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Ministe´rio da Educac¸a˜o Universidade Tecnolo´gica Federal do Parana´ Campus Campo Moura˜o Nu´meros Complexos Ca´lculo Diferencial e Integral III WELLINGTON JOSE´ CORREˆA Campo Moura˜o, Parana´ Brasil Suma´rio 2 Wellington Jose´ Correˆa 3 Nu´meros Complexos Desde que algumas equac¸o˜es alge´bricas, tais como x2 + 1 = 0, na˜o tem soluc¸a˜o em R, os pri- meiros matema´ticos foram obrigados a considerar soluc¸o˜es puramente formais, envolvendo ra´ızes quadradas dos nu´meros negativos. Assim, Heron (Alexandria, 100 a. C.) obteve a soluc¸a˜o de √−63, Girolano Ca´rdan (1545) escreveu 40 = (5 + √−15) · (5 − √−15). Esses nu´meros foram considerados sem utilidade e o termo imagina´rio foi aplicado a eles. Se i e´ definido soluc¸a˜o da equac¸a˜o x2 + 1 = 0, os nu´meros da forma a + i b, a, b ∈ R sa˜o chamados Nu´meros Complexos. O desenvolvimento moderno dos nu´meros complexos comec¸ou com a descoberta por meio da interpretac¸a˜o geome´trica deles. Iniciada por John Wallis (1685), formalizada por Caspar Wessel (1799) e estabelecida e reconhecida a partir de 1806 com Jean Robert Argant e, finalmente, formalmente estudada por Carl Friedrich Gauss (1831). Certamente, o seu primeiro contato com os nu´meros complexos foi por meio da obtenc¸a˜o das ra´ızes de uma equac¸a˜o do 2o¯ grau a2 + bx+ c = 0 dada pela fo´rmula x = −b±√b2 − 4ac 2a . Quando o discriminante for negativo, sabemos que a fo´rmula acima na˜o leva a nenhuma raiz real. No entanto, os nu´meros complexos entraram na Matema´tica pela equac¸a˜o do 3o¯ grau e na˜o do 2o¯. Definic¸a˜o 1. Definimos o conjunto C (chamado de conjunto dos nu´meros complexos) como sendo o conjunto dos pares ordenados (a, b) com a, b ∈ R com as operac¸o˜es: (a, b) + (c, d) = (a+ c, b+ d) (a, b) · (c, d) = (ac− bd, ad+ bc) Identificac¸o˜es: Denotamos (a, 0) = a (0, 1) = i . Observac¸o˜es: Temos que 1. Dado z ∈ C, z = (a, b), chamamos a = Re(z) como parte real de z e b = Im(z) de parte imagina´ria de z. 2. O par (0, 0) e´ o elemento nulo para a operac¸a˜o soma. 3. O par (1, 0) e´ o elemento nulo para a operac¸a˜o multiplicac¸a˜o. Wellington Jose´ Correˆa 4 4. Temos que (a, b) = (c, d) ⇔ a = c, b = d. Munidos dos conceitos apresentados acima, podemos obter o plano complexo, que e´ o conjunto de representac¸o˜es de todos os nu´meros complexos z = x+ iy pelos pontos P = (x, y) do plano. A representac¸a˜o dos nu´meros complexos por pontos do plano e´ muito u´til e de uso frequente. Por meio dela, o nu´mero complexo z = x + iy e´ identificado com o ponto (x, y), ou com o vetor Oz de componentes x e y. Figura 1: Representac¸a˜o dos nu´meros complexos Proposic¸a˜o 1. Dados os nu´meros complexos z1, z2, z3 ∈ C, valem as propriedades: 1. Associativa: (z1 + z2) + z3 = z1 + (z2 + z3) . 2. Comutativa: z1 + z2 = z2 + z1 . 3. Distributiva: z1 · (z2 + z3) = z1z2 + z1z3 . Usando a 1a¯definic¸a˜o e as identificac¸o˜es, temos: 1. (0, 1) · (0, 1) = (−1, 0) = −1, ou i · i = −1, o que nos mostra que i2 = −1. 2. Adic¸a˜o (a+ ib) + (c+ id) = (a+ c) + i(b+ d) . 3. Subtrac¸a˜o (a+ ib)− (c+ id) = (a− c) + i(b− d) . 4. Multiplicac¸a˜o (a+ ib) · (c+ id) = (ac− bd) + i(ad+ bc) . 