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Sistema Nervoso

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sistema nervoso de Grandes Animais
Prof. Erica Roier
● Semiologia de Grandes Animais
● Marya Eduarda de Souza
O principal entrave para a avaliação neurológica é:
LIMITADA EXPERIÊNCIA DO EXAMINADOR!!!!
- Se usa muitas das vezes um tratamento genérico
com corticoide e diurético, esse tratamento é ruim,
pelo fato de:
- se for uma zoonose, o profissional não tomou os
cuidados adequados.
- com esse tratamento ele não faz a coleta de material
para nenhum teste complementar. (esse fato é muito
complexo, porque muita das vezes os profissionais não
sabem que materiais coletar, ou até mesmo para onde
enviar).
introdução
Será que o prognóstico geralmente reservado ou
ruim das enfermidades neurológicas compensa um
exame detalhado do animal acometido?
SIM! COMPENSA UM EXAME DETALHADO
(composto por avaliações, exames, diagnóstico clínico
e laboratorial e tratamento nos casos que forem
cabíveis).
✔ Algumas doenças apresentam um prognóstico
se diagnosticadas precocemente (Encefalomielite
protozoária em equinos - EPM)
✔ Diagnóstico correto possibilita adoção de
medidas para evitar que outros animais adoeçam.
- O que vemos no campo é sempre a história do
animal que já morreu, e a negligência do proprietário
pode ser prejudicial ao resto do rebanho, por isso na
maioria das vezes as medidas são de precaução para
evitar a perda de outros animais.
Obs: a raiva é um pesadelo para o sist. neurológico,
ela tem uma sintomatologia inespecífica.
No caso dos bovinos, eles produzem muita saliva, por
várias casuísticas.
EXAME NEUROLÓGICO
Quando realizar um exame neurológico?
• Sempre que existir suspeita de uma anormalidade do
SN.
Principais indicativos de anormalidade neurológica:
✓ Apatia muito mais grave do que anormalidades em
outros sistemas poderiam causar;
✓ Padrão locomotor diferente do produzido por
tendinite ou anormalidade óssea;
✓ Atonia de cauda associada à diminuição do tônus
anal no momento da aferição da temperatura;
✓ Posicionamento anormal da cabeça;
✓ Assimetria da musculatura;
✓ Decúbito prolongado
Obs:
- Potros novinhos deitam, podem ficar no sol e
deitados tranquilamente.
- Cavalos adultos não deitam normalmente, podem
deitar para rolar, ou por cólica, mas normalmente
não permanecem deitados ainda mais durante o
dia. Podem dormir até em pé ao invés de se
deitarem.
- Imagem 2: prolapso de terceira pálpebra, muito
comum em tétano, na maioria das vezes
- Bovinos deitam para ruminar, porém existem
posturas que eles não adotam durante o dia, no
pasto ao sol. Por isso, esse tipo de
comportamento é anormal.
- Os equinos não costumam comer deitados, esse
comportamento mostra anormalidade.
DIVISÕES DO SISTEMA NERVOSO
• O sistema nervoso central (SNC) está localizado
dentro do esqueleto axial (cavidade craniana e canal
vertebral) e o sistema nervoso periférico (SNP) está
fora.
• Lobo frontal: atividades motoras finas e precisas;
influencia o estado de alerta e a integração do animal
com o meio ambiente.
• Lobo parietal: informações sensitivas (dor,
propriocepção e toque). Pouco importante nos animais,
sendo o tálamo responsável por esta função.
• Lobo occipital: visão e informação visual.
• Lobo temporal: informação auditiva e é também
responsável por alguns comportamentos complexos.
OBS: partes do córtex do lobo frontal e temporal
estão incluídas no sistema límbico (comportamentos
inatos de sobrevivência, tais como proteção, reações
maternas e sexuais). - DE MUITA IMPORTÂNCIA!
A classe dita é caracterizada como presa, podemos
ver na visão deles.
