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Bases do Processo de Contração muscular. Integrantes: Ícaro, Elizabeth, Issanaye, Thiago e Alberto O músculo esquelético é um sistema motor altamente organizado e regulado que transduz energia química proveniente da hidrólise de ATP em atividade mecânica. A miosina é capaz de promover a contração muscular através de interações cíclicas com a molécula de actina no filamento fino. O aumento da concentração de cálcio citoplasmático dispara a contração muscular num sistema regulado pela troponina e tropomiosina, proteínas que fazem parte do filamento fino. Nos diferentes músculos esquelético podem ser encontrados diferentes tipos de fibra: as fibras de contração rápida e lenta, além de diferentes subtipos de fibras classificadas com base na cadeia pesada da miosina. Independente do tipo de fibra a interação das proteínas que formam o músculo esquelético com diferentes íons bem como com a molécula de ATP e seus produtos de hidrólise promovem mudanças estruturais que vão levar a contração da musculatura esquelética. Para que haja a contração muscular existe uma série de processos complexos que precisam acontecer para a Miosina encontrar a Actina, tracionar seus filamentos e realizar a contração muscular. No repouso, Actina e Miosina não se tocam. Existe um local que a proteína Actina exerce atração pela Miosina chamado Sítio de Ligação. O complexo Troponina e Tropomiosina impedem a ligação entre a Actina e a Miosina. A Troponina precisa ligar-se a molécula de Cálcio. Quando os dois elementos se ligam o complexo Troponina e Tropomiosina mudam sua conformação, liberando espaço e expondo o Sítio de Ligação entre Actina e Miosina e permitindo a ligação entre as duas proteínas. O Cálcio dentro da fibra muscular, fica armazenado em sisternas chamadas de Retículo Sarcoplasmático. A saída do Cálcio dessas cisternas são bloqueadas por proteínas que são sensíveis a voltagem. Ou seja, quando essas proteínas atingem uma certa voltagem elas mudam o seu formato e permitem a saída do Cálcio de dentro do Retículo Sarcoplasmático para o Sarcoplasma. Para que haja Cálcio disponíveis no Sarcoplasma essas proteínas do Retículo Sarcoplasmático precisam primeiro receber estímulo elétrico. Esses estímulos vem do Sistema Nervoso (neurônio motor) e sendo assim, para o músculo contrair, precisa primeiro receber um estímulo chamado Potencial de Ação. Quando o Potencial de Ação passa para o músculo e chega até essas proteínas do Retículo Sarcoplasmático, as mesmas mudam sua conformação e permitem a saída do Cálcio para o Sarcoplasma da fibra muscular. E então o cálcio fica disponível para ligar-se a Troponina e permitir o deslocamento do complexo Troponina e Tropomiosina e exposição do Sítio de Ligação entre Actina e Miosina. A Miosina só vai efetivamente se ligar a Actina se estiver energizada pela molécula ATP (Adenosina Triposfato). A cabeça da Miosina possui uma região especifica capaz de realizar a hidrolise do ATP (quebra da molécula) e usá-la. A mesma armazena essa energia antes da ligação com a Actina. Com a Miosina energizada e o complexo Troponina e Tropomiosina fora do caminho, a Miosina se Liga a Actina. Quando ocorre, usa-se a energia vinda da hidrolise de ATP para mudar a sua conformação, assim fletindo a sua cabeça e com isso, tracionar os filamentos de Actina na direção do centro do Sarcômero. De forma que os filamentos da Actina deslizam sobre os filamentos de Miosina, permitindo a aproximação das linhas E, consequentemente o encurtamento do Sarcômero. Tal processo é chamado de Filamento Deslizante. Após estes processos complexos acorrerem, outra molécula de ATP se liga à cabeça da Miosina fazendo com que ela volte a sua conformação original. O ciclo continua enquanto houver cálcio no Sarcoplasma. Contração Isotônica O termo contração refere-se à ativação da capacidade de gerar força das fibras. Contração não implica, necessariamente, em encurtamento muscular. De fato, o comprimento do músculo tanto pode diminuir, como permanecer inalterável, ou mesmo aumentar durante a contração muscular, dependendo da relação que estabelece entre a grandeza da carga externa a ultrapassar e a quantidade de força que os músculos recrutados conseguem gerar. A contração muscular pode ser de dois tipos: dinâmica ou estática. A contração isotônica, também conhecida por contração dinâmica, é a contração muscular que provoca um movimento articular. Há alteração do comprimento do músculo sem alterar sua tensão máxima. Possui alto consumo calórico e geralmente é de rápida duração. Divide-se em dois tipos: concêntrica (ocorre quando ao realizar um movimento o músculo aproxima suas inserções, com encurtamento dos seus