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Estudo dirigido de didática. Texto: SCHMIDT, Maria Auxiliadora. Jörn Rüsen e sua contribuição para a didática da História. Intelligere, Revista de História Intelectual. vol. 3, nº 2, out.2017

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Goiás, 19 de junho de 2021 
Curso: Licenciatura plena em História 
Disciplina: Didática e metodologia do ensino de História I 
Docente: Prof.ª Dra. Keley Cristina Carneiro 
Discente: Carlos Vinícius, Luzia Souza, Larissa Filgueira, Natália Antunes 
Muniz. 
 
ESTUDO DIRIGIDO AVALIATIVO 
 
Texto: SCHMIDT, Maria Auxiliadora. Jörn Rüsen e sua contribuição para a 
didática da História. Intelligere, Revista de História Intelectual. vol. 3, nº 2, 
out.2017. 
 
1. Explique o trecho abaixo: A centralidade da aprendizagem na prática 
docente é uma problemática que vem sendo enfrentada por educadores em 
geral e, especialmente, pelos especialistas na área das Didáticas Específicas, 
como a Didática da História, podendo-se afirmar que se sabemos como se 
aprende, pode-se saber como se ensina. (p.61) 
O trecho em si, traz a compreensão de que o fator chave da prática 
docente e a aprendizagem, nesse sentido o como se ensina depende de saber 
como os indivíduos aprendem, portanto, a concepção de aprendizagem e o 
ponto de partida orientador do método de ensino da História, bem como a sua 
complexidade e diversidade de abordagens, tendo em vista a sua relação com 
a ciência de referência. 
2. Na parte inicial do artigo, a autora apresenta a perspectiva de Rüsen para o 
significado da aprendizagem histórica. Apresente-o. 
A autora expõe que na perspectiva ruseniana, a aprendizagem constitui 
a centralidade da Didática da História e que seus fundamentos estão na própria 
ciência da História, porque a especificidade da aprendizagem histórica só pode 
ser entendida se forem também entendidos os respectivos processos e formas 
de lidar com a experiência do passado, pois é somente por intermédio desses 
processos que o passado se torna história. 
3. Para Jörn Rüsen os princípios que seriam constitutivos da epistemologia da 
Didática da História, com implicações para a metodologia do ensino de história 
e para as pesquisas nesta área são: 1) O estatuto ou natureza da relação entre 
a História e a Didática da História; 2) A formação da consciência histórica como 
pressuposto e finalidade da aprendizagem histórica; 3) A narrativa como forma 
e função da aprendizagem histórica. 4. A aprendizagem histórica como 
apreensão da mudança temporal. (p.62). Partindo de tais princípios responda 
as questões abaixo: 
3.1. Sobre: O estatuto ou natureza da relação entre a História e a Didática da 
História – Explique o objetivo da Matriz da Didática da História. (p.63-64) 
De acordo com Jorn Rusen, a Matriz da didática da História, tem como o 
principal objetivo a relação entre a vida dos professores e alunos com a 
História. Além disso, a matriz sugere uma relação entre a Teoria da História e a 
própria Didática de História, onde esta relação é primordial para o ensino e 
aprendizagem de História. 
3.2. Sobre: A formação da consciência histórica como pressuposto e finalidade 
da aprendizagem histórica – 
a) Explique o que é consciência histórica para Jörn Rüsen. (p.64) 
De acordo com o autor a consciência histórica, é modo pelo qual a 
relação dinâmica entre experiência do tempo e intenção no tempo se realiza no 
processo da vida humana, ou seja, é a experiencia de desenvolvimento no 
espaço e no tempo, o que permite o homem compreender o que ele é ou foi de 
acordo com a dimensão da História. 
b) Por que “Torna-se necessário compreender a consciência histórica como um 
processo mental”? (p.65) 
Torna-se necessário compreender a consciência histórica como um 
processo mental, pois de acordo com o autor a consciência histórica é como 
um conjunto de operações da consciência, sendo elas emocional, cognitivo e 
pragmático. Dessa forma, a aprendizagem deve ser apreendida, por isso um 
processo mental. 
c) Por que “a consciência histórica pode ser utilizada para a formação da 
identidade histórica”? (p.65) 
De acordo com o autor a consciência histórica pode ser utilizada para a 
formação da identidade histórica, pois com ela os indivíduos podem exceder os 
limites de seu tempo de vida, ou seja, permite que o indivíduo possa interpretar 
as experiencias já existentes. 
3.3. Sobre: A narrativa como forma e função da aprendizagem histórica – 
Explique a frase: “a aprendizagem deve ser baseada em formas de 
pensamento histórico elaboradas pelo sujeito que aprende, e é com essas 
formas de pensamento, organicamente ligados ao ato de narrar, que o ensino 
de História precisa se relacionar. ” (66-67) 
A frase mostra que o ensino da história deve ser baseado a partir do 
pressuposto de que, o sujeito desenvolva por meio da experiência um sentido 
