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Aula 13 - Carboidratos - Exames

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Bioquímica 
Metabólica e 
Clínica
Bioquímica clínica 
dos Carboidratos
Professor Hagamenon Alencar
2018
Bioquímica Clínica dos Carboidratos
Bioquímica Clínica dos Carboidratos
• Relembrando...
• Fonte energética
• Principais constituintes dos sistemas fisiológicos
• São compostos orgânicos formados por átomos de C, H e O.
• Carboidratos complexos são digeridos em açúcares simples,
principalmente glicose.
• Glicose fonte de energia ou glicogênio
• Principais carboidratos simples: Glicose, Galactose e Frutose.
• Principais carboidratos complexos: Lactose, Sacarose e Maltose.
• Principais enzimas digestivas: α-amilase, sacarase, maltase, lactase.
Bioquímica Clínica dos Carboidratos
• Relembrando...
• Vias no metabolismo da Glicose:
• Glicólise: metabolismo da molécula de glicose a piruvato ou lactato
na produção de energia
• Gliconeogênese: formação de glicose-6-fosfato de fontes não-
glicosídicas
• Glicogenólise: quebra do glicogênio em glicose para a produção de
energia
• Glicogênese: conversão de glicose a glicogênio para armazenamento
• Lipogênese: conversão de carboidratos em ácidos graxos
• Lipólise: decomposição dos ácidos graxos para produção de energia
Bioquímica Clínica dos Carboidratos
• Regulação da glicemia
• Em condições naturais, a glicemia é mantida em valores normais
por mecanismos regulatórios.
• Após uma refeição:
• Liberação de insulina: captação de glicose por tecidos energia
• 70% do fígado: glicogênio
• Excesso: ácidos graxos VLDL Tecido adiposo
• Hormônio regulador: insulina, cuja produção se dá no pâncreas
endócrino.
Bioquímica Clínica dos Carboidratos
• Pâncreas
Fígado Cauda
Corpo
Cabeça
Duodeno
Bioquímica Clínica dos Carboidratos
• Pâncreas
• Glândula de aproximadamente 15 a 25 cm de extensão
• Localizada no abdômen
• Atua como órgão, ao mesmo tempo, endócrino e exócrino:
• Função exócrina: produz e secreta a amilase - responsável pela
quebra de carboidratos complexos ingeridos.
• Função endócrina: secreta 4 hormônios através de diferentes
células das Ilhotas de Langerhans:
• Células β: insulina
• Células α: glucagon
• Células Δ: somatostatina
• Células PP: polipeptídeo pancreático
Bioquímica Clínica dos Carboidratos
Bioquímica Clínica dos Carboidratos
• Células β: INSULINA
• Hormônio peptídico.
• É secretado na corrente sanguínea por relação diretamente
proporcional da glicemia.
• Função principal: acionar os mecanismos transportadores de glicose
(GLUTs) da membrana celular para que a molécula de glicose saia do
meio extracelular (plasma) e entre para o meio intracelular (dentro
da célula) para exercer o seu papel de fonte de energia.
Bioquímica Clínica dos Carboidratos
• Células β: INSULINA
Bioquímica Clínica dos Carboidratos
• Células α: GLUCAGON
• Hormônio peptídico.
• Ajuda a manter os níveis de glicose adequados no sangue quando
em situações de baixa glicemia (por exemplo, jejum).
• Ativa os hepatócitos a “liberarem” o glicogênio através da
glicogenólise, sendo também um importante regulador dos
processos hepáticos de gliconeogênese e cetogênese.
• Função principal: oposta a da insulina, ou seja, o glucagon tem por
objetivo aumentar a glicemia.
Diabetes Mellitus
• O Diabetes Mellitus é um grupo de doenças em que os níveis
sanguíneos de glicose encontram-se elevados (hiperglicemia), em
decorrência de uma secreção deficiente ou de uma ação anormal da
insulina.
• O diabetes é o conjunto mais comum de distúrbios do metabolismo
de carboidratos.
• Principal causa de doenças renais em estágio terminal, amputações
não traumáticas e cegueira em adultos entre 20 e 74 anos de idade.
