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Seminário 6 Tema Escravidão Alunos: Mayra Rodrigues da Silva Sara Oliveira Pinheiro Sérgio Taquini Curso de Bacharel em Direito Turma D1AN introdução INTRODUÇÃO O trabalho abordará a Escravidão no Brasil e sua interface com as ideias e projetos econômicos, políticos e sociais dominantes à época. Será possível contextualizar a escravidão no Brasil e as mudanças político econômicas na Europa. Escravidão era antes um projeto econômico e para tanto era preciso que atendesse aos interesses das elites burguesas. A escravidão no Brasil colônia/império/república, de 1530(XVI) a 13/05/1888(XIX), atendia a demanda de mão-de-obra no extrativismo(indígenas), lavouras e mineração(negros africanos), do ponto de vista do colonialismo. A migração forçada dos negros africanos para o Brasil atendia ao projeto econômico liberal do incipiente capitalismo(mercantilismo) e no contexto dos ideais liberais. problemas Parte 1 1.1 As contradições entre as ideias liberais e a realidade brasileira no período imperial. 1.2 O favor: nexo efetivo da vida ideológica brasileira. Parte 2 2.1 As diferenciações legais entre o status de cidadão, escravo e liberto no Brasil Império. 2.2 As formas de escravização e de extinção da condição de escravo. Parte 3 3.1 O escravo perante a lei civil 3.2 O escravo perante a lei penal Parte 1.1 As contradições entre as ideias liberais e a realidade brasileira no período imperial(1822-1889) • Liberalismos político e econômico na Europa e como as ideias liberais entravam em contradição com a Escravidão; • Paradoxo Liberalismo x Escravidão(fazia sentido até que o escravo se torne mais caro do que a mão de obra livre); • *Fernando Henrique Cardoso fala da necessidade de esticar o dia para dar mais trabalho ao escravo em contradição com a produtividade, típica do liberalismo. • Escravidão: Enriquecimento subjetivo(capitalismo comercial) e não da empresa(capitalismo industrial); Parte 1.2 O favor: nexo efetivo da vida ideológica brasileira. • Latifundiário x Escravos x Homens livres(dependentes); • A vida ideológica se faz com relação dos homens livres e dos que têm(capital/poder); • Escravismo e o Favor no Brasil(adaptação forçada do liberalismo no colonialismo) x Ideias Liberais(contra as relações promíscuas da nobreza com o Estado(antigo regime). *No Brasil não houve o feudalismo); Parte 1.3 • Apesar de ser a sustentação da economia, através do trabalho, a Escravidão não fazia parte da vida ideológica no Brasil; • Os homens livres precisavam do favor para o exercício de sua profissão e os proprietários de terras, bem como o Estado, precisavam dos seus serviços; • Como racionalizar na ótica liberal (eficiência e eficácia), o favor, que atende mais a subjetividade, a mistura de interesses particulares e do Estado, o “ homem cordial” de Sérgio Buarque de Hollanda; Foto: Acervo/Instituto Moreira Salles Parte 2.1 As diferenciações legais entre o status de cidadão, escravo e liberto no Brasil Império STATUS DE CIDADÃO Era considerado cidadão qualquer pessoa livre natural ou naturalizada no Brasil. DIREITOS ❖ Tinham direito à liberdade, à segurança pessoal, à propriedade. ❖ A única religião oficial do Estado era o catolicismo, porém havia liberdade de culto a outras religiões. ❖ Tinham direito a votos ❖ Eleição primária - todos os cidadãos votavam em Eleitores de Província, que então escolhiam os parlamentares. ❖ Para se um Eleitor da província deviam ser homens livres, sem antecedentes criminais e com renda anual superior a 200 mil réis. Parte 2.2 STATUS DE ESCRAVO ❖ Pessoas negras de origem africana que chegaram ao brasil por meio do tráfico negreiro ❖ E os crioulos – pessoas negras que eram nascidas nos continentes americanos. DIREITOS ❖ Não tinham direitos ❖ Trabalho dos escravos era duríssimo ❖ Jornadas de trabalho que se estendia até por 20horas diárias. ❖ Escravos rebeldes – aqueles que tentavam fugir ou eram desobedientes - poderiam ser acorrentados no tronco e chicoteados. ❖ Ficavam com os piores trabalhos como: nas moendas de cana, nas fornalhas e caldeiras. ❖ O trabalho era tão pesado que os escravos utilizados nela, geralmente, eram os mais rebeldes. ❖ Alimentação Precária - tinham uma alimentação muito pobre e insuficiente Parte 2.3 STATUS LIBERTO ❖ É um antigo escravo que de algum modo teve sua liberdade concedida. ❖ A partir do século XVIII o escravo poderia conseguir sua liberdade através da Carta