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- A doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa → o cérebro diminui, pois ocorre perda de substância cinzenta e branca (neurônios morrem). - Há aumento da cavidade dos ventrículos. - O sintoma primário mais notável é a perda de memória de curto prazo (dificuldade de lembrar fatos aprendidos recentemente). - O paciente perde a capacidade de dar atenção a algo, a flexibilidade no pensamento e o pensamento abstrato. - Pode começar a perder a sua memória semântica. - Apatia (relacionado com a parte emocional – amígdala). - Desorientação de tempo e espaço (relacionada com a memória de longo prazo e com uma região do hipocampo). - A pessoa não sabe onde está nem em que ano, mês ou dia está. - Definição: aprendizado vindo por experiência, que é armazenado – antes de a memória ser armazenada, ela precisa ser compreendida. ✓ As informações chegam, basicamente, por olhos e ouvidos (informações visuais e auditivas). Daí, elas vão para a área da memória funcional, localizada no lobo pré- frontal. Nele, as informações serão manipuladas e compreendidas, ficando por cerca de 2 segundos e sendo enviadas para a memória de curto prazo. ✓ Se essa informação for repetida, o cérebro a entende como importante, promovendo a potenciação de longa duração – caso não seja repetida, ela será descartada. - Memória de curto prazo: local onde retém a informação que já está retida por volta de 6 a 8 horas – o que você faz com essa informação é o que diferencia para onde ela vai. - No hipocampo estão sendo produzidas as espinhas dendríticas – mantidas quando a informação é repetida. MEMÓRIA DE LONGO PRAZO: MEMÓRIA FUNCIONAL → Lobo pré-frontal (compreensão da informação) → MEMÓRIA DE CURTO PRAZO → MEMÓRIA DE LONGO PRAZO (ficará para sempre ou até que os neurônios morram). - MEMÓRIA DECLARATIVA: fala para expor a memória. ✓ Semântica: relacionada com o conhecimento – áreas de associação corticais. ✓ Episódica: da vida particular da pessoa, ou seja, situações específicas – lobo temporal medial e neocórtex. - MEMÓRIA NÃO DECLARATIVA: não precisa falar para expor (implícita). ✓ Procedual: movimentos automatizados (habilidades e hábitos) – corpo estriado. ✓ Emocional: interfere nas outras memórias (para mais ou para menos) – amígdala. o Informações carregadas de emoção são facilmente gravadas e evocadas, e dificilmente são esquecidas. o Há ligação íntima entre o hipocampo e a amígdala → o hipocampo guarda a informação e a amígdala dá o valor emocional - Amígdala: complexo amigdalar. Formada por mais de 10 núcleos. Possui relação com o estriado e com o hipocampo. ✓ Estimulação elétrica em humanos: sentimentos de medo e pressão. ✓ Lesão em animais: torna-os mansos. - Doença de Urbach-Wiethe: doença degenerativa → calcificação da amígdala – tornam-se incapazes de descrever expressões faciais. Ou seja, há um ramo para identificação de face que passa pela amígdala, que dá o valor emocional para a face. Nas pessoas com Alzheimer, essa via é destruída. - Possui 4 divisões (CA1, CA2, CA3 e CA4) – mais importantes CA1 e CA3. ✓ CA: cornu ammonis. - Área CA1: possui principalmente neurônios piramidais. - Há entrada de informações no hipocampo. - Via perfurante: informações advindas da área entorrinal até a área CA3 – o giro denteado via fibras musgosas faz sinapses com a área CA3 do hipocampo. - A área CA3 possui neurônios que lançam axônios para os corpos mamilares e para a área CA1 (onde estão presentes os neurônios piramidais, que começa a manipular as informações para a memória funcional). - O neurônio piramidal, quando recebe a informação, forma gêmulas (memória de curto prazo). Após, essas informações são encaminhadas para outras áreas do córtex cerebral, para que memórias de longo prazo sejam criadas durante o sono REM (como se tivesse esvaziando o hipocampo para receber novas informações). Por isso, o hipocampo é uma área gerenciadora de informações. ✓ Um neurônio piramidal pode produzir