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Lesões Potencialmente Malignas

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→ Conjunto de alterações teciduais com maior 
potencial de transformação em neoplasias malignas 
quando comparadas aos tecidos normais; 
→ Alterações teciduais benignas, morfologicamente 
modificadas, que apresentam um risco maior que o 
normal de se desenvolver em uma neoplasia 
maligna.; 
→ Fatores de risco internos e fatores de risco 
externos, atuando independente, antagônica ou 
sinergicamente causando alterações morfológicas; 
→ Como resultado de longas, repetidas e 
intermitentes exposições a esses fatores de risco, 
lesões iniciais podem evoluir para neoplasias 
invasivas. 
→ Uma alteração pré-maligna comum do 
vermelhão do lábio inferior, devido a sua maior 
exposição a luz solar; 
 → Resulta de uma exposição progressiva 
excessiva ao espectro ultravioleta da luz solar; 
→ Mutação no gene TP53, um gene supressor 
tumoral; 
→ Trata-se de um problema concentrado 
predominantemente em pessoas de pele clara com 
uma tendência a apresentar queimadura solar com 
facilidade quando da exposição ao sol; 
→ Ocupações profissionais com exposição ao ar 
livre claramente estão associadas a esse problema, 
o que leva à utilização de termos de uso popular 
como lábio do fazendeiro ou lábio do marinheiro; 
→ Um indivíduo com exposição crônica à luz do 
sol e imunidade comprometida, especialmente 
receptores de órgãos transplantados, tem risco 
elevado de desenvolver um câncer do vermelhão 
do lábio inferior; 
→ 95% dos casos de câncer de lábio originam-se 
da QA; 
→ Raramente ocorre em pessoas com idades 
abaixo de 45 anos; 
→ Tem forte predileção pelo gênero masculino 
10:1; 
→ As alterações clínicas mais precoces incluem a 
atrofia da borda do vermelhão do lábio inferior, 
caracterizada por uma superfície lisa e áreas de 
manchas pálidas; 
→ Apagamento da margem entre a zona do 
vermelhão e a porção cutânea do lábio é 
tipicamente observado; 
→ À medida que a lesão progride, áreas ásperas e 
cobertas de escamas desenvolvem-se nas porções 
mais secas do vermelhão. Essas áreas se tornam 
espessas e podem se assemelhar a lesões 
leucoplásicas, especialmente quando se estendem 
para próximo da linha úmida do lábio; 
→ Com a progressão, a ulceração crônica focal 
pode se desenvolver em um ou mais sítios; 
→ Tais ulcerações podem permanecer por meses 
e frequentemente sugerem a progressão para um 
carcinoma de células escamosas em estágio inicial; 
 
→ Transformação maligna da QA; 
→ Desenvolve-se ao longo do 
tempo em 6% a 10% dos casos 
relatados de queilose actínica; 
→ Tal transformação maligna 
raramente ocorre antes dos 60 
anos de idade; 
→ Notar o endurecimento das bordas; 
→ Este carcinoma tipicamente aumenta de 
tamanho lentamente e metastiza somente em um 
estágio tardio; 
→ Associação com outros fatores de risco: tabaco 
e álcool. 
→ Caracterizada por um epitélio escamoso 
estratificado atrófico; 
→ Frequentemente demonstrando uma marcante 
produção de ceratina: hiperceratose; 
→ Graus variados de displasia; 
→ Infiltrado inflamatório crônico leve; 
→ O tecido conjuntivo subjacente mostra um feixe 
de alteração basofílica amorfa e acelular conhecido 
como elastose solar (actínica), uma alteração das 
fibras colágenas e elásticas induzida pela luz 
ultravioleta. 
→ Orientar uso de protetor solar labial; 
→ Áreas de endurecimento, espessamento, 
ulceração ou leucoplasia devem ser submetidas à 
biópsia para excluir a possibilidade de carcinoma; 
→ Em casos clinicamente graves sem 
transformação maligna clara, um procedimento 
cirúrgico que emprega a técnica de shave labial 
(vermelhonectomia) pode ser realizado. A mucosa 
do vermelhão é removida e uma porção da 
mucosa labial intraoral é puxada em direção à ferida 
ou permite-se que a ferida cicatrize por segunda 
intenção; 
→ Tratamentos alternativos incluem ablasão a laser 
de CO2 ou de érbio:YAG (Er:YAG), eletrodissecção, 
aplicação tópica de 5-fluorouracil, aplicação tópica 
de imiquimod, terapia fotodinâmica e 
quimioexfoliação; 
→ Um acompanhamento de longa duração é 
recomendado. 
→ Uso de soleiras; 
 