Medula ESPINHAL
➔ Região cervical: C1 a C5
➔ Região cervicotorácica (= plexo ou intumescência
braquial): C6 a T2
➔ Região toracolombar: T3 a L3
➔ Região lombossacral (=plexo ou intumescência
lombossacral): L4 a S2)
➔ Região sacrococcígea: S3 ao último segmento
medular
Cauda Equina: meninges e as raízes nervosas dos
últimos nervos espinais dispostas em torno do cone
medular e filamento terminal.
Meninges e LCR
O líquor cefalorraquidiano é extremamente
importante para a detecção de várias doenças. A
coleta desse liquor; existe diferença da concentração de
microrganismos nos diferentes segmentos da coluna
viral. Então é necessário saber coletar o líquor e de onde
retirar, para as diferentes suspeitas que envolvem a
medula.
• Dura-máter: meninge mais superficial, espessa e
resistente.
• Aracnóide: membrana muito delicada, justaposta à
dura-máter, contendo pequena quantidade de líquido.
• Pia-máter: mais interna das meninges e dá resistência
aos órgãos nervosos.
• Espaço epidural localiza-se entre a dura-máter e o
periósteo do canal vertebral.
• Espaço subdural localizado entre a dura-máter e a
aracnóide, é uma fenda estreita, contendo uma pequena
quantidade de líquido, suficiente apenas para evitar a
aderência das paredes.
• Espaço subaracnóide é o mais importante e contém
o líquido cefalorraquidiano ou líquor.
- A anestesia epidural é muito usada em grandes
animais, até mesmo para fazer um tipo de sutura,
dependendo do grau. Ela dificilmente vai
desenvolver grandes problemas de for realizada
da maneira correta, desde o momento de
asseptica.
NERVOS CRANIANOS
OBJETIVOS DO EXAME NEUROLÓGICO
Confirmar a existência de um problema
neurológico;
- Pois a sintomatologia que o animal apresenta
pode ser de outra patologia. Um animal apático
pode ser decorrente de uma anemia/cólica /
animal em decúbito pode apresentar fratura.
Localizar o problema;
- Porque o sistema neurológico pode variar a
origem, podendo estar no sistema nervoso
central, na medula, nos nervos periféricos.
Definir uma lista de diagnósticos
diferenciais;
- A raiva sempre está como diagnóstico, ela é
muito variável! A raiva não tem cura, é a pior
zoonose!
Escolher os exames complementares;
Estabelecer o diagnóstico mais provável e o
prognóstico
Realizar o tratamento. (se houver)
Paralelamente é preciso tomar as medidas
preventivas necessárias para que o problema não
ocorra em outros animais!!!!!
Exame Neurológico
Obs: em que animais grandes os materiais e exames
são mais escassos. Por isso depende muito.
Sequência Exame Neurológico
• Avaliação da integridade encefálica (nível de
consciência, postura e locomoção), além da
presença de comportamentos anormais
• Avaliação dos nervos cranianos
• Avaliação da medula espinhal
- Avaliação em movimento e outros testes
Antes do exame clínico específico do
SISTEMA NERVOSO realizar um exame
clínico geral no animal!!!
✔ Impotência funcional de um membro: fratura ou
paralisia nervosa periférica;
✔Animal em decúbito lateral com grande apatia:
lesão medular ou anemia e desidratação grave.
✔ Pitialismo ou disfagia: encefalites, botulismo ou
existência de um corpo estranho na faringe ou
esôfago.
✔Dificuldade visual: encefalopatias de diferentes
origens, de descolamento de retina ou de grave
catarata.
●Identificação do animal: Especie, raça, sexo,
idade, utilização, valor e local de origem
●Anamnese: início dos sinais clínicos, evolução,
alimentação, vacinação, tratamentos realizados,
doenças anteriores, número de animais acometidos,
ambiente, manejo dos animais e número de mortes.
- A alimentação é fundamental, já que sabemos que
existem fungos que eliminam toxinas e pode
desenvolver patologias neurológicas. (ex: milho -
leucoencefalomalácia equina).
