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FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA JAILSON COSTA DOS SANTOS * educacionalgente criando o futuro Presidente do Conselho de Administração Diretor-presidente Diretória Executiva de Ensino Diretória Executiva de Serviços Corporativos Diretória de Ensino a Distância Autoria Projeto Gráfico e Capa Janguiê Diniz Jânyo Diniz Adriano Azevedo Joaldo Diniz Enzo Moreira Prof.Jailson Costa dos Santos DP Content DADOS DO FORNECEDOR Análise de Qualidade, Edição de Texto, Design Instrucional, Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico e Revisão. © Ser Educacional 2019 Rua Treze de Maio,n°254, Santo Amaro Recife-PE - CEP 50100-160 *Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria,salvo quando indicada a referência. Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.°9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal. Imagens de ícones/capa:© Shutterstock Boxes< ASSISTA Indicação de filmes, vídeos ou similares que trazem informações complementares ou aprofundadas sobre o conteúdo estudado. CITANDO Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada pessoa relevante para o estudo do conteúdo abordado. sr m CONTEXTUALIZANDO Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato; demonstra-se a situação histórica do assunto. zrm .«= .9 CURIOSIDADEInformação que revela algo desconhecido e interessante sobre o assunto tratado. DICA Um detalhe específico da informação,um breve conselho,um alerta, uma informação privilegiada sobre o conteúdo trabalhado. EXEMPLIFICANDO Informação que retrata de forma objetiva determinado assunto. EXPLICANDO Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específica da área de conheci- mento trabalhada. FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA Unidade 1 - Introdução à Estatística Objetivos da unidade .12 Evolução dos conceitos e aplicações em Inteligência Analítica Ciclo de vida dos dados Conceito e tipos de informação Classificações de conhecimento Howard Gardner e o estudo da Teoria das Inteligências Múltiplas. .13 .15 .19 .21 .23 Introdução ao Ciclo de Inteligência Competitiva Uso da informação para tomada de decisão... .27 .29 Sistemas Transacionais Introdução à Teoria Geral dos Sistemas Classificação e modelos de sistemas de informação Conceitos de planejamento de sistemas .29 .30 .31 .32 Sistemas de apoio à decisão . Classificação de sistemas. .33 .33 Sintetizando Referências bibliográficas . .36 .37 oFUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA Unidade 2 - Introdução à Mineração de Dados Objetivos da unidade .40 Arquitetura Tecnológica para Ambientes Analíticos Introdução à Big Data Infraestrutura para Big Data Tecnologias fundamentais em Big Data e Inteligência Analítica Interfaces da Big Data .41 .42 .43 .46 .47 Descoberta do conhecimento Classificações de conhecimento .48 .52 Técnicas de Mineração de Dados Visão geral da tecnologia de Data Mining Classificação de técnicas de Data Mining Abordagens para outros problemas de Data Mining Aplicações de Data Mining Ferramentas comerciais para Data Mining .53 .55 .57 .58 .59 .60 Preparação dos dados. .60 Sintetizando Referências bibliográficas . .64 .65 OFUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA Unidade 3 - Introdução aos modelos de agrupamento e predição Objetivos da unidade .68 Construção de modelos de agrupamento Métodos hierárquicos Métodos particionais Avaliação da qualidade do agrupamento .69 .69 .74 .78 Análise de modelos de agrupamento Conceitos básicos Aplicações de técnicas de agrupamento , Limitações Medidas de similaridade .78 .78 .81 .83 .83 Construção de modelos de predição Fundamentos de séries temporais Análise dos modelos de predição Métodos estatísticos Métodos de aprendizado por máquinas Técnicas de estimação de parâmetros . .85 .87 .88 .90 .91 .92 Sintetizando Referências bibliográficas . .93 .94 FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA Unidade 4 - Aplicação e persistência do conhecimento Objetivos da unidade .97 Utilização conjunta de modelos de agrupamento e predição Machine Learning Aplicações do Machine Learning Métodos do Machine Learning .98 .99 .100 .101 Aplicações do conhecimento Conceitos fundamentais de análise de dados Ferramentas das análises de dados Aplicação do conhecimento na área empresarial. .102 .102 .104 .112 Persistência do conhecimento Gestão de lições aprendidas Fluxo contínuo dos dados ( Data Streaming ) .113 .114 ,117 Tecnologias fundamentais e pesquisas emergentes Evolução da inteligência analítica Tecnologias fundamentais e pesquisas emergentes em inteligência analítica .118 .118 .119 Sintetizando Referências bibliográficas. .122 .123 FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA A k Apresentaçãov Esta disciplina apresentará aos alunos os conceitos Fundamentais de Inteligência Analíti- ca e ensinará de maneira clara e coesa como obter inteligência através de ferramentas dispo- níveis no mercado que efetuam a análise massiva de dados em Data Science, tanto na teoria quanto na prática. A Inteligência Analítica pode ser compreendida, inicialmente, através do conceito de da- dos, que é considerado a menor observação genérica na criação de informações e posterior- mente de conhecimentos, que leva a um desenvolvimento de inteligência na tomada de deci- sões, principalmente dentro das organizações empresariais. O material abordará também a definição de Banco de Dados como um sistema de armaze- namento dos dados gerenciáveis, com o intuito de gerar uma importante quantidade desses elementos (Big Data). O aluno perceberá que pode utilizar o Big Data como fonte de extração de dados e que após serem utilizadas as ferramentas adequadas de Business Intelligence, o conduzirão ao entendimento de Inteligência Analítica. Por fim, serão explanados profundamente os conceitos como Data Mining e Analytics, a fim de entender como é feita a descoberta, a interpretação e a comunicação de alguns pa- drões para melhor orientar na tomada de decisões de maneira eficiente e voltada para a área de Negócios Empresariais. FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA O Professor Jailson Costa dos Santos é Es- pecialista em Docência do Ensino Superior pela Universidade Paulista. (12/2017). É Espe- cialista em Engenharia de Software pela Uni- versidade Braz Cubas. (12/2018). É especialista em Governança em Tecnologia da Informação pela Universidade Nove de Julho. (12/2018). Graduado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pela Universidade Mogi das Cruzes. (07/2015). Atualmente, ministra disciplinas de Desenvolvimento de Software para os cursos de Engenharia da Computação, Sistemas da Informação e Tecnólogo em Análise e Desen- volvimento de Sistemas. Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/1518555946125894 Dedico este trabalho a Deus, pelo dom da vida e oportunidade de aprendizagem, aos meus pais, esposa, irmã e sobrinha que me incentivaram com seus carinhos e afagos, sempre. Aos meus alunos que me conduziram a este aprendizado e foram incentivadores deste novo desafio. Enfim, muito obrigado. FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA \ ser educacional Objetivos da unidade •Entender a evolução dos conceitos aplicáveis em Inteligência Analítica, relacionando o en- tendimento de dados, inteligência e conhecimento; # Discutir o conceito da Introdução ao Ciclo de Inteligência Competitiva; •Abordar Sistemas Transacionais; # Debater o entendimento sobre Sistemas de Suporte à Decisão. Tópicos de estudo •Evolução dos conceitos e aplicaçõesem Inteligência Analítica # Ciclo de vida dos dados # Conceito e tipos de informação •Classificações de conhecimento•Howard Gardner e o estudo da Teo- ria das Inteligências Múltiplas # Sistemas Transacionais # Introdução à Teoria Geral dos Sistemas # Classificação e modelos de sistemas de informação # Conceitos de planejamentode siste- mas # Sistemas de apoio à decisão # Classificação de sistemas# Introdução ao Ciclo de Inteligência Competitiva •Uso da informação para tomada de decisão FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA o •iEvolução dos conceitos e aplicações em Inteligên- cia Analítica As relações sociais e económicas existentes em todo o mundo estão em constante evolução. É claramente perceptível que, independente da atividade que o indivíduo desenvolva ou o grau de abrangência da sua rede de contatos, sendo elas profissionais ou pessoais,um importante componente tem sido utilizado para dinamizar as relações entre as pessoas e as empresas: o uso da informação como fonte de disseminação do conhecimento. Com a popularização da internet, a circulação de dados, que são fontes da informação, se tornou bastante acessível. Paralelo a isso,é cada vez maior a busca por profissionais com capa- cidade analítica dos dados, que produzam informação e gerem conhecimento. Neste capítulo introdutório, serão abordados temas como a origem histórica do uso de dados, o conceito do que é um dado, qual a tratativa que deve ser realizada para que se torne uma infor- mação e posteriormente um conhecimento cientifico. Será evidenciado também a ideia de inteligência e a sua importância na análise de dados. Conceito de Dados Os estudos iniciais sobre Sistemas de Informação ocorrem com a conceituação de dados. Existe uma diversidade de ideias e conceitos sobre o tema. CITANDO Para Oliveira (1999) citado por Mulbert e Ayres (2007,p. 22), dado "é qualquer elemen- to identificado em sua forma bruta que por si só, não conduz a uma compreensão de determinado fato ou situação". O dado tem como objetivo primário evidenciar uma determinada situação e não está direta- mente ligado ao resultado de uma determinada ação e sim como fonte bruta