direta de Marcelo Crivella para o pagamento a uma em- presa, mesmo com a decisão contrária dos secretários de Fazenda e da Casa Civil. (Fonte: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noti- cia/2020/12/22/defesa-de-marcelo-crivella-pede-que-prefeito-do- -rio-seja-solto-e-responda-em-liberdade.ghtml) Anvisa começa a fiscalizar voos vindos do Reino Unido A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta segunda-feira (21/12/2020) medidas de controle sanitário para fiscalizar voos que chegam do Reino Unido aos aeroportos internacionais de São Paulo (Cumbica/Guarulhos) e Rio de Janeiro (Galeão/Tom Jobim). As medidas foram tomadas após países em todo o mundo proi- birem voos do Reino Unido, onde uma nova variante do corona- vírus, mais transmissível, foi detectada. O Brasil segue recebendo voos do país, mas, a partir de agora, com ações de controle no de- sembarque. Na segunda, um voo proveniente do país europeu passou pela fiscalização da Anvisa no Rio de Janeiro. Segundo a nota da agência, o avião chegou ao Galeão por volta das 19h40. CONHECIMENTOS GERAIS 40 Entre as medidas adotadas estão: fiscalização no interior da aeronave, antes do desembarque; solicitação de informações so- bre passageiros e tripulantes à empresa aérea; acompanhamento do trânsito dos passageiros até a área de imigração para orientar sobre distanciamento social. No dia 17 de dezembro, o governo federal publicou uma porta- ria exigindo que brasileiros ou estrangeiros que quiserem entrar no país apresentem um teste RT-PCR negativo para Covid-19 ao em- barcar. A medida começa a valer no dia 30 de dezembro. Veja as medidas adotadas pela Anvisa: 1. Leitura de mensagem sonora no voo, já em solo brasileiro com a presença da autoridade sanitária 2. Fiscalização no interior da aeronave, antes do desembarque 3. Orientação aos passageiros e tripulantes sobre o monitora- mento dos viajantes em solo nacional por autoridades brasileiras de saúde 4. Solicitação de informações sobre os passageiros e tripulan- tes à empresa aérea. Essas informações já foram enviadas às auto- ridades competentes 5. Monitoramento dos procedimentos de limpeza e desinfec- ção da aeronave 6. Acompanhamento do trânsito dos passageiros até a área de imigração, orientando o distanciamento social e evitando a aglo- meração Outras medidas estão em andamento, como restrições de acesso ao Duty Free. (Fonte: https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noti- cia/2020/12/22/anvisa-comeca-a-fiscalizar-voos-vindos-do-reino- -unido.ghtml) Vacina de Oxford começa a ser entregue em fevereiro ao mi- nistério, diz presidente da Fiocruz A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) começará a entregar a va- cina de Oxford ao Ministério da Saúde a partir do dia 8 de fevereiro, afirmou a presidente do instituto, Nísia Trindade, durante uma au- diência sobre o combate à Covid-19 realizada pela Comissão Exter- na da Câmara dos Deputados. A vacina de Oxford é desenvolvida pela farmacêutica AstraZe- neca e pela Universidade de Oxford. No contrato firmado pelo go- verno federal, o Brasil receberá o chamado “ingrediente farmacêu- tico ativo” (IFA) para processamento e envase das doses na fábrica de vacinas Bio-Manguinhos, da Fiocruz. O cronograma da Fiocruz derruba ao menos parte da mais re- cente previsão do ministro Eduardo Pazuello. No dia 17, o ministro disse prever a entrega de 24,7 milhões de doses ainda em janeiro, sendo 15 milhões delas da vacina de Oxford. Previsão atualizada da Fiocruz De acordo com Nísia Trindade, serão entregues 1 milhão de do- ses entre 8 a 12 de fevereiro ao Programa Nacional de Imunização (PNI) e mais 1 milhão na semana seguinte. A partir da terceira semana, a meta do instituto é produzir 700 mil doses diárias da vacina que será chamada