Diabetes Mellitus
• Sabemos hoje que diversas condições podem levar ao diabetes,
porém a grande maioria dos casos está dividida em dois grupos:
Diabetes Tipo 1 e Diabetes Tipo 2
Diabetes Mellitus tipo 1 – DM1
• Doença autoimune.
• Representa cerca de 10% de todos os casos da doença.
• Sistema imunológico ataca erroneamente as células β
pancreáticas nas ilhotas pancreáticas, levando à absoluta
deficiência da produção de insulina.
• Na maioria dos casos ela ocorre na infância e adolescência.
• Pode também ser diagnosticada em adultos e idosos.
Diabetes Mellitus tipo 1 – DM1
• O quadro clínico mais característico é de um início relativamente
rápido (alguns dias até poucos meses) de sintomas como:
• Sede, diurese e fome excessivas, emagrecimento importante,
cansaço e fraqueza.
• Se o tratamento não for realizado rapidamente, os sintomas
podem evoluir para desidratação severa, sonolência, vômitos,
dificuldades respiratórias e coma. Esse quadro mais grave é
conhecido como Cetoacidose Diabética e necessita de internação
para tratamento.
Diabetes Mellitus tipo 1 – DM1
Diabetes Mellitus tipo 2 – DM2
• É a forma mais comum do diabetes, não é uma doença autoimune.
• Baixa produção de insulina.
• Resistência periférica dos tecidos à insulina, devido a deficiência do
hormônio ou receptor celular.
• Os fatores de risco são excesso de peso (IMC ≥ 27 kg/m²),
sedentarismo, história familiar de diabetes, idade avançada (≥ 45
anos), etnia, história de diabetes gestacional, hipertensão, doença
vascular ou dislipidemia.
• Apresenta dois cenários.
Diabetes Mellitus tipo 2 – DM2
• Cenário 1:
• A insulina é produzida em quantidade ideal, porém os receptores
de insulina nas células ou a própria insulina começam a perder a
conformidade estrutural e, assim, a insulina não consegue realizar
a perfeita conexão com os receptores e, por consequência, não
consegue fazer a entrada da glicose para o interior das células.
• Cenário 2:
• A insulina é produzida em quantidade reduzida diante à demanda
de glicose.
Diabetes Mellitus tipo 2 – DM2
Diabetes Insipidus
• Não está relacionada com o aumento da glicose no sangue ou na urina
• Síndrome caracterizada pelo volume excessivo de urina diluída.
• Poliúria, noctúria
• Pode ultrapassar facilmente 3 litros de urina por dia
• Caracterizada pela não glicosúria
• Caracterizada pela não hiperglicemia
• Defeito na produção do hormônio antidiurético (ADH)
Diabetes Insipidus
• Causas:
• Central:
• Glândulas hipotálamo e hipófise, comprometendo a liberação do
ADH (Hormônio Anti-Diurético).
• Fisiologia: Este hormônio cai na corrente sanguínea e age
principalmente nos túbulos renais, impedindo que os rins
percam água através da urina.
• Nefrogênica:
• Perfeita secreção do ADH, porém o hormônio não funciona bem
devido a um problema nos rins.
• Alterações nos receptores dos túbulos renais, hipercalcemia,
hipocalemia, entre outros.
Diabetes Gestacional
• Ocorre somente durante a gravidez e, na maior parte dos casos, é
provocado pelo aumento excessivo de peso da mãe.
• Após o nascimento, costuma desaparecer.
• A gestante precisa produzir insulina extra para atender às
necessidades do bebê, principalmente da metade da gravidez em
diante.
• Se o organismo da gestante não conseguir fazer isso, ela pode
desenvolver diabetes gestacional.
• Fatores de risco: história familiar, excesso de peso antes ou durante a
gravidez, idade >25 anos, gravidez anterior com feto nascido com mais
de 4 kg, entre outros.
