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Compreendem um grupo complexo de lesões de diversos tipos histopatológicos e comportamentos clínicos; Algumas são neoplasias verdadeiras e podem exibir comportamento maligno; Demonstram variadas interações indutoras entre o epitélio odontogênico e o ectomesênquima odontogênico. Classificação dos tumores odontogênicos: └ De epitélio odontogênico: ameloblastoma, tumor odontogênico adenomatoide. └ Mistos (epitélio e ectomesênquima): odontomas, fibrossarcoma ameloblástico; └ De ectomesênquima: mixoma, cementoblastoma. Tumor odontogênico clinicamente significativo mais comum; Tumores de origem epitelial odontogênica, sem participação de ectomesênquima; Teorias de surgimento: └ Restos da lâmina dentária; └ Órgão de esmalte em desenvolvimento; └ Revestimento epitelial de um cisto odontogênico; └ Células basais da mucosa oral. Tipo mais comum de tumor odontogênico de epitélio odontogênico; Prevalência relativa: soma de todos os outros tumores, exceto odontoma. Apresenta crescimento lento, localmente invasivos, indolor, com curso benigno na maior parte dos casos. Variantes clínicos-patológicas: 1. Amelobastoma, sólido convencional ou multicístico (86% dos casos); 2. Unicístico (13% de todos os casos); 3. Periférico (1% de todos os casos) Variante mais comum; É encontrado em pacientes com ampla variação etária; Raro em crianças com menos de 10 anos; Incomum no grupo de 10 a 19 anos; Prevalência maior acima de 20 anos de idade. Sem predileção significativa por gênero. Ocorre mais na mandíbula (80 a 85%), na região de ramo e corpo mandibular; 15 a 20% ocorre em maxila, em regiões posteriores; CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS Assintomático; Apresenta crescimento lento; Diagnóstico: acidental durante exame radiográfico ou quando há abaulamento das corticais; Apresentação clínica usual: tumefação indolor ou expansão dos ossos gnáticos; Se não tratada, a lesão pode crescer lentamente até atingir proporções grandes ou grotescas; Causa assimetria facial; Dor ou parestesia são incomuns. CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS Lesão radiolúcida multilocular; Aspecto radiográfico: “bolhas de sabão” (quando as loculações são grandes) ou como “em favos de mel” (quando as loculações são pequenas); Obs: pode apresentar-se unilocular. Margens por vezes festonadas; Expansão vestibular e lingual das corticais; A reabsorção das raízes dos dentes adjacentes ao tumor é comum (reabsorção em lâmina de faca); CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS Padrões histológicos: └ Folicular e plexiforme (mais comuns); └ Acantomatoso, desmoplásico, de células granulares e de células basais Padrão folicular: └ Ilhas de epitélio lembram o epitélio do órgão do esmalte em meio a um estroma maduro de tecido conjuntivo fibroso; └ Células colunares com polaridade invertida, na periferia, lembrando o epitélio interno; └ Células angulares arranjadas frouxamente na região central, lembrando o retículo estrelado. └ Degeneração cística. └ A formação de cistos é comum e pode variar desde microcistos, que se formam dentro das ilhas de epitélio, até grandes cistos macroscópicos, que podem ter muitos centímetros de diâmetro. Padrão plexiforme: └ Cordões longos e anastomosantes ou lençóis maiores de epitélio odontogênico; └ Os cordões são delimitados por células colunares ou cúbicas, semelhantes a ameloblastos, circundando as células epiteliais arranjadas mais frouxamente; └ O estroma de suporte tende a ser vascular e arranjado frouxamente; └ Raras formações císticas e, quando presentes, estão no estroma. Padrão acantomatoso: └ Quando ocorre metaplasia escamosa extensiva; └ Associada à formação de ceratina, nas regiões centrais das ilhas epiteliais de um ameloblastoma folicular; └ Pode ser confundida com um CEC. Padrão desmoplásico: └ Pequenas ilhas e cordões de epitélio odontogênico em um estroma densamente colagenizado; └ Associado a grande expressão de fatores de crescimento. └ Apresenta predileção pela região da maxila. TRATAMENTO Simples enucleação + osteotomia, seguida por curetagem até a ressecção em bloco; São localmente invasivos, necessitando de margem para resseção cirúrgica; Recidiva: até 15% dos casos. Prevalência: 10% a 46% de todos os ameloblastomas intraósseos; São mais frequentes em pacientes mais jovens (2ª década de vida); Região mais comum: região posterior de mandíbula; Diagnóstico diferencial: cisto dentígero. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS Assintomática, de crescimento lento. Aparece tipicamente como uma imagem radiolúcida circunscrita que envolve a coroa de um terceiro molar inferior não erupcionado; Lesão radiolúcida, unilocular; Bem delimitada; Expansão ou perfuração de cortical; Relacionado com deslocamento e reabsorção de dentes. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS Ameloblastoma unicístico luminal: └ O tumor está confinado à superfície luminal do cisto; └ Parede cística fibrosa com um revestimento epitélio ameloblástico; └ Epitélio exibe uma camada basal de células colunares ou cúbicas com núcleo hipercromático, que apresenta polaridade reversa e vacuolização citoplasmática basilar; └ Células epiteliais sobrejacentes estão frouxamente coesas e lembram o retículo estrelado; Ameloblastoma unicístico intraluminal: └ Um ou mais nódulos de ameloblastomas se projetam do revestimento cístico em direção ao lúmen do cisto; └ Associado a inflamação. Ameloblastoma unicístico mural: └ A parede fibrosa do cisto está infiltrada por ameloblastoma típico folicular ou plexiforme; └ A extensão e a profundidade da infiltração por ameloblastoma podem variar consideravelmente; └ Padrão mais agressivo. TRATAMENTO Excisão cirúrgica simples - chance de recidiva Enucleação + osteotomia Marsupialização + enucleação e osteotomia Lesão incomum; Prevalência: cerca de 1% a 10% de todos os ameloblastomas; Localização: gengiva; └ Indistinguível de um granuloma piogêncio e lesão periférica de células gigantes. Surge dos restos da lâmina dentária sob a mucosa oral, ou das células basais do epitélio de superfície; CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS Lesão indolor, não ulcerada, séssil ou pedunculada, que acomete a mucosa gengival ou alveolar; Comum em pacientes de meia-idade: 50 anos. A maioria dos casos mede menos de 1,5cm; São mais comumente encontrados na mucosa alveolar e gengival posterior; São mais comuns na mandíbula do que na maxila; Crescimento lento e assintomático; Causa erosão do osso subjacente; Comportamento clínico inócuo. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS Semelhante ao ameloblastoma sólido folicular ou plexiforme. TRATAMENTO Excisão cirúrgica simples; Recidiva: 25 – 20% dos casos.
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