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Clínica de Grandes Animais 2 Camilla Teotonio Pereira AFECÇÕES DIGESTÓRIAS FISIOLOGIA DE DIGESTÃO DE CHO Principal fonte de energia. Celulose e hemicelulose encontrado no alimento volumoso. Amido encontrado no alimento concentrado, principalmente no milho. No estômago encontrasse bactérias Bactérias produzem AGC, lactato, gases advindos da fermentação como metano, CO2 em maiores quantidades e hidrogênio em menor quantidade. São estocados no fígado gordura e glicose. Gado leiteiro e engorda na fase de terminação precisam mobilizar fonte de energia rápida para formação de músculo e gordura subcutânea. ACIDOSE RUMINAL Começo do século XX e no último século até hoje tem maior produtividade e desequilíbrios digestórios e metabólicos. Introdução gradativa de CHO não estrutural em relação à quantidade e volume. Alimentação sempre respeitar 60% volumoso e 40% concentrado, porém a % é adaptável em cada tipo de animal conforme a sua necessidade. A alimentação do bovino nunca pode ser maior quantidade de concentrado do que volumoso. Aguda inflamação resultante da rápida fermentação de grãos em excesso no rúmen. Crônica resultante de dietas com alto teor de carboidrato e baixo teor de fibras. FATORES PREDISPONENTES ACIDOSE (LÁCTICA) RUMINAL (AGUDA) ACIDOSE RUMINAL CRÔNICA Saliva tem ação de tamponamento manter o pH dentro da normalidade. Animal só alimenta volumoso nunca terá acidose ruminal FISIOPATOGENIA ACIDOSE RUMINAL AGUDA Diminuição de pH mata bactérias basófilas e protozoários. Acúmulo dos três tipos de AGV. ACIDOSE RUMINAL CRÔNICA Acúmulo de AGC principalmente do ácido butírico e propriônico. SINAIS CLÍNICOS ACIDOSE (LÁCTICA) RUMINAL (AGUDA) Emergência clínica e tto pode ser conservativo ou cirúrgico dependendo do caso. ACIDOSE RUMINAL CRÔNICA DIAGNÓSTICO Cor normal é esverdeado a amarronzado. Normal a sedimentação tem partículas finas e flutuação partículas grossas. Na acidose a sedimentação é rápida com diversas partículas finas devido ao concentrado e flutuação tende ausente indica que tem pouca fibra presente no rúmen. Prova de redução de azul de metilno (min) mede a atividade bacteriana. Acidose aguda é mais lenta e normal na crônica. Teor de cloreto na aguda está aumentado (refluxo abomasal) e crônica é normal. Analise do suco ruminal normal encontrar protozoário. Na acidose morre os protozoários. TRATAMENTO Correção da dieta diminuir concentrado e aumentar volumoso. Na aguda no primeiro momento pode retirar o concentrado e depois reintroduzir com cautela. Já a crônica necessita mudar o tipo de volumoso (boa qualidade). Fluidoterapia ocorre somente na acidose ruminal aguda. Serve para correção da acidose metabólica (IV) e da desidratação com uso de bicarbonato de sódio + ringer simples. Após a correção da acidose metabólica pode usar ringer simples ou RL para correção da desidratação. Sondagem ororuminal para esvaziar rúmen, as vezes não é o suficiente e parte para cirurgia. Ruminotomia exceto FC >140 bpm, desidratação grave, hipotermia e depressão. Transfaunação ruminal preencher o rúmen com conteúdo saudável colhido de outro animal por sonda ororuminal ou durante a cirurgia. Antibioticoterapia em casos de acidose ruminal crônica quando tem abcessos. Anti-histamínicos em casos de acidose ruminal crônica na laminite subclínica. Hipocalcemia principalmente na acidose ruminal aguda pós parto por alteração da dieta com inserção de forma abrupta do concentrado. Para correção suplementar cálcio na fluidoterapia. Controle de alta incidência nos rebanhos e para evitar o uso de monensina (ionóforos) serve para inibir o crescimento dede bactérias acidófilas (principalmente Lactobacillus) – meio que funciona como papel do protozoário. TIMPANISMO RUMINAL Distensão anormal dos pré-estômagos dos ruminantes