Diabetes – outros distúrbios hormonais
• Diabetes secundário ao aumento de função das glândulas endócrinas
• Nesse tipo de diabetes, a ação da insulina é dificultada ou prejudicada,
de alguma maneira, quando ocorre aumento de função das glândulas
endócrinas em determinadas doenças glandulares; dessa forma, o
diabetes pode aparecer em pessoas predispostas.
• Pode acontecer com doenças da tireoide (hipertireoidismo),
suprarrenal (Doença de Cushing) ou da hipófise (acromegalia ou
gigantismo).
Cetonúria
• Sempre que há um defeito envolvendo o metabolismo ou a absorção
de carboidratos, ou diante de uma dieta com quantidade inadequada
de carboidratos, o organismo tenta compensar metabolizando
quantidades maiores de ácidos graxos/glicerol.
• O aumento significativo leva ao aparecimento de corposcetônicos no
sangue e, consequentemente, excretados pela urina.
• Podem aparecer em jejum prolongado, vômitos, febre, hiperglicemia,
diabetes mellitus descompensado, alcoolismo agudo.
• Em pacientes diabéticos é de grande importância, pois levam a um
distúrbio no balanço ácido/básico causando acidose.
• Coleta: amostra de urina isolada recente
• Valor de referência: negativo ou não reagente.
Cetoacidose
• Em um diabético, o corpo consome a gordura se não houver insulina
para que a glicose seja transportada para dentro das células.
• O metabolismo da gordura leva à formação de corpos cetônicos.
• Os corpos cetônicos se acumulam no sangue e a cetoacidose se
desenvolve quando o sangue está mais ácido (com o pH mais baixo
que o normal) que os demais tecidos corporais.
• Geralmente, leva o indivíduo a óbito.
Glicosúria
• Os açúcares são componentes normais na urina.
• Sendo moléculas pequenas, a glicose e outros açúcares são facilmente
filtrados através dos glomérulos.
• Quantidades significativas de glicose são detectadas na urina quando
houver elevadas concentrações de glicose na corrente sanguínea,
como ocorre na diabetes.
Exames Bioquímicos
Critérios laboratoriais
Glicemia em 
jejum (mg/dL)
Glicose 2 horas 
após sobrecarga 
com 75g de 
glicose (mg/dL)
Glicose ao acaso HbA1c (%)
Normoglicemia < 100 < 140 - < 5,7
Pré-diabetes ≥ 100 e < 126 ≥ 140 e < 200 - ≥ 5,7 e < 6,5
Diabetes ≥ 126 ≥ 200 ≥ 200 ≥ 6,5
DMG > 92 e < 126 ≥ 200 ≥ 200 ≥ 6,5
• Glicemia = [glicose] no sangue, especificamente no plasma
• Insulinemia = [insulina] no sangue, especificamente no plasma
Exames Bioquímicos
• Glicemia de jejum:
• Dosar [glicose] no sangue
• Valor de referência: 70 a 100 mg/dL
• Glicemia pós-prandial:
• Dosar [glicose] no sangue
• Ideal após 2 horas de ingesta alimentar
• Valor de referência: < 126 mg/dL
• Diabéticos: < 180 mg/dL
Exames Bioquímicos
• Teste Oral de Tolerância a Glicose
• Após jejum de oito horas, punção venosa com cateter e repouso de
20 minutos.
• Coletar a amostra basal para dosagem de glicose.
• Administrar via oral 75 gramas de glicose para adultos e 1,75 g/Kg
de peso para crianças (máximo de 75 g).
• Coletar amostra nos tempos 0, 30, 60, 90 e 120 minutos da
ingestão de glicose.
• Para gestantes, coletar nos tempos 0 (basal), 60 e 120 minutos.
Exames Bioquímicos
• Teste Oral de Tolerância a Glicose
Amostra colhida 2 horas após a ingestão de 75 g de glicose.
NÍVEL DE GLICOSE SIGNIFICADO
Menos de 140 mg/dL Normal
De 140 a 199 mg/dL Pré-diabetes
Acima de 200 mg/dL em pelo menos 2 
exame 
Diabetes
Exames Bioquímicos
• Hemoglobina glicada – HbA1C
• Reflete os níveis médios de glicemia ocorridos nos últimos 3 a 4
meses.