para a geração de informações. Dados podem se materializar em forma de códigos (palavras,algarismos, caracte- res ou outros símbolos). Considere, por exemplo, o nível de vendas obtido em determinado estabelecimento, ou loja, em que determinado consumidor responda a uma campanha promocional e gere uma série de arquivos numéricos não tratados. O conjunto de dados passa a ter relevância quando é aliado a um procedimento de análise que promova determinada informação e, a partir de então, possa ser utilizado pela gestão. Em sua obra Essentials of Management Information Systems (2003), os autores Jane & Kenneth C. Laudon evidenciam de maneira sintetizada a relação entre dados e informação, a partir de arquivos de um determinado estabelecimento comercial, o que pode ser visualizado na Fig. 1: FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA INFORMAÇÃODADOS 331 DETERGENTE BRITE 1,29 863 CAFÉ BL HILL 173 MEOW CAT 331 DETERGENTE BRITE 663 COUNTRY HAM 524 FLERY MUSTARD 113 GINGER ROOT 331 DETERGENTE BRITE LOJA: SUPER LOJA n 122 NOROESTEREGIÃO DE VENDAS: N. ITEM: DESCRIÇÃO: UNIDADES VENDIDAS: 7.156 3310,79 DETERGENTE BRITE TOTAL DE VENDAS ANUAIS: S 9.231.24 Figura 1. Esquema explicativo sobre dados e informação. Fonte: LAUDON;LAUDON, 2003 . (Adaptado). Observa-se que, no campo "Dados", são apresentados elementos relacionados a códigos, tipos e preços do produto, sem nenhuma grande observação ou tratativa. No campo "Informação", foi inserido um item e dele extraído uma série de informações relevantes (unidades vendidas, região onde ocorreu as vendas, total das vendas), com o intuito de permitir aos analistas e gestores do estabelecimento realizar a avaliação necessária para a criação de cenários e projeções.O conceito de informação será abordado com maiores detalhes na próxima seção, mas é possível verificar a diferença básica entre os dois: Dados e Informação. Quanto à classificação, os dados podem se subdividir em: estruturados, semiestruturados ou não estruturados. Define-se, Dados Estruturados, como aqueles que são armazenados nos Bancos de Dados, ou seja, organizados para serem utilizados ou recuperados futuramente. Re- presentada em um formato estrito, os tais dados podem ser dispostos em colunas ou linhas, que permitem uma análise diversificada sobre determinada informação. Uma enorme quantidade de dados é com- partilhada a todo tempo, oriundas das mais va- riadas fontes. O desafio do banco de dados é o de filtrar os dados mais relevantes e transfor- má-los em informações.Essas informações são obtidas por meio de aplicativos, que armaze- nam dados de maneira a facilitar a sua busca e manipulação,porém vale ressaltar que,na rede de internet, apenas um quarto desses dados estão armazenados.Muita informação criada não consegue ser minerada e organizada e acaba se tornando lixo eletrónico, o que prejudica as buscas e muitas vezes a torna desnecessária. Os semiestruturados apresentam estrutura heterogénea,pois não podem ser considerados como estritamente tipados nem como Não Estruturados(como os dados encontrados na web,por exemplo). Figura 2. Exemplo de c Fonte: Shutterstock. A dados estruturados em bancos de dados. cesso em:29/01/2019. FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA As características principais de dados semiestruturados são: •Definição à posteriori: projetos para dados semiestruturados são comumen- te estabelecidos após a verificação da existência dos dados, baseadas em aná- lises das estruturas particulares e da apreciação de similaridades e diferenças; •Estrutura irregular: ocorre quando a coleção de dados apresenta similaridade e estão dispos- tos de formas variadas, podendo em algumas situações dispor de informações incompletas ou adicionais em relação a outras; •Estrutura implícita: a estrutura está implícita na forma como os dados são expostos. É neces- sário realizar uma computação para obter essa estrutura; •Estrutura parcial: apenas parte dos dados disponíveis pode ter alguma estrutura,seja implícita ou explícita; •Estrutura extensa: por ser heterogéneo, a estrutura para esses dados é grande; • Estrutura evolucionária: a estrutura dos dados modifica-se tão frequentemente quanto os seus valores. Dados não estruturados são classificados como aqueles que não foram codificados,estrutura- dos em linhase colunas,ou registros.Representam a maioria dos dados encontrados,não compõem a rede e normalmente estão fora do banco de dados.Apresentam-se como informações armazena- das em contexto e estão dispostas em grande parte nas redes sociais. O conjunto de dados,no momento em que serve de subsídio para a geração de informação,deve estar inserido dentro de um contexto, já que a falta de qualidade na seleção dos dados pode provo- car um prejuízo para quem utiliza essas informações. Se uma empresa, por exemplo, realizar uma pesquisa de satisfação levando em consideração a opinião individual de um consumidor específico, não terá um parâmetro confiável para avaliar a sua imagem no mercado,ou seja,somente um con- junto de dados trará subsídios para a geração de informações confiáveis na tomada de decisão. [i]il o *»Ciclo de vida dos dados Como já foi citado, os dados são considerados os elementos mais brutos, isolados e não possuem relevância em termos de análise. São as "observações sobre o estado do mundo", como define Davenport (1998, p. 18) e somente quando inseridos em um contexto, poderão ser fontes de informação. Entretanto, a coleta de dados que for realizada sem qualidade provoca um prejuízo na geração de informações e, consequentemente, de conhecimento, sobretudo para aqueles que utilizam a informação na tomada de decisão. O dado, quando avaliado de maneira individuali- FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA zada, não indica resultados relevantes, ou seja, isso só ocorre quando se obtém uma série de elementos dos quais se pode retirar informações significativas. EXEMPLIFICANDO Uma pesquisa eleitoral, por exemplo,só consegue indicar um possível resultado caso o pesquisador reúna um conjunto de opiniões sobre um determinado candidato, o que dificilmente ocorre quando a análise se dá de maneira isolada. A geração de informações e conhecimento, segundo Barbieri (2011) é condicionadaà extra- ção de dados,considerada pelo autor como o principal insumo, tanto nas organizações empre- sariais, quanto para estudos científicos. É uma preocupação permanente dos gestores de sis- temas possibilitar o acesso dos dados aos interessados (geralmente pesquisadores e analistas) de forma a contribuir com a geração de informação com credibilidade. Quanto mais tecnologia aplicada, maior a acessibilidade e qualidade dos dados. Para Santana (2013), o acesso aos da- dos é garantido caso haja um melhoramento nas etapas, desde o planejamento até a criação dos dados e, a partir de então,estarão dispostos ao pesquisador. Isso ocorre,segundo o autor, por meio de Tecnologias da Informação e Comunicação e através da Ciência da Informa- ção, que podem auxiliar também na criação de novos modelos teóricos, que contribuam para ampliar o processo de acesso aos dados e atender as diferentes necessidades informacionais. Quanto ao ciclo de vida dos dados, Santana (2013), desenvolveu um modelo que leva em consideração características específicas da Ciência da Informação, conhecido como CVD-CI. DIAGRAMA 1. MODELO DE CICLO DE VIDA DOS DADOS, BASEADOS NA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO (CVD-CI) PRESERVAÇÃO COLETA 3ARMAZENAMENTORECUPERAÇÃO | ~| FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA O Modelo CVD-CI é composto por um processo de quatro fases: coleta, armazenamento, recuperação e descarte dos dados. As referidas etapas são permeadas por seis objetivos: pri- vacidade, qualidade, direitos autorais, integração, disseminação e preservação. Inicialmente,o modelo CVD-CI se ocupa na avaliação da fase de coleta,na qual ocorre o pro- cedimento de planejamento do dados,avaliação e escolha. As ações relacionadas ao processo, modificação, transmissão e preservação digital do dado ocorrem na fase de armazenamento. O processo de recuperação é quando concede-se o acesso efetivo aos dados, normalmente aos profissionais da pesquisa, tanto para consulta e observação dos dados, quanto para a estrutura, tratamento e representação, que são realizadas após a coleta dos dados. A fase de recuperação pode gerar dados que, ciclicamente, podem retomar ações da fase de coleta ou da fase de armazenamento, o que possibilita afirmar que essas fases sejam reiniciadas com a geração de novos dados. Por fim, o descarte ocorre quando aquilo que foi planejado, a priori, para os dados é alcan- çado, ou quando o tempo de armazenamento atinge o seu limite. Governança de Dados Conceituada como o exercício da tomada de decisão e de autoridade para assuntos relacio- nados a dados, a Governança de Dados, determina desde as políticas a serem adotadas em relação aos dados criados dentro de uma organização, até quais métodos serão utilizados nas ações do ciclo de vida dos dados, que vão desde a criação,até a eliminação de dados. CITANDO Analisando mais profundamente sobre o tema,Lisa Loftis, em entrevista disponível no vídeo 0 que é governança de dados?,do canal SAS Software Brasil,descreve que "a governança de dados é uma estrutura que orienta e estabelece estratégias, políticas e objetivos com a finalidade de gerenciar os dados, como se fossem qualquer outro recurso de uma organização". B!