→ Mancha branca ou placa que não pode ser 
caracterizada clínica ou patologicamente como 
qualquer outra doença; 
→ Diagnóstico por exclusão de outras lesões que 
se apresentam como placas brancas; 
→ Sem diagnóstico histopatológico específico; 
→ Lesões tais como líquen plano, morsicatio, 
ceratose friccional, ceratose da bolsa de tabaco, 
estomatite nicotínica, leucoedema, candidíase e 
nevo branco esponjoso devem ser excluídas antes 
que um diagnóstico clínico de leucoplasia possa ser 
feito; 
→ É tipicamente considerada como uma lesão 
pré-cancerosa ou pré-maligna; 
→ A leucoplasia é, de longe, a lesão oral pré-
cancerosa mais comum, representando 85% de 
tais lesões; 
→ Predileção pelo gênero masculino (70%), 
exceto em populações regionais nas quais as 
mulheres utilizam mais os produtos do tabaco do 
que os homens. 
→ O hábito de fumar tabaco aparece mais 
intimamente associado ao desenvolvimento da 
leucoplasia. Mais de 80% dos pacientes com 
leucoplasia são tabagistas; 
→ Quantidade de lesões diretamente proporcional 
a quantidade de consumo de tabaco; 
→ Regressão da lesão após cessar o hábito; 
→ O álcool, que parece ter um forte efeito 
sinérgico com o tabaco em relação à gênese do 
câncer oral, não tem sido associado à leucoplasia.; 
→ Pessoas que utilizam dentifrícios 
ou enxaguatórios bucais contendo o 
extrato da erva sanguinária podem 
desenvolver leucoplasia verdadeira. 
Esse tipo de leucoplasia (ceratose 
associada à sanguinária) é 
geralmente localizado no vestíbulo da maxila ou 
sobre a mucosa alveolar da maxila; 
→ A radiação ultravioleta é aceita como um fator 
causal da leucoplasia de vermelhão de lábio inferior. 
Essa lesão geralmente está associada à queilose 
actínica; 
→ Os fungos da Candida podem colonizar as 
camadas superficiais do 
epitélio da mucosa oral, 
frequentemente produzindo 
uma placa espessa, granular, 
com uma coloração mista de 
vermelho e branco. Os 
termos leucoplasia por cândida e hiperplasia por 
cândida têm sido utilizados para descrever tal lesão. 
→ Afeta pessoas com idade acima dos 40 anos; 
→ A prevalência aumenta rapidamente com a 
idade, especialmente para os homens, 
→ Aproximadamente 70% das leucoplasias orais 
são encontradas no vermelhão do lábio, mucosa 
jugal e gengiva.; 
→ Assoalho e borda lateral de língua: maiores taxas 
de malignização; 
→ Lesões iniciais e brandas surgem como placas 
levemente elevadas cinzentas ou branco-
acinzentadas; 
→ Podem parecer um tanto translúcidas, fissuradas 
ou enrugadas, e que são tipicamente macias e 
planas. 
→ A mucosa afetada pode assumir uma 
consistência de couro à palpação e as fissuras 
podem ser mais profundas e mais numerosas. 
→ Ainda mais intensas, desenvolvem 
irregularidades maiores na superfície. 
→ Projeções afiadas, rombas ou verruciformes 
→ Cada fase clínica tem um potencial de 
transformação maligna diferente; 
→ A leucoplasia verrucosa tem maior 
probabilidade; 
 
