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Língua Brasileira de Sinais - Libras III - avaliacao final (discursiva)

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20/06/2021 AVA
https://ava2.uniasselvi.com.br/subject/grades-and-tests/answer-book/eyJ0ZXN0Ijp7InRlc3RDb2RlIjoiNjY5OTQ2IiwiZGVzY3JpcHRpb24iOiJBdmFsaWHn428gRmluYWwgKERpc2N1cnNpdmEpIC0gSW5kaXZpZHVhb… 1/2
GABARITO | Avaliação Final (Discursiva) - Individual Semipresencial
Peso da Avaliação
4,00
Qtd. de Questões
2
Nota
10,00
Tratando da aprendizagem de Libras por ouvintes, os autores Leite e McCleary (2009) partem da própria experiência do primeiro deles.
Assim, usando a metodologia de estudos em diário, Leite registrou cotidianamente sua experiência de aprendiz de Libras como segunda língua
em contextos formais e informais, e encontrou algumas dificuldades que ouvintes têm na aquisição da Libras. As dificuldades que encontrou
na área linguística estava relacionada aos seguintes aspectos: modalidade, datilologia, morfossintaxe, classificadores, unidades não manuais,
uso do espaço, a semântica. Disserte sobre essas dificuldades. 
 
FONTE: LEITE, T. A.; MCCLEARY, L. Estudo em diário: fatores complicadores e facilitadores no processo de aprendizagem da Língua de
Sinais Brasileira por um adulto ouvinte. In: QUADROS, R. M.; STUMPF, M. R. Estudos Surdos IV. Petrópolis: Arara Azul, 2009.
Resposta esperada
Modalidade: normalmente, os iniciantes observam as mãos dos sinalizantes e isto faz com que percam informações. Com o passar do
tempo, tomam consciência de que é preciso focalizar o rosto, ganhando, assim, na qualidade da captação e percepção. Datilologia: parece
fácil, entretanto, exige certo ritmo quando inserido no discurso espontâneo. Muitas vezes é dado pouco espaço à prática de soletração
manual nos cursos de Libras. Morfossintaxe: incorre-se no erro de dar muita ênfase no ensino de vocabulário, sem contextualizar a
construção de sentenças, o que leva o ouvinte a produzir os sinais na estrutura linear de sua primeira língua e, por isso, a realização
daquilo que é chamado de uma interlíngua, chamada de Português sinalizado. Classificadores: devido a uma abordagem muito simples
sobre esses elementos por parte dos professores, os ouvintes tendem a ficar confusos quanto ao seu uso e sua semelhança com as
unidades lexicais estabilizadas e, por vezes, tornam-se muito parecidos com pantomimas. Unidades não manuais: essas unidades são
difíceis de produzir, sobretudo porque, como os cursos focalizam muito em ensinar lista de sinais e as expressões são apenas para a
distinção de determinados itens lexicais, as explicações para o uso prosódico e sintático ficam comprometidas. O uso do espaço: no
espaço ocorrem vários processos de recuperação referencial, e isto é de estabelecimento das relações entre as unidades numa sentença,
dispensando a necessidade de artigos e preposições no estabelecimento de certas relações gramaticais e coesivas. Semântica: o ensino de
vocabulário geralmente compreende uma lista de sinais com sua tradução em Português, levando a crer que todos os sinais têm um
equivalente em Português, mas que também algumas palavras do Português podem ter várias acepções de sinais, como no caso do verbo
CAIR.
 
Minha resposta
A modalidade – os iniciantes tendem a observar as mãos dos sinalizantes e isso os faz perder informações. À medida que toma
consciência de que é preciso focalizar o rosto, ganhando, assim, na qualidade da captação e percepção. A datilologia – é reservado pouco
espaço à prática de soletração manual nos cursos de Libras. A morfossintaxe – a ênfase no ensino de vocabulário, sem a devida
contextualização em construção de sentenças, leva o ouvinte a produzir os sinais na estrutura linear de sua primeira língua e, por isso, a
realização de uma interlíngua, muitas vezes estigmatizada, chamada de Português sinalizado. Os classificadores – devido a uma
abordagem simplista sobre esses elementos por parte dos professores, os ouvintes tendem a ficar confusos quanto ao seu uso e sua
semelhança com as unidades lexicais estabilizadas e, muito parecidos com pantomimas. As unidades não manuais – são difíceis de
produzir, porque os cursos privilegiam o ensino de lista de sinais, as expressões são apenas para a distinção de determinados itens
lexicais, as explicações para o uso prosódico e sintático ficam comprometidas. O uso do espaço – ocorrem vários processos de
recuperação referencial, de estabelecimento das relações entre as unidades numa sentença, dispensando a necessidade de artigos e
preposições de certas relações gramaticais e coesivas. A semântica – o ensino de vocabulário geralmente compreende uma lista de sinais
com sua tradução em Português, levando a crer que todos os sinais têm um equivalente em Português, algumas palavras do Português
podem ter várias acepções de sinais.
Os estudos sobre línguas sinalizadas são recentes, e a emergência repentina de pesquisas nessa área da linguística, criou a necessidade
urgente de nomear fenômenos que eram observados durante a descrição das línguas de sinais. O mais adequado foi lançar mão de termos já
usados na descrição das línguas orais e este parece ser o caso dos classificadores. Os classificadores são muito importantes nas línguas de
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1
2
Thaissa Guedes Mendes
Letras - Libras 
43
20/06/2021 AVA
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sinais. Disserte sobre os classificadores e suas características. 
 
