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Guia de estudo estágio terapia Sistêmica

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Guia de estudo estágio terapia Sistêmica (Resumo)
O foco da terapia sistêmica é possibilitar a autonomia do sujeito; Despertar a consciência acerca das responsabilidades, das escolhas; Estimular as mudanças nas pautas disfuncionais do sistema. Quando se tem alguma mudança no sistema familiar e/ou individual, muda-se automaticamente o padrão de interações interpessoais.
Num grupo familiar disfuncional, os modos de interação entre seus membros vão se cristalizando, seja na forma de distanciamento ou de uma excessiva interferência familiar, formando alianças entre alguns membros deixando outros de fora, os transformando em bodes expiatórios, ou seja, o culpado geralmente pelos problemas é a criança (por exemplo).
Sintomas como baixo rendimento na escola, agressividade, depressão, são vistos como próprio da pessoa sintomática, esta acaba sendo vista como um caso isolado. Na comunicação, a família sintomática perde-se em críticas, acusações, silêncios, mensagens com duplo sentido, há muita dificuldade em se colocar no lugar do outro e rigidez em tentar novas formas de tentar resolver os problemas.
Estruturalmente falando, os papeis são maus definidos, com filhos desempenhando papéis paternos e pais formando alianças com filhos excluindo o outro membro do casal. Assim o sintoma de um dos membros da família vem acompanhado de disfunções em outras áreas de relações e envolvem outros membros da família.
Na situação terapêutica, trabalha-se com a família como ela realmente é na busca de desvendar aspectos das relações, questões que possam estar impedindo uma comunicação afetiva e o desenvolvimento saudável de seus membros. Os sintomas são vistos como tendo tanto como uma função individual como social no grupo familiar e constituem-se numa denuncia de que algo não vai bem. O trabalho do terapeuta sistêmico é buscar os aspectos causadores de sintomas, focalizando outras relações dentro da família tendo em vista mudanças que favoreçam a família como um todo e cada membro em particular. Quando a família passa a ter novos modos de se relacionar, os sintomas tendem a desaparecer. Isso não exclui a possibilidade de um encaminhamento de algum membro em particular para a terapia individual.
Na hora da terapia algumas perguntas são importantes, porém cada uma tem um objetivo diferente:
PERGUNTAS LINEARES: são perguntas para orientar a quem pergunta sobre a situação e são baseadas nas teorias lineares. A intenção é a investigação, tendo como perguntas básicas: quem fez o que? Onde? Quando e por quê?
PERGUNTAS CIRCULARES também são formuladas para orientação de quem pergunta a respeito da situação e são baseadas em teorias circulares. A intenção é a exploração e as perguntas são formulações para levantar “os padrões que conectam” pessoas, objetos, ações, percepções, ideias, sentimentos, eventos, crenças, contextos, etc.
São caracterizadas por uma curiosidade geral sobre a possibilidade de uma ligação entre os eventos, que inclui o problema, em vez de uma necessidade de conhecer a origem do problema.
Este tipo de pergunta leva uma pessoa a pensar com a cabeça de outra pessoa. Ex: Se teu pai estivesse aqui, o que você acha que ele diria sobre.
 PERGUNTAS ESTRATÉGICAS são formuladas para influenciar a quem se pergunta e são baseadas em teorias lineares. A intenção atrás da pergunta é corretiva. Baseado em hipóteses formuladas sobre a dinâmica envolvida numa relação (familiar, por exemplo).
Quem pergunta chega à conclusão de que algo está “errado” e através das perguntas estratégicas tenta colaborar para mudar a relação, ou seja, tenta fazer (induzir) a pessoa que está sendo perguntada a pensar ou se comportar de uma maneira que ele mesmo perceba que é melhor para ele e para a relação.
PERGUNTAS REFLEXIVAS têm a intenção de influenciar a quem se pergunta de uma forma indireta, de ser facilitador e são baseadas em teorias circulares. Quem pergunta atua como um guia ou um encorajador para que a pessoa a quem se dirige a pergunta mobilize seus próprios recursos de solução de problema. O sistema é evolutivo e quem pergunta interage abrindo espaço para que a pessoa veja novas possibilidades e evolução no seu próprio ritmo.
As PERGUNTAS REFLEXIVAS são perguntas feitas com intuito de facilitar a auto cura em um indivíduo (ou família), ativando a reflexividade entre os significados de dentro de um sistema, de crenças pré-existentes, possibilitando a quem se dirige as perguntas gerar ou generalizar padrões construtivos de cognição e comportamentos por si próprios.
PERGUNTAS ORIENTADAS PARA O FUTURO são úteis, pois as pessoas com problemas, muitas vezes, estão preocupadas com o presente, ou com questões passadas, e vivem como se não tivessem futuro…Fazendo uma série de perguntas sobre o futuro, pode-se provocar os membros da família a criar mais de um futuro para eles.
Para concluir este comentário acho interessante não esquecermos das chamadas “perguntas que ainda não foram feitas” aos clientes.
Como saber se uma pergunta foi feita a uma determinada pessoa? Não é uma coisa tão imediata, mas normalmente as perguntas feitas, inclusive pelos terapeutas, são aquelas perguntas que seguem uma lógica dos sistemas sociais/profissionais/familiares que vivemos. Perguntas que fujam um pouco desta lógica muito provavelmente serão perguntas ainda não feitas. Por isto, nestas perguntas reflexivas a serem feitas quando se percebe o predomínio da lógica que estrutura a “história oficial” deveriam ser perguntas reflexivas que ainda não foram feitas. Vou dar um exemplo de uma destas perguntas.
Imaginem um casal que tenha buscado terapia porque depois de 15 anos de casados passaram a ter dificuldade de convivência e com produção de muita angústia. As perguntas feitas durante o processo narrativo segue uma sequência normal desde o que os levou a casarem até aquele momento, fazendo surgir a “história oficial”. Em determinado momento pode-se fazer esta pergunta:
Dirigindo-se à mulher:
– Me diga se eu compreendi direito. Você disse que “H” (marido) estava sempre disposto a fazer coisas para te ajudar ou simplesmente para te agradar. Certo? (Pergunta linear) O que você fazia naquele tempo e acha que você poderia fazer hoje para estimular este comportamento nele? (Pergunta reflexiva)
E assim passa-se a fazer estes tipos de perguntas reflexivas aos dois de forma a coloca-los novamente em contato com aspectos sadios e estimulantes para encontrarem diferentes opções e possível solução para o problema do sistema do casal. É um estímulo a transforma-los em agentes de mudança para recuperação do sistema.
Estes tipos de perguntas fogem um pouco da lógica daquilo que provavelmente eles sempre ouviam e cujas respostas acabavam por reforçar a “história oficial”.
A terapia de casal requer um approach sistêmico e dentro desta visão existem recursos interessantes e efetivos para o terapeuta usar.
Um dos princípios da teoria de sistemas afirma que o todo é maior do que a soma de suas partes. Assim, a família é um todo maior do que a soma de seus membros. Com base neste princípio, a abordagem sistêmica se interessa pelas relações entre os diferentes sistemas e sub sistemas presentes no sistema familiar para compreender melhor o funcionamento de cada um deles. As relações entre os membros do sistema familiar influenciam, de maneira significativa, os comportamentos, crenças e sentimentos de cada membro de uma família. Seguindo o princípio da circularidade, esses comportamentos, crenças e sentimentos influenciam, por sua vez, as relações entre os diferentes membro.
O profissional que ajuda uma família a lidar com uma problemática de saúde formula hipóteses sobre as ligações entre os comportamentos, as crenças e os sentimentos do grupo familiar de um lado e, de outro a problemática apresentada. Este tipo de hipótese, é chamado de hipótese circular ou hipótese sistêmica. Para formular as hipóteses sistêmicas ou circulares, é necessário estruturar a informação recolhida junto à família de maneira que ela possa espelhar a coerência da organização circular dos elementosdo sistema
 Outro ponto a se destacar são os genogramas, que é um instrumento de muito eficiente para o entendimento das relações, vínculos, mitos, padrões das famílias de origens. O genograma é uma representação gráfica multigeracional da família que vai além da simples genealogia, pois inclui também as relações e interações familiares. O genograma recolhe informações estruturais vinculares e funcionais de um sistema familiar que pode ser analisado horizontalmente, por meio do contexto familiar atual e verticalmente, através das gerações.
Um genograma simples contar com um símbolo que represente a figura masculina (quadrado), um símbolo que represente a figura feminina (circulo), linhas que indiquem as relações e símbolos que indiquem rompimentos. A relação de filiação e irmandade se difere da relação conjugal, pois a linha que une seus indivíduos vem de cima. O símbolo de falecimento é o circulo ou quadrado com dois cortes na parte superior direita, de separação são dois cortes na linha que liga o casal, de separação com a guarda de um dos casais são os dois cortes mais próximos da parte que não detém a guarda.
Os símbolos devem conter nome (dentro), iniciais do nome (embaixo) e informações gerais, médicas ou psicológicas (embaixo das iniciais). Um genograma complexo detém mais símbolos e mais figuras com sinais diferentes
Ressaltando que dentro dos sistemas familiares há fronteiras que desempenham um papel de grande importância no exercício parental, essas fronteiras são barreiras invisíveis que delimitam as pessoas deste sistema, dentro disso tem os subsistemas que se organizam através de fronteiras, que definem quem participa, bem como quando e de que forma existe a participação dos membros. As principais funções da fronteira, em resumo, são a proteção e diferenciação dos membros deste sistema.
As fronteiras podem ser classificadas como nítidas, difusas e rígidas. As fronteiras nítidas são aquelas em que a família mantém um funcionamento apropriado, conseguindo determinar claramente as funções e o espaço que cada integrante de um subsistema desempenha e ocupa, existindo a comunicação e ajuda mútua entre os subsistemas.
Fala-se em fronteiras difusas quando não existem limites entre os subsistemas, pois são frágeis e de fácil atravessamento. Fronteiras enfraquecidas fazem com que os membros da família frequentemente reajam de maneira exagerada e intrusiva uns com os outros. As famílias que possuem fronteiras difusas podem ser chamadas de famílias emaranhadas ou famílias aglutinadas. Essas famílias possuem uma indiferença entre os subsistemas, e a distância entre seus membros é quase inexistente. 
Sendo assim, o problema de um de seus membros ou em um dos subsistemas acaba se expandindo aos demais, tornando-se de toda família. Essa falta de diferenciação entre os subsistemas acaba por desencorajar a autonomia e a procura de recursos para resolver e lidar com os problemas. Por fim, encontram-se as famílias desligadas ou desengajadas, que possuem fronteiras excessivamente rígidas entre os subsistemas. As famílias com esse funcionamento apresentam comunicação dificultada e função protetiva comprometida. A relação caracteriza-se por distanciamento emocional e vínculos frágeis entre os membros, prejudicando a formação de sentimentos de lealdade e de pertencimento.

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