com ingesta ou gás. CLASSIFICAÇÃO Sinais de insuficiência respiratória, pois a distensão ruminal comprime o diafragma (dispneia, taquipneia, boca aberta) parece que tem doença respiratória e pode morrer de parada respiratória. O rúmen tem dois movimentos: Primário é movimento de mistura da ingesta. Secundário eructação. As bolhas de gases (metano e gás carbônico) resultantes da fermentação bacteriana conseguem destacar da ingesta e deslocar na região dorsal do rúmen para compor o extrato gasoso. Na eructação precisa de bolhas de gases livres para abertura do cárdia. Nervo vago responsável pela abertura e fechamento do cárdia. TIMPANISMO ESPUMOSO OU ALIMENTAR PATOGENIA Falha no 1° estágio da eructação (separação). Tipo alimentar de alfafa e trevo em grandes quantidades causam aprisionamento das bolhas de gases que impedem de subir para região dorsal do rúmen. Na composição alimentar das alfafas e trevos tem cloroplastos e proteínas insolúveis e quando estão no rúmen em grande quantidade, há formação de uma malha no interior do rúmen fazendo aprisionamento das bolhas de gases, impedindo a eructação devido obstrução do cárdia. Conteúdo ruminal espumoso. SINAIS CLÍNICOS Contorno arredondado do lado esquerdo. Sinais de cólica. DIAGNÓSTICO TRATAMENTO Agentes surfactantes Proloxaleno 44mg/Kg – diminuição da tensão superficial. Administração via sonda ororuminal diluído com água morna. Ruminotomia + transfaunação conteúdo sai com alta pressão. Transfaunação colher líquido ruminal de um ruminante saudável. Suporte como fluidoterapia se necessário. Em casos de desidratação, hiporexia importante. Evitar o timpanismo espumoso manter uma dieta equilibrada. TIMPANISMO GASOSO OU PATOLÓGICO PATOGENIA 1° estágio da eructação normal (separação). Falha do 2° estágio (deslocamento) por atonia ruminal. Falha no 3° estágio (transferência) por obstruções físicas e funcionais do cárdia (lesão de nervo vago próximo ao cárdia). Leucoce aumento de linfonodos mediastinos. Falha no 4° estágio (esofágico) por obstruções esofágicas. Tétano espasmo da musculatura esofágica. SINAIS CLÍNICOS Predominância porção dorsal do vazio do flanco do lado esquerdo. DIAGNÓSTICO TRATAMENTO Sonda ororuminal de silicone sobe para extrato gasoso do rúmen para alívio ruminal. Sonda Schambye tem uma ponta pesada para coleta de líquido ruminal e desobstruir e empurrar para o rúmen (cuidado pode romper) com uso de óleo mineral para facilitar o deslocamento do CE. Sonda Thygesen serve para capturar o CE. Trocaterização quando a sondagem ororuminal é impossível em casos de obstrução esofágica, obstrução da cárdia ou compressão. Ruminotomia + transfaunação depende em casos de acidose ruminal grave, distensão abdomasal. Suporte como fluidoterapia se necessário. Em casos de desidratação, hiporexia importante. Tratar doença associada principalmente hipocalcemia puerperal, acidose ruminal, acidose ruminal, distensão abdomasal, abscessos e CE. INDIGESTÃO VAGAL – SÍNDROME DE HOFLUND – TIMPANISMO RECIDIVANTE Nervo vago promove contração de rúmen, reticulo, omaso, abomaso e intestino com abertura e fechamento de esfíncteres. PATOGENIA SINAIS CLÍNICOS Obstrução de cárdia predominância porção dorsal do vazio do flanco do lado esquerdo. Indigestão vagal por estenose funcional anterior (IV EFA) grau de empanzinamento maior no rúmen e reticulo. Indigestão vagal por estenose funcional posterior (IV EFP) grau de empanzinamento muito maior no rúmen e reticulo e abomaso (lado direito). DIAGNÓSTICO Teste de atropina diferenciar bradicardia por problema cardíaco ou lesão nervo vago. Ambiente calmo. TRATAMENTO Geralmente ineficaz ou inviável sondagem frequente ou fístularuminal (insuficiência do cárdia – timpanismo gasoso). Animal destinado ao abate (animal perde peso).
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