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Relatório TH II | Coleta de Sangue Arterial

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FACULDADE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS 
Fundação Educacional Lucas Machado 
 
 
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA (TH2) 
 Camila Augusta dos Santos Professora:
 
 
 Treinamento de Habilidades 2 Disciplina:
 segunda-feira (08h55 às 11h40) Dia da semana e horário: 
 João Vitor Carmo de Novaes Aluno:
 COLETA DE SANGUE ARTERIAL Tema da aula:
 
 
 OBJETIVO DO APRENDIZADO 1.
 
O objetivo do aprendizado envolve realizar a técnica da punção arterial para coleta de sangue de 
forma correta, além de saber realizar com eficácia o teste de Allen. 
 
 INDICAÇÃO DA TÉCNICA 2.
 
As indicações da técnica da coleta de sangue arterial envolvem, principalmente, a realização da 
gasometria arterial, que mede o pH e os níveis de oxigênio e de gás carbônico no sangue de uma 
artéria. Esse exame é utilizado para serem avaliados os distúrbios do equilíbrio ácido-base, da 
oxigenação do sangue arterial e da ventilação alveolar, podendo avaliar também a evolução de 
doenças respiratórias e de outros quadros clínicos que acometem os pulmões. 
 
 CONTRAINDICAÇÃO DA TÉCNICA 3.
 
As contraindicações da técnica de coleta de sangue arterial envolvem, principalmente, a ausência 
de pulso radial palpável, a existência de queimaduras no local de punção, a verificação de teste de 
Allen negativo e a detecção de infecção na área arterial, além de fístula ou shunt arteriovenoso. 
 
 PARÂMETROS CLÍNICOS UTILIZADOS PARA INDICAR ESSA TÉCNICA 4.
 
O paciente envolvido no caso clínico em questão apresentava tempo de preenchimento capilar 
superior a 3 segundos, murmúrio vesicular diminuído em base D, mucosas ressecadas, 
extremidades frias e oligúrico há 8 horas. Além disso, o raio X de tórax solicitado evidenciou 
opacidade com broncograma no lobo inferior direito e o paciente apresentava-se cianótico em suas 
extremidades. Para mais, vale ressaltar que ele esteve em uma viagem à Itália em meio ao surto de 
COVID-19. Portanto, a junção desses sintomas demonstra certa urgência para a realização de uma 
coleta de sangue arterial para a avaliação da gasometria do paciente, haja vista que, além dos 
aspectos supracitados, o paciente relata tosse associada à dor de garganta e à febre e dispneia aos 
pequenos esforços – sintomas que indicam um provável caso de COVID-19. 
 
 
 MATERIAIS NECESSÁRIOS 5.
 
- Solicitação do exame; 
- Bandeja; 
- Seringa de 3 ml; 
- Agulha 25 x 7 ou 25 x 8; 
- Heparina sódica 5000UI/ml; 
- Luvas de procedimento; 
- Óculos de proteção; 
- Máscara; 
- Bolas de algodão; 
- Antisséptico; 
- Gaze estéril; 
- Etiqueta de identificação; 
- Fita adesiva hipoalérgica; 
- Simulador de braço para punção arterial; 
- Lápis; 
- Papel. 
 
 DESCRIÇÃO DA TÉCNICA 6.
 
