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BLOQUEIOS PERIFÉRICOS DE MMII

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1 Gabriela Medeiros – Técnicas Cirúrgicas e Anestesiologia 
 
Bloqueios Periféricos de Membros 
Inferiores 
INTRODUÇÃO 
 Os bloqueios periféricos são uma alternativa importante quando existe alguma 
contraindicação à anestesia do neuroeixo. 
 Paciente que irão se submeter a alguma cirurgia vascular (desbridamento, amputação do 
dedo do pé, etc.), pode-se fazer bloqueio do neuroeixo ou anestesia regional a nível de 
tornozelo. 
 A dose do anestésico local na anestesia regional é um pouco maior para anestesia. 
 Se o objetivo for analgesia, deve diluir o AL com água destilada. 
 Objetivos do Bloqueio Periférico: 
 Diminuir o uso de opioides e seus efeitos colaterais; 
 Ter segunda indicação para aqueles pacientes que tem contraindicação de anestesia do 
neuroeixo (uso de anticoagulantes, causando risco de hematoma espinhal). 
Bloqueio do neuroeixo – contraindicações: 
 Absolutas: Recusa do paciente, sepse, alergia medicamentosa, aumento da pressão 
intracraniana ou dificuldade de cooperação do paciente. 
 Relativas: Mielopatia ou neuropatia periférica, estenose espinhal, cirurgia espinhal prévia, 
esclerose múltipla, espinha bífida, estenose da válvula aórtica, hipovolemia, 
tromboprofilaxia/anticoagulantes ou coagulopatias. 
Bloqueio do neuroeixo – complicações: 
 Cefaleia pós-raqui ou pós-punção da dura 
 Raquianestesia total ou bloqueio alto 
 Lesões mecânicas e radiculopatias 
 Sintomas neurológicos transitórios 
 Síndrome da cauda equina 
 Aracnoidite adesiva 
 Fístula liquórica 
 Meningite 
 Dor lombar 
 Parada cardiorrespiratória 
 Hematoma espinhal 
Artroscopia de joelho – procedimento simples, mas 
doloroso. Pode fazer associação de bloqueio do 
neuroeixo com anestesia regional no pós-operatório do 
nervo específico. A reabilitação é mais precoce, sem os 
efeitos colaterais dos opioides. 
INERVAÇÃO DO MEMBRO INFERIOR 
PLEXO LOMBAR: 
Localiza-se no interior do músculo psoas maior. 
Origem: ramos dos nervos espinais L1, L2, L3 e L4; e em 
50% dos indivíduos, recebe contribuição do nervo 
subcostal. 
 
2 Gabriela Medeiros – Técnicas Cirúrgicas e Anestesiologia 
 
Principais nervos: N. femoral (na sua porção final dá origem 
ao Nervo Safeno – nervo sensitivo da parte medial da perna), 
N. obturatório. 
PLEXO SACRAL: 
N. ciático ou isquiático (L4-L5, S1 a S3) – lombossacral – 
inervação sensitiva e motora da região posterior de joelho e 
intrapatelar. 
⤷ N. tibial 
⤷ N. fibular comum 
N. cutâneo femoral posterior – S1 a S3. 
Responsáveis pela inervação sensitiva e motora de posterior 
da coxa. 
 
BLOQUEIO DE VIA ANTERIOR 
 Bloqueio nervo femoral 
 Bloqueio do nervo obturador 
 Bloqueio do nervo cutâneo lateral da coxa 
 Bloqueio 3 em 1 – pouco feito na prática. 
 Bloqueio da fáscia ilíaca – pouco feito na prática. 
 
 Cirurgia de fêmur sem bloqueio do neuroeixo: 
Anestesia  bloqueio periférico de N. femoral, N. obturador 
e N. cutâneo lateral da coxa. 
 
 Cirurgia de fêmur com bloqueio do neuroeixo: 
Analgesia  raquianestesia para anestesia e bloqueio 
femoral no pós-operatório, para analgesia e diminuir uso de 
opioides. 
 
 
3 Gabriela Medeiros – Técnicas Cirúrgicas e Anestesiologia 
 
BLOQUEIO DO NERVO FEMORAL: 
Indicações: 
 Partes moles da coxa 
 Analgesia pós operatória de fêmur e joelho. 
 Fácil de ser realizada com USG. 
Referências: 
 Ligamento inguinal 
 Artéria femoral 
 Borda interna do músculo sartório. 
 
BLOQUEIO DO CANAL DOS ADUTORES: 
 Bloqueio do nervo safeno entre vasto medial 
(anterolateral), sartório (anteromedial) e adutor magno 
(posteromedial). 
 Nervo safeno – terminação do ramo profundo do nervo 
femoral, função sensitiva. 
 Artéria e veia femoral passam dentro do canal. 
 Mais difícil de executar. 
 Cirurgia de joelho que precisa de alta precoce – paciente precisa deambular, sem dores e sem 
bloqueio motor. 
 Indicações: 
 Cirurgia de joelho 
 Cirurgias de parte medial da perna, tornozelo e pé. 
 Contraindicações: 
 Absoluta: recusa do paciente. 
 Relativas: infecção, distúrbios de coagulação, alergias, neuropatias. 
 
 
 
 
 
BLOQUEIO DE VIA POSTERIOR: 
 Bloqueio do Nervo Ciático 
 Bloqueio do Nervo Cutâneo Posterior Da Coxa 
 Bloqueio Via Poplítea 
 
USG: Superior: músculo sartório; estrutura ovalada: artéria femoral; nervo safeno fica abaixo do 
m. sartório. Região hiperecoica em cima da artéria femoral: canal onde será feita a infiltração. 
 