— Pode se considerar que no conceito defendido por Lisa Loftis (2014), os dados são a base dos recursos para as empresas, precisam ser geridos e passar por acompanhamento, pois são considerados como matéria prima e auxiliam no atingimento da missão e dos objetivos. Im- plementar a governança de dados requer o conhecimento da cultura organizacional e a forma como são tomadas as decisões na organização, para que assim o gestor consiga extrair vanta- gens da forma como sua empresa se comunica. A governança de dados busca atingir algumas metas: de imediato, é preciso melhorar a tomada de decisão e minimizar as divergências operacionais, direcionando os colaboradores para a adoção de medidas triviais para questões similares acerca de dados e, consequente- FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA mente, estabelecer modelos para os processos e restringir os custos dentro da organização. Proteger as demandas dos interessados nos dados gerados e estabelecer uma transparência nos processos é também considerado como objetivos da governança de dados, conforme é sintetizado no Diagrama 2. DIAGRAMA 2. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA GOVERNANÇA DE DADOS, NO QUE SE REFERE À PROTEÇÃO DATA GOVERNANCE Concluindo, a governança possui também a tarefa de acompanhar a gestão de dados, para que os mesmos estejam afinados com as metas da organização, além verificar a eficá- cia e a eficiência desses objetivos planejados pelo nível estratégico da administração. Importância do uso dados no ambiente empresarial O fluxo de dados está presente em nosso cotidiano. O acesso à internet e o uso de sa- télites permitem a visualização de dados em larga escala, o que possibilita, por exemplo, a compra de passagens, visualizar condições meteorológicas, ou simplesmente se locomo- ver. No ambiente empresarial, o uso de dados torna as operações mais globalizadas, com a introdução de produtos e atendendo a demanda em novos mercados. O agronegócio tem obtido ganhos subs- tanciais na área estratégica com a intro- dução da coleta de dados e com o auxílio da tecnologia avançada na sua plataforma de produção. São cada vez mais comuns a pesquisa acadêmica presente no agrone- gócio, aliada ao uso de tecnologias moder- nas (uso de drones, por exemplo), com o intuito de coletar dados importantes que serão avaliados para que se transformem em informação. Figura 3.Uso de drones no setor agropecuário. FonteAcesso em:29/01/2018. :Shutterstock. FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA Outro setor que vem utilizando com frequência os dados é o setor público. Historicamente, este setor apresenta uma certa restrição ao uso da tecnologia na execução nas suas ativida- des.No caso brasileiro, por exemplo,é comum ainda se visualizar maquinas de escrever, assim como uso do papel físico para o arquivamento de documentos. Entretanto, em alguns setores, principalmente os que se utilizam de um grande volume de informações, tem utilizado a cole- ta de dados como fonte primordial para a execução de suas atividades. EXEMPLIFICANDO A Polícia Federal, por exemplo, tem utilizado o recurso da coleta de dados como um fator diferencial no combate ao crime de pedofilia e na solução de casos de corrupção sistémica,envolvendo políticos, agindo como maior rapidez e eficiência. O uso dos dados tem auxiliado também na organização da infraestrutura do setor público, de uma forma geral, criando condições para atender com maior eficiência as demandas da população. As economias globais hoje funcionam com maior assertividade, graças ao uso de dados produzidos e compartilhados, permitindo o fluxo de capitais em todo o mundo. O •iConceito e tipos de informação Agora, queridos alunos, abordado o co- nhecimento sobre dados, a sua importância dentro das organizações e na vida particular das pessoas em geral, discutiremos sobre a evolução do tratamento de dados e sua trans- formação em informação, ou seja, a condição que a coleta de dados analisada com qualida- de proporciona no meio organizacional. O uso da informação, dentro de um con- texto histórico, vem passando por evoluções, trazendo impactos na sociedade e nas orga- nizações, de uma maneira geral. Segundo a corrente ideológica defendida por Calazans (2006), a informação é dividida em revolu- ções dentro da história. KSIfiCKtllllii'Bsrmm FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA CONTEXTUALIZANDO A invenção da escrita é considerada a Primeira Revolução, ocorrida aproximadamente há seis mil anos e a Segunda foi o surgimento do livro escrito, ocorrida na China em 1300 a.C. A invenção da imprensa e do tipo móvel, idealizada por Gutenberg (1450-1455), foi considerada a Terceira Revolução da informação, momento em que já era possível visualizar os seus impactos em relação às instituições e ao sistema de ensino,trazendo o conceito do ensino universal e modificações profundas na sociedade, ensino e cul- tura.A Quarta Revolução da Informação, que está em andamento, caracteriza-se pelo crescimento exponencial de livros e revistas e canais eletrónicos nos variados campos e interesses, em que a troca de informação passa a ser tema principal,se sobressaindo em relação à educação e ao entretenimento. Considerada como elemento preponderante para o desempenho das organizações e da sociedade, a informação tem forte impacto na tomada de decisões. Por definição, a informa- ção serve como um elo de ligação entre o dado considerado bruto e o conhecimento. Pode ser conceituado ainda como "um conjunto de dados coletados,organizados,ordenados, aos quais são atribuídos significados e contexto"(MÚLBERT & AYRES,2007,p. 23 apud MCGEE e PRUSAK, 1997 p. 13). Se os dados podem ser considerados como observações iniciais, as informações estão relacionadas à importância e finalidade que são atribuídas aos dados observados. Diante da variedade e velocidade na troca de informações, é consenso entre as organiza- ções buscar informações que possuam valores comerciais e que permitam maximizar os pro- cessos de produção, viabilizando o seu desenvolvimento. Segundo Beluzzo & Dias (2003), as informações podem ser classificadas quanto a sua natureza e finalidade, conforme o Quadro 1: QUADRO 1. CLASSIFICAÇÃO DE INFORMAÇÕES QUANTO À NATUREZA E FINALIDADE TIPO DE INFORMAÇÃO CARACTERÍSTICAS A informação científica é o conhecimento resultante da pesquisa que se acrescenta ao entendimento universal existente.Científica A informação tecnológica é todo tipo de conhecimento relacionado com o modo de fazer um produto ou prestar um serviço, tendo como objetivo a sua colocação no mercado.Tecnológica A informação estratégica é a que se refere ao conhecimento das tendências do merca- do,das conjunturas económicas que afetam o comportamento do mercado,das em- presas fornecedoras de insumos,matérias-primas e produtos concorrentes das organi- zacões concorrentes, e implantação ou em expansão e do seu ambiente operacional. A informação de negócios é aquela que subsidia o processo decisório do gerenciameiv to das empresas industriais,de prestação de serviços e comerciais, nos seguintes as- pectos: companhias, produtos, finanças, estatísticas, legislação e mercado. Estratégica Negócios Fonte: BELUZZO & DIAS, 2003. (Adaptado). FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA o «Classificações de conhecimento Chegamos a um ponto importante do estudo, em que será retratada a evolução da informação para o conhecimento. Como o conhecimento é classificado,quais os tipos e como ele se tornou um ponto diferencial no mundo dos negócios. •As ideias conceituais sobre conhecimento abrangem uma série de definições bastante difun- didas no meio acadêmico e profissional. Entende-se como conhecimento, a abstração interior e pessoal de algo que foi experimentado ou vivenciado por alguém. Ele está relacionado com o saber,a descoberta, a revelação, o experimento. Conhecimentonão pode ser descrito,já que esse conceito é atribuído à informação.Também não depende apenas de uma interpretação pessoal, pois requer uma vivência do objeto do conhecimen- to.Portanto, tal conceito está no âmbito puramente subjetivo do homem. Basicamente, podemos definir ou classificar todo o conhecimento em quatro tipos, sendo eles: científico, popular, filosófico e religioso. Conhecimento científico: Caracteriza-se pelo fato de lidar com ocorrências e fatos nos quais as hipóteses podem ser valida- das ou descartadas com base na experimentação.Também visto como um conhecimento sistemáti- co na formulação de ideias que abrangem o todo do objeto delimitado para estudo. O conhecimento científico também pode ser verificável, no sentido em que as hipóteses não comprovadas são excluídas do campo da ciência. Por fim, esse conhecimento pode ser falível, ou seja,nenhuma verdade é definitiva e absoluta e novas proposições e novas tecnologias podem refor- mular o conhecimento científico existente. Em outras palavras, o conhecimento cientifico vem con- trapor a ideia do senso comum,que consiste em um conjunto de informações que não seguem uma sistematização e são dispostas de forma fragmentada. No instante em que tais informações evo- luem para a comprovação empírica, logo o senso comum vai cedendo espaço para se tornar ciência. A rigorosidadeobservada na ciência enas suas proposições,são baseadas emfatosverídicos.A bus- ca sobre questionamentos como: o que é a verdade? O que podemos comprovar? E como podemos comprovar?Todos estes questionamentos exemplificam a finalidade do conhecimento científico, Conhecimento popular: Conhecido desde a época dos homens das cavernas, o conhecimento popular é um conheci- mento passado entre gerações, dando origem a todos os outros tipos de conhecimento. É correto afirmar que a maioria dos fatos do nosso cotidiano atual teve origem no senso comum. Osconhecimentos populares,após a devida comprovação empírica,foram organizados de maneira sistémica e adquiridos pela ciência.Porém,algumaspráticas passadas degeraçãoemgeraçãonão pos- suem respaldo científico,mas são