 Conferir a realização do procedimento com a prescrição médica; 1.
 Separar o material a ser utilizado; 2.
 Higienizar as mãos; 3.
 Apresentar-se ao paciente explicar o procedimento a ser realizado; 4.
 Conferir o nome do paciente pela pulseira de identificação; 5.
 Colocar equipamento de proteção individual: óculos protetor e máscara; 6.
 Levar a bandeja (cuba rim) para perto do paciente, colocando a bandeja sobre a mesinha de 7.
cabeceira; 
 Em caso de coleta de gasometria, caso não esteja disponível a seringa própria de coleta de 8.
gasometria, proceder heparinização da seringa. Aspire uma quantidade mínima de heparina 
com a seringa de 3ml e devolva o conteúdo aspirado para o frasco, com o intuito de lavar a luz 
da seringa, o que irá reter na seringa aproximadamente 0,4ml de heparina (volumes maiores de 
heparina podem causar alterações no pH da amostra); 
 Posicionar o paciente adequadamente e de forma confortável para a realização do 9.
procedimento; 
 Garantir iluminação adequada e proteção dos lençóis com impermeáveis, se necessário; 10.
 Realizar o teste de Allen (em anexo), antes de se puncionar a artéria radial; 11.
 Inspecionar, palpar e sentir as artérias para a escolha do sítio mais adequado para a punção. 12.
Coloque a ponta dos dedos indicador e médio sobre a mesma, definindo sua localização. 
 Escolher o local da punção: artérias radial, pediosa ou femoral; 13.
 Solicitar ao paciente que mantenha o membro imóvel; 14.
 Escolher o calibre adequado do dispositivo, levando em consideração idade, peso e condições 15.
musculoesqueléticas; 
 Realizar antissepsia das mãos com álcool a 70%; 16.
 Calçar luvas de procedimento; 17.
 Friccionar o algodão com álcool a 70% na pele em movimentos circulares de dentro para fora, 18.
esperar o fluido secar espontaneamente; 
 Manter o algodão seco ao alcance das mãos; 19.
 Introduzir a agulha lentamente, nos seguintes ângulos a depender da artéria selecionada: 30° a 20.
45° graus para a radial, 30° graus em relação ao dorso do pé para a pediosa, e 90° graus para a 
femoral; 
 Aplicar pressão negativa com a seringa e recuar a agulha lentamente (a entrada da agulha na luz 21.
arterial é assinalada pelo aparecimento do sangue pulsátil no canhão da agulha); 
 Colher a quantidade de sangue necessária (1,5 a 3 ml), retirar a agulha e proceder compressão 22.
firme da artéria puncionada, por cinco minutos, com algodão seco; 
 Retirar todo o ar que estiver na seringa; 23.
 Ocluir o bico da seringa com dispositivo não perfuro cortante; 24.
 Certificar-se de que não há início de formação de hematoma ou sangramento no local da 25.
punção, comprimindo novamente por mais 5 minutos se houver estes sinais e fazer um curativo 
compressivo; 
 Deixar o paciente confortável; 26.
 Recolher o material e encaminhar os resíduos ao expurgo; 27.
 Descartar o material perfuro cortante em recipiente adequado; 28.
 Lavar a bandeja com água e sabão, secar com papel-toalha e higienizá-la com antisséptico; 29.
 Retirar as luvas e desprezá-las no lixo; 30.
 Realizar higienização das mãos; 31.
 Retirar os óculos e máscara descartável; 32.
 Identificar a seringa com nome, leito, RG do hospital, data, horário e temperatura do paciente; 33.
 Providenciar encaminhamento imediato do material para o laboratório; 34.
 Registrar no prontuário punção, presença de hematoma ou sangramento, e perfusão do 35.
membro puncionado. 
 
Recomendações: Teste de Allen 
 
Existe a possibilidade de que a punção radial possa ocluir a circulação arterial da mão. Por isso, é 
importante avaliação da circulação colateral da mão pela artéria ulnar através do Teste de Allen 
antes de cada punção da artéria radial: 
 
 Peça para o paciente fechar a mão fortemente formando um punho. Força-se assim a saída do 
sangue da mão; 
 Usando os seus dedos indicador e médio de ambas as mãos, palpe as artérias ulnar e radial; 
 Comprima e obstrua o fluxo do sangue em ambas as artérias enquanto o paciente abre 
parcialmente e fecha a mão 4 a 5 vezes; 
 Mantenha a mão do paciente com a palma para cima. Esta deverá aparecer esbranquiçada; 
 Reduza a pressão na artéria ulnar enquanto observa a cor da palma, dedos e em especial o 
polegar; 
 A mão e os dedos deverão ficar preenchidos dentro de 10 a 15 segundos se a circulação ulnar 
for adequada. Se a mão permanecer esbranquiçada, a circulação não é adequada nessa mão 
(teste de Allen negativo) e, a punção da radial não deve ser feita. Se a cor é retomada (teste de 
Allen positivo), a punção da artéria radial pode ser efetuada com segurança. Em casos de 
pacientes inconscientes, elevar a mão do paciente acima do coração e apertar ou comprimir a 
mão, até que ocorra o empalidecimento. Abaixar a mão do paciente, enquanto ainda está 
comprimindo a artéria radial (liberar a pressão sobre a artéria ulnar) e observar o retorno da 
coloração da mão. 
 
 
Figura 1: Teste de Hallen 
Fonte: http://m.mmintensivecare.webnode.pt/enfermagem/pam/ 
 
 RELATO DA EXPERIÊNCIA VIVENCIADA NA REALIZAÇÃO DA TÉCNICA 7.
 
A aula de coleta de sangue arterial foi ótima, uma vez que consegui realmente entender a aplicação 
dessa técnica no meu futuro trabalho como médico. No início da explicação, acreditava que a 
técnica apresentaria maior dificuldade, mas, coma instrução da professora, pude entender muito 
bem como deveria ser realizada. Porém, um ponto infeliz foi o fato de os manequins estarem 
'furados demais', não permitindo que o sangue fluísse para a seringa – situação que diminuiu a 
realidade da situação, mas que, particularmente, não reduziu o conhecimento adquirido na aula. 
 
 REFERÊNCIAS 8.
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 9001/2000: Sistemas de Gestão da 
Qualidade. Rio de Janeiro, 2001. 
 
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à 
Assistência à Saúde/ Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2017. 
 
AGUIAR, M. M. Coleta de sangue arterial para gasometria: construção de um procedimento 
operacional padrão. Tese (mestrado em Gestão do Cuidado em Enfermagem)- Universidade Federal 
de Santa Catarina. Florianópolis. 2017. 
 
 
http://m.mmintensivecare.webnode.pt/enfermagem/pam/

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