de 30.000 a 40.000 gêmulas quando recebe a informação. - No córtex entorrinal há células-tronco – quanto mais informações são recebidas, mais diferenciação delas em neurônios acontece → janela de aprendizado (leva 2 semanas para os neurônios se diferenciarem e migrarem para a área CA1) → hipocampo produz novos neurônios. - No córtex entorrinal, localizado próximo ao hipocampo, existem neurônios grade, que fazem a reconstrução do caminho e das memórias utilizadas durante um evento, eles marcam o tempo e o espaço (quando um evento aconteceu). O hipocampo manipula com a informação que chega do córtex entorrinal. - No Alzheimer, gradativamente, esse sistema é destruído. - É o ato de esquecer. - O esquecimento diz respeito à dificuldade de acessar a memória que existe no cérebro – esquecer não quer dizer que a informação foi apagada. - O início do desenvolvimento do Alzheimer é o marco de antes e depois em relação à memória. - Existem 2 tipos de amnésia: 1. AMNÉSIA RETRÓGADA: não lembrar de fatos anteriores à amnésia – o problema está em evocar a memória já consolidada. 2. AMNÉSIA ANTERÓGRADA: não lembrar de fatos recentes ocorridos depois da amnésia – o problema está na consolidação da memória de longo prazo. As informações não são transferidas nem consolidadas – danos na área CA1 do hipocampo. Potenciação de longa duração: glutamato se encaixa nos receptores de membrana, resultando na despolarização devido à abertura de canais de cálcio. Quando a despolarização acontece, o magnésio do receptor NMDA é liberado, promovendo o influxo de sódio e de cálcio – esse último é um segundo mensageiro, o qual ativa proteínas quinases que promovem o aumento de receptores na membrana pré-sináptica. Na membrana pós-sináptica, o cálcio promove a produção de óxido nítrico (neurotransmissor retrógrado – estimula a liberação de mais neurotransmissor pela membrana pré- sináptica) → PROLONGAMENTO DA OCORRÊNCIA DA SINAPSE. O cálcio também ativa vias de segundos mensageiros que estimulam núcleos responsáveis pela ativação de genes, resultando no aumento da quantidade de receptores. Assim, baixas frequências de sinapses já irão ativar o mecanismo → RAPIDEZ EM EVOCAR AS MEMÓRIAS. - O complexo amigdalar é formado por mais de 10 núcleos – há relação com o estriado e com o hipocampo. - Doença de Urbach-Wiethe: calcificação da amígdala – incapacidade de descrever expressões faciais → consegue ver, mas não dá a carga emocional para a face. - No Alzheimer, a amígdala também é afetada com a incapacidade de dar valor emocional às faces observadas. - Há muitos núcleos na amígdala – aferências e eferências. - NÚCLEO MEDIAL: recebe aferências do bulbo olfatório principal e acessório, e emite eferências para o prosencéfalo mediobasal e hipotálamo → participa do controle da ingestão de sódio e do comportamento reprodutivo. - NÚCLEO BASOLATERAL: emite eferência para o estriado ventral → estímulos reforçadores sobre a aprendizagem. Além disso, emite eferências para o núcleo dorsomedial do tálamo, o qual manda para o córtex pré-frontal → relação com a memória funcional e o planejamento das ações com maior peso racional que emocional. O córtex pré-frontal demora a amadurecer, por isso adolescentes costumam ser mais impulsivos, pois essa área que pensa nas consequências ainda não está totalmente amadurecida. - NÚCLEO BASAL: emite eferências para a matéria cinzenta periaquedutal → inibição comportamental (congelamento). - NÚCLEO CENTRAL: emite eferências para o hipotálamo, o mesencéfalo, a ponte e o bulbo → controle emocional. - A amígdala e o hipocampo estão intimamente relacionados com o estresse → eixo hipotálamo- hipófise-suprarrenal.