de Alforria. ❖ Cartas de Alforria pagas - que eram concedidas mediante pagamento parcelado ❖ Cartas de Alforria Gratuitas - eram utilizadas para libertar escravos adultos DIREITOS ❖ No art. 94 § 2º da Carta Imperial – diz que o liberto está reduzido à condição de cidadão de segunda classe, apesar de poder usufruir da sua liberdade, não poderiam votar, não poderiam ter acesso a cargos públicos. ❖ O liberto vivia sob constante insegurança jurídica, pois qualquer suposto ato de ingratidão provocado pelo alforriado contra o seu antigo senhor, ele poderia perder o seu status libertatis e voltar a ser escravo. Parte 2.4 Formas de Escravização ❖ ESCRAVISMO PLANTATION - consistia principalmente na produção de produtos tropicais em latifúndios monocultores para o mercado externo, utilizando para isso força de trabalho escrava. (produtos – cana de açúcar, algodão, fumo e café) ❖ MINERAÇÃO – consistia na extração de ouro. As minas correspondiam ao local no qual os escravos eram mais vigiados por seus senhores, que visavam evitar o contrabando de ouro. Muitos escravos não suportavam mais que 5 anos nessa atividade. Parte 2.5 Extinção da Condição de Escravo ❖ A extinção da escravidão aconteceu de forma lenta através de leis abolicionistas; ❖ Lei Eusébio de Queirós (1850) - proibia o tráfico negreiro da África para o Brasil; ❖ Lei do Ventre Livre (1871) – estabeleceu a liberdade para os filhos de escravos que nasciam após essa data; ❖ Lei dos Sexagenários (1885) - beneficiava os negros maiores de 60 anos; ❖ Lei Áurea (1888) – concedeu liberdade total aos escravos que ainda existiam no Brasil, abolindo a escravidão no país. Ao longo de mais de 300 anos, cerca de 4,8 milhões de africanos desembarcaram no brasil para serem escravizados Fotografia do acervo do Instituto Moreira Salles mostra vendedoras de rua no Rio na década de 1870. Foto: Acervo/Instituto Moreira Salles Parte 3.1 O ESCRAVO ANTE A LEI CIVIL E A LEI PENAL NO IMPÉRIO 1822 – 1871 Contexto histórico: ❑ O ano de 1822 representou a conjuntura da independência e o início de uma nova ordem jurídica. ❑ Já 1871 correspondeu a uma nova conjuntura socioeconômica e política que começava a diferençar-se do monolitismo agrário anterior e, no ordenamento jurídico sobre a escravidão, à primeira das leis abolicionistas. Parte 3.2 AS FONTES JURÍDICAS DA ESCRAVIDÃO NO IMPÉRIO ❑ A Constituição imperial de 1824 determinava serem cidadãos brasileiros os nascidos no Brasil, “quer sejam ingênuos, ou libertos”. ORIGEM E TERMO DA ESCRAVIDÃO NO IMPÉRIO ❑ No Brasil, a escravidão negra originava-se no tráfico africano e no nascimento. Parte 3.3 O ESCRAVO E A LEI CIVIL ❑ Do ponto de vista civil o escravo era “res”, simultaneamente coisa e pessoa. Porém não participava da vida da Civita, pois estava privado de toda capacidade. ❑ No campo das obrigações a regra era a de que o escravo não se obrigava, nem a seu senhor ou a terceiros. ❑ Como objeto de relações jurídicas, aplicavam-se amplamente ao escravo os institutos da lei civil, quer no campo do direito obrigacional, quer no campo dos direitos reais. Parte 3.4 O ESCRAVO E A LEI PENAL ❑ A história da legislação penal compreende dois momentos diferentes: o período colonial e o período imperial. ❑ No segundo momento, embora a legislação penal do liberalismo já fosse influenciada pelas concepções iluministas sobre a sociedade, o crime e as penas, a condição deescravo era agravante da penalidade, onerando juridicamente uma situação que, de fato, já era desigual. mÉtodo Passo 1 Leitura das Obras de Referência Passo 2 Reflexões sobre o tema Passo 3 Produção da Apresentação Passo 4 Apresentação Etapas da Pesquisa REFERÊNCIAS ANDRADA, Alexandra. Anúncios da época da escravidão mostram por que o Brasil precisa acertar as contas com o passado. Disponível em: http://abet-trabalho.org.br/anuncios-da-epoca-da-escravidao-mostram-por-que- o-brasil-precisa-acertar-as-contas-com-o-passado/. Acesso em 27/05/2021 SCHWARZ, Roberto. As ideias fora de lugar. In: SCHWARZ, Roberto. Ao vencedor as batatas: forma literária e processo social nos inícios do romance brasileiro. 6 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p. 9-31. WEHLING, Arno. O escravo ante a lei civil e a lei penal no Império (1822-1871). In: WOLKMER, Antonio Carlos (Org.). Fundamentos de História do Direito. 3 ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2006, p. 331-349.
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