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CARACTERÍSTICAS DO PÂNCREAS E SEUS HORMÔNIOS Apresenta 2 tipos de estruturas: Ácinos pancreáticos (98%): glândulas exócrinas, produzem e secretam enzimas digestivas e bicarbonato de sódio→ função pancreática. Ilhotas de Langerhans (2%): células dispostas em círculos (ilhotas), produzem 4 tipos diferentes de hormônios→ função endócrina. Há 4 tipos diferentes de células: células beta (insulina), células alfa (glucagon), células delta: somatostatina; células F: polipeptídeo pancreático. • Insulina: H. hipoglicemiante, estocada, se torna ativa após perder peptídeo C. Estimulada por: glicemia alta (princial) e outros carboidratos, proteínas, GL, hormônios do TGI (GIP, gastrina, secretina), glucagon e acetilcolina. Inibida por: glicemia baixa. Jejum, exercício, somatostanina, catecolaminas e prostaglandinas. Metabolização: rim e fígado. • Glucagon: H. hiperglicemiante. Estimulado por: glicemia baixa, jejum, exercício, GH, cortisol, catecolaminas, estresse (cirurgias, infecções etc.) e certos aa. Inibido por: glicemia elevada, insulina, AGL e somatostatina. Tecidos que só metabolizam glicose: cérebro, hemácias, leucócitos, olho. A insulina exerce efeitos no fígado, músculos esqueléticos e adipócitos. O glucagon no fígado e adipócitos EFEITOS FISIOLÓGICOS DA INSULINA No fígado • Incremento da glicogênese hepática (ativa a glicogênio sintetase). • Incremento da glicólise hepática (ativa a fosfofrutoquinase). • Incremento da captação e fosfatação da glicose (ativa a glicoquinase). • Redução da glicogenólise hepática (inibe a fosforilase). • Redução da gliconeogênese (inibe as carboxilases). • Incremento da lipogênese hepática a partir dos carboidratos. • Redução da oxidação dos AGL (redução da cetogênese). • Incremento da formação de AGL (dos carboidratos e gorduras). No músculo esquelético • Incremento da captação de glicose muscular. • Incremento da glicogênese muscular. • Incremento da oxidação de glicose. • Incremento da captação de aminoácidos (AAs). • Incremento da síntese proteica. Redução da proteólise. Nos adipócitos • Incremento da lipogênese (formação de AGL). • Incremento do armazenamento de TG nos adipócitos. • Incremento do transporte de glicose para os adipócitos. • Redução da mobilização dos TG dos adipócitos Em resumo: utilização e armazenamento de glicose (forma de glicogênio hepático e muscular), anabolismo, síntese de AGL e armazenamento na forma de TG, reduz os níveis circulantes de AGL e cetoácidos. Consumo global de glicose pelo SNC independe da insulina, mas hipotálamo é sensível à insulina. Receptores para a insulina estão no hipotálamo e nas células alfa e beta do pâncreas EFEITOS FISIOLÓGICOS DO GLUCAGON No fígado incrementa • Liberação de glicose hepática (glicose 6 fosfatase). • Glicogenólise hepática (ativa a fosforilase). • Gliconeogênese hepática (AAs e AGL, ativa carboxilases). • Beta oxidação hepática. • Cetogênese. Nós adipócitos • Incremento da lipólise (mobiliza TG). REGULAÇÃO DA GLICEMIA Valor de normalidade da glicemia→ 80 a 120 mg/dl – ações da insulina e glucagon. Regulação→ retroalimentação negativa, controle parácrino e atividade neurovegetativa sobre o pâncreas. A glicemia é o principal fator desta regulação, mas é afetada (em menor grau) pelos aas plasmáticos, jejum, estado alimentado, exercício e estresse. Hiperglicemia ou estado pós-prandial: Hipoglicemia ou jejum Insulina encontra receptores na membrana celular→ ativa transportadores de glicose (transdução), os GLUTs. • GLUT 1 – cérebro, hemácia, rim e palcenta, talvez feto→ não necessita de insulina. • GLUT 2 – hepatócito (sem insulina, fluxo de glicose é para LEC). • GLUT 3 – músculo esquelético (exercício; ação permissiva insulina) • GLUT 4 – músculo esquelético e adipócitos (insulinodependente) • GLUT 5 - intestino Glucagon se acopla a receptores de membrana, desencadeando elevação dos níveis de AMPc como segundo mensageiro. *Os ajustes da atividade do pâncreas não necessita da participação do eixo hipotálamo-hipófise. É regulado apenas pela taxa glicêmica. DIABETES MELLITUS Deficiência ou ausência de insulina, insensibilidade a receptores (ou resistência), ou produção excessiva de glucagon→ hiperglicemia. 2 tipos: • Insulino dependente ou tipo 1: hereditariedade, estresse, disfunção autoimune, doença do pâncreas ou endócrina. Tratamento: adm de insulina, exercício, alimentação e hábitos de vida. • Não insulino dependente ou tipo 2: idosos e obesos. Hereditariedade, obesidade, sedentarismo, estresse, idade avançada, dieta inadequada, fármacos. Tratamento: hipoglicemiantes orais, alimentação, exercícios e hábitos de vida. *Diabetes gestacional: resistencia à insulina, poucos sintomas, aumenta o risco de pré-eclâmpsia. Hereditariedade, peso excessivo na gestação, alimentação inadequada, ovários policísticos. Resistência à insulina no DM 2: redução da fosforilação da tirosina quinase (IRS), reduzindo a fosforilação do fosfatidilinositol 3 quinase (PI 3 Quinase), responsável pela síntese e translocação do GLUT 4. Se deve a alterações no receptor da insulina, no IRS ou no PI 3 Quinase. CAPTAÇÃO DE GLICOSE NO EXERÍCIO No exercício, há maior captação de glicose devido a 6 fatores: • Ação da insulina atua na translocação do GLUT 4. Discreto efeito • Níveis plasmáticos elevados de Bradicinina (BK), liga-se ao seu receptor e potencializa as ações da insulina no GLUT 4, além de elevar os níveis de óxido nítrico (NO). • Ação de “elemento responsivo ao exercício” – desconhecido. • Níveis intracelulares elevados de AMPc, vindos da hidrólise do ATP durante exercício, fosforila o IRS e o PI 3 Quinase, aumentando a captação de glicose, atuando no GLUT 3 (pode vir de alteraçoes do GLUT 4, com ação permissiva da insulina)**. • Elevação da concentração intracelular de cálcio (do RS), atuando sobre o GLUT 3. • GLUT 3 está localizado no sarcoplasma, próximo aos túbulos T, é ativado pelo cálcio e ocorre sua translocação para o sarcolema (independe de insulina).
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