Evolução: por exemplo um animal com trauma no
cerebelo e outro com abscesso no cerebelo -
sintomatologia semelhante mas com evolução
diferente. O primeiro com início agudo e estacionário e
o segundo com evolução lenta.
Início e progressão dos sinais
• Agudo não progressivo: enfermidades traumáticas e
vasculares; (obstrução ou rompimento)
• Agudo progressivo e simétrico: enfermidades
metabólicas nutricionais e tóxicas
• Agudo progressivo e assimétrico: enfermidades
inflamatórias (infecções), degenerativas e neoplásicas
Avaliação da Integridade Encefálica
• Comportamento;
• Nível de consciência;
• Posição da cabeça;
• Integridade nas funções dos nervos cranianos.
Em geral, quando existem anormalidades encefálicas,
ao menos dois dos itens devem apresentar alterações.comportamentos anormais
• Emitir sons anormais;
• Andar de modo compulsivo;
• Andar em círculos;
• Apoiar a cabeça contra obstáculos;
• Morder animais ou objetos
inanimados (depende do
comportamento normal do animal)
• Adotar posturas bizarras (ex: cavalos
não sentam como cachorros)
➔ Posição da cabeça: a rotação da cabeça (head tilt) é
um sinal indicativo de lesão vestibular. A pressão da
cabeça contra obstáculos (head pressing) -
encefalopatias que afetam a função cerebral
(polioencefalomalacia de ruminantes, a
encefalopatia hepática dos equinos ou o trauma
craniano).
➔ Em geral, o andar em círculos pode ser observado
em lesões unilaterais ou assimétricas na região
frontal.
Avaliação dos nervos cranianos
olfatório; II óptico; III oculomotor; IV troclear; V
trigêmeo; VI abducente; VII facial; VIII
vestibulococlear; IX glossofaríngeo; X vago; XI
acessório; XII hipoglosso
Reflexo direto: ao se direcionar a luz no olho ele reage
com a redução da pupila (miose).
Reflexo corneano: quando se estimula a córnea com o
dedo, é o último a ser perdido.
Hipoglosso: puxa a língua e solta, a língua precisa
voltar pro lugar.
Principais sinais neurológicos de
diferentes áreas encefálicas
• Síndrome cerebral: anormalidades locomotoras,
nível de consciência (depressão) e comportamento
alterados, respiração irregular, cegueira, pressão da
cabeça contra obstáculos, andar em círculos
(geralmente, lesões unilaterais)
• Síndrome mesencefálica: anormalidades
locomotoras, depressão mental, midríase não
responsiva ou miose (visão normal), estrabismo
• Síndrome pontinobulbar: anormalidades
locomotoras, alteração em diversos nervos cranianos,
depressão mental
• Síndrome vestibular central: nistagmo horizontal,
rotatório, vertical ou posicional, anormalidades nos
nervos cranianos: V, VI e VII; podem ocorrer sinais
cerebelares.
obs: equinos possuem bolsa gutural, se localiza colado
na mandíbula. No timpanismo a bolsa se enche de ar e
pode exibir sinais neurológicos. SÓ OS CAVALOS
TÊM!
• Síndrome vestibular periférica: nistagmo horizontal
ou rotatório, possível anormalidade no VII par de nervo
craniano.
OBS: Tanto a síndrome central quanto a periférica
podem apresentar perda de equilíbrio, quedas, rotação
de cabeça e estrabismo
• Cerebelar: tremores de intenção na cabeça,
anormalidades locomotoras (hipermetria), nistagmos,
alteração na resposta de ameaça visual, aumento da
área de sustentação do corpo (ampla base)
• Multifocal: ocorrência de sinais clínicos que refletem
mais de uma síndrome. É a mais comum em grandes
animais.!!!
Lesões Medulares
• Paciente com anormalidade locomotora sem
alteração encefálica.
É um animal ativo, que se nutre bem, tem todos os
seus reflexos ativos, porém ele tem alguma alteração
no sistema locomotor, remete à alguma lesão
localizada em apenas um ponto da medula.
• Objetivo: localizar a lesão em determinada região da
medula espinal, para que os diagnósticos diferenciais
possam ser definidos com maior segurança.