5. Divisa˜o a+ ib c+ id = a+ ib c+ id · c− id c− id = ac+ bd+ i(bc− ad) c2 + d2 = ac+ bd c2 + d2 + i bc− ad c2 + d2 . Wellington Jose´ Correˆa 5 Exemplo 1. Sejam z1 = 1 − i e z2 = 3 + 4 i . Calcule z1 + z2, z1 − z2, z1 · z2, z1/z2 e represente-os geometricamente. O nu´mero complexo c− id e´ chamado conjugado do nu´mero complexo c+ id. De modo geral, dado z = a+ ib, denotamos por z = a− ib como sendo o conjugado de z. Observac¸a˜o: Ao contra´rio do que acontece no conjunto dos nu´meros reais, o conjunto C na˜o se sabe quem e´ o maior, ou seja, o conjunto dos nu´meros complexos na˜o e´ ordenado. Definic¸a˜o 2. (Valor Absoluto) Seja z = a + ib um nu´mero complexo. Definimos |z| = √a2 + b2 como sendo o valor absoluto de z. Propriedades de conjugac¸a˜o e valor absoluto. 1. z1 ± z2 = z1 ± z2 . 2. z1 · z2 = z1 · z2 . 3. ( z1 z2 ) = z1 z2 . 4. Se z = Re z ⇒ z = z . 5. Se z = Im(z)⇒ z = −z . 6. Se z1 = a1 + b1 i e z2 = a2 + b2 i enta˜o |z1−z2| = √ (a1 − a2)2 + (b1 − b2)2 e´ a distaˆncia entre z1 e z2. 7. z · z = |z|2. 8. |z| = |z|. 9. |z1 · z2| = |z1| · |z2| 10. ∣∣∣∣z1z2 ∣∣∣∣ = |z1||z2| , z2 6= 0. 11. |z1 + z2| ≤ |z1|+ |z2| 12. |z1 − z2| ≥ | |z1| − |z2| | Exemplo 2. Esboce os conjuntos de pontos dados. 1. |z| = 1 2. |z| < 1 3. |z| > 1 4. |z − 2| = 1 5. |z + 1 + 3i| = 4 Exerc´ıcios: 1. Reduza a` forma z = a+ ib cada uma das expresso˜es dadas nos ı´tens a seguir. Wellington Jose´ Correˆa 6 (a) (3 + 5i) + (−2 + i) (b) (−3 + 4i)− (1− 2i) (c) (3− 5i) · (−2− 4i) (d) (1 + i)3 (e) 1 2 + 3i (f) 1− i 1 + i (g) ( 1− i 1 + i )30 (h) ( √ 3− 2i)− i[2− i(√3 + 4)] Resp.:(a) 1+6i, (b)−4+6i, (c)−26−2i, (d)−2+2i, (e) 2 13 − 3 13 i, (f) -1, (g) -1, (h)−4−4 i. 2. Mostre que k∑ n=0 in = 1, 1 + i, i ou zero, conforme o resto da divisa˜o de k por 4 seja zero, 1, 2 ou 3, respectivamente. 3. Represente graficamente os nu´meros complexos z1, z2, z1z2 e z1/z2 de modo que z1 = 3− i, z2 = 3− i 2 . 4. Mostre que (a) |z| = |z| (b) Re(z) = z + z 2 (c) Im(z) = z − z 2i 5. Dados dois nu´meros complexos α e β, prove que |α + β|2 + |α− β|2 = 2|α|2 + 2|β|2 . Fac¸a um gra´fico e obtenha a seguinte interpretac¸a˜o geome´trica: a soma dos quadrados dos lados de um paralelogramo e´ igual a soma dos quadrados das diagonais. 6. Prove que se |z1| = |z2| = |z3| = 1 e z1 + z2 + z3 = 0, enta˜o z1, z2 e z3 sa˜o ve´rtices de um triaˆngulo equila´tero inscrito no c´ırculo unita´rio de centro na origem. Fac¸a um gra´fico. Representac¸a˜o Polar Considerando a representac¸a˜o geome´trica de um nu´mero complexo z 6= 0, chama-se argumento de z o aˆngulo θ formado pelo eixo Ox e o vetor Oz. Como em trigonometria, os aˆngulos sa˜o aqui orientados: consideramos positivo o sentido de percurso oposto ao dos ponteiros do relo´gio. Wellington Jose´ Correˆa 7 O argumento de z pode ser definido quando z 6= 0; mesmo nesta hipo´tese, o argumento so´ fica determinado a menos de mu´ltiplos inteiros de 2pi, isto e´, θ pode ser trocado por θ+ 2kpi, k = 1, 2, ... Como a = |z| cos θ e b = |z| sen θ, temos a seguinte representac¸a˜o polar ou representac¸a˜o trigonome´trica: z = r (cos θ + isenθ), r = |z|; (1) de modo que r e θ sa˜o designados as coordenadas polares de z. Figura 2: Forma Polar do nu´mero complexo z = a+ ib Exemplo 3. Encontre o argumento e escreva os seguintes nu´meros na forma polar 1. z = 1− i 2. z = i 3. z = 5 + 2i Fo´rmulas do Produto e do quociente De posse da representac¸a˜o polar, vamos deduzir uma regra conveniente para a