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Tumores Odontogênicos Compreendem um grupo complexo de lesões de diversos tipos histopatológicos e comportamentos clínicos que apresentam uma origem histológica em comum, os tecidos odontogênicos; São classificados de acordo com a origem das células que estão proliferando. Epitélio: Ameloblastoma; Tumor Odontogênico Adenomatoide. Ectomesenquima: Mixoma. Epitélio Odontogênico e Ectomesenquima. Odontomas. Tumores de Epitélio Odontogênico: 1. Ameloblastoma: Teoria de Surgimento: Oriundo da proliferação de restos da lâmina dentária, do órgão do esmalte em desenvolvimento ou do revestimento epitelial de um cisto odontogênico. Pode estar associado ou não a um dente; Não tem participação do ectomesenquima; É o tipo mais comum de tumor odontogênico derivado do epitélio odontogênico; Prevalência relativa: Soma de todos os outros tumores, exceto odontoma (é o mais comum dos tumores odontogênicos); É uma neoplasia benigna; Possui crescimento lento e indolor; É localmente agressivo (pode se espalhar no tecido); Diagnóstico diferencial: Ceratocisto e cisto dentígero; Podem ser classificado em sólido, unicístico e periférico. Mais comum - 86%; Mais agressiva; Pode acometer uma ampla faixa etária, porém é raro em crianças e com certa predileção em pacientes acima de 20 anos; Maior tendência em negros e pardos; Possui crescimento lento e assintomático; Quando atinge grandes proporções causa assimetria facial; Ameloblastoma Sólido ou Multicístico: O diagnóstico é acidental ou quando há abaulamento das corticais; Dor e parestesia são incomuns, porém quando a lesão cresce muito ela tende a comprimir os nervos; Região de acometimento mais comum é a porção posterior de mandíbula. Características Radiográficas: Inicialmente pode se apresentar unilocular, sendo confundido com ceratocisto; Apresenta-se como uma lesão multilocular radiolúcida (bolhas de sabão ou favos de mel); Margens por vezes festonadas (sem delimitação); Expansão de cortical (osso crescendo junto com a lesão); Reabsorção radicular em lâmina de faca associada ou não; É uma das lesões que apresenta mais variações histopatológicas, pode ser acantomatoso, desmoplásico, células granulares e células basais (Mais comum é a folicular e plexiforme). Histopatológico - Padrão Folicular: Ninhos (menor) e ilhas tumorais (maiores) que lembram o órgão do esmalte; Célula colunares com polaridade invertida (na periferia); Células frouxamente dispostas semelhantes ao retículo estrelado (no centro); Podem estar presentes degenerações císticas dentro das ilhas e ninhos. Histopatológico – Padrão Plexiforme: Longos cordões anastomosados (comunicação); Favos de Mel Bolhas de Sabão Estroma não inflamado Célula colunares com polaridade invertida (na periferia); Raras formações císticas e quando presentes estão no estroma; Estroma arranjado frouxamente. Histopatológico – Padrão Acantomatoso: Sofre metaplasia escamosa (célula sofreu transformação); Frequente formação de ceratina na região central do padrão folicular; Pode ser confundido com CEC, devido à presença de pérolas de ceratina. Histopatológico – Padrão Desmoplásico: Estroma densamente colagenizado; Este padrão tem predileção pela região anterior da maxila; Pequenas ilhas e cordões de epitélio odontogênico; Associado a grande expressão de fatores de crescimento. Tratamento: Localmente agressivo - necessita de margem de segurança; Recidiva de até 15%; Lesão pequena: Enucleação + osteotomia; Lesão grande: Ressecção em bloco. Prevalência de 10 a 46% de todos os ameloblastomas; Melhor prognóstico; Acomete pacientes jovens, 2° década de vida; Possui crescimento lento e assintomático; Região mais comum: Posterior de mandíbula; Ameloblastoma Unicístico: Diagnóstico diferencial: Cisto dentígero. Características Radiográficas: Apresenta-se como uma lesão radiolúcida unilocular, bem delimitada; Causa expansão ou perfuração de cortical; Pode causar deslocamento ou reabsorções de dentes. Características Histopatológicas: A proliferação autônoma das células pode ser luminal (na periferia da lesão), intraluminal (invadindo o interior da lesão) ou mural (invadindo a cápsula da lesão); Podem-se ter os três padrões juntos; Pode ter os mesmos padrões de proliferação celular do ameloblastoma sólido (folicular fusiforme e etc. – sendo luminal, intra ou mural). Padrão Luminal: Parede cística fibrosa; Revestida com epitélio ameloblástico; Camada basal com células colunares/cúbicas com núcleo hipercromático, com polaridade reversa e vacuolização citoplasmática basilar; Células epiteliais sobrejacentes semelhantes ao retículo estrelado. Padrão Intraluminal: Projeções de nódulos de ameloblastoma em direção ao lúmen cístico, associado a inflamação. Cavidade Cística Mural Luminal Intraluminal Padrão Mural: Padrão mais agressivo; Infiltração pode variar em extensão e profundidade. Tratamento: Não costuma ser tão agressivo quanto o ameloblastoma sólido; Excisão cirúrgica simples; Enucleação e osteotomia; Marsupialização, enucleação e osteotomia. Mais raro - 1% de ocorrência; São mais comumente encontrados na mucosa alveolar e gengival posterior - são mais comuns na mandíbula do que na maxila; Indistinguível de um granuloma piogênico ou LPCG; Acomete mais pacientes de meia idade (50 anos); Possui crescimento lento e assintomático; Causa erosão do osso subjacente. Características Histopatológicas: Tratamento: Os pacientes respondem bem à excisão cirúrgica local. Apesar de a recidiva local ter sido observada em 15% a 20% dos casos, uma nova excisão local quase sempre resulta em cura. 2. Tumor Odontogênico Adenomatoide: Oriundo de remanescentes da lâmina dentária; Tem predileção pelo sexo feminino, acometendo jovens, que são diagnosticados quando o paciente tem entre 10 e 19 anos (incomum em pacientes com mais de 30 anos); Ocorrência maior na região anterior da maxila; São relativamente pequenos, não excedem mais do que 3cm; Pode causar pequenos aumentos de volume sésseis na gengiva vestibular da maxila, com consistência óssea (endurecido); Ameloblastoma Periférico: Semelhante ao ameloblastoma sólido ou plexiforme Clinicamente semelhante às lesões fibrosas comuns da gengiva, exceto pela consistência; São assintomáticos; As lesões maiores causam expansão indolor do osso; Diagnóstico diferencial de um cisto dentígero na região anterior da maxila: TOA. Características Radiográficas: Apresenta-se como uma lesão radiolúcida circunscrita, unilocular, podendo envolver a coroa de um dente não erupcionado, sendo mais usual o canino; Frequentemente contém calcificações delicadas (flocos de neve); A imagem radiolúcida pode se estender apicalmente, além da JAM; Pode estar localizado entre as raízes dos dentes, próximo ao ápice dentário, região mediana da raiz, englobando a coroa de um dente incluso ou sem contato com nenhuma estrutura. Características Histopatológicas: Envolvida por uma espessa cápsula fibrosa (melhora o prognóstico); A região central do tumor pode ser sólida ou conter diversos graus de alteração cística; É composto por células epiteliais fusiformes que formam lençóis, cordões ou aumentos de volume espiralados de células em um estroma fibroso escasso; As células epiteliais podem formar estruturas semelhantes a rosetas ao redor de um espaço central, que pode estar vazio ou conter pequenas quantidades de material eosinofílico. Tratamento: Remoção cirúrgica. Cápsula Fibrosa Rosetas
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