- Suprarrenal libera adrenalina e cortisol. - A adrenalina cai no sistema nervoso simpático, ativando o locus ceruleus, o qual produz noradrenalina. Este é um neurotransmissor - EXEMPLO: quando alguém se assusta, o corpo muda algumas de suas atividades – como os batimentos cardíacos, a contração da pupila – a fim de preparar-se para uma possível ameaça. - Isso é bom para o corpo porque ele aquece a musculatura em um curto espaço de tempo – estresse agudo. excitatório que será liberado, por exemplo, na amígdala e no hipocampo – o cérebro fica mais ativo, é positivo para a manipulação das informações. - O cortisol vai para o cérebro, tendo receptor em várias estruturas, o que dá início ao mecanismo de estresse agudo. Em excesso, o cortisol causa problemas no organismo humano, inclusive no raciocínio. Isso porque ele atrapalha a formação de memória. - O hipotálamo produz o hormônio liberador de corticotrofina (CRH), o qual vai para a hipófise, estimulando-a a produzir o hormônio ACTH (adrenocorticotrófico), que vai para a suprarrenal e estimula a liberação de cortisol. - O aumento de cortisol promove um feedback negativo, inibindo a liberação de ACTH pela hipófise e de CRH pelo hipotálamo. Além disso, ele tem receptores no hipocampo, promovendo sua ativação e, consequentemente, a inibição do hipotálamo, com isso, a taxa de cortisol diminui. Porém, também tem receptores na amígdala, a qual, quando ativada, estimula o hipotálamo, resultando em um aumento na taxa de cortisol. - Em uma situação de estresse, a amígdala libera neurotransmissores que estimulam o hipotálamo, resultando na liberação de cortisol. Quando a taxa deste se encontra alta, o hipocampo não conseguirá modular o eixo → portanto, quanto maior o estresse, maior as taxas de cortisol no organismo, vira um feedback positivo → estresse crônico. ESTRESSE CRÔNICO: - O hipocampo tem receptores de grande afinidade para o cortisol (GCS), o que promove melhora na potencialização de longo prazo. Porém, quando as taxas de cortisol estão muito altas, receptores de pouca afinidade com esse hormônio entram em atividade promovendo a diminuição da potencialização de longo prazo. Dessa forma, memórias novas não serão produzidas e os dendritos, em uma situação de poucas semanas de estresse ou exposição a glicocorticoides excessivos, começam a afinar, a atrofiar e a se retrair → dificuldade de acessar a memória. - O estresse prolongado inibe a neurogênese – nascimento de novos neurônios no hipocampo. - Se o fator estressante se mantiver, a chegada de glicose ao cérebro será inibida. - A perda de células no hipocampo decorrentes do excesso de cortisol seria responsável pela dificuldade de memorizar coisas e fatos novos, em situações prolongadas de estresse e ansiedade. - Área de Wernicke fragmenta as palavras (reconhecimento da fala) e depois ajunta para formar palavras ou frases → compreensão do significado das palavras. ✓ Se os neurônios dessa área estão sendo destruídos, há diminuição do vocabulário. - Área de Broca recebe informações da área de Wernicke – promove a produção da fala e envia para o giro motor → pronunciamento das palavras. ✓ Comprometimentos: dificuldade de fala. - Via fascículo arqueado: comunicação entre as áreas. ✓ Comprometimentos: compreende, mas tem dificuldade de falar – as informações não chegam na área de Broca. - Aumenta a dificuldade em reconhecer e identificar os objetos (agnosia) e em executar os movimentos (apraxia). - Além disso, é perceptível a diminuição do vocabulário e a dificuldade na fala. ✓ Área occito-parieto-temporal: trabalha para o reconhecimento de face → o nervo óptico manda informação para o córtex do lobo occipital, o qual fragmenta a imagem recebida e manda pelas vias de ramo dorsal e ventral. ✓ Ramo dorsal: vai em direção ao lobo parietal → conforme vai passando pelo córtex subcortical das regiões, a fragmentação vai sendo construída novamente para a face original. ✓ Ramo ventral: conforme segue esse trajeto, a informação passa pelo hipocampo, pela amigdala e pelo hipotálamo, chegando ao lobo orbito-frontal. É nesse trajeto que o valor emocional é atribuído à face (grau de parentesco). - No Alzheimer, há destruição da via ventral, tendo em vista que o indivíduo acometido consegue ver a face, mas não associa ao valor emocional → prosopagnosia. - A dificuldade de fala se torna mais evidente devido à impossibilidade de se lembrar do vocabulário. - Progressivamente, o paciente vai perdendo a capacidade de ler e de escrever – deixa de conseguir fazer simples tarefas diárias. - O paciente pode deixar de reconhecer seus parentes e conhecidos. - A memória de longo prazo vai se perdendo e alterações de comportamento vão se agravando. - O paciente está completamente dependente das pessoas que tomam conta dele – destruição dos núcleos da base, o que ocasiona perda da motricidade. - A linguagem está reduzida a simples frases ou até a palavras isoladas, acabando, eventualmente, em perda da fala. - A sua massa muscular e a sua mobilidade degeneram-se. - Atrofia generalizada com perda neuronal específica em certas áreas do hipocampo, mas também em regiões parietooccipitais e frontais. - Redução de neurotransmissores cerebrais, como acetilcolina, noradrenalina e serotonina. *Acredita-se que a origem do Alzheimer se dá pelos núcleos da rafe no tronco encefálico. - Relacionada à acetilcolina e seus receptores ionotrópicos e metabotrópicos. - Existem áreas cerebrais que estariam comprometidas durante o desenvolvimento da doença → morte de projeções colinérgicas, principalmente relacionadas com atenção e memória. - Faz conexões com o sistema límbico e o córtex cerebral. - Diminuição da colina acetiltransferase (enzima envolvida na produção de acetilcolina) no córtex e no hipocampo. - Diminuição de neurônios colinérgicos nos núcleos basais de Myenert – mandam projeções (axônios) para o hipocampo (além da amígdala e córtex cerebral), liberando nele a acetilcolina. Esses neurônios estão relacionados à vigília e à atenção. ✓ No hipocampo há M1 e M4 (receptores metabotrópicos de acetilcolina). O receptor M4 é inibitório e é coativado no desenvolvimento da doença, prejudicando a potencialização de longa duração, enquanto o M1 é excitatório e é coativado no momento em que há liberação de glitamato, que se combina com receptores para promover a potenciação de longa duração. ✓ Estão relacionados com a vigília e com a atenção. - Diminuição de receptores colinérgicos muscarínicos. - Dificuldade de aprendizagem e de fixação de memórias. - Deteriorização neurocognitiva. - Cerca de 50% dos neurônios do sistema nervoso central são excitatórios e utilizam glutamato, um neurotransmissor excitatório – tem receptores ionotrópicos e metabotrópicos (são mais lentos). ✓ Se os canais iônicos ficam abertos por tempo indevido, há acúmulo de cálcio – neurônio se torna mais excitável – há ativação de vias de apoptose dos neurônios – ativação de caspases tipo 1 na mitocôndria que deterioram o neurônio. ✓ Excitotoxicidade → induz a apoptose neuronal. - Receptores: ✓ NMDA - N-metil-d-Aspartato; ✓ AMPA - ácido α-amino-3-hidroxi-5-metil- 4- isoxazolepropiônico; ✓ CIANTO / CAINATO. - Excessiva ativação dos receptores de NMDA. - Aumento dos níveis intracelulares de cálcio. - Formação de placas beta-amiloides → acreditam ser o início do desenvolvimento da doença. - PPA: proteína precursora amiloide → é uma glicoproteína integral transmembrana, com função de promover adesão do neurônio à matriz extracelular. - Na membrana plasmática do neurônio, há a proteína PPA (microtúbulos estabilizados pela proteína TAU transportamvesículas cheias de PPA para a MP → exocitose → PPA passa a fazer parte da membrana do neurônio). - Para que ocorra renovação da membrana do neurônio, é necessária a destruição de moléculas velhas de PPA (mecanismo realizado pela alfa- secretase). ✓ A alfa-secretase libera em meio extracelular um fragmento proteico (42 aminoácidos) que protege a sinapse e sua manutenção na fenda sináptica. Esses AA liberados podem se juntar e formar as placas beta-amiloides (placas senis). O acúmulo delas no meio extracelular resulta no prejuízo das sinapses. - Gama-secretase e beta-secretase também podem clivar a PPA → produzem um fragmento proteico de 40 ou 42 aminoácidos (Aβ1-40 e Aβ1- 42) – têm