 
→ É caracterizada pelo desenvolvimento de 
múltiplas placas ceratóticas com projeções de 
superfície ásperas; 
→ As múltiplas placas da LVP tendem a se 
disseminar lentamente e 
envolver outros sítios da 
mucosa oral.; 
→ Com frequência a gengiva 
está envolvida, embora outros 
sítios também possam ser 
afetados; 
→ Embora as lesões tipicamente iniciem-se como 
hiperceratoses simples e planas que são 
indistinguíveis das lesões comuns de leucoplasia, a 
LVP exibe um crescimento persistente, que ao final 
do processo torna-se de natureza exofítica e 
verrucosa; 
→ Semelhança clínica com o carcinoma verrucoso; 
→ À medida que as lesões progridem, podem 
passar por um estágio no qual são indistinguíveis de 
um carcinoma verrucoso; 
→ Com frequência desenvolvem alterações 
displásicas e se transformam em um carcinoma de 
células escamosas; 
→ Essas lesões raramenteregridem, a despeito da 
terapia; 
→ A LVP é incomum entre as variantes da 
leucoplasia por possuir uma forte predileção pelo 
gênero feminino (1:4 razão homem-mulher) e pela 
associação mínima com o uso de tabaco. 
→ Diagnóstico Histopatológico de displasia epitelial; 
→ Camada espessada de ceratina do epitélio de 
superfície (hiperceratose), com ou sem 
espessamento da camada espinhosa (acantose); 
→ Projeções do tecido epitelial em forma de 
gotas; 
→ Alteração da estratificação epitelial e duplicação 
da camada basal; 
→ Células epiteliais com hipercromatismo, 
pleomorfismo, disceratose e que as mitoses são 
frequentes. 
 
→ As leucoplasias que estejam exibindo displasia 
epitelial moderada ou um quadro mais grave 
justificam a sua destruição ou remoção completa, 
se isso for possível; 
→ A conduta diante das leucoplasias exibindo 
alterações menos graves é guiada pelo tamanho da 
lesão e pela resposta a medidas mais 
conservadoras, tais como o fim do hábito de fumar; 
→ A remoção completa pode ser realizada com 
igual eficiência pela excisão cirúrgica, 
eletrocauterização, criocirurgia ou ablação por laser; 
→ Agentes tópicos: bleomicina, vitamina A; 
→ Agentes sistêmicos: b-caroteno, licopeno, 
retinoides; 
→ Mancha ou placa vermelha que não pode ser 
clínica ou patologicamente diagnosticada como 
qualquer outra condição; 
→ Praticamente todas as eritroplasias verdadeiras 
apresentam displasia epitelial signficativa, carcinoma 
in situ ou carcinoma de células escamosas invasivo; 
→ A eritroplasia também pode ocorrer associada a 
leucoplasia e tem sido observada em conjunto com 
uma grande proporção dos carcinomas orais 
invasores em estágio inicial. 
 
→ A eritroplasia é predominantemente uma 
doença de adultos de meia-idade a idosos, sem 
uma predileção significativa pelo gênero; 
→ O soalho de boca, língua e palato mole são os 
sítios mais comuns de acometimento e múltiplas 
lesões podem estar presentes.; 
→ A mucosa alterada mostra-se 
como uma mácula ou placa 
eritematosa bem delimitada, com 
textura macia e aveludada; 
→ Etiologia: uso de tabaco, 
consumo de álcool, deficiências nutricionais, 
infecções virais, fatores genéticos e hereditários 
→ Geralmente é assintomática e pode 
estar associada a uma leucoplasia 
adjacente, conhecida como 
eritroleucoplasia; 
→ Diagnósticos diferenciais: candidíase, 
psoríase ou lesões vasculares. 
→ Displasia epitelial intensa, carcinoma in situ ou 
carcinoma epidermoide superficialmente invasivo; 
→ Ausência de queratina e epitélio atrófico; 
→ Tecido conjuntivo exibe inflamação crônica. 
 
→ O tratamento da eritroplasia é guiado pelo 
diagnóstico definitivo que é obtido pela biópsia; 
→ Lesões que exibem displasia moderada ou um 
quadro mais grave devem ser removidas 
completamente ou destruídas pelos métodos 
utilizados na leucoplasia; 
→ A recidiva é comum; por essa razão, o 
acompanhamento por longos períodos é sugerido 
para os pacientes tratados.

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