• Quando uma hemoglobina se junta com uma molécula de glicose,
ela se torna “glicada”.
• Essa conjugação dura cerca de 90 dias.
• Refletindo a ingesta de glicose nos últimos 90 dias.
• Risco de desenvolver diabetes: de 5,7% a 6,5%
• Ideal: < 5,7%
Exames Bioquímicos
• Frutosamina
• Os níveis de frutosamina no sangue refletem o controle da glicemia
nas últimas duas a três semanas.
• O exame, contudo, não deve ser usado para diagnóstico de diabetes.
• Pode ser útil para a avaliação de alterações do controle do diabetes
em intervalos menores, para julgar a eficácia de mudança
terapêutica e para seguimento de gestantes com diabetes.
• Proteínas séricas glicadas
• Proteína glicada, Albumina glicada
• Valor de referência: 122 a 285 µmol/L
Exames Bioquímicos
• Insulinemia
• A dosagem isolada deste hormônio tem interesse no diagnóstico de
insulinomas em que os níveis de insulina estão elevados e os de
glicemia são baixos (inferior a 50 mg/dL).
• Obesidade, uso de insulina são outras condições de hiperinsulinismo.
• Portanto, a insulina é importante no estudo do diabetes mellitus e no
diagnóstico diferencial da hipoglicemia.
• Valores de referência: até 29,1 µUl/mL
Exames Bioquímicos
• O que é hipoglicemia?
• Resulta de um desequilíbrio entre a utilização e a produção de
glicose, de modo que a taxa de utilização excede a de produção
desse açúcar.
• Sintomas: tremores, palpitações, ansiedade, tontura,
formigamento, dificuldade de concentração, visão turva, confusão,
alterações comportamentais e coma.
Exames Bioquímicos
• Peptídeo C ou Insulina C
• O peptídeo C é secretado juntamente com a insulina em proporções
equimolares (solução que possui a mesma concentração molar de
uma outra solução).
• Serve para avaliar a capacidade do paciente diabético de responder
apenas à dieta ou ao uso dos hipoglicemiantes orais.
• Valor de Referência: 1,1 a 5,0 ng/mL
Exames Bioquímicos
• Dosagem do hormônio ADH ou Vasopressina
• Diagnóstico diferencial de diabetes insipidus.
• Permitem uma avaliação da secreção desse hormônio pela neuro-
hipófise e de sua função a nível renal.
• Valor de referência: inferior a 6,7 pg/mL
Exames Bioquímicos
• Osmolaridade plasmática
• Corresponde a quantidade de partículas dissolvidas em um
determinado solvente.
• Diminui em hiponatremia, hiper hidratação.
• Aumento: desidratação, hipernatremia, hiperglicemia, diabetes
insipidus.
• Osmolaridade sérica elevada com sódio normal sugere hiperglicemia,
uremia ou alcoolismo agudo.
• Valor de referência: crianças e adultos: 280 a 300 Osm/kg, em recém-
nascidos: até 266 Osm/kg
Exames Bioquímicos
• Osmolaridade urinária
• Parâmetro para avaliar a capacidade de concentração e diluição da
urina.
• É usada para diagnosticar os diferentes tipos de diabetes insipidus,
avalia a capacidade de concentração dos rins na insuficiência renal
aguda ou crônica e o grau de acometimento renal nas diversas
doenças renais.
• Valor de referência:
• Adultos e crianças: 250 a 900 mosmol/Kg/H₂O
• Recém nascidos: 75 a 300 mosmol/Kg/H₂O
Tratamento
• Sulfonureias: estimular o pâncreas a produzir insulina e ajudar o
organismo a utilizar a insulina que produz.
• Metiglinidas: ajuda o pâncreas a produzir insulina após as refeições
• Sensibilizadores de insulina: diminuem a resistência das células à
insulina, aumentando o metabolismo da glicose.
• Biguanidas: facilita a ação da insulina no organismo.
• Inibidores da alga-glicosidase: bloqueia as enzimas que digerem os
amidos provenientes dos alimentos.
Obrigado!

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