maior capacidade de se ligarem um ao outro (polimerizarem, originando poligômeros no meio extracelular) para a formação de placas beta-amiloides – Aβ1-42 é mais hidrofóbico, com maior potencial amiloidogênico. O acúmulo dessas placas dificulta a formação e manutenção de sinapses. ✓ Moléculas de presenilina: proteína enzimática responsável pela regulação da gama-secretase e da beta-secretase → os genes dessa enzima podem estar ativados em maior quantidade. Assim, as proteínas trabalham mais, resultando na maior produção de placas beta-amiloides. - Esses processos ocorrem à medida que a pessoa envelhece. Com o passar do tempo há muita formação de placas beta-amiloides, mas em quantidades fisiológicas que não são capazes de causarem doenças neurodegenerativas. - O cobre, quando presente na matriz extracelular, pode mediar a dimerização de monômeros de fragmentos proteicos, levando à formação de oligômeros. - Oligômeros Aβ exercem uma forte ação inibitória sobre a potenciação de longa duração. - Presença de Aβ1-42, os neurônios do córtex e do hipocampo também sofrem modificações, resultando na indução de déficits cognitivos e mnemônicos, mesmo sem ocorrer a morte neuronal. - Acúmulo de Aβ pode ser o evento ativador da hiperfosforilação da proteína TAU. - O progresso e desenvolvimento da doença de Alzheimer é provocado pelo desenvolvimento de emaranhados neurofibrilares no meio intracelular. - Os microtúbulos são produzidos a partir da polimerização de dímeros de tubulina, que se polimeriza e constrói o microtúbulo. Posteriormente, o microtúbulo faz o transporte (retrógrado e anterógrado) de vesículas com o auxílio da proteína TAU, que estabiliza a polimeração dos dímeros de tubulina. - O acúmulo das placas beta-amiloides promove a hiperfosforilação da proteína TAU → acarreta a despolimerização dos microtúbulos, que se desfazem. Assim, a proteína TAU desliga-se do microtúbulo e se acumula no citoplasma, formando emaranhados. Com isso, os microtúbulos não irão promover o transporte de vesículas, além disso, os emaranhados acumulados alteram o metabolismo do neurônio (as proteínas formadas dentro dos neurônios passam a ser anômalas, agravando os sintomas da doença). ✓ Induzem a apoptose neuronal e resulta no óbito do indivíduo → representa o último estágio da patogênese da doença. ✓ Leva a um mecanismo de neuroinflamação. ✓ Mecanismo de oxidação – o neurônio começa a realizar cascatas metabólicas a fim de manterem. - Emaranhados neurofibrilares que contêm proteínas TAU hiperfosforiladas. - A agregação da proteína tau, que representaria o último estágio da patogênese da doença. - Danifica as sinapses e o transporte intracelular. 1. Perda de peso e volume. o 41% lobo temporal; o 30% lobo parietal; o 14% lobo frontal. 2. Atrofia de giros. o Presente em 60% dos casos. o Principalmente lobo temporal, giro hipocampal e amÍgdala. o Acomete substância branca e cinzenta. 3. Diminuição da zona cortical. o A densidade é moderadamente afetada. o O comprimento é bastante reduzido e se correlaciona com o grau de disfunção. 4. Dilatação ventricular. o Sem relação com o grau de prejuízo mental. 5. Perda neuronal. o Giro denteado – área CA1 é a principal prejudicada (área de formação das espinhas dendríticas). Predominantemente lâminas II e III. o Aumento nos pontos de quebra de DNA, pelas placas beta-amiloides o Expressão aumentada de caspases (induzem apoptose celular) pela propriedade indutora de apoptose pelas placas beta-amiloides. 6. Perda sináptica. o Diminuição de sinaptofisinas (relacionadas ao citoesqueleto, que encaminham as vesículas com neurotransmissores para serem liberadas). o Incerteza quanto à escala temporal do processo. o Possivelmente estimulada pela degeneração neurofibrilar. 