4 Gabriela Medeiros – Técnicas Cirúrgicas e Anestesiologia 
 
 
Indicações: perna, tornozelo e pé. 
 
BLOQUEIO NERVO CIÁTICO: 
Bloqueio ciático pode ser feito a nível glúteo. É um 
bloqueio profundo e difícil de ser realizado. O objetivo 
da neuroestimulação é a contração do bíceps 
femoral. 
Caso clínico: Paciente em atendimento no pronto 
socorro em estado grave, com sepse e rebaixamento de nível 
de consciência. Tinha feito amputação ao nível de joelho, em 
que teve infecção que progrediu para coxa. Em uso de 
anticoagulantes e drogas vasoativas, tinha pneumonia 
associada e em estado de desnutrição. Paciente ASA-4E. 
indicação de amputação de coxa. 
 Anestesia escolhida: bloqueio periférico de membro inferior 
a nível de quadril, via anterior (n. femoral, n. obturador, n. 
cutânea lateral da coxa), via posterior (n. ciático – nível glúteo). 
 
BLOQUEIO DE FOSSA POPLÍTEA: 
 Bloqueio de N. ciático a nível de fossa poplítea. 
 Anestesia de quase toda perna, com exceção 
da parte medial (inervada pelo N. safeno). 
 Indicações: cirurgias de pé, tornozelo e 
amputações nível transtibial. 
 A neuroestimulação é possível, pois o N. ciático 
tem tanto porção sensitivo quanto motora. 
⤷ Estímulo do n. fibular comum: dorsoflexão do 
pé. 
⤷ Estimulo n. tibial: flexão do pé. 
 Entre M. bíceps femoral e M. semitendinoso – 
divisão do nervo ciático. 
 
 
 
5 Gabriela Medeiros – Técnicas Cirúrgicas e Anestesiologia 
 
 
 
 
 
BLOQUEIOS NÍVEL TORNOZELO: 
Pentabloqueio (5 nervos que inervam o pé): 
Origem ciático: 
1. Nervo tibial 
2. Nervo fibular profundo 
3. Nervo fibular superficial 
4. Nervo sural 
Origem femoral: 
5. Nervo safeno 
 
 
 Paciente que precise fazer debridamento em região de calcâneo: bloqueio de N. ciático a 
nível de fossa poplítea (bloqueio de n. tibial e n. fibular). O nervo tibial é o principal que deve 
ser bloqueado, pois inerva o calcâneo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
USG: procurar dois círculos hiperecoicos: nervo tibial e nervo fibular comum. Com a 
agulha, estimular o nervo fibular e esperar resposta. Repetir com o nervo tibial e 
esperar resposta. Também é possível fazer infiltração mais cranial, no nervo ciático. 
 
6 Gabriela Medeiros – Técnicas Cirúrgicas e Anestesiologia 
 
 
Região anterior do pé – nível de maléolo: 
Entra com a agulha no centro do tornozelo, medial e lateral. Faz o bloqueio de 3 nervos: N. fibular 
superficial, n. fibular profundo e n. safeno. Cada infiltração de 5mL. 
OU 
Em uma única punção, faz uma infiltração de 5mL no centro, recua um pouco, infiltra 5mL do lado 
do maléolo lateral, e 5mL do lado do maléolo medial. 
Região posterior do pé – nível de maléolo: 
Bloqueio de N. sural (maléolo lateral) e N. tibial (maléolo medial). 
 
QUESTÕES: 
1. Que nervo periférico deve ser bloqueado no nível do tornozelo, para realizar 
anestesia/analgesia em paciente com fratura de calcâneo? 
A) Fibular profundo 
B) Tibial posterior 
C) Safeno 
D) Sural 
E) NDA 
 
2. Você realizou bloqueio periférico para analgesia pós-operatória de artroplastia total de joelho. 
No entanto, o mesmo acorda com dor em fossa poplítea. Tal fato pode ser explicado por falha 
de anestesia de nervo: 
A) Ciático 
B) Femoral 
C) Obturador 
D) Cutâneo lateral da coxa 
 
3. Homem, 58 anos, 65Kg e 1,78m, é submetido à amputação transtibial de membro inferior 
esquerdo por obstrução arterial aguda. São realizados os bloqueios dociático na fossa poplítea 
e do femoral na região inguinal. No entanto, mesmo após 30 minutos, o paciente ainda tem 
sensibilidade preservada na face medial da perna. Houve falha de bloqueio de qual nervo? 
A) Tibial 
B) Safeno 
C) Fibular 
D) Obturador 
 
 
 
7 Gabriela Medeiros – Técnicas Cirúrgicas e Anestesiologia 
 
4. Paciente 35 anos, sem comorbidades e sem uso de medicações contínuas, será submetida à 
uma artroscopia de joelho esquerdo. Visando alta precoce e eficiente analgesia pós-
operatória... 
A) Qual tipo de anestesia você indica para essa paciente? 
 
 
B) Qual melhor método de analgesia para o pós-operatório? Por quê? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Respostas: 
1. B 
2. A. Quando a anestesia é feita em N. femoral, a região posterior, na fossa poplítea, tem falha anestésica, 
pois o mesmo é inervado pelo N. ciático. 
3. B. N. safeno é responsável pela sensibilidade medial das pernas. 
4. A) Bloqueio dos canais dos adutores. 
B) bloqueio periférico. Porque consegue diminuir o uso de opioides e seus efeitos colaterais associados. 
Como queremos uma alta precoce, deve-se optar por “opioide free” ao máximo.

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