multiplicac¸a˜o. Sejam z1 = r1 (cos θ1 + isenθ1) e z2 = r2 (cos θ2 + isenθ2) dois nu´meros complexos quaisquer. Enta˜o z1z2 = r1r2(cos θ1 + isenθ1) (cos θ2 + isenθ2) = r1r2[(cos θ1 cos θ2 − senθ1senθ2) + i(senθ1 cos θ2 + cos θ1senθ2)] = r1r2[cos(θ1 + θ2) + isen(θ1 + θ2)] . Vamos deduzir um resultado ana´logo para a divisa˜o, no entanto, note que 1 cos θ + isenθ = cos θ − isenθ (cos θ + isenθ)(cos θ − isenθ) = cos θ − isenθ, temos: z1 z2 = r1 r2 · cos θ1 + isenθ1 cos θ2 + isenθ2 = r1 r2 · (cos θ1 + isenθ1)(cos θ2 − isenθ2) = r1 r2 · [(cos θ1 cos θ2 + senθ1senθ2) + i(senθ1 cos θ2 − cos θ1senθ2)] = r1 r2 · [cos(θ1 − θ2) + isen(θ1 − θ2)] . Wellington Jose´ Correˆa 8 Exemplo 4. Calcule z1 · z2 e z1 z2 na forma polar onde z1 = 1 + i e z2 = 2− 2 √ 3 i . Fo´rmula De Moivre A fo´rmula da multiplicac¸a˜o estende-se para um nu´mero qualquer de fatores, isto e´, de demons- trac¸a˜o simples, podemos obter z1z2 . . . zn= r1r2 . . . rn[cos(θ1 + θ2 + . . . θn) + isen(θ1 + θ2 + . . . θn)]. Quando todos os fatores sa˜o iguais e de mo´dulo unita´rio, obtemos a fo´rmula De Moivre: (cos θ + isenθ)n = cosnθ + isennθ . Esta fo´rmula tambe´m e´ va´lida tambe´m para expoentes negativos. De fato, (cos θ + isenθ)−n = 1 (cos θ + isenθ)n = 1 cosnθ + isennθ = cosnθ − isennθ = cos(−nθ) + isen(−nθ) . Exemplo 5. Calcule (1 + i)10 e (1 + i)−5 . Wellington Jose´ Correˆa 9 Exerc´ıcios: 1. Determine o argumento dos nu´meros complexos dados, escreva esses nu´meros na forma polar e represente-os geometricamente. (a) z = −2 + 2i (b) 1 + i √ 3 (c) z = ( i 1 + i )5 (d) z = 1 + 2i Resp.: (a) z = 2 √ 2(cos(3 pi/4) + isen(3pi/4), (b) z = 2(cos(pi/3) + isen(pi/3), (c) z = √ 2/8 (cos(3pi/4)− isen(3pi/4), (d) z = √ 5(cos(arctg2) + isen(arctg2)) 2. Prove que cos 3θ = cos3 θ − 3 cos θ sen2 θ e sen 3θ = −sen3 θ + 3 cos2 θ sen θ Dica: Desenvolva (cos θ + i sen θ)3 pela fo´rmula do binoˆmio e pela fo´rmula de Moivre. Ra´ızes n-E´simas Diz-se que um nu´mero z e´ raiz n-e´sima de um dado nu´mero complexo a, se zn = a. Como veremos logo a seguir, um nu´mero complexo na˜o-nulo possui n ra´ızes distintas. Para isso, consideremos o nu´mero dado a 6= 0 em sua forma polar, bem como, a raiz que desejamos encontrar na sua forma polar, ou seja, a = r(cos θ + isenθ) e z = ρ(cosϕ+ isenϕ). Utilizando com deleite a fo´rmula De Moivre, a equac¸a˜o zn = a assume a seguinte forma: ρn(cos nϕ+ isennϕ) = r(cos θ + isenθ) . Como a igualdade de nu´meros complexos requer a igualdade das partes reais e das partes ima- gina´rias, separadamente, devemos ter ρn cos nϕ = r cos θ e ρnsennϕ = rsenθ . Estas equac¸o˜es, por sua vez, equivalem a ρn = r e nϕ = θ + 2kpi, onde k e´ um inteiro. Daqui segue-se que se ρ e´ a raiz n-e´sima positiva de r, donde z = n √ a = n √ r [ cos ( θ + 2kpi n ) + isen ( θ + 2kpi n )] . (2) Esta fo´rmula produz n ra´ızes distintas, quando k se atribuem os valores de k = 0, 1, . . . , n− 1. Wellington Jose´ Correˆa 10 Exemplo 6. Determine as ra´ızes cu´bicas do nu´mero a = 8, isto e´, devemos resolver a equac¸a˜o z3 = 8. No caso particular quando a = 1, temos que θ = 0 e a fo´rmula (??) se reduz a z = cos ( 2kpi n ) + isen ( 2kpi n ) (3) que sa˜o chamadas ra´ızes n-e´simas da unidade. Exemplo 7. Calcule as ra´ızes de z4 = 1 e esboce tais ra´ızes no plano complexo. Exerc´ıcios: 1. Calcule as ra´ızes dos nu´meros complexos e fac¸a a representac¸a˜o gra´fica correspondente so- mente dos ı´tens (a) - (d). (a) 3 √−1 (b) √ 2i (c) √−2i (d) i3 (e) √−7− 24i Respostas: 1. (a) −1, 1 2 (1 + i √ 3), 1 2 (1− i √ 3) (b) 1 + i (c) 1− i (d) ±√3 + i 2 ,−i (e) ± (3− 4i) Func¸o˜es Complexas Estudaremos func¸o˜es definidas em subconjuntos de C e que tomam valores em C. Se f e´ uma func¸a˜o desse tipo, enta˜o: f(z) = u(z) + iv(z) onde tanto u como v sa˜o func¸o˜es a valores reais. Se z = x+ iy, podemos escrever: f(z) = f(x, y) = u(x, y) + iv(x, y). Wellington Jose´ Correˆa 11 Logo, duas duas func¸o˜es arbitra´rias u = Re(f(z)) : R2 → R e v = Im(f(z)) : R2 → R definem uma func¸a˜o complexa. Em outras palavras, uma func¸a˜o complexa e´ simplesmente uma func¸a˜o com domı´nio em R2. Exerc´ıcio: Nas func¸o˜es de varia´vel complexa definidas abaixo, identifique a parte real u(x, y), a parte imagina´ria v(x, y). 1. f(z) = z2 2. f(z) = 3z + 2 3. w = z2 + z + 1 4. w = z2 − 5z + 3 5. w = 1 z 6. w = 3 z − 5 A primeira func¸a˜o f : C→ C sera´ definida a seguir. A Func¸a˜o Exponencial Complexa admitimos que leitor, com sua v´ıvida e prazerosa familiaridade com as func¸o˜es trigonome´tricas, a constante de Euler e e a func¸a˜o exponencial ex, conceitos estes que sa˜o estudados nos cursos de Ca´lculo. Lembramos, em particular, os desenvolvimentos dessas func¸o˜es em se´ries de MacLaurin, va´lidos para todos os valores reais da varia´vei x: ex = +∞∑ n=0 xn n! = 1 + x+ x2 2! + x3 3! + . . . ; (4) cosx = +∞∑ n=0 (−1)n x2n (2n)! = 1− x 2 2! + x4 4! − x 6 6! + . . . ; (5) senx = +∞∑ n=0 (−1)n x2n+1 (2n+ 1)! = x− x 3 3! + x5 5! − x 7 7! + . . . (6) Vamos tomar o desenvolvimento (??) como base para definir ez com z complexo. Formalmente, assuma que este desenvolvimento seja va´lido para nossos propo´sitos e que ez para z complexo, enta˜o para y real, tem-se: eiy = 1 + iy + (iy)2 2! + (iy)3 3! + (iy)4 4! + (iy)5 5! + (iy)6 6! + (iy)7 7! + . . . = 1 + iy − y 2 2! − iy 3 3! + y4 4! + i y5 5! − y 6 6! − iy 7 7! + . . . Wellington Jose´ Correˆa 12 Ou ainda, eiy = ( 1− y 2 2! + y4 4! − y 6 6! + . . . ... ) + i ( y − y 3 3! + y5 5! − y 7 7! + . . . ) , ou seja, em vista de (??) e (??), obtemos: eiy = cos y + iseny. Por outro lado, da definic¸a˜o da exponencial no caso de um expoente qualquer z = x+ iy temos ez = ex+iy = ex eiy, doravante, ez = ex+iy = ex(cos y + iseny) . (7) Propriedades: 1. ez1+z2 = ez1 e z2 ; 2. e−z = 1/ez; 3. (ez)n = enz, n inteiro; 4. ez 6= 0 para todo z; 5. |ez| = eRe(z); 6. ez = 1 ⇔ z = 2kpii, k inteiro. Observac¸a˜o: Se z = r (cos θ + isenθ), enta˜o eiθ = e0 (cos θ + isenθ) = (cos θ + isenθ), portanto, z = reiθ . Exemplo 8. Escreva os nu´meros abaixo na forma r ei θ. 1. √ 2−√2 i 2. 3 +√3 i Exemplo 9. Calcule ii usando a equac¸a˜o ei pi + 1 = 0 . Wellington Jose´ Correˆa 13 Exerc´ıcios: 1. Reduza a` forma reiθ cada um dos nu´meros complexos dados a seguir. (a) 1 + i (b) 1− i (c) 1−√3i (d) i 1 + i Resp.: (a) √ 2 e ipi 4 , (b) √ 2 e− ipi 4 , (c) 2 e− ipi 3 , (d) e ipi 4√ 2 2. E´ costume tambe´m denotar ez por exp(z). Sendo assim, mostre que exp(3 + 7pi i) = −e3 . Func¸o˜es Trigonome´tricas Como vimos na sec¸a˜o anterior eiy = cos y + iseny e eiy = cos y − iseny, logo e´ natural definir cos z := eiz + e−iz 2 (8) senz := eiz − e−iz 2i (9) tgz := senz cos z (10) cotgz := cos z senz , sec z := 1 cos z , cossecz := 1 senz (11) Propriedades: 1. sen2z + cos2 z = 1 . 2. cos z = cosx cosh y + isenx senhy. 3. senz = senx cosh y + i cosx senhy. 4. sen(z + pi) = − cos z, cos(z + pi) = −senz e tg(z + pi) = tgz. Wellington Jose´ Correˆa 14 5. |senz|2 = sen2x+ senh2y e | cos z|2 = cos2 x+ senh2y. 6. sen(z1 ± z2) = senz1 cos z2 ± cos z1senz2 e cos(z1 ± z2) = cos z1 cos z2 ∓ senz1senz2. 7. sen(−z) = −senz e cos(−z) = cos z. 8. senz = 0⇒ z = 0 ou z = ±npi cos z = 0⇒ z = ±(2n− 1)pi 2 As func¸o˜es hiperbo´licas seno e cosseno, sa˜o definidas, como no caso de varia´veis reais, pelas seguintes expresso˜es: senhz = ez − e−z 2 , cosh z = ez + e−z 2 . Exemplo 10. Calcule 1. sen i 2. cos(1 + i) A Func¸a˜o Logaritmo Natural de z O logaritmo de um nu´mero complexo z = reiθ 6= 0, e´ definido assim: ln z = ln r + iθ, onde r denota o logaritmo real do nu´mero r > 0. O logaritmo esta´ definido para todo nu´mero complexo z 6= 0, e se reduz ao logaritmo real quando θ = 0. Na realidade, a fo´rmula acima permite atribuir ao logaritmo va´rios valores distintos, depen- dendo do argumento usado para o nu´mero z. Por causa disso, costuma-se dizer que o logaritmo e´ uma func¸a˜o multivalente. O ponto z = 0 e´ chamado ponto de ramificac¸a˜o de ln z, justamente porque, descreve um c´ırculo centrado na origem e volta ao ponto inicial, a func¸a˜o ln z retorna aumentada de 2pi i. E´ claro que o valor de uma func¸a˜o tem de ser determinado univocamente. Para tanto, seconsiderarmos ln z = ln r + iθ, −pi ≤ θ < pi, teremos uma func¸a˜o univalente. Wellington Jose´ Correˆa 15 Observac¸a˜o: Pode-se mostrar que com o logaritmo definido acima, a func¸a˜o exponencial e a func¸a˜o logaritmo sa˜o func¸o˜es inversas. Propriedades: Dados z1, z2 ∈ C, temos: 1. ln(z1 z2) = ln z1 + ln z2. 2. ln zn1 = n ln z1. Observac¸a˜o: Podemos dar uma definic¸a˜o ao nu´mero complexo zα com z, α ∈ C. Seja z 6= 0, enta˜o definimos zα pela equac¸a˜o zα = eα ln z . Exerc´ıcios: 1. Determine todos os valores de z tais que (a) exp(z) = −2 (b) exp(z) = 1 + i√3 . Resp.: (a) ln 2 + i pi, (b) ln 2 + i pi 3 2. Calcule (a) ln(−1) (b) ln(i) (c) ln( √ i) (d) ln(1− i) (e) (1 + i)i (f) ii Resp.: (a) i pi, (b) i pi 2 , (c) i pi 4 , (d) 1 2 ln 2− i pi 4 , (e) e− pi 4 [ cos ( 1 2 ln 2 ) + i sen ( 1 2 ln 2 )] , (f) e− pi 2 Limite e Continuidade A definic¸a˜o de limite e continuidade que daremos agora e´ formalmente a mesma dos cursos de Ca´lculo. Definic¸a˜o 3. Seja z0 um ponto de acumulac¸a˜o do domı´nio D de uma func¸a˜o f . Diz-se que f tem limite L com z tendendo a z0 se dado qualquer ε > 0 existe δ > 0 tal que z ∈ D, 0 < |z − z0| < δ ⇒ |f(z)− L| < ε > 0. Escreve-se lim z→ z0 f(z) = L . Wellington Jose´ Correˆa 16 Quando o ponto z0 pertence ao domı´nio de f e L = f(z0), dizemos que f e´ cont´ınua no ponto z0 e escrevemos: lim z→ z0 f(z) = f(z0) . De maneira ana´loga, as propriedades de limites e de continuidade de nu´meros reais podem ser estendidas aos nu´meros complexos. Exemplo 11. Calcule os seguintes limites: 1. lim z→ 2i (z2 + 3z) 2. lim z→ 4i ( 5z 2z − 8i ) 3. lim z→ 3i 2 ( 3iz + 5 2z − i ) Exemplo 12. Mostre que a func¸a˜o f(z) = z + 3i 2 e´ cont´ınua no ponto z0 = 2− i. Exerc´ıcios: 1. Calcule os limites abaixo: (a) lim z→−3i (z2 − 5z) (b) lim z→ i 7 z2 + 1 (c) lim z→∞ z2 − 1 z − 3 (d) limz→ 0 √ 1 + z − 1 z Resp.: (a)−9 + i 15, (b)∞, (c)∞, (d) 1 2 . Func¸a˜o Anal´ıtica A definic¸a˜o de derivada de uma func¸a˜o de varia´vel complexa e´ formalmente a mesma que no caso de uma func¸a˜o de varia´vel real. Seja f uma func¸a˜o cujo domı´nio e´ uma regia˜o R e seja um ponto z ∈ R. Diz-se que f e´ deriva´vel no ponto z se existe o limite lim ∆z→ 0 f(z + ∆z)− f(z) ∆z , ou equivalente, se existe lim w→ z f(w)− f(z) w − z . Quando esse limite existe, ele define uma nova func¸a˜o de z, a derivada de f , denotada por f ′. Assim, f ′(z) = lim ∆z→ 0 f(z + ∆z)− f(z) ∆z . Wellington Jose´ Correˆa 17 Definic¸a˜o 4. Diz-se que uma func¸a˜o f e´ anal´ıtica numa regia˜o R se ela e´ deriva´vel em cada ponto de R. Exemplo 13. Note que, 1. f(z) = (z + 2)(3z − 1)2 z(z − 3)(z + i)2 e´ anal´ıtica exceto, nos pontos z = 0, 3 − i. Em tais pontos onde a func¸a˜o na˜o e´ anal´ıtica, daremos por abuso de notac¸a˜o, o nome de singularidades. 2. Os polinoˆmios f(z) = a0 + a1z + a2z 2 + . . . + anz n sa˜o func¸o˜es anal´ıticas em todo o plano. Neste caso, chamamos as func¸o˜es anal´ıticas em todo o plano de func¸o˜es inteira. 3. A func¸a˜o exp(z) e´ inteira. Observac¸a˜o: Todas as func¸o˜es com que o leitor se familiarizou em seu curso de Ca´lculo sa˜o anal´ıticas, quando convenientemente estendidas ao plano complexo. Assim, • Uma func¸a˜o constante e´ anal´ıtica e sua derivada e´ zero. • A func¸a˜o f(z) = zn, z ∈ Z e´ anal´ıtica e sua derivada e´ f ′(z) = nzn−1. • Se f e g sa˜o anal´ıticas, as func¸o˜es a seguir sa˜o anal´ıtcas e calcula-se com as conhecidas regras: 1. d dz (f(z) + g(z)) = f ′(z) + g′(z) 2. d dz (f(z) · g(z)) = f ′(z)g(z) + f(z)g′(z) 3. d dz ( f(z) g(z) ) = g(z)f ′(z)− f ′(z)g(z) [g(z)]2 4. d dz (f(g(z))) = f ′(g(z))g′(z) . 5. d dz (ez) = ez 6. d dz (cos z) = −sen z. 7. d dz (sen z) = cos z. 8. d dz (ln z) = 1 z . Exerc´ıcios: 1. Calcule as derivadas abaixo: (a) f(z) = 3z2 − 2z + 4 (b) f(z) = (1− 4z2)3 (c) f(z) = z − 1 2z + 1 (d) g(z) = ez 2 (e) w = z ln(z4 + 3z + i) (f) w = sen(z3 + i)− z cos(2iz) Wellington Jose´ Correˆa 18 As Equac¸o˜es de Cauchy-Riemann As Equac¸o˜es de Cauchy-Riemann nos fornecem informac¸o˜es sobre a derivabilidade e a analiticidade de uma func¸a˜o complexa f(z) em um dado ponto z do plano complexo. Estas informac¸o˜es sa˜o apresentadas nos seguinte teorema: Teorema 1. A func¸a˜o f e´ anal´ıtica em um ponto z, se e somente se, f(z) = u(x, y) + iv(x, y) que satisfaz ∂u ∂x = ∂v ∂y e ∂u ∂y = −∂v ∂x . (12) Exemplo 14. Verifique se f ′(z) existe em todos os pontos onde 1. f(z) = (1 + i)z + 3. 2. w = ey(cosx+ isenx) . Exerc´ıcios: 1. Use as equac¸o˜es de Cauchy-Riemann para verificar, no caso de cada uma das func¸o˜es dadas a seguir, qual e´ anal´ıtica e em caso positivo, calcule a derivada f ′(z). (a) w = z3 (b) w = z (c) w = z − z (d) w = e−x(cos y − i seny) 2. Se as derivadas parciais de 2a¯ ordem de u com relac¸a˜o a` x e y existem, enta˜o denotamos o Laplaciano de u como ∆u = ∂2u ∂x2 + ∂2u ∂y2 . Quando ∆u = ∂2u ∂x2 + ∂2u ∂y2 = 0, chamamos a func¸a˜o u de harmoˆnica. Assim, mostre que as func¸o˜es abaixo sa˜o harmoˆnicas. (a) u(x, y) = x2 − y2 (b) u(x, y) = e−x(x seny − y cos y) . Wellington Jose´ Correˆa 19 Integrac¸a˜o Complexa De modo ana´logo ao caso real, podemos definir a integral de linha complexa ∫ C f(z) dz ou ∮ C f(z) dz e´ a integral de f(z) ao longo da curva C. Tal integral pode ser ser definida e representada em termos das integrais reais, ou seja, fazendo- se f(z) = u(x, y) + i v(x, y) e dz = dx+ i dy, obtemos ∮ C f(z) dz = ∮ C (u(x, y)dx− v(x, y)dy) + i ∮ C (u(x, y)dy + v(x, y)dx), desde que existam as integrais reais do lado direito da equac¸a˜o acima. O caminho C pode ser aberto ou fechado, mas devemos especificar a direc¸a˜o de integrac¸a˜o, pois uma mudanc¸a de direc¸a˜o resulta em mudanc¸a no sinal da integral. As integrais complexas sa˜o, portanto, redut´ıveis a integrais reais curvil´ıneas e possuem as seguintes propriedades. Exemplo 15. Considere 1. a integral ∫ C z dz onde onde o caminho C que une -1 ate´ 1 e´ a semicircunfereˆncia inferior de raio 1 centrada na origem. 2. Ideˆntico ao item anterior, onde C agora e´ um segmento horizontal unindo -1 ate´ 1. Note que o valor da integral ∫ C z dz depende do caminho escolhido. Ale´m disto, devemos observar que f(z) = z na˜o e´ uma func¸a˜o anal´ıtica. Vamos enta˜o, fazer o mesmo para uma func¸a˜o anal´ıtica, por exemplo, f(z) = z. Exemplo 16. Considere 1. a integral ∫ C z dz. onde o caminho C que une -1 ate´ 1 e´ a semicircunfereˆncia inferior de raio 1 centrada na origem. 2. Ideˆntico ao exemplo anterior, onde C agora e´ um segmento horizontal unindo -1 ate´ 1. Devemos observar agora que o valor da integral ∫ C z dz e´ o mesmo, independente do caminho escolhido. Resulta a seguinte pergunta, cuja resposta sera´ dada na pro´xima sec¸a˜o: “Escolhendo-se outros caminhos entre -1 e 1, o valor desta integral continuara´ sendo o mesmo?” Wellington Jose´ Correˆa 20 Teorema Integral de Cauchy As integrais de func¸o˜es anal´ıticas possuem algumas propriedades muito importantes. Provavel- mente a mais importante delas seja descrita pelo teorema integral de Cauchy. Para apresentar este teorema precisamos do conceito de conjunto simplesmente conexo. Um conjunto D e´ dito conexo se quaisquer dois de seus pontos podem ser unidos por uma linha totalmente pertencente a D. Um conjunto D e´ dito simplesmente conexo se qualquer curva simples fechada contida em D, pode ser deformada,sempre totalmente contida em D, ate´ se tornar um ponto. A figura abaixo ilustra duas regio˜es conexas A e B, dos quais A e´ simplesmente conexa, mas B na˜o e´, pois esta possui um “buraco”. Teorema 2. (Teorema Integral de Cauchy) Seja f(z) uma func¸a˜o anal´ıtica num domı´nio simplesmente conexo D. Se C e´ um caminho fechado simples de D, enta˜o∫ C f(z) dz = 0 . Exemplo 17. Seja C a circunfereˆncia unita´ria, centrada na origem, orientada positivamente. 1. ∫ C ez dz = 0, pois f(z) = ez e´ uma func¸a˜o anal´ıtica, para todo z complexo. 2. ∫ C 1 z dz = 2pi i 6= 0. Mas, isto na˜o contradiz o teorema de Cauchy, pois f(z) = z−1 na˜o e´ anal´ıtica na origem, a qual pertence a regia˜o R interior ao caminho C. Wellington Jose´ Correˆa 21 Teorema 3. Se f(z) e´ anal´ıtica em um domı´nio simplesmente conexo D e, se F (z) for uma integral indefinida de f(z), ou seja, F ′(z) = f(z), enta˜o para todos os caminhos situados em D que ligam dois pontos a e b em D, teˆm-se que ∫ b a f(z) dz = F (b)− F (a) . Este teorema permite o ca´lculo das integrais de linha de func¸o˜es complexas atrave´s de uma integral indefinida. Com isto, podemos chegar aos seguintes resultados, donde