amplamente difundidas,como:as superstiçõese os ditos populares. FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA Conhecimento filosófico: O conhecimento filosófico surge a partir da ideia do questionamento e da busca do entendimento coerente e total da realidade. Não pode ser verificável, tão pouco refutado, já que não há possibilidade de sua confirma- ção, além de basear-se na dedução e na ex- periência. Pode ser considerado racional, por consis- tir de um conjunto de enunciados logicamen- te relacionados e sistemáticos, devido ao fato das hipóteses e enunciados buscarem uma re- presentação coerente e geral da realidade estudada. Os gregos são conhecidos por terem sido os primeiros a proporcionar a ideia de conheci- mento de maneira sistematizada,através da separação de classes,em que os homens conside- rados livres ficavam responsáveis pelo trabalho intelectual e os escravos pelo trabalho braçal, segundo Matallo Júnior (1989), o comércio e a moeda contribuíram para o alargamento dos horizontes do pensamento dos gregos. O pensamento pré e pós-socrático influenciaram o pensamento ocidental.Criador da dialé- tica, que consiste na discussão de ideias e contradições, Sócrates é considerado o primeiro grande filósofo grego e suas conceituações chegaram até nós por meio das obras de discípu- los, como Platão e Xenofonte. Diante destas evidências, se conclui que a Filosofia e Ciência são áreas do conhecimento com similaridades importantes, já que surgiram no mesmo local (Grécia), na mesma época (aproximadamente seis séculos antes de Cristo) e basicamente com o mesmo objetivo: a bus- ca da verdade através da sistematização do conhecimento. Enquanto a Ciência é baseada em fatos, tentando estabelecer leis e padrões, a Filosofia é especulativa, baseada principalmente na argumentação. Conhecimento religioso: O conhecimento religioso é tão antigo quanto o conhecimento popular e faz parte da característica humana buscar explicações para suas dúvidas. Em muitos casos, o homem se questionou sobre o porquê de determinados fenômenos e não conseguiu uma explicação na- tural. A explicação sobrenatural, o mito, surge neste contexto com o objetivo de tranquilizar o homem, porque esse mito forneceria a explicação necessária para a sua dúvida. O homem percebeu, ao longo da sua evolução, que a natureza era regulada por ciclos, en- tretanto não se sabia o porquê desses ciclos.Quando acontecia algo anormal dentro de um ci- FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA cio esperado, surgiam explicações baseadas na presença de deuses ou senhores responsáveis por esses fenômenos naturais. É importante ressaltar que mito e religião são coisas distintas. De modo geral, todas as reli- giões possuem ligações com o inexplicável ou com o sobrenatural.O objetivo do conhecimento religioso é, como em qualquer tipo de conhecimento, o de fornecer respostas para nossas perguntas. Nesse caso, não são perguntas científicas, mas perguntas relacionadasàs nossas dúvidas existenciais, aos nossos anseios, destinos e laços que nos remetem a uma entidade superior. Aplicação do conhecimento na área empresarial No meio organizacional, as pessoas utilizam e valorizam o conhecimento, mesmo que de forma mais velada. Geralmente, as empresas adotam como critério o uso da experiência em relação à inteligência ou ao grau de escolaridade no momento em que recrutam e contratam profissionais. As organizações entendem que o conhecimento agrega valores que são com- provadamente desenvolvidos ao longo de um determinado período. Empresas estão sujeitas a momentos de instabilidade e são exatamente nessas situações que gestores e líderes tendem a se consultar com colaboradores, que notadamente gozam de respeito frente à organização e disponham de conhecimento prático na solução de algumas situações cotidianas. EXEMPLIFICANDO Existe um consenso no meio empresarial de que a informação e principalmente o co- nhecimento são difundidos no contato pessoal nas reuniões e, em uma escala superior, na busca de documentos no banco de dados,por exemplo. Portanto, o conhecimento se consolidou como um ativo corporativo e se fez necessário entender que é preciso geri-lo com o mesmo cuidado dedicado aos outros ativos mais tangíveis das empresas. OHoward Gardner e o estudo da Teoria das Inteligências Múltiplas Sintetizando as abordagens realizadas ao longo do capítulo, chegamos ao conceito de inteligência. O que se entende por inteligência, em seu conceito mais amplo e como ela pode ser adquirida ou aproveitada nas relações pessoais e profissionais. Para que haja uma compreensão mais efetiva do que significa inteligência e contextua- lizá-la em um ambiente corporativo, é necessário entender os conceitos propostos por Howard Gardner. FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA CURIOSIDADE Psicólogo norte americano, atuou como professor de Psicologia pela Universidade de Harvard,além de ter atuado no setor de Neuropsicologia do Hospital de Boston. Sua fonte de pesquisa na área de inteligência foi obtida através das conversas com ve- teranos de guerra americanos que,apesar das graves sequelas físicas e intelectuais adquiridas,mantinham muitas faculdades mentais preservadas. Para Gardner, era possível que a região cerebral preservada fosse estimulada para as- sim possibilitar realizações nas áreas danificadas. Em meados dos anos 80, Gardner publicou um livro ( Frames of Mind ) e divulgou a sua Teoria das Inteligências Múltiplas, que proporcionou encontros e debates por todos os EUA. O estudo da sua teoria proporcionou uma mudança significativa em áreas do Conhe- cimento como, por exemplo, a Educação. Gardner refuta a ideia de que se possa avaliar a inteligência através de métodos tradicionais, como testes de papel e lápis. Para ele, é importante observar as atuações valorizadas nas mais distintas culturas. Além disso, ele sugere que as habilidades cognitivas apresentam especificidades e que o nosso sistema nervoso processa de maneira muito particular cada tipo de informação que é gerada. Por- tanto, o conceito de inteligência defendido por Gardner, promove uma análise mais pro- funda, pois aborda as diferentes possibilidades de desenvolvimento intelectual nas mais variadas realidades existentes no mundo. DICA Leia o livro Frames of mind (Estruturas da Mente- A Teoria das Inte- ligências Múltiplas) de Howard Gardner, lançado originalmente em 1983, foi publicado no Brasil em 1994 pela editora Artmed. Abordando o conhecimento de Gardner, inteligência se define como uma capacidade biológica e psicológica proveniente de aspectos culturais e motivacionais que influenciam as pessoas, ou seja, se trata de uma habilidade em solucionar problemas ou criar mecanis- mos significativos nos ambientes culturais. Não é possível relativizar inteligência e sim avaliar qual a função que cada indivíduo consegue desenvolver melhor, observando o ambiente em que se encontra. Por exemplo, é inútil comparar níveis de inteligência entre um cientista e um indígena meramente pelo aspecto formal. A maneira mais certa é analisar a inteligência pela função que cada um desempenha dentro do ambiente adequado. Logicamente, um cientista apresenta maior FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA utilidade dentro de um ambiente de pesquisa, assim como um indígena tem maior conhe- cimento em áreas selvagens. Seguindo a metodologia de estudo de Gardner, é possível identificar modelos de inteli- gências das quais podemos destacar: linguística, lógico-matemática, espacial, interpessoal e intrapessoal. Elas atuam de maneira independente, porém não isoladamente, pois se faz necessário a combinação mínima de duas delas, para que possamos realizar as tarefas. Cada ser humano dispõe de graus variados de cada uma das inteligências e maneiras dife- rentes com que elas se combinam e organizam. Inteligência Linguística: Este ramo da inteligência é composto por sons, ritmos e significados das palavras que apresen- tam a capacidade para diferenciar as funções da linguagem. O uso da linguagem com o objetivo de transmitir informações, por exemplo, é considerado funções da Inteligência Linguística. O co- nhecimento linguístico se divide basicamente em três aspectos importantes para uma sociedade: 1. Aspecto retórico: quando a linguagem tem o objetivo de persuadir alguém a respeito de um assunto.Citando como exemplo, normalmente é utilizada por profissionais especializados em Direito e líderes políticos. 2. Potencial mnemónico: ocorre quando a linguagem demonstra a sua capacidade de consoli- dar informações, regras ou procedimentos. 