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AVA2 Morfossintaxe e ensino da língua portuguesa

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Universidade Veiga de Almeida
Licenciatura em Letras: Habilitação Português e Inglês
Polo Tijuca
Beatriz de Assis de Carvalho
AVA 2: Morfossintaxe e Ensino da Língua Portuguesa
 Rio de Janeiro
2021
O ensino e a aprendizagem da gramática da língua portuguesa são desafiadores por diversos fatores, dentre eles: as más condições no ambiente de trabalho, a falta de estrutura e até mesmo o desinteresse por parte dos alunos. Entretanto este desinteresse pode-se dar ao fato de os professores continuarem adotando a gramática normativa e o ensino tradicional que é cansativo e repetitivo.
Dito isto é necessário um esforço não só por parte do governo para melhorar as condições de ensino, mas também dos profissionais da área de letras para que possamos passar o conhecimento da gramática de forma produtiva e criativa para os nossos alunos.
 Bagno (2007, p.70):
(...) na verdade, mas do que ensinar, é nossa tarefa construir o conhecimento gramatical dos nossos alunos, fazer com que eles descubram o quanto já sabem da gramática da língua e como é importante se conscientizar desse saber para a produção de textos falados e escritos coesos, coerentes, criativos, relevantes e etc.
Diante disso, sabemos que a gramática possui quatro áreas de estudo: fonologia, morfologia, sintaxe e semântica. Aqui abordaremos especificamente o ensino da morfossintaxe nas aulas de língua portuguesa, bem como, métodos para a melhor absorção do conteúdo.
Os estudos comandados pela sintaxe tratam-se dos padrões de base (suas relações de ordem, concordância e subordinação). As relações entres as palavras formam os sintagmas que por sua vez formam frases (ou orações). Esta área de estudo é responsável por sustentar a capacidade comunicativa do texto.
Já os estudos da morfologia são responsáveis por analisar a estrutura da frase (ou oração), a formação e a classificação das palavras. No ensino tradicional da língua portuguesa este estudo pode se tornar cansativo, pois os alunos são estimulados a decorar as classes gramaticais sem qualquer aprofundamento.
Quando juntamos as duas áreas de estudos citadas anteriormente temos a morfossintaxe que é a junção da morfologia (estudo das formas) e a sintaxe (regras de combinação que regem a formação de frases).
O ensino da morfossintaxe em sala de aula pode ser maçante para a maioria dos alunos, visto que, assim como parte da gramática da língua portuguesa, muitos professores ainda utilizam do método tradicional de ensino que à primeira vista pode ser considerado eficaz, mas que a longo prazo não surte o efeito esperado já que o aluno irá apenas decorar o conteúdo para as provas e trabalhos durante o ano letivo. Mas como podemos melhorar o ensino da morfossintaxe nas escolas?
O professor de português não pode se deixar limitar apenas pelo método tradicional do ensino gramatical, ele deve ousar e buscar materiais que complementem e ajudem no entendimento do conteúdo apresentado para os alunos.
No estudo da morfossintaxe temos os termos da oração que por sua vez são classificados como: essenciais, integrantes e acessórios. 
Os termos da oração compõem a oração integrando o sentido do verbo e dos substantivos presentes nela.
1) Termos Essenciais: são o sujeito e o predicado. É em torno desses dois elementos que as orações são estruturadas. O elemento a quem se declara algo é denominado sujeito. Por sua vez, o predicado é tudo aquilo que se diz sobre o sujeito.
Os sujeitos podem ser determinados (simples, composto e oculto), indeterminados e inexistentes. Enquanto o predicado pode ser verbal, nominal ou verbo-nominal.
2) Termos integrantes da oração: são os termos que compõem a oração integrando o sentido do verbo e dos substantivos presentes nela. São eles: os complementos nominais, objeto direto e objeto indireto (complementos verbais), e agente da passiva.
3) Termos acessórios da oração: são aqueles que modificam ou especificam outros termos e que não são essenciais para a estrutura sintática das orações. São eles: adjunto adnominal, o adjunto adverbial, aposto e vocativo. 
Para que o aluno entenda os conceitos dos termos da oração é necessário apresentar exemplos concretos a fim de que ele possa identificar estes elementos com facilidade. A interação do professor com os alunos faz toda a diferença no aprendizado. Vamos a exemplos de como o professor pode aplicar o ensino da morfossintaxe de forma prática:
FANATISMO (Florbela Espanca)
“Minh ’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer a razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!
Não vejo nada assim enlouquecida ...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida! (...)”
No poema acima há estruturas destacadas que podem ser analisadas pelos alunos para identificarem os termos da oração e questionando-os sobre a importância de cada um deles. O professor também pode escolher diferentes gêneros textuais para realizar esta atividade em sala de aula.
Outra atividade interessante é chamada de Quadro SVO que consiste em fazer com que os alunos aprendam de forma dinâmica a formação das frases. A primeira coluna é representada pela função sintática Sujeito (S), a segunda pelo Verbo (V) e a terceira pelo Objeto (O). Entretanto, o quadro pode ser expandido de acordo com a criatividade do professor.
Com estas atividades sugeridas, os alunos serão capazes de refletir a estrutura morfossintática de uma oração. Além de aprender a gramática no geral de uma forma muito mais leve, aproveitadora e até mesmo divertida.
Referências:
DUARTE, M. E. Termos da oração. In: VIEIRA, S. R.; BRANDÃO, S. F. Ensino de gramática: descrição e uso. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2009. p. 185. Biblioteca Virtual Pearson 3.0.
BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz? 49. ed. São Paulo: Loyola, 2007.
https://repositorio.unb.br/handle/10482/35168 - Acesso em 04/06/2021 
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/o-ensino-gramatica.htm - Acesso em 04/06/2021

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