7. Angiopatia amiloide cerebral. o Os vasos sanguíneos cerebrais também são acometidos – as placas beta-amiloides são acumuladas entre a túnica média e a adventícia de arteríolas → comprometimento da perfusão sanguínea cerebral. o Pequenas artérias das leptomeninges ou penetrantes do córtex. o Desconhecidos os fatores que regulam o balanço entre depósito amiloide no parênquima e nos vasos. - Existe um grupo de genes que predispõe ao desenvolvimento da doença. ✓ Gene da APOE4, da PPA, da presenilina... ✓ Os genes afetados variam conforme a classificação da doença, se é precoce ou tardia. - Síndrome de Down: com o envelhecimento é comum observar o acúmulo de beta-amiloides em maiores quantidades. ✓ ADDL: presente na matriz extracelular do tecido neuronal – facilita a formação de placas beta-amiloides. ✓ Mutações nos cromossomos 1, 14, 19 e 21 predispõem o indivíduo à doença. APOE4 (Apolipoproteína E4): apolipoproteínas fazem o transporte de moléculas lipídicas para as células – essa, em específico, transporta colesterol para o neurônio – ajuda na manutenção da sinapse. Déficit dessa proteína está relacionado com o desenvolvimento da doença de Alzheimer. Facilita a produção de placas beta-amiloides. - Por meio da utilização de oxigênio, há a quebra de glicose para a produção de energia. Porém, o oxigênio promove a formação de radicais livres – a produção de EROs deterioriza as proteínas dentro do neurônio → estresse oxidativo. Além disso, podem estimular vias de apoptose. - Os radicais livres se espalham pelo citoplasma da célula → gera um comprometimento das organelas. O neurônio tenta sobreviver estimulando a atividade da mitocôndria, promovendo um aumento do estresse oxidativo (feedback positivo). - Uso de vitaminas que combater o acúmulo de radicais livres (vitamina A, C e E). - Uso de anti-inflamatórios para combater a neuroinflamação. - OBS: flavoproteínas são moléculas advindas da alimentação que combatem os radicais livres, pois são antioxidantes. - Cobre, ferro, zinco, mercúrio, selênio. - O cobre e o zinco aumentam a velocidade de agregação do peptídeo no hipocampo e nas amigdalas, formando placas beta-amiloides. - Biometais induzem o aumento do estresse oxidativo no cérebro. - ZINCO: liberado na sinapse glutamatérgica, necessário para manter a memória e a cognição. ✓ Transportador ZnT3: impede o acúmulo de zinco na fenda sináptica – no Alzheimer, pode ser observado o aumento de transportadores ZnT3 → dificulta a manutenção da sinapse - FERRO: acúmulo nos neurônios causa danos oxidativos e neurodegeneração (devido à liberação de prótons). - ALUMÍNIO: promove a agregação de placas beta-amiloides e altera a atividade da barreira hematoencefálica. Além de alterar o retículo endoplasmático e as mitocôndrias, induzindo a apoptose. - O envelhecimento, normalmente, promove a maior absorção de metais, podendo ser um fator agravante para o desenvolvimento da doença. - SELÊNIO: é um antioxidante, portanto, sua diminuição possibilita o acúmulo de radicais livres. ✓ Liga-se a aminoácidos para formar pequenos peptídeos chamados selenoproteínas, que exercem atividadesantioxidantes. ✓ Há uma diminuição nos níveis de selênio e um decréscimo da função cognitiva. - Neurônio utiliza glicose como fonte de energia. ✓ Se a perfusão sanguínea diminui, ocorre diminuição de oxigênio e, consequentemente, glicose. ✓ Pode haver uma alteração nos transportadores de glicose ou nos receptores de insulina → resistência insulínica diminui a entrada de glicose no neurônio, podendo levar ao desenvolvimento da doença de Alzheimer. - Correlação positiva entre a presença de diabetes mellitus e o desenvolvimento de demência. ✓ Resistência insulínica tem relação com a doença de Alzheimer – menor ligação da glicose com o neurônio e, consequentemente, menor produção de energia. - Diminuição na produção de insulina ou desenvolvimento de resistência dos receptores da insulina. - Indivíduos com diabetes mellitus tem maior chance de desenvolvimento de Alzheimer. - A insulina liga-se a receptores específicos no cérebro, a maioria dos quais estão localizados no córtex cerebral, hipocampo, bulbo olfatório, cerebelo e hipotálamo.
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