3. Função de explicação: muito utilizada em grande parte do ensino e da aprendizagem a lin- guagem se apresenta como melhor método para a transmissão de conceitos. Inteligência Lógico-Matemática: A Inteligência Lógico-Matemática é o modelo de inteligência que apresenta uma afinidade com a ordem, a sistematização e com padrões,além das habilidades com a manipulação de obje- tos ou símbolos. Essa inteligência é muito perceptível em indivíduos que se encontram nas áreas de Ciência e Matemática, apesar das motivações dos cientistas e dos matemáticos serem origi- nalmente diferentes, visto que o primeiro visa explicar os fenômenos naturais, enquanto que o segundo visa criar abstrações para explicar o mundo. Inteligência Espacial: Indivíduos que desenvolvem a Inteligência Espacial possuem a capacidade em notar os as- pectos visuais e espaciais do mundo de forma precisa e discorrer sobre eles através da percepção e transformação de imagens e objetos no espaço. Portanto, a inteligência espacial conceitua-se, como a capacidade inicial de manejar os objetos e formas mentalmente, para estabelecer equilí- brio e composição numa representação visual ou espacial. Assim como a Lógico-Matemática, a Inteligência Espacial também envolve a observação dos objetos, porém, está mais alinhada com o mundo concreto e a localização destes objetos. FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA EXEMPLIFICANDO Para alguns indivíduos,é extremamente difícil memorizar formas, ter noção de espaço quando estão dirigindo, sendo obrigados a sempre se remeter a algo que os auxilie. No entanto, para outros, isso não é um problema devido à facilidade em observar e manipu- lar os objetos e formas existentes ao seu redor. Inteligência Intrapessoal: A Inteligência Intrapessoal se relaciona com o desenvolvimento das características pes- soais de um indivíduo, como o acesso à sua própria vida sentimental, por exemplo. É uma inteligência capaz de realizar distinções de sentimentos, criar rótulos e símbolos que servem de base para entender o comportamento pessoal. Este modelo de inteligência aborda possibilidades, restrições e anseios pessoais dos indi- víduos. Em uma análise mais avançada, permite que representemos sentimentos complexos e diferenciados e, a partir disso, criar conceitos sobre si próprio e habilidade para planejar e direcionar a própria vida. Inteligência Interpessoal: Melhor avaliada por profissionais ligados a educação esaúde mental, a Inteligência Inter- pessoal tem capacidade de observar e fazer distinções entre outros indivíduos e, em particu- lar, entre seus humores, temperamentos, motivações e intenções. Facilmente observada em crianças pequenas, como a habilidade para distinguir pessoas e suas características e na sua forma mais avançada como a habilidade para perceber intenções e desejos de outras pessoas e para reagir adequadamente a partir dessa percepção. Inteligência Organizacional: A Inteligência Organizacional, que tem sua origem na chamada Inteligência Competitiva, tem importante função na elaboração de estratégias dentro da organização, atuando com o monitoramento dos ambientes interno e externo da organização, apresentando um método organizado de coleta, análise e disseminação das informações estratégicas. É notório que essas atividades exigem conhecimento aprofundado para propor soluções organizacionais sofisticadas e, portanto, a busca por profissionais capacitados, aliados a uma aquisição de produtos e ser- viços de informações e alinhados à necessidade da organização são es- senciais. Levar o conhecimento a um número maior de pessoas é seu principal objetivo. Os instrumentos tecnológicos da informação são consi- I derados a estrutura básica para qualquer sistema de Bussiness FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA Inteligence, no que se refere a facilidade de uso e de gerenciamento, bem como os bancos de dados. Ele retira e complementa informações de fontes diversas, criando hipóteses para de- senvolver uma expectativa sobre a dinâmica dos negócios. Aplicada à gestão dos negócios, a Inteligência Organizacional traz soluções por meio da integração baseada nas diretrizes do saber (teoria da cognição), do ser e conviver (teoria humanista) e do saber fazer (teoria sociocrítica). Ela está presente em pessoas que formam a organização com profundo conhecimento de suas potencialidades e limites. Podemos considerar esse modelo de inteligência como um valor estratégico inflexível dentro das empresas, chegando ao ponto de fazer parte do modelo de gestão,em que as suas funções organizacionais se alinham com o uso da tecnologia da informação e de seus recursos.Contem- pla ainda as ideias sobre modelagem estratégica de negócios, de inovação, de competitividade e de inteligência competitiva.Portanto, o seu conceito mais sucinto é o somatório destas ideias. O •éIntrodução ao Ciclo de Inteligência Competitiva As empresas, em um aspecto geral, têm passado por mudanças significativas na sua com- posição estrutural, em seus processos internos e até na sua dinâmica, graças as constantes alterações nos ambientes de negócio. Tais alterações, segundo o entendimento de Paim e Bar- bosa (2003), se dão em um espaço externo às organizações e resultam da relação existente entre as inovações na tecnológica e as modificações no âmbito socioeconômico, que ocor- rem na sociedade. Analisando esse cenário, as organizações empresariais tem dispendido esforço com o objetivo de se atentarem para essas transformações e compreender as suas influências nos negócios, além da busca in- cessante por informações, geralmente capta- da nos processos de tomada de decisão. É importante que as organizações insti- tuam práticas no sentido de monitorarem o seu ambiente de negócios. Estas ações, conhecidas como Monitoramento Ambiental, as- sociam alguns conceitos, dentre eles o de Inteligência Competitiva (1C), também conhecida como Estratégica e Empresarial, a depender do contexto em que são inseridas. Essa área, segundo Gomes e Braga (2006), é uma das mais procuradas dentro das empresas, já que ela se ocupa em verificar as mudanças ocorridas no ambiente competitivo para evitar surpresas em seus negócios. Para Lodi (2005), a Inteligência Competitiva tem como principal objetivo, FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA quanto ao estabelecimento das estratégias corporativas, fornecer auxílio na definição e avalia- ção contínua dos cenários considerados prioritários pelo planejamento.Isso ocorre através da análise de previsões que geram estratégias relevantes para um posicionamento competitivo da empresa. A Inteligência Competitiva se ocupa também em monitorar os movimentos das concor- rentes, observando o grau de recursos e capacidades que a mesma possui. Porém, além disso, é importante entender que a 1C procura avaliar o ambiente de maneira geral, para se antecipar a transformações ocorridas a nível macro ou industrial. É um processo de avaliação contínuo e interativo que coleta, analisa e dissemina informações importantes na tomada de decisões empresariais e deve ser desenvolvido de maneira sistemática dentro das organizações. A compreensão destes processos ocorre através do Ciclo de Inteligência, que se subdi- vide em quatro fases: DIAGRAMA 3. QUATRO FASES DO CICLO DA INTELIGÊNCIA © LEVANTAMENTO DAS NECESSIDADES DE INTELIGÊNCIA E IDENTIFICAÇÃO DOSRESPONSÁVEIS PELAS DECISÕES ESTRATÉGICAS; © COLETA DE DADOS E INFORMAÇÕES; © VALIDAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS E INFORMAÇÕES COLETADAS PARA A GERAÇÃODE INTELIGÊNCIA; © DISSEMINAÇÃO DA INTELIGÊNCIA PRODUZIDA AOS RESPONSÁVEIS PELAS DECISÕES. Estabelecidas estas diretrizes, os fatores essenciais para a implantação bem-sucedida do processo de Inteligência Competitiva estão relacionados,primeiramente ao Regionalismo, em que, quanto maior a globalização do assunto pesquisado,mais complexa será a captura de in- formações específicas. Em seguida, o Dinamismo, já que a exatidão das informações obtidas está ligada a um grau de dinamismo menor. A Regulamentação, que observa a participação dos órgãos ou instituições envolvidas, pois, não havendo clareza na prestação de contas das suas atividades, a coleta de informações mais específicas se trona mais difícil. Por fim, a Concentração que considera que, quanto menos agentes atuarem no tema en- volvido, mais fácil fica o recolhimento das informações específicas e a Integração que consi- dera que o controle elevado dos agentes dificulta na obtenção das informações específicas. FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA o «Uso da informação para tomada de decisão Existe um consenso entre os teóricos em gestão de que as decisões baseadas em in- formação devem levar em consideração não apenas a quantidade, mas sim a qualidade da informação produzida. Podemos observar que o comportamento de uma organização é diretamente afetado, em termos de eficácia e eficiência, pela qualidade das decisões, as quais,por sua vez, são influenciadas pela qualidade das informações geradas,agindo como um processo integrado e sistémico. Pode-se considerar que as atividades desempenhadas pelos gestores e as informações obtidas estão intimamente relacionadas, já que é atribui- ção deles tomar decisões rotineiras com o objetivo de planejar o futuro. As informações adquiridas conseguem atender dupla função estratégica dentro das or- ganizações: analisar os ambientes externo e interno, além de verificar a sua atuação nesses ambientes. Existe uma relação de dependência intrínseca entre a informação gerada e a tomada de decisão pela administração, em que a tecnologia serve como uma fonte essencial na aquisição de informações, tornando-as rotineiras dentro dos ambientes organizacionais. Portanto, conclui-se que, a mera quantidade de informação não significa, necessariamente, em melhores tomadas de decisão, entretanto, a tecnologia utilizada possui habilidade em aprimorar a qualidade informacional, impactando diretamente no sucesso gerencial. As vantagens competitivas geradas pela qualidade das informações, auxiliam na compe- titividade empresarial e na criação de uma rede de contatos entre pessoas, que auxiliam no compartilhamento das informações e consequentemente na disseminação do conheci- mento.Embora crie-se uma certa soberania sobre a importância da informação,atribuindo a ela uma função quase que indispensável ao ciclo de vida de uma empresa, é visível a sua importância. Para tanto, existe uma preocupação sobre os processos de aquisição, admi- nistração e segurança a respeitoda informação organizacional. O •iSistemas Transacionais Sistemas de Informações podem ser definidos como todo sistema que cria, armazena e manuseia informações, fazendo uso da tecnologia ou não.Tem como principal meta,criar con- dições para a tomada de decisões nas empresas, sempre visualizando as principias atividades