Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CIRURGIAS E AFECÇÕES OFTALMICAS PRINCÍPIOS E TECNICAS GERAIS → Cirurgias emergenciais – proptose traumática, lacerações palpebrais e úlceras de córnea → Reparo de entrópio (pálpebra invertida que faz com que os cílios irritem o globo ocular) ou ectrópio (pálpebra evertida que faz com que a borda não entre em contato com o globo ocular) → Remoção de tumores → Enucleação → Complicações perioculares graves e métodos intraoculares devem ser examinados e executados por médicos veterinários com treinamento especializado em oftalmologia veterinária CIRURGIA OFTÁLMICA → Diagnóstico correto → Escolha adequada do método cirúrgico → Escolha adequada dos materiais → Atenção nos detalhes → Instrumentação e equipamentos apropriados → Anamnese, exame físico e exames complementares → Cada animal deve ser minuciosamente examinado para verificação de anormalidades concomianntes → Ultrassonografia, tomografia computadorizada (CT) e imagem por ressonância magnética (IRM) são úteis na definição de doença orbital e retrobulbar → Sondagem e desobstrução do ducto nasolacrimal ANTIBIÓTICOS → Bacterias presentes na flora periocular são Staphylococcus e Streptococcus spp. → Úlceras corneanas infectadas podem envolver tanto as bactérias Gram- negativas ou Gram-positivas → Bacitracina, polimixina e neomicina são frequentemente escolhida para profilaxia perioperatória → Eritromicina e oxitetraciclina → Antibioticos sistêmicos devem ser administrados para que haja adequados níveis sanguíneos terapêuticos no momento da cirurgia → Antibioticos sistêmicos: pálpebra, intraocular e cirurgias orbitais → Antibioticos tópicos: cirurgias da cinjuntiva e da córnea PREPARO DO SÍTIO CIRÚRGICO → Aplicar lágrimas artidiciais ou pomada oftálmica antibiótica → Tricotomizar uma área em torno do local da cirúrgia → Preparar a pele para a cirurgia asséptica, solução antisséptica diluída com 10% de povidona-iodo → Após a cirurgia, proteger o local cirúrgico de esfregaços, patadas ou arranhões pela administração de analgésicos e utilizando um colar protetor ENUCLEAÇÃO → Procedimento orbital mais comum realizado na prática de pequenos animais → Indicações: danos irreparáveis da córnea ou intracocular, incontrolável endoftalmite, neoplasia intraocular, proptose severa e uveíte intratável → Fase final e dolorosa do glaucoma TÉCNICAS DE ENUCLEAÇÃO ENUCLEAÇÃO TRANSCONJUNTIVAL (FREQUENTEMENTE UTILIZADA) → Vantagens: redução de perda de tecido orbital e redução de hemorragia intraoperatória → Desvantagens: pode ser utilizada se condições infecciosas estiverem presentes no segmento anterior tal como severa infecção oriunda de ulceração da córnea → Realizar uma cantotomia lateral com tesoura → Fazer uma peritomia em 360 graus (incisão conjuntival) com uma tesoura de tenotomia → Identificar as ligações musculares extraoculares e incisa-las perto da esclera → Prender o nervo óptico e músculo retrator bulbar com uma pinça hemostática curva e em seguida incisa-los → Excisar as nicititantes e toda a conjuntiva associada → Excisar as margens da pálpebra antes de fechar a órbita ENUCLEAÇÃO TRANSPALPEBRAL (ENGLOBA O NÍVEL DE DISSECÇÃO LIGEIRAMENTE MAIS EXTERNO DO GLOBO) → Vantagem: confinamento superior da superfície ocular, o que é particularmente importante quando há infecção ou neoplasia sobre a superfície → Desvantagens: Aumento do sangramento e maior tração do nervo óptico, que é uma preocupação especial em cães e gatos com órbitas profundas → Sutura em conjunto as margens da páloebra e deixar as extremidades longas para permitir a tração → Fazer uma incisão aguda em torno da fissura palpebral através da pele → Dissecar o tecido subcutâneo para identificar os anexos dos músculos extraoculares e isolar e incisa-los próximos a esclera → O efeito cosmético pode ser melhorado pelo uso de malha ou implantes orbitais esféricos, ou por transposição do músculo temporal para a órbita, para prevenir concavidade após a Enucleação ou exenteração ENUCLEAÇÃO LATERAL → Vantagens: melhor visualização de tecidos retrobulbares antes do globo ser removido, em especial naqueles pacientes com órbitas profundas → Desnvantagens: maior perda de tecido orbital e potencialmente aumento de sangramento EXENTERAÇÃO → É a remoção do bulbo e