• Lesões graves causam incapacidade locomotora e
consequente decúbito, enquanto processos mais
brandos acarretam anormalidade locomotora,
caracterizada por diminuição proprioceptiva e motora
(incoordenação motora).
O que observar no exame neurológico para
detectar anormalidades na medula
Objetivos do Exame Neurológico
● Confirmar a existência ou não de anormalidades
neurológicas
● Verificar a localização anatômica do problema (focal
ou multifocal)
● A medula pode ser funcional e morfologicamente
dividida em C1-C5, C6-T2, T3-L3, L4-S2, S3-Co.
OBS: É sempre importante conhecer os parâmetros
normais de postura, decúbito, forma de levantar,
forma de deitar para identificar anormalidades.
- O PADRÃO dos equinos andam: ao passo, ao trote
e ao galope.
Exceto Mangalarga Marchador, que anda ao passo, a
marcha e ao galope.
- O PADRÃO de locomoção de bovinos: ao passo,
ao trote e ao galope, é semelhante ao dos
equinos.
postura e locomoção
●Paresia é a perda incompleta da função motora
voluntária e, muitas vezes, é evidenciada como uma
fraqueza dos membros.
●Paralisia ou Plegia é perda total da função motora
voluntária. Nesse caso, o animal é incapaz de andar.
●Hemiparesia ou Hemiplegia = acometem todo um lado
do corpo;
●Paraparesia ou Paraplegia = quando afetam apenas
os membros pélvicos;
●Monoparesia ou Monoplegia = quando acometem um
único membro;
●Tetraparesia ou Tetraplegia = se os quatro membros
estão envolvidos
Síndrome de Horner
SEMPRE UNILATERAL!
• Determinadas lesões na região cranial da medula
espinal torácica podem provocar a síndrome de Horner
(ptose da pálpebra superior, miose e protrusão da 3ª
pálpebra, geralmente acompanhada de sudorese
unilateral da região facial).
• Lesão dos nervos simpáticos do tronco
vagossimpático, que cursa da medula espinal torácica
cranial até próximo à órbita. Também devido a lesões
na bolsa gutural.
Propriocepção
- É a capacidade de percepção do posicionamento dos
membros, sendo realizada pela integração das
informações obtidas por receptores periféricos com os
núcleos encefálicos.
Formas de testar a propriocepção é colocar o animal
em uma postura anormal, para avaliar cada membro.
- Colocar os membros em posições diferentes das
.lllhabituais e observar se o animal se coloca na
posição original.
incoordenação motora
Devido a anormalidades neurológicas proprioceptivas e
motoras, causando alterações no padrão normal de
locomoção.
Slap Test (Resposta Toracolaríngea)
teste do tapa! - contralateral
Avalia a integridade medular e do nervo laríngeo
recorrente.
Aplica-se um “tapa” na região anterior do costado,
observando-se a movimentação da cartilagem
aritenóide contralateral. (Palpação externa ou
endoscopia).
Diminuição ou ausência da movimentação:
impossibilidade de chegada de estímulos aferentes ao
bulbo, anormalidades na transmissão de estímulos
eferentes até a musculatura, cavalos tensos ou
assustados.
REGIÃO CERVICAL (C1-C5)
EXAMES COMPLEMENTARES - COLETA DE LCR
Cisternal - cisterna magna; - técnica usada para
eutanasia.
lombar - fundo do saco dural;
ventricular - por punção dos ventrículos cerebrais
laterais)
Tricotomia e a antissepsia do local
• Avaliação do LCR
➢ Macroscópica (aspecto, cor, coagulação) o licor
não coagula
➢ Densidade
➢ pH
➢ Citologia
➢ Contagem diferencial de células
➢ Dosagem de ptn, glicose, uréia, CK, AST e LDH
• Eletroneuromiografia
• Raio X simples e contratado (crânio e coluna
vertebral)
• Mielografia (espaço subaracnóideo)
• Epidurografia (espaço epidural)
• Cintilografia
• TC
• RM

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