exercidas nas organizações públicas e privadas. Assim como na Biologia,esse conceito tem aplicabilidade em qualquer sistema presente nas diversas áreas do conhecimento, pois consegue apresentar o funcionamento de um sistema de maneira geral. FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA oIntrodução à Teoria Geral dos Sistemas Dentro de um contexto organizacional, a Teoria de Sistemas aborda um conjunto de ideias que podem ser esclarecidas sob alguns aspectos. A produtividade da empresa, por exemplo, está intimamente relacionada ao papel funcional que o homem desempenha e é através dele que as pessoas se relacionam. Outro aspecto é o conflito gerado por conta desses papeis que as pessoas representam dentro da organização e das expectativas cria- das muitas vezes frustradas, em relação à atuação do outro. Importante lembrar também do equilíbrio, promovido deforma integrada à estabilidade que a empresa deseja alcançar dentro do seu ambiente. CONTEXTUALIZANDO A Teoria Geral dos Sistemas começou a ser discutida a partir dos anos 50,pelo biólogo alemão Ludwig Von Bertalanffy,que procurava adotar um modelo científico que expli- casse o comportamento dos seres vivos através de análises científicas e empíricas. Esse autor conceituou a chamada "Teoria dos Sistemas", que afirmava que os sistemas presentes no corpo humano, mesmos distintos entre si, conseguem se inter-relacionar e influenciar no funcionamento do outro. Segundo Chiavenatto (1993), a TGS está estruturada em alguns pressupostos: •Existe uma nítida tendência para a integração nas várias ciências naturais e sociais; •Essa integração parece orientar-se rumo a uma teoria dos sistemas; •Essa teoria de sistemas pode ser uma maneira mais abrangente de estudar os campos não físicos do conhecimento científico, especialmente as ciências sociais; j •Essa teoria de sistemas, ao desenvolver princípios unificado- A res que atravessam verticalmente os universos particulares das diversas ciências envolvidas,aproxima-nos do objetivo da unidade da ciência; • Isto pode nos levar a uma integração muito necessária na T educação científica. Diante destes pressupostos, é possível verificar que as análises dos sistemas múltiplos existentes no mundo só conseguem produzir um efeito rele- vante a partir da integração entre si. FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA CURIOSIDADE Entretanto, o que viria ser um sistema? Existe um consenso entre os teóricos dessa área, de que sistema é um conjunto de elementos interdependentes entre si para atingir um determinado objetivo, ou seja, está sempre pautado na relação e organização. Os sistemas podem ser fechados,quando não se relacionam com o meio externo,ou abertos,quando existe essa relação através da troca de informações. O »Classificação e modelos de sistemas de informação Agora, caros alunos, vamos conhecer a classificação e modelos de sistemas de informação. Modelo hierárquico Pioneiro como modelo de dados, o seu desenvolvimento ocorreu graças a um estabeleci- mento de discos de arquivamentos endereçáveis, já que estes permitiam a manipulação de sua estrutura de endereçamento físico para possibilitar uma estruturação hierárquica das in- formações. Os dados são dispostos em hierarquias ou árvores, nas quais cada hierarquia apresenta ocorrências de registros. Registro é um conjunto de atributos, que contém apenas uma informação. Como nomenclatura baseada na hierarquia, o registro que origina os outros é classificado como registro-pai, os outros são chamados de registros-filhos. Modelo em redes O modelo em redes surgiu como uma continuação do modelo hierárquico, eliminando seu conceito de hierarquia e possibilitando que um mesmo registro se envolva com diversas asso- ciações. Nesse modelo, os registros são dispostos em gráficos, vinculados a um único tipo de associação (set), no qual se estabelece uma relação entre o proprietário e membro, que são dois tipos de registro. Uma conceituação definida pelo gerenciador Data Base Task Group (DBTG) da CODASYL (Committee on Data Systems and Languages ), consolidou nor- mas para este modelo de banco de dados, através da adoção de uma linguagem própria, com o objetivo de definir e manipular os dados. Diante do fato de que os dados possuíam uma independência física limitada, a única certeza era de que o sistema poderia reaver os dados para as aplicações, da maneira em que são indicadas nos esquemas. Modelo relacional O modelo relacional é um modelo que surgiu devido às necessidades do aumento da liberdade dos dados dentro dos sistemas gerenciadores de banco de dados; gerar um conjunto de funções sustentadas na álgebra relacional para o arquivamento e recupera- FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA ção de dados; viabilizar processamento exclusivo. São mais flexíveis e adaptados para a solução de problemas que se apresentem em nível de compreensão e implementação da base de dados. A estrutura do modelo relacional é constituída por tabela (relação). Uma relação é formada por um ou mais atributos (campos) que indicam quais os tipos de dados serão arquivados. Esse modelo é composto ainda por linhas (instância), em que cada linha do esquema representa uma tupla (registro). DICA 0 modelo relacional não possui um roteiro pré-estabelecido no acesso aos dados ou nos modelos que o antecederam. Ele implementa a base de dados organizadas em relações, entretanto, existe um conjunto de restrições que são impostas no momento em que irão trabalhar com essas tabelas, para se evitar situações indesejáveis, como a repetição de informação,por exemplo. Modelo orientado a objetos O modelo de bancos de dados orientados a um objeto se tornou comercialmente viável a partir dos anos 80.Seu surgimento ocorreu por causa dos limites de arquivamen- to e a disposição semântica observada no modelo relacional. A habilidade para criar os tipos de dados necessários é uma característica das linguagens de programação orienta- das a objetos. Contudo, esses sistemas necessitam guardar representações das estrutu- ras de dados que utilizam no armazenamento permanente. O mConceitos de planejamento de sistemas Segundo Amaral,"é uma atividade das organizações que define o futuro desejado para os seus sistemas, o modo como deverão ser suportados pelas tecnologias da informação e ainda a forma de concretizar este suporte" (1995, p. 8). O planejamento de sistemas é uma atividade difícil e com objetivos variados e de natureza holística. O planejamento de sistemas visa de imediato a busca de eficiência no ambiente interno em níveis mais elevados. Para isso, conta com a pro- dução de uma base informacional capaz de gerar o bom andamento da operação e de seu gerenciamento. Outro fator importante é enten- der como esse mesmo planejamento administra as informações oriundas do ambiente externo, que pode ser o mercado ou até mesmo a própria sociedade. FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA Naquilo que se refere aos recursos de tecnologia da informação, o planejamento se insere ao ponto de dar suporte aos sistemas de informação da organização. Por fim, o planejamento auxilia no uso da informação de maneira estratégica para obter vantagens competitivas diante dos concorrentes, considera-se também,que o PSI age como parte integrante do planejamen- to estratégico das empresas.Furlan (1991) define que o planejamento de sistemas deve definir, inicialmente, o negócio antes dos sistemas, e Amaral (1995) afirma que PSI desencadeia mu- danças organizacionais importantes, principalmente nos recursos humanos. O •iSistemas de apoio à decisão Stair e Reynolds definem os sistemas de apoio à decisão (SAD), "é um conjunto organizado de pessoas, procedimentos, software, banco de dados e dispositivos utilizados paraajudar a tomar decisões que solucionem problemas" (2013, p. 226). O SAD apresenta um conjunto de características importantes na tomada de decisão. Esse sistema consegue fornecer acesso mais rápido à informação que, simultaneamente, lida com um volume robusto oriundo das fontes diversas e fornece uma flexibilidade na apre- sentação dos mesmos. EXEMPLIFICANDO Suponhamos que um gerente de vendas acompanha os relatórios emitidos pelos sistemas de informação gerenciais com objetivo de visualizar a produtividade de seus vendedores diariamente. 