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CONCEITO DE INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO O conceito de validade muitas vezes causa confusão, haja vista que em se tratando de negócio, esse pode ser considerado invalido ou parcialmente válido, é comum a utilização dos termos nulo ou anulável. O termo nulo é utilizado quando o negócio é totalmente inválido, o termo anulável é utilizado quando o negócio é parcialmente inválido. O negócio passa a ser inválido, ou nulo, quando não possui todos os pressupostos previstos na lei. NEGÓCIO JURÍDICO INEXISTENTE O negócio é inexistente quando lhe falta algum elemento estrutural, essencial a sua formação, não chegando a constituir-se (os elemento essencial do negócio) Como o consentimento. Se não houver qualquer manifestação de vontade, o negócio não chegou a se formar; inexistente, portanto. Se a vontade foi manifestada, mas encontra-se eivada de erro, dolo ou coação, o negócio existe mas é anulável. Se a vontade emana de um absolutamente incapaz, maior é o defeito e o negócio existe, mas é nulo. A nulidade pode ser: 1. Expressa: produz no ato ou negócio efeitor; 2. Tácita: se refere aquela que não proporciona ao ato ou ao negócio qualquer efeito; 3. Absoluta: quando a nulidade é absoluta, sua confirmação gera eficácia erga omnes - todas as pessoas se submetem a sanção de nulidade, além disso, o juiz poderá reconhecer a nulidade ex officio, isso é, independente de manifestação de qualquer pessoa 4. Relativa: proporciona efeitos ao negócio até a data da ação anulatória ajuizada pelo interessado. NEGÓCIO JURÍDICO NULO O negócio é nulo quando ofende preceitos de ordem pública, que interessam a sociedade. Assim, quando o interesse público é lesado, a sociedade o repele, empregando nesse ato a de nulidade, evitando que venha a produzir os efeitos esperados pelo agente. O art.166, CC, enumerou as hipóteses em que o negócio jurídico se tornará nulo e também o art.167, CC. Assim, firmando o negócio entre as partes, mas apenas uma sendo dotada de motivação ilícita com esse negócio, ele não é nulo, pois se faz necessário que ambas as partes tenham. A título exemplificativo: José deve uma determinada soma em dinheiro para o Fernando. O José sabe que se o Fernando ingressar com uma ação judicial de execução ele consegue tomar seu patrimônio, e ciente dessa ação, foi jantar na casa de um amigo de infância dele e disse que ele iria ficar sem nada – o amigo, tem a ideia de contrato de compra e venda, no qual Fernando passa tudo para meu nome – mas continua sendo tudo seu. Nessa situação houve uma simulação, o que tornou o negócio nulo. Nulidade é a sanção imposta pela lei aos atos e negócios jurídicos realizados sem observância dos requisitos essenciais, impedindo-os de produzir os efeitos que lhes são próprios. A nulidade é um vício insanável por ser uma agressão à ordem pública e não prescrever, e se o negócio jurídico é inválido, ele é ineficaz juridicamente, mas materialmente ele pode ser eficaz (eficácia social). A nulidade pode ser: ● Absoluta: existe um interesse social, além do individual, para que se prive o ato ou negócio dos seus efeitos específicos, visto que há ofensa a preceito de ordem pública e, assim, afeta a todos. Por isso, pode ser alegada por qualquer interessado, devendo ser pronunciada de ofício pelo juiz; ● Relativa: denominada anulabilidade e atinge negócios que se acham inquinados de vício capaz de lhes determinar a invalidade, mas que pode ser afastado ou sanado; ● Total: atinge todo o negócio ● Parcial: atinge apenas parte do negócio. A nulidade parcial do negócio não o prejudicará na parte válida, se esta for separável. Trata-se da regra da incomunicabilidade da nulidade que se baseia no princípio da conservação do ato ou negócio; ● Textual: quando expressa na lei ● Virtual: quando não expressa na lei, pode ser deduzida ● Negócio jurídico anulável. Anulabilidade é a sanção imposta pela lei aos atos e negócios jurídicos realizados por pessoa relativamente incapaz ou eivados de algum vício do consentimento ou vício social. Por não concernir a questões de interesse geral, de ordem pública, como a nulidade, é imprescritível e admite confirmação, como forma de sanar o defeito que a macula. O artigo 171 do CC listou as hipóteses em que um negócio jurídico é considerado anulável. LEGISLAÇÃO Art. 138 e Art. 139 Art. 144 até o Art. 151 Art. 153 até o Art. 165
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