para a narrativa histórica. De forma que, o sujeito passa a orientar sua narrativa 
a partir de suas experiências dentro do tempo histórico. Desse modo, a 
perspectiva de aprendizagem da história se orienta no sentido em que, o 
próprio sujeito é responsável pela construção do próprio conhecimento. 
3.4. Sobre: A aprendizagem histórica como apreensão da mudança temporal – 
Explique por que Jörn Rüsen parte do princípio de que não existe compreensão 
histórica sem o entendimento da mudança temporal? (p.67-68) 
Rüsen parte desse pressuposto pois, para ele a aprendizagem só ocorre 
quando conseguimos processar as mudanças temporais. De forma que, 
possibilite dar significado ao presente a partir de indagações do passado. 
Nesse sentido, o sujeito aprende a compreender não mais apenas de um ponto 
de vista individualista, mas, sim a partir de um coletivo relacionado a ideia de 
humanidade pois, a história é justamente temporalizar a humanidade como é 
caracterizado por Rüsen. 
4. Explique resumidamente quais são as implicações para a metodologia do 
ensino de História? (p.68-70) 
Para Rüsen o processo de assimilação do conteúdo proposto deve 
assegurar alguns pontos, como a forma que o professor aborda o aluno para 
iniciar um novo conteúdo, devendo, principalmente, investigar as carências 
desses estudantes em relação a sua vida prática e o interesse deles ao iniciar 
o novo conteúdo. A partir dessas orientações é que se poderá iniciar o 
trabalho, posteriormente o professor seleciona o tema organizando-o de forma 
metodológica e trabalhando com fontes primárias e secundárias, 
problematizando e permitindo que os estudantes problematizem os fatos 
passados com relação a sua vida presente. Diante disso, o aluno poderá 
produzir o seu conhecimento histórico a partir das suas interpretações. As 
avaliações fazem com que os estudantes percebam o seu processo de 
aprender. Todos esses pontos fazem o aluno atribuir significados e conferir 
sentidos ao que foi explicado. 
5. A mudança de paradigma trouxe importantes consequências para o 
desenvolvimento de pesquisas no ensino de História. Explique tais 
consequências. (p.70-71) 
Rüsen ao indicar a consciência histórica como local de aprendizagem, 
colocou novas questões de ponto de vista conceitual e de elaboração teórica. 
Diante disso, esse novo paradigma considera que a consciência histórica se 
devolve, principalmente, pela linguagem e, também, pelos símbolos imagéticos. 
Posto isso, questões foram surgindo, como por exemplo a forma de relacionar 
as diferentes fases da vida e as formas de interpretação histórica. Os modelos 
de interpretação histórica seriam capazes de serem influenciados pelos os 
conteúdos ao ponto de modificar a interpretação? Em relação aos modelos de 
interpretação, dependem das visões de mundo e da ética de quem irá aprende-
los? Questões pessoais dos sujeitos ou pontos de vistas já estabelecidos 
poderia diminuir ou aumentar a capacidade de utilizar modelos de interpretação 
mais elaborados? 
6. Apresente pontos comuns e divergentes nas duas teses de doutorado, 
apresentadas como exemplo pela autora, como referenciais da teoria de Jörn 
Rüsen. (p.71-74) 
Pontos comuns: ambos têm a preocupação em configurar o ensino de 
História para a vida prática dos estudantes e a formação da consciênciahistórica. 
Pontos divergentes: Marilia Gago em sua tese tem uma preocupação 
maior em mostrar a formação da consciência histórica e sua importância para 
professores e futuros professores de História. Em contrapartida, Ronaldo 
Cardoso Alves em sua tese demonstra maior interesse em investigar o 
processo da formação da consciência histórica em jovens de diferentes locais, 
ou seja, a relação do pensamento histórico e a cultura histórica. 
7. Nas considerações finais, a autora coloca que, “As contribuições teóricas de 
Jörn Rüsen indicam várias questões a serem levadas em consideração no que 
se refere à aprendizagem das crianças e jovens, seja em ambiente escolar ou 
outros ambientes de aprendizagem, como museus e arquivos. Entre elas a de 
que, definitivamente, os professores de história precisam saber que devem 
abandonar o pressuposto de que aprender história significa acumular 
conhecimentos, mesmo que adotando metodologias ativas e lúdicas e que 
aprender história não é manter-se no nível do senso comum ou adquirir bom 
senso a respeito das questões do passado. ” (p.74) 
Você concorda com tal posicionamento? Justifique sua resposta 
Sim, concordamos, pois aprender História vai além do acúmulo de 
conteúdos e o senso comum recorrente nas escolas. Dessa forma, o estudante 
precisa saber se posicionar diante de fatos e relacionar os conteúdos expostos 
e a vida prática, de forma que tome um pensamento crítico diante do fato 
ocorrido e não fique somente posicionado a “achismos”.

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