sarcômeros). e excêntrica (ocorre quando ao realizar o movimento o músculo alonga-se, ou seja, as inserções se afastam, com aumento do comprimento dos seus sarcômeros). Contração Isométrica * A contração isométrica é aquela onde o músculo desenvolve tensão, porém não há alteração em seu comprimento externo. Em outras palavras, a contração isométrica é aquela em que o músculo contrai-se e produz força sem nenhuma alteração macroscópica no ângulo da articulação. * Para entendermos melhor o não encurtamento do comprimento do músculo devemos analisar cinesiologicamente as relações de força que agem sobre o corpo. Existe a tensão (que é a força desenvolvida pelo músculo para vencer as forças que agem sobre o segmento) e a resistência (que é considerada uma força externa baseada no peso do segmento associado, principalmente, a inércia). Quando o torque de resistência de uma articulação é igual ao torque de força produzido pelo músculo que a atravessa, isto é, quando a resistência contra a qual o músculo está exercendo tensão for igual a tensão máxima que este músculo pode produzir, desenvolve-se uma contração isométrica. ° O maior empecilho do trabalho isométrico é a sua parca transferência para o mundo real, visto que, a maioria de nossas atividades diárias envolvem contrações excêntricas e concêntricas. ° O exercício isométrico apenas provoca hipertrofia do grupo muscular no ângulo articular no qual o músculo é sobrecarregado, limitando-se, assim, o desenvolvimento de força por toda a amplitude de movimento. ° Embora soe um pouco estranho, uma outra forma de se referir a contração isométrica é chamá-la de contração estática. Contração Isocinética ° A contração isocinética é aquela em a tensão desenvolvida pelo músculo é máxima em todos os ângulos articulares durante toda a amplitude de movimento porque ela é realizada em uma velocidade constante. ° A velocidade é controlada e a resistência é variada ao longo do arco de movimento. ° As vantagens da contração isocinética são que é capaz de obter contração máxima ao longo da amplitude total de movimento, oferecendo maior eficiência do rendimento muscular. ° A sobrecarga nas articulações é pois é a força produzida pelo paciente que controla a sobrecarga imposta pelo aparelho. ° É capaz de realizar uma gama de testes musculares através das diferentes velocidades aplicadas e de diferentes posturas. ° Finalmente, à medida que o indivíduo tenta gerar tensão máxima na velocidade específica de contração, a tensão irá variar devido à mudança nas alavancas e inserções musculares. O trabalho isocinético além de trabalhar força pode trabalhar endurance ou resistência melhorando assim, o desempenho. Conclusão ° Podemos concluir que em nosso dia por diversas vezes utilizamos todas essas contrações, sejam elas de maneira voluntária ou não, todas constituem funções importantes para manter a funcionalidade dos músculos e um bom funcionamento do corpo. ° É sempre necessário 3 elementos para que ocorra a contração muscular, estímulos do sistema nervoso, as proteínas contráteis, actina e miosina, e energia para a contração, fornecida pelo ATP. Fonte: Autores: Jaqueline Ramalho, Juliana Irani Fratucci de Gobb, Lucia Regina Machado da Rocha, Silvia Mitiko Nishida, Data Publicação: 00/00/0000 Página: http://museuescola.ibb.unesp.br/subtopico.php?id=2&pag=2&num=3&sub=21A contração isométrica também conhecida por contração estática é a contração muscular que não desencadeia movimento articular. O momento motor é igual ao momento de resistência, portanto não há movimento. Referências: https://interfisio.com.br/como-usar-as-diferentes-formas-de-contracao-muscular-um-estudo-comparativo-entre-contracao-muscular-isometrica-isotonica-e-isocinetica. https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/fisioterapia/tipos-de-contracao-muscular/42830 AULA 15 - Contração Muscular. Realização de Alvaro Reischak de Oliveira. Roteiro: Alvaro Reischak de Oliveira. S.I, 2017. (9 min.), son., color. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=iqUl3nOPxFA. Acesso em: 24 maio 2021. As bases estruturais e moleculares da contração muscular (Structural and molecular bases of mucle contraction; Verônica Salerno Pinto, Valéria Pereira de Sousa, L. C. Cameron, D.Sc; Fisioterapia Brasil – Volume 5 – Número 4 – julho/agosto de 2004; Departamento de Biociências da Atividade Física – EEFD – Universidade do Brasil, Laboratório de Controle de Qualidade de Fármacos e Medicamentos, Faculdade de Farmácia, Universidade do Brasil, Laboratório de Bioquímica de PProteínas, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro; PROCIMH – Universidade Castelo Branco, Rio de Janeiro
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