0 sistema de apoio à decisão será a ferramenta que permite analisar diversos fatores, já que os sistemas costumam ser especializados em rápida resposta. O m.Classificação de sistemas Chegamos às classificações de sistemas, então vamos conhecê-las a seguir: Sistemas de Informação Gerencial Segundo a teoria defendida por Kroenke, os Sistemas de Informação Gerencial (SIG's) "consistem no desenvolvimento e uso de sistemas de informação, que ajudam as empresas a alcançar suas metas e objetivos" (2012,p. 29). Esse conceito envolve a ideia de desenvolvimen- to, sistemas de informação e metas nos negócios. Esse sistema transmite informação na forma de relatórios ou exibições para gerentes e profissionais de negócios. Informações instantâneas sobre dados comerciais ou relatórios de FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA vendas, por exemplo, podem ser obtidos pe- los gerentes de vendas através dos seus com- putadores em rede e navegadores, graças à velocidade da informação. Sistemas de Informação Executiva Os Sistemas de Informação Executiva são responsáveis por fornecer aos gerentes e exe- cutivos uma maior agilidade e praticidade no processo de consulta da informação. Eles têm, como base de referências,os fatores internos e ex- ternos, que podem vir a contribuir com o planejamento estratégico,como,por exemplo, as ações dos seus concorrentes,os sistemas de fácil acesso ao desempenho do seu negócio,entre outros. Sistema de Automação de Escritório - SAE Trazendo o conceito mais amplo sobre automação, podemos defini-la como a redução do trabalho realizado pela mão de obra humana e substituída por computadores, trazendo um ganho em eficiência e velocidade. Neste contexto, a Automação de Escritório se conceitua como a utilização de ferramentas de informática e softwares com o objetivo de criação, coleta, armazenamento,manipulação e retransmissão digital das informações pertinentes para a rea- lização de tarefas e atingir metas em escritório. Manipular e gerenciar documentos, tais como editores de texto, agendas eletrónicas ou gerenciadores de banco de dados,são funções do SAE. Elas ajudam na programação,nas ativi- dades e melhoram na comunicação. As funções que integram o sistema AE são: Gerenciamento de atividades básicas, tais como: •Agenda eletrónica; •Lembrete eletrónico; •Gerencia de recursos; •Caixa de entrada. Preparação e recuperação de documentos, que podemos citar: •Processamento de texto; •Arquivamento/Recuperação de documentos; •Pesquisa de documentos. Apoio à decisão, por exemplo: •Computação pessoal; •Análise de dados; •Elaboração de gráficos; •Consulta de banco de dados. FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA Comunicação, que pode ser visualizado: •Correio eletrónico; •Correio de voz; •Teleconferência; •Vídeoconferência. O SAE tem por característica uma baixa capacidade analítica, entretanto, utiliza softwares gráficos em níveis avançados e que podem emitir gráficos e dados originado de diversas fon- tes imediatamente, para o chamado Executivo Sénior. Elas adotam interfaces gráficas com certo grau de facilidade de uso, devido ao fato do Gerente Sénior não possuir experiência no que se refere a Sistema de Informação baseado em computador. FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA Sintetizando Nessa unidade, foi apresentado o conceito de dados, que nada mais é que um elemento no seu estado bruto que pode ser representado por imagens,caracteres ou conjunto de caracteres, formas até mesmo números. O dado,por si só, não representa nenhuma relevância para a pes- soa que analisa, pois não pode levar a uma informação. Foi explanado, também,os tipos de dados existentes (dados estruturados, dados semiestru- turados e dados não estruturados) e como poderemos gerir esses dados,afim de estruturá-los, relacioná-los e também armazená-los. Apresentamos o conceito de Informação que, de maneira geral, trata-se de um conjunto de dados estruturados afim de gerar uma relevância e obter um sentido. Essa informação pode ser classificada em: Cientifica,Tecnológica, Estratégica e de Negócios. É importante atentar-se a cada uma de suas caraterísticas, pois, são detalhes que as diferenciam. Finalizamos esse tema abordando a utilização da informação como principal combustível para a tomada de decisão dentro das organizações empresariais e industriais. O conhecimento foi definido como a formalização mais elaborada do conjunto de informa- ções geradas diariamente e muitas vezes,aleatoriamente,que podem ser disseminadas entre as pessoas e as corporações empresariais. A classificação dos sistemas, possui, grande relevância, porque auxilia no planejamento em- presarial além de ser o suporte a tomada de decisões. Por fim, a inteligência, delimitamos o conceito de inteligência, que através da sua multiplici- dade de ações, desenvolve papel essencial dentro das organizações e como principal ponto de suporte a tomada de decisão. FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA Referências bibliográficas •i AMARAL, L. A. M. Praxis - um referencial para o planejamento de sistemas de informa- ção. Disponível em: <http://shiva.di.uminho.pt/~jmv/htmls/algoritmi.html>. Acesso em: 16 dez. 1999. 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Tópicos de estudo •Arquitetura Tecnológica para Am-bientes Analíticos •Introdução à Big Data•Infraestrutura para Big Data•Tecnologias fundamentais em Big Data e Inteligência Analítica •Interfaces da Big Data •Abordagens para outros problemas de Data Mining •Aplicações de Data Mining•Ferramentas comerciais para Data Mining •Preparação dos dados •Descoberta do conhecimento•Classificações de conhecimento I•Técnicas de Mineração de Dados•Visão geral da tecnologia de Data Mining •Classificação de técnicas de Data Mining ? ••• FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA o #Arquitetura Tecnológica para Ambientes Analíticos Pela evolução dos Sistemas de Informação, é possível observar que as organizações em- presariais se constituem,geralmente, dentro de um ambiente complexo de Tecnologia da In- formação. Esse ambiente é muito importante para manutenção e sobrevivência das empresas em relação à era da informação. Diante da necessidade de implantar uma abordagem capaz de construir um ambiente de TI para as empresas, surge o conceito da Arquitetura Corpora- tiva de Tecnologia da Informação (ACTI). A ACTI é um método organizado e sistemático, relacionado à construção de um ambiente de Tecnologia da Informação, direcionado para empresas. Esse método é baseado em uma estrutura-guia chamada deframework, que representa, com consistência e métodos organiza- dos, os requisitos da organização. Essa arquitetura se alinha às estratégias dos negócios empresariais, integra-se com Siste- mas de Informação e outros elementos do ambiente de Tecnologia da Informação - além de realizar alterações rápidas no ambiente de TI, com o intuito de viabilizar rapidamente os negó- cios. A ACTI, à medida que é bem elaborada, possibilita às empresas vantagens competitivas relevantes. A infraestrutura de TI, aliada ao uso dos aplicativos,dá à organização - juntamente com os clientes, fornecedores e órgãos reguladores - a integração e a agilidade necessárias para realizar atividades do negócio. O conceito de Arquitetura Corporativa de Tecnologia da Informação é definindo como um processo que atua sobre uma organização interna de um empreendimento. Isso pode ser visto em como são empregadas as conexões entre equipamentos, políticas de padrões de funciona- mento operacional e sobre as soluções empregadas pela empresa afim de priorizar políticas de segurança e privacidade. Esse conceito possui como principal objetivo o alinhamento de fatores, como os resultados de médio e longo prazo do empreendimento. CITANDO Analisando mais profundamente o tema,Applegate (1996, p. 154-257) descreve a ACTI como sendo uma "[...] planta de projeto que define a computação técnica, a gerência da informação,e a plataforma de comunicação da empresa; a estrutura e os controles que definem como a plataforma deve ser utilizada, e as categorias de aplicativos que podem ser criados nessa plataforma". si A Arquitetura Corporativa de Tecnologia de Informação se origina do modelo da organiza- ção,no qual a análise sistemática desses aspectos norteia a organização empresarial na gera- ção, utilização e modificação do ambiente de TI que deve auxiliá-la. FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA Segundo Watson (2000), a definição do ACTI, à medida que se alinha com o modelo em- presarial, possibilita a criação de um framework para as ações relacionadas a planejamento e implementação de uma infraestrutura de informação. Esse alinhamento propicia, dentre outras coisas, o intercâmbio facilitado da informação e seu compartilhamento, passando pelo estabelecimento da segurança e da privacidade até a redução dos custos. As organizações em- presariais podem,ao longo do processo, solicitar ou precisar de funções importantes do ACTI, como a escalabilidade, flexibilidade, confiabilidade e alta disponibilidade - requisitos básicos para serem operados em determinadas empresas. O mIntrodução à Big Data Diante de um cenário em que o mundo gera quintilhões de bytes diariamente, é possível perceber que as ações de uma sociedade são relevantes para a empresa estabelecer uma me- lhor relação com os clientes,ou até mesmo compreender seu comportamento.O cenário -que se apresenta com um dinamismo cada vez maior - e o fato de se obter um acesso antes da concorrência refletem alterações no mercado e a condição imprescindível para a sobrevivência dentro do mundo corporativo. Analisando mais detalhadamente as aplicações de Big Data Analytics, verifica-se que suas possibilidades são mais abrangentes do que a experiência do consumidor. O uso de tecno- logias, por exemplo, eleva o nível de segurança na infraestrutura de TI, auxilia nas ações de marketing, reduz custos,aperfeiçoa processos,dentre outras coisas. CURIOSIDADE Segundo a IDC,empresa de pesquisa de mercado e consultoria, o mercado mundial de Big Data deve crescer 600% a mais que o de TI até 2018,movimentando a incrível quan- tia de US$ 41,5 bilhões nesse mesmo período. Fonte: Big Data Business. Acesso em: 09 fev. 2019. Vivemos em um momento histórico em que a geração de dados, a cada um ano e meio, se iguala à quantidade de dados criados pelos seres humanos durante toda a história.A era da Big Data - isto é, o momento em que vivemos - se destaca pela criação dos volumes desmedidos de dados, sejam eles oriundos de empresas, pessoas ou aparelhos. O próprio termo já reme- te a uma enormidade de dados que são gerados. Um dos seus desdobramentos é conhecido como Big Data Analytics, que tem como referência os sofisticados softwares utilizados para tratar os dados obtidos e transformá-los em relevantes informações às empresas.Registros de call center, balanço patrimoniais, demonstrativos de resultado, ou seja, os dados estruturados FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA ou não estruturados são exemplos de iniciativas apoiadas em Analytics que condicionam uma série de análises. CURIOSIDADE Com a expansão do termo Big Data para outras áreas além da tecnológica, percebeu-se a necessidade da discussão do tema de maneira mais ampla. A Universidade de Oxford (Inglaterra) firmou uma parceria com a IBM (empresa americana que é líder na produção de produtos na área da Informática e na prestação de serviços na área de Tecnologia da Informação),em meados do ano de 2013,para realizar um estudo denominado Análise de dados: 0 real uso do Big Data no mundo,objetivando verificar o grau de influência do Big Data Analytics nas organizações modernas. A entrevista, com 1.144 gestores,espalhados por 95 países, inclusive o Brasil, informou que 63% das empresas consideravam a análise de dados como uma vantagem competitiva dentro das empresas. Fonte: Instituto Information Management. Acesso em:11 fev. 2019. Contextualizando historicamente a origem do conceito de Big Data, bem como o início de suas aplicações, é preciso nos remeter à Nasa. No início dos anos 90, a Nasa se utilizou desse conceito para descrever grandes conglomerados de dados,dentro da sua complexidade, o que tornava o termo sinónimo de "conjuntos de dados complexos". As fórmulas matemáticas,por exemplo,antes do BigData Analytics, eram realizadas manual- mente e com uma quantidade ínfima de variáveis. Porém, com o provimento dos processado- res de alta capacidade, foi possível manipular esses cálculos por meio de softwares desenvol- vidos. Hoje,as soluções em Big Data Analytics, por exemplo,são utilizadas pela Fazenda Pública para evitar sonegações de tributos graças à enorme demanda por dados. O •iInfraestrutura para Big Data A Big Data é considerada, hoje, um dosprincipais componentes empresariais que podem trazer uma série de vantagens competitivas para as empresas - independente da sua estru- tura ou ramo de atuação. Porém, vale fazer a ressalva de que o planejamento está à frente de qualquer projeto de negócio, principalmente quando se refere à infraestrutura. Em um passado recente, os projetos de Big Data estavam condicionados a investimentos pesados em infraestrutura - como softwares, estrutura predial, datacenters -, o que tornava difícil para as empresas implantarem esse tipo de recurso. Atualmente, o cenário mudou e o acesso à Big Data se tornou mais viável. Pode-se destacar a introdução da computação em nuvem como um fator que permitiu a abertura de diversas possibilidades de utilização da Big FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA Data, já que as empresas podem usufruir de informações sem realizar grandes investimentos, no que se refere a arquivamento e processamento de dados. Para que os projetos relacionados à Big Data possam ser transformados em ideias de valor comercial, são necessários investimentos - considerados básicos na montagem da infraestru- tura: coleta, armazenamento,visualização e saída de dados. Coleta de dados Considerado o caminho por onde os dados chegam às empresas. É uma área na qual se re- gistram todos os eventos da organização (vendas, banco de dados de clientes e fornecedores, canais de mídia social ou outras observações extraídas das análises das operações). Normal- mente, a coleta de dados é indispensável, já que a busca constante por elementos auxilia no seu processo de análise. A criação de novos dados está relacionada à disponibilidade de investimentos permanen- tes em infraestrutura. As condições de infraestrutura para a coleta estão ligadas aos tipos de dados que serão necessários na análise, dentre os quais podem ser inclusos:uso de sensores, aplicativos que disponibilizam dados dos usuários, vídeos de circuito fechado de TV, informa- ções e perfis de redes sociais. A configuração desses sistemas de coleta de dados exige um baixo conhecimento técni- co, haja vista que sua configuração ocorre de maneira individualizada. Existe a possibilidade de associação de um determinado indivíduo a uma organização com o objetivo principal de configurar os sistemas disponíveis e posteriormente colher os dados em seu nome. No que se refere às fontes de dados classificadas como externas (sites de redes sociais,por exemplo), a exigência na alteração da infraestrutura disponível geralmente é ínfima ou simplesmente inexistente, pois o usuário captura essas informações, ou seja, obtém informações através do gerenciamento e disponibilização de uma outra pessoa. Armazenamento de dados Os dados coletados são direcionados para essa área. Quando o volume dos dados gerados eleva o seu nível e as empresas demonstram interesse em armazená-lo, sis- temas e tecnologias mais elaboradas e acessíveis são desenvolvidos para auxiliá-lo. Como principais opções de armazenamento, podem ser cita- dos a data warehouse, ou um data lake. O que se visualiza hoje é que os discos rígidos considerados tradicio- nais estão sendo ofertados a um baixo custo e com uma capaci- dade relevante de arquivamento - o que significa uma grande oportunidade para uma pequena empresa. Porém,se a deman- da por dados for a patamares mais elevados - ou se a organiza- FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA ção perceber que tais dados representam um fator importante dentro dos negócios é preciso requerer um sistema tecnológico mais rebuscado, como o Hadoop, que é baseado em armazenamento em nuvens. Diante disso, o armazenamento baseado em nuvem é uma excelente possibilidade para a grande maioria das empresas, devido a flexibilidade e manutenção dos sistemas físicos atuais,por conta da segurança de dados - além de ser menos custoso do que os modelos de sistemas de armaze- namento de dados tradicionais. Análise de dados Após a etapa de coleta e armazenamento, os dados passam pelo processo de análise, no qual serão transformados em insights. As linguagens de programação e plataformas passam a ter relevância nessa fase. Existem três etapas básicas neste processo: • Preparação dos dados, na qual serão efetuados os procedimentos de identificação, lim- peza e formatação dos dados; •Construção de um modelo analítico; •Conclusão a partir dos conhecimentos adquiridos. Está disponível uma gama de softwares que o auxiliam na realização da análise de dados - ou seja, que viabilizam a transformação de dados, considerados brutos em insights, ou em soluções com a utilização das linguagens de programação R e Python. O Google, por sua vez, disponibiliza o BigQuery, que é desenvolvido para condicionar alguém com mínimo conheci- mento em ciência de dados a realizar e executar consultas em grandes datasets. Outras opções de ferramentas de análise incluem a Cloudera, Microsoft HDInsight e Amazon Web Services. Visualização e saída de dados Área responsável pela geração e transmissão de informações captadas nas análises de da- dos para os tomadores de decisão das organizações empresariais.A comunicação é a principal ferramenta utilizada para a demonstração de resultados em forma de relatórios,gráficos, figu- ras, recomendações-chave ou dashboards interativos. Os dashboards de gerenciamento se apresentam como uma das principias alternativas de saídas dos dados. Eles são definidos como ferramentas de visualização de dados comerciais, e a sua função é facilitar o entendimento dos dados obtidos e criar meios de atração para quem visualizar. Para tanto, é comum a utilização de barras e gráficos visualmente simples para pos- sibilitar o entendimento de quem está analisando os dados. Levando em consideração as pe- quenas organizações, que, por regra, apresentam uma estrutura menor se comparadas com outras empresas de maior porte, possuem uma margem de erro muito pequena,ou seja, uma tomada de decisão equivocada pode comprometer todo um projeto empresarial. Portanto, o FUNDAMENTOS DA INTELIGÊNCIA ANALÍTICA uso de gráficos simples ou ferramentas de visualização superam expectativas no momento de apresentar informações sobre os dados. O .Tecnologias fundamentais em Big Data e Inteligên- cia Analítica São tecnologias que representam as ferramentas que formam as arquiteturas da Big Data. Vamos abordar algumas dessas tecnologias, as consideradas mais relevantes: Apache Hadoop Hadoop é considerado um projeto open source da Apache, baseado em computação distri- buída e escrito na linguagem de programação Java. Segundo Zikopoulos et al. (2012, p. 3), o Hadoop tem como principal particularidade a redundância - ou seja, os dados são arquivados de forma redundante sobre os vários nós do cluster, sendo que o modelo de programação adotado está adaptado para suportar falhas. É possível, então, difundir os dados e a progra- mação por todo o cluster. Essa tecnologia tem a capacidade de se autorregenerar, segundo o entendimento de Hur- witz et al. (2013, p. 11), pois o Hadoop consegue visualizar modificações ocorridas, inclusive falhas, e se manter em pleno funcionamento. Possui dois itens que a compõem, sendo eles o Hadoop Distributed File System (HDFS) e o MapReduce. O Hadoop Distributed File System (HDFS) é definido como "um sistema de ficheiros distribuí- dos, concebido para armazenar ficheiros por várias máquinas, para ser altamente tolerante a faltas e ser implementado em hardware de baixo custo e facilmente substituível" (KARUN; CHITHARANJAN, 2013, p. 2). Sua importância surge do fato de que um dataset possui capaci- dade de armazenamento superior, o que o impossibilita ser arquivado em uma só máquina, tornando imprescindível o fracionamento dele em diversas máquinas, denominadas Sistemas de Ficheiros, como por exemplo, o HDFS. Esse sistema de ficheiros se divide em dois tipos de nós: • NameNode - Tem a função de gerir os fi- cheiros armazenados no cluster; • DataNodes - Arquivam e disponibilizam os blocos, quando solicitados tanto pelos clientes quanto pelo NameNode. Considerado o
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