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UNIVERSIDADE PALISTA
UNIP EAD
CURSO EDUCAÇÃO FÍSICA
Patrícia Araújo Belloni Nogueira
Título: Prática como Componente Curricular – PCC 8º Período
[Digite texto]
 Em todas as áreas dentro do segmento esportivo haverá oportunidades para que sejam realizados eventos esportivos. Dentro deles temos a possibilidade de “encantar” nosso público, oferecendo produtos e serviços que garantam a satisfação desses clientes e, principalmente, o retorno deles nos próximos campeonatos, aulas e atividades distintas que pretendemos realizar. A atividade de prática como componente curricular neste semestre envolverá relacionar os conhecimentos das disciplinas Organização de Campeonatos e Eventos Esportivos e Ginástica Rítmica com as demais disciplinas do semestre (interdisciplinaridade). Essa atividade envolverá a organização de um evento de Ginástica Rítmica na sua cidade. Esse evento pode ser um campeonato, desafio, gincana ou até mesmo um festival. Você deverá planejar desde o encontro de recepção de todas as ginastas em um lugar especial até o encerramento do seu evento. Antes do seu evento, você deverá criar um perfil marcante e deverá estabelecer se haverá entrega de prêmios àqueles que superaram suas marcas e atingiram objetivos. Por fim, você deverá formular a inteiração dos participantes, momento em que poderá até convidar outras pessoas, aumentando a divulgação de seu trabalho. Esse tipo de ação pode ser crucial para a criação de um diferencial competitivo como profissional. O limite do evento será até onde vai a imaginação, atrelada a um bom plano, orçamento e uma meta bem definida. Atividade proposta: Para iniciar a sua atividade de Prática como Componente Curricular, você deverá pensar em qual evento gostaria de desenvolver, lembrando que a única regra é que ele esteja relacionado à Ginástica Rítmica. Nessa atividade, você deverá elaborar todo o cronograma do evento, desde os preparativos anteriores ao evento, até a premiação (se houver). Você tem liberdade para montar essa atividade do jeito que achar mais conveniente. Não é necessário que haja o evento, essa atividade envolve apenas o planejamento dele. Após o término da organização, você deverá: 
a) Relatar detalhadamente todo o evento, desde a fase anterior (convite às equipes, recepção das ginastas etc.) até o final dele (após o encerramento). 
Descrição do objeto:
Projeto de formação esportiva na modalidade ginástica rítmica, a ser executado em no mínimo 02 (dois) equipamentos esportivos públicos e abertos à comunidade de forma gratuita, sendo que, as equipes de rendimento poderão realizar os treinamentos em instalações próprias caso possua, atendimento a partir dos 07 anos na fase de iniciação com realização de no mínimo 08 (oito) aulas semanais com duração mínima de uma hora cada, divididas em 02 (dois) períodos, podendo ser manhã e tarde, manhã e noite ou tarde e noite, de acordo com diretrizes a serem estabelecidas pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer e, sequencialmente, realizar atividades nas fases de treinamento e formação de equipe de rendimento para participação de competições oficiais, inclusive representando o município em eventos de acordo com convocação da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer.
METAS
1 Atender acima de 30 participantes a partir de 7 anos de idade
2 Ensinar progressivamente os fundamentos técnicos dos 5 aparelhos básicos da Ginastica Rítmica: arco, bola, corda, fita e maça.
3 Avaliar	periodicamente	o desenvolvimento das 4 capacidades físicas básicas do condicionamento físico geral (força, flexibilidade, resistência aeróbia e velocidade)
4 Promover 2 festivais de Ginastica Ritmica um a cada semestre do ano
5 Promover 6 atividades extras visando à promoção de inclusão social; de saúde; à preservação de valores morais e o civismo e à conscientização de princípios sócio- educativos.
Aferição: ficha de inscrição e controle de frequência.
Periodicidade: mensal
Aferição: plano de aula e relatório de avaliação observacional dos professores. Periodicidade: a cada 4 meses
Aferição: bateria de testes físicos adotada pelo Ministