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BIBLIOGRAFIA BUENO, Alexei; TELLES, Augusto da Silva; Cavalcanti, Lauro. Patrimônio Construído: as 100 mais belas edificações do Brasil. São Paulo, Capivara, 2002. Patrimônio Mundial no Brasil. Brasília, UNESCO/ Caixa Econômica Federal: 2004. HUE, Jorge de Souza. Uma Visão da Arquitetura Colonial Brasileira. Rio de Janeiro, Agir, 1999. TELLES, Augusto da Silva. Atlas dos Monumentos Históricos e Artísticos do Brasil. Rio de Janeiro, FENAME / SEAC, 1980. VAINFAS, Ronaldo. Dicionário do Brasil Colonial. Rio de Janeiro, Objetiva, 2000. Igreja de São Francisco de Assis (Aleijadinho, Ouro Preto: 1765) Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Ouro Preto Duzentos anos se passaram desde nosso descobrimento até que o bandeirante Antônio Dias de Oliveira encontrasse ouro junto ao Itacolomi, em Minas Gerais. A incansável busca pelo ouro foi a força propulsora do movimento das bandeiras pelo interior do Brasil, a partir de São Paulo. Em doze anos de exploração das minas, toda a mão-de-obra disponível foi mobilizada. Foram fundadas as cidades de Vila Rica - hoje Ouro Preto -, Mariana, Sabará, São João deI-Rei e a vila de Tiradentes. Vila Rica, por volta de 1740, era a maior cidade das Américas. Esse movimento migratório e o novo centro de desenvolvimento no Brasil diminuíram o interesse pela exploração do açúcar, provocando o conseqüente declínio do Nordeste, e impuseram uma maciça presença de portugueses em território brasileiro, ampliando seu domínio na região das minas através de sucessivas batalhas, sendo a mais famosa a "Guerra dos Emboabas", onde os portugueses (os Emboabas) derrotam os paulistas. Nas regiões das minas se intensifica o comércio de todo tipo. Os gêneros alimentícios vinham de fora. Esse período vai durar 100 anos, durante os quais 1.300 toneladas de ouro são extraídas das nossas jazidas. Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Escola de Minas, Museu da Inconfidência e Igreja de N. Sra. do Carmo (Ouro Preto) Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Museu da Inconfidência (ant. Casa de Câmara e Cadeia / Ouro Preto) A Casa da Câmara e Cadeia de Ouro Preto, atual Museu da Inconfidência, é de grandes dimensões e tem caráter monumental. Reflete já nítidas influências do neoclassicismo que nos últimos anos de setecentos chegava ao Brasil, como já foi dito. O pórtico central, com dupla ordem de colunas e de pilastras, é coroado por frontão clássico e pela sineira de considerável porte. A edificação é encimada por platibanda vazada, com balaústres. Nos ângulos, sobre os cunhais da fachada principal, aparecem estátuas que representam a Justiça, a Temperança, a Caridade e a Fortaleza. Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Praça Tiradentes – Museu da Inconfidência (ant. Casa de Câmara e Cadeia / Ouro Preto) Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Museu da Inconfidência (ant. Casa de Câmara e Cadeia / Ouro Preto) O Museu serve de mausoléu para os inconfidentes. Em uma das salas do pavimento térreo, com arranjo da autoria do arquiteto José de Sousa Reis, acham-se dispostos os túmulos de muitos dos que participaram da Inconfidência Mineira e, em uma lápide central, é evocada a figura heróica e gloriosa de Tiradentes. Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Ouro Preto Escola de Minas, antigo Palácio dos Governadores A Igreja de São Francisco de Assis de Ouro Preto é, com certeza, a obra-prima de Antônio Francisco Lisboa e, possivelmente, a mais importante criação da arquitetura brasileira da época colonial. O projeto é inteiramente proporcionado segundo o número de ouro. Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Aleijadinho – Igreja de São Francisco de Assis ( Aleijadinho /Ouro Preto: 1765) A magnífica portada é coroada por medalhão que representa a Virgem. Ligado a este e em substituição ao óculo tradicional, um baixo-relevo figura a cena de São Francisco de Assis ao receber as Chagas de Cristo. Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Aleijadinho – Igreja de São Francisco de Assis ( Aleijadinho /Ouro Preto: 1765) Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Aleijadinho – Igreja de São Francisco de Assis ( Aleijadinho /Ouro Preto: 1765) Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Aleijadinho – Igreja de São Francisco de Assis ( Aleijadinho /Ouro Preto: 1765) Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Aleijadinho – Igreja de São Francisco de Assis ( Aleijadinho /Ouro Preto: 1765) Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Aleijadinho – Igreja de São Francisco de Assis ( Aleijadinho /Ouro Preto: 1765) O projeto é obra do Aleijadinho e dele são igualmente os dois extraordinários púlpitos com baixos-relevos de pedra-sabão, que se inserem nas aduelas do arco-cruzeiro e o retábulo e a decoração do barrete do teto da capela-mor. Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Casa dos Contos (Ouro Preto: cerca de 1780) Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Ouro Preto Igreja de N. Sra. De Conceição (Antônio Dias, 1727). Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Igreja de N. Sra. Dos Rosário dos Pretos (Ouro Preto: 1785) Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Igreja de N. Sra. Dos Rosário dos Pretos (Ouro Preto: 1785) A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, de Ouro Preto, possui plano quase igual ao da Igreja de São Pedro dos Clérigos, de Mariana. Seus projetos foram atribuídos ao mesmo autor, Antônio Pereira de Sousa Calheiros. Entretanto, existem evidências da autoria ser atribuida ao Aleijadinho. José Pereira dos Santos, autor do projeto da Casa da Câmara e Cadeia de Mariana, foi o construtor das duas igrejas. Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Igreja de N. Sra. Dos Rosário dos Pretos (Ouro Preto: 1785) Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Igreja de N. Sra. Dos Rosário dos Pretos (Ouro Preto: 1785) Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Ouro Preto Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Casa dos Contos (Ouro Preto: cerca de 1780) A Casa dos Contos foi construída pelo contratador de ouro João Rodrigues de Macedo e, depois, confiscada pela Coroa. Nela se instalou a Casa dos Contos e da Intendência. e ai estiveram presos alguns dos inconfidentes; em uma de suas dependências foi encontrado morto o poeta Cláudio Manuel da Costa. É uma das mais elegantes e requintadas edificações civis, com cunhais, cimalhas e guarnições de vãos em apuradíssima cantaria. Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Casa dos Contos (Ouro Preto: cerca de 1780) Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Casa dos Contos (Ouro Preto: cerca de 1780) Nesta edificação são extraordinários o vestíbulo e a nobre escadaria de pedra que dele parte para o piso superior. Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Casa dos Contos (Ouro Preto: 1765) Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Diamantina Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Diamantina Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Diamantina: Casa de Chica da Silva Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Diamantina: Casa de Chica da Silva Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Chafariz de São José (Tiradentes: 1749) Pelas proporções e composições plásticas, o Chafariz de São José, em Tiradentes, é dos mais admiráveis da área mineira. Parietal, embora situado em vasta área plana, tem ao seu redor uma série de bancos para assentos e tanques e bebedouros destinados a fins diversos. Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Casa de Câmara e Cadeia (Mariana: 1790) Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Casa de Câmara e Cadeia (Mariana: 1790) Das mais notáveis do acervo brasileiro são duas casas de Câmara e Cadeia - programa genérico das vilas e cidades luso-brasileiras - existentes na área mineira; uma em Mariana e outra em Ouro Preto. A Casa da Câmarae Cadeia de Mariana ainda conserva a utilização original. Foi projetada pelo mestre-pedreiro José Pereira dos Santos, e o risco original está na Biblioteca Municipal de São Paulo, enquanto as condições de obra e o termo de contrato se encontram no Arquivo de Mariana. A frontaria do edifício é de grande nobreza e nela ressaltam a elegante e ampla escadaria que se desenvolve em vários lanços, a portada principal encimada por escudo com as armas reais e a sineira que se eleva .sobre o telhado. Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Catedral de Mariana (Mariana: 1710) A Sé de Mariana, Igreja de Nossa Senhora de Assunção - primitivamente da Conceição -, tem características externas semelhantes às da Matriz de Sabará, mas a fachada aparenta maior solidez, pois seus elementos estruturais - esteios e vigas -, que eram de madeira. foram substituídos por elementos de cantaria. As paredes são de alvenaria de pedra. Somente as torres sineiras conservam a feição original e as coberturas de telhas. Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Catedral de Mariana (Mariana: 1710) Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Catedral de Mariana (Mariana: 1710) Quando da elevação da igreja a catedral, verificou-se a ampliação da capela-mor, a criação. no cruzeiro. de capelas laterais maiores, e nos arcos destas capelas, bem como no arco-cruzeiro, foi executada uma decoração arquitetônica de caráter monumental. Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Catedral de Mariana (Mariana: 1710) Aleijadinho – Coro da igreja de N. Sra. do Monte do Carmo (Sabará - 1770) Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Assis (São João del Rei: 1780) Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Assis (São João del Rei: 1780) Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Assis (São João del Rei: 1780) Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Santuário do Bom Jesus de Matosinhos (Congonhas: 1770) O conjunto é de dramática composição, graças à perfeita integração entre o grupo escultórico, expressivo e patético, e a escadaria e o adro onde as referidas figuras se distribuem. Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Santuário do Bom Jesus de Matosinhos (Congonhas: 1770) Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Santuário do Bom Jesus de Matosinhos (Congonhas: 1770) O espaço arquitetônico-paisagístico formado apresenta especial unidade barroca. Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Santuário do Bom Jesus de Matosinhos (Congonhas: 1770) Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Santuário do Bom Jesus de Matosinhos (Congonhas: 1770) Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Última Ceia (Aleijadinho / Bom Jesus de Matosinhos,Congonhas: 1770) Abaixo e à frente do adro, em capelas um pouco mais recentes, de meados do século XIX, localiza-se outro belo e grandioso conjunto escultórico, igualmente de autoria do Aleijadinho, as estátuas, em tamanho natural e em madeira estofada e encarnada, das figuras dos Passos da Paixão de Cristo. Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Última Ceia (Aleijadinho / Bom Jesus de Matosinhos,Congonhas: 1770) As figuras que representam Cristo, nas várias cenas - na Ceia, no Horto, na Hora da Prisão, na Flagelação, no Caminho para o Calvário e na Crucificação -, destacam-se dos conjuntos e são diferentes entre si quanto à expressão e solução plástica todas, entretanto, são de impressionante força e extraordinária beleza. Arquitetura Barroca – Minas Gerais (Séc. XVIII) Anjo do Passo do Horto (Aleijadinho / Bom Jesus de Matosinhos,Congonhas: 1770) Todas as manifestações do barroco mineiro ocorreram durante o século XVIII. Por maior que fosse a riqueza acumulada com a descoberta do ouro, o Brasil Colônia não tinha permissão para construir palácios e suas manifestações arquitetônicas se dão através de igrejas, conventos e prédios públicos. Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, nasce em Ouro Preto no ano de 1730, dando ao barroco mineiro sua expressão máxima. São dele os riscos e as fachadas das mais belas igrejas de toda a terra mineira, e seu trabalho culmina com a escultura dos doze profetas e os passos do Santuário de Bom Jesus de Matozinhos, em Congonhas.
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