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DIREITO TRIBUTARIO_RESENHA FGV

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Stefanie Duarte 
Turma 02 
Tributário 
Resenha Individual da ROL 01 – 23.04.21 
 
Resumo da parte teórica: 
 
A Dra. Procuradora Denise Cabral iniciou as atividades expondo a importância do Direito 
Tributário na sociedade. Como ponto de partida, explicou de forma clara o que são os 
tributos através do art 3 do CTN: 
 
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela 
se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada 
mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 
 
O tributo se distingue das penas, já que é preciso que sempre seja uma atividade lícita, 
enquanto o direito penal se origina de atividade ilícita. Porém, não importa a origem da 
atividade desempenhada (tráfico de drogas, por exemplo), de qualquer forma o tributo 
precisa ser pago. 
 
Os tributos se dividem em cinco espécies: impostos, taxas, empréstimos compulsórios, 
Contribuições de melhoria e Contribuições especiais. Os impostos são espécies 
tributárias não vinculadas que não exigem do Estado uma contraprestação. A sua 
finalidade é contribuir para a manutenção do Estado. 
 
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação 
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. 
 
Já as taxas caracterizam uma espécie tributária vinculada que exige do Estado uma 
obrigação de contraprestacionar o contribuinte, como por exemplo, a taxa do poder de 
polícia ou de iluminação pública. 
 
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos 
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o 
exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço 
público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. 
 
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que 
correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas. (Vide 
Ato Complementar nº 34, de 1967) 
 
A Contribuição de melhoria fato gerador é a valorização imobiliária decorrente de obra 
pública. Em outras palavras, trata-se de uma espécie vinculada que somente poderá 
ser exigida se houver uma valorização do imóvel do particular que tenha sido originada 
por uma obra pública. É uma contribuição que quase nunca é cobrada, já que 
dependeria da fiscalização. 
 
Empréstimo compulsório consiste na tomada compulsória de certa quantidade de 
dinheiro, pelo Estado ao contribuinte, a título de "empréstimo", a ser resgatado em 
determinado prazo estabelecido por lei observado o disposto no art.148 da Constituição 
Federal. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos 
compulsórios: 
 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de 
guerra externa ou sua iminência; 
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, 
observado o disposto no art. 150, III, b. 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório 
será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 
 
Já a contribuição especial obedece a um regramento próprio, claramente distinto 
daquele que é aplicado aos impostos, e está intrinsecamente vinculada a atuações 
estatais determinadas. Por exemplo, para financiamento da saúde. 
 
Resumo da parte prática 
A empresa XY, concessionária de água e esgoto da sua cidade, após um aumento de 
30% na tarifa ocorrido no mês de maio, faz a cobrança a empresa Alfa, em junho, já 
com o aumento da tarifa. Questionada, XY alegou que, por ser concessionária de 
serviços públicos, não está sujeita ao regime tributário das taxas, não tendo que 
observar os princípios constitucionais tributários. A empresa Alfa lhe procura para saber 
se a cobrança é correta. 
 
A esse respeito, questiona-se: 
 
Os serviços públicos de energia elétrica, telefone, água e esgoto quando prestados 
diretamente pelas pessoas jurídicas de direito público, são remunerados por taxa? E no 
caso de concessão desses serviços? 
 
Aqui a discussão é sobre taxa ou tarifa, então o cliente procura o advogado para 
entender a cobrança. Os serviços públicos podem ser remunerados por ambos, mas 
precisa de identificação do contribuinte. A taxa está em um regime compulsório, já a 
tarifa, em um regime privado contratual. 
 
Opinião 
 
Na prática a melhor forma de identificar se é taxa ou tarifa é de como o legislador 
Ministro José Augusto Delgado discutiu a matéria: 
 
Tributário. Serviço de fornecimento de água. Taxa. Natureza tributária. 1. O serviço de 
fornecimento de água e esgoto é cobrado do usuário pela entidade fornecedora como 
sendo taxa, quando tem compulsoriedade. 2. Trata-se, no caso em exame, de serviço 
público concedido, de natureza compulsória, visando a atender a necessidades 
coletivas ou públicas. 3. Não tem amparo jurídico a tese de que a diferença entre taxa 
e preço público decorre da natureza da relação estabelecida entre o consumidor ou 
usuário e a entidade prestadora ou fornecedora do bem ou do serviço, pelo que, se a 
entidade que presta o serviço é de direito público, o valor cobrado caracterizar-se-ia 
como taxa, por ser a relação entre ambos de direito público; ao contrário, sendo o 
prestador do serviço público pessoa jurídica de direito privado, o valor cobrado é preço 
público/tarifa. 4. Prevalência no ordenamento jurídico das conclusões do X Simpósio 
Nacional de Direito Tributário, no sentido de que “a natureza jurídica da remuneração 
decorre da essência da atividade realizadora, não sendo afetada pela existência da 
concessão. O concessionário recebe remuneração da mesma natureza daquela que o 
Poder Concedente receberia, se prestasse diretamente o serviço”. (RF, julho a 
setembro, 1987, ano 1987, v. 299, pág. 40). 5. O art. 11, da Lei nº 2.312, de 3.9.94 
(Código Nacional de Saúde) determina: “É obrigatória a ligação de toda construção 
considerada habitável à rede de canalização de esgoto, cujo afl uente terá destino fi 
xado pela autoridade competente”. 6. “No Município de Santo André/SP, as Leis 
Municipais nos 1.174/29.11.56 e 2.742/21.03.66 obrigam que todos os prédios se liguem 
à rede coletora de esgotos, dispondo, ainda, que os prédios situados em locais servidos 
de rede de distribuição de água devem a ela ser ligados, obrigatoriamente” (Memorial 
apresentado pela recorrente). 7. Obrigatoriedade do serviço de água e esgoto. Atividade 
pública (serviço) essencial posta à disposição da coletividade para o seu bem-estar e 
proteção à saúde, no Município de Santo André/SP. 8. “A remuneração dos serviços de 
água e esgoto normalmente é feita por taxa, em face da obrigatoriedade da ligação 
domiciliar à rede pública” (Helly Lopes Meirelles, in “Direito Municipal Brasileiro”, 3ª ed., 
RT – 1977, pág. 492). 9. “Se a ordem jurídica obriga a utilização de determinado serviço, 
não permitindo o atendimento da respectiva necessidade por outro meio, então é justo 
que a remuneração correspondente, cobrada pelo Poder Público, sofra as limitações 
próprias de tributo”. (Hugo de Brito Machado, in Regime Tributário da Venda de Água, 
10. Adoção da tese, na situação específi ca examinada, de que a contribuição pelo 
fornecimento de água é taxa. Aplicação da prescrição tributária, em face da ocorrência 
de mais de cinco anos do início da data em que o referido tributo podia ser exigido. 11. 
Recurso especial provido. REsp 167.489-SP. 
No caso de energia elétrica, telefone, água entendemos como tarifa, já que podemos 
cancelar o serviço. Mas água e esgoto não é possível cancelar, logo, a concessionária 
precisa cobrar uma taxa. Não é possível cancelar já que causaria problemas à 
sociedade um mau tratamento da água e esgoto e não existe a opção de contratar outros 
"fornecedores" para prestarem o serviço. O mais coerente, neste caso,é a cobrança de 
acordo com a natureza do serviço.