FONTE: SCHEMBRI, Adam. Rethinking 'Classifiers' in Signed Languages. In: EMMOREY, K. Perspectives on classifier constructions in
sign languages. London: Lawrence Erlbaum Associates, 2003.
Resposta esperada
Os classificadores são elementos que classificam e especificam determinado aspecto de uma entidade designada por um nome. Seus usos
são variáveis em algumas línguas. A noção de elementos nominais ou verbais classificadores nasce a partir de estudos de línguas
consideradas classificadoras, amplamente estudadas nas línguas faladas por vários autores. Um classificador é um afixo ou pedaço de
palavra que se encaixa ou acompanha um nome ou verbo para dar informações sobre a relação significado-função e a classe a que se
refere esse nome ou verbo. Os classificadores têm significado, já que eles mostram ou apontam alguma característica saliente de um
objeto de mundo que é referido por um nome. Eles podem ser definidos por dois critérios bem específicos: 1. Eles se realizam como
morfemas na estrutura de superfície sob condições específicas; 2. Eles têm significado, já que os classificadores denotam alguma
característica saliente ou imputada a uma entidade que é referida por um nome. Os classificadores em línguas orais podem estar inseridos
em oito categorias diferentes: material (constituição), função, forma, consistência, tamanho, locação, arranjo e quantia. Um classificador
em língua de sinais trata-se de uma configuração manual que se assemelha a um fonema/morfema, cujo significado é construído no
contexto do enunciado. Os elementos classificadores de um (língua oral) e outro (língua de sinais) não representam o mesmo fenômeno.
Libras tem classificadores que se comportam como os que aparecem nas línguas predicativas. Na tipologia e morfologia dos
Classificadores da ASL de Supalla (1981), os classificadores foram divididos em: especificadores de tamanho e forma; classificador
semântico; classificador corpo; classificador parte do corpo; classificador instrumento e morfemas para outras propriedades de classes de
nomes. Algumas configurações classificadoras são mais específicas e remetem a um significado mais estável, outras, porém, são mais
genéricas.
 
Minha resposta
“Classificadores”, são elementos que classificam e especificam determinado aspecto de uma entidade designada por um nome. A língua
de sinais categoriza os objetos de mundo por meio de um processo metonímico, ou seja, consiste na utilização de uma palavra no lugar de
outra com a qual haja uma relação de sentido. Os classificadores foram divididos em: Especificadores de tamanhoe forma: são
configurações de mãos que representam vários aspectos do referente. subdivididos em especificadores de tamanho e forma estáticos:
objetos longos, redondos etc.; e especificadores de tamanho e forma em traço: a mão, movendo-se no espaço, traça as linhas do referente
em duas ou três dimensões; Classificador semântico: são configurações de mãos que representam os referentes enquanto categorias
semânticas: classificadores de objetos com pernas (pessoa, cachorro, aranha etc.); classificadores de objetos horizontais, verticais etc.;
Classificador corpo: todo o corpo do emissor pode ser usado para representar seres animados, sendo esta classe uma marca de
concordância nominal; Classificador parte do corpo: a mão ou alguma outra parte do corpo do emissor é usada para representar uma parte
do corpo de referente. foi dividido em: especificadores de tamanho e forma de parte do corpo (dentes na boca, listras de um tigre) e
classificadores dos membros (mãos e antebraço; pernas e pé); Classificador instrumento: uma representação mimética ou visual
geométrica do instrumento mostra o objeto sendo manipulado, mas este não é diretamente referido. Este tipo foi subdividido em:
classificador mão como instrumento – usados para contrastar os vários meios que a mão interage com objetos sólidos de tamanho e
formato diferentes; classificadores ferramenta – usados para operar ferramentas manualmente; Morfemas para outras propriedades de
classes de nomes: usados para mostrar consistência e textura (líquido, gasoso, macio etc.); integridade física (quebrado, espedaçado etc.);
quantidade (coleção, muitas pessoas etc.); posição relativa (uma pessoa acima de outra, status etc.)
Thaissa Guedes Mendes
Letras - Libras 
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