todo o conteúdo da órbita (pálpebra, terceira pálpebra, músculos e tecido adiposo) → Indicada para neoplasia ou infecção intraorbital ou ocular que tenha se estendido para além do globo e órbita e trauma ocular penetrante envolvendo a órbita → Apesar de melhorar a qualidade de vida do animal, o tutor pode ser resistente ao procedimento CICATRIZAÇÃO DO OLHO → Cicatrização da pele da pálpebra e da mucosa ocorre como em outras partes do corpo → Lesões superficiais da córnea são rapidamente cobertas por epitélio → A córnea inteira pode ser repitelizada em 7 a 10 dias AVALIAÇÃO E CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS → Analgésicos são essenciais para evitar dor e prurido → Tranquilizantes perioperatórios também são benéficos na prevenção de autotraumatismo → O olho é protegido com um colar de plástico rígido e exercícios devem ser limitados por 2 a 5 dias → A prevenção de autotraumatismo pelo paciente é crítico para evitar ou minimizar o inchaço das pálpebras, a hemorragia subjconjuntival, o hifema e a uveíte anterior → Avaliar o local cirúrgico para verificar alinhamento anatômico, inflamação e edema → As suturas das margens palpebrais devem estar com seus nós externos na superfície da pele para evitar o contato da córnea → Agentes anti-inflamatórios não esteroides são utilizados para reduzir a dor e inchaço conjuntival e das pálpebras, podem ser indicados nos primeiros dias após a cirurgia → Podem ser administrados acetilcisteína tópica de 10% ou soro autógeno para úlceras corneanas → Suturas de tarsorrafia podem ser removidas em 14 dias → Após a Enucleação ou exenteração, o edema e a hemorragia são minimizados pela aplicação de compressas frias → Os antibióticos sistêmicos são indicadas por 14 dias a´pos as cirurgias COMPLICAÇÕES → Palpebras: imperfeições da margem palpebral → Desalhinhamentos do tecido de cicatrização após trauma na córnea associado a lacerações ou abrasões, sutura exposta e cirurgia periocular → Prurido grave geralmente ocorre se a inflamção persistir por causa da infecção, trauma tecidual ou colocação de sutura inadequada → O prurido pode resultar em irritação e autotraumatismo pelo paciente → A visão pode ser afetada com marcas á córnea Massas palpebrais → Podem ser inflamatórias ou neoplásicas → Cães: maioria é benigna (adenoma sebáceos, melanomas benignos, histiocitomas, papilomas) → Os tumores palpebrais malignos são menos frequentes (10-25%) e incluem os carcinomas de células escamosas, melanomas, adenocarcinomas de células basais, hemangiossarcomas ou fibrossarcomas → Gatos: raros, mas, quando identificados são malignos. Carcinomas de células escamosas (60%), fibrossarcoma, adenocarcinoma, carcinoma de células basais, melanoma e hemangiossarcoma Predisposição → Animais idosos (cães: 8 anos; gatos: 10 anos) → Beagles, Huskies Siberianos e Stters Ingleses Histórico → Observa-se uma massa sobre a pálpebra ou irritação ocular secundária → Pode-se observar blefarospasmo e/ou prurido Exame físico → Everter a páloebra e inspecionar a superfície palpebral → Sinais clínicos: corrimento ocular, escoriações perioculares, conjuntivite e blefarite. As pálpebras podem parecer ulceradas, incrustadas ou hemorrágicas → Alterações secundárias: ulcerações de córnea, ceratite e alterações pigmentares → As condiçõesinflatórias devem ser diferenciadas da condições neoplásicas Conduta médica → Quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia podem ser terapias adequadas para alguns tipos de tumores isolados, em combinação ou como um adjunto à cirurgia Planejamento cirúrgico → A remoção de melanomas ou carcinomas de células escamosas requer margnes amplas → Cirurgia a laser, criocirurgia, hipertermia, imunoterapia, terapia fotodinâmica, quimioterapia e radioterapia são possibilidades terapêuticas adicionais para tumores palpebrais e tem sido usadas com variável sucesso → Cirurgias e afecções oftalmicas Princípios e tecnicas gerais Cirurgia oftálmica Antibióticos Preparo do sítio cirúrgico Enucleação Técnicas de Enucleação Enucleação transconjuntival (frequentemente utilizada) Enucleação transpalpebral (engloba o nível de dissecção ligeiramente mais externo do globo) Enucleação lateral Exenteração Cicatrização do olho Avaliação e cuidados pós-operatórios Complicações
Compartilhar