C e´ uma constante arbitra´ria: 1. ∫ zn dz = zn+1 n+ 1 + C, n 6= −1 2. ∫ 1 z dz = ln z + C 3. ∫ ez dz = ez + C 4. ∫ az dz = az ln a + C 5. ∫ sen z dz = − cos z + C 6. ∫ cos z dz = sen z + C 7. ∫ sec2 z dz = tgz + C Exemplo 18. Calcule 1. ∫ 1+4i i z2 dz. 2. ∫ pi 2 i cos z dz A consequeˆncia mais importante do teorema de Cauchy e´ a fo´rmula integral de Cauchy. Esta fo´rmula e´ dada pelo teorema abaixo. Teorema 4. (Fo´rmula Integral de Cauchy) Seja f(z) uma func¸a˜o anal´ıtica no interior e sobre um caminho fechado C. Se z0 e´ um ponto qualquer no interior de C, enta˜o: f(z0) = 1 2pi i ∫ C f(ζ) ζ − z0 dζ, (13) onde a integrac¸a˜o e´ efetuada no sentido positivo ao longo de C. A fo´rmula integral de Cauchy, mostra que o valor de uma func¸a˜o anal´ıtica numa regia˜o e´ determinado em toda a regia˜o por seus valores na fronteira. A demonstrac¸a˜o deste teorema e´ omitida. Devemos observar tambe´m que a fo´rmula integral de Cauchy nos permite calcular uma Wellington Jose´ Correˆa 22 integral de linha desde que a func¸a˜o a ser integrada tenha uma u´nica singularidade no interior do caminho C. Exemplo 19. Encontre o valor das integrais abaixo, calculadas no sentido anti- hora´rio: I = ∫ C z2 + 1 z2 − 1 dz, onde: 1. C e´ uma circunfereˆncia de raio 1 e centro 1. 2. C e´ uma circunfereˆncia de raio 1 e centro -1. 3. C e´ uma circunfereˆncia de raio 1 e centro i. 4. C e´ uma circunfereˆncia de raio 2 e centro 0. Derivadas de Todas as Ordens: Como importante consequ¨eˆncia da fo´rmula de Cauchy, enunciaremos um resultado que diz que uma func¸a˜o anal´ıtica possui derivadas de todas as ordens. Teorema 5. Uma func¸a˜o anal´ıtica numa regia˜o D possui derivadas de todas as ordens, as quais, por sua vez, sa˜o tambe´m anal´ıticas em D e f (n)(z) = n! 2pi i ∫ C f(ζ) (ζ − z)n+1 dζ, onde n e´ um inteiro positivo qualquer. Exemplo 20. Sendo C a circunfereˆncia |z− i| = 3, positivamente orientada, calcule as seguintes integrais de linha: 1. ∫ C z4 (z − i)4 dz 2. ∫ C z (z2 + 1)2 dz 3. ∫ C z (z2 − 1) (z2 − 4z + 3) dz Demonstrando-se alguns resultados por meio do uso do Teorema de Cauchy, obte´m-se o Teorema 6. (Teorema Fundamental da A´lgebra) Todo polinoˆmio P (z) = an z n + an−1 zn−1 + . . . + a1 z + a0 de grau n ≥ 1 e coeficientes an′s complexos pos- sui ao menos uma raiz. Exemplo 21. Considere o polinoˆmio p(x) = x2 + 1. E´ noto´rio que que p na˜o possui raiz real. No entanto, ao considerarmos p(z) = z2 + 1, donde os coeficientes sa˜o complexos, o Teorema Fundamental da A´lgebra nos diz que este polinoˆmio possui ao menos uma raiz. Como se pode ver, tal polinoˆmio possui duas ra´ızes, a saber i e −i. Wellington Jose´ Correˆa 23 Exerc´ıcios: 1. Use a fo´rmula integral de Cauchy ou a fo´rmula integral da derivada f (n) para calcular as integrais descritas a seguir. (a) ∫ |z−1|=2 z z − 2 dz (b) ∫ |z+1|=2 z z + 2 dz (c) ∫ |z−2i|=2 sen z z − i dz (d) ∫ |z|=2 z cos z z − i dz (e) ∫ |z−1|=2 eiz z + i dz (f) ∫ |z|=1 i z 1− 2z dz (g) ∫ |z−1|=2 eiz pi − 2z dz (h) ∫ |z−1|=2 ez z2 − 4 dz (i) ∫ |z|=1 z2 + z + i (4z − i)3 dz (j) ∮ C dz z2 + 1 , onde C e´ o quadrado de ve´rtices zero, 2i e ± 1 + i. Respostas: 1. (a) 4 pi i (b) −4 pi i (c) pi(1− e2) e (d) pi(e2 + 1) e (e) 2pi e (f) pi 2 (g) pi (h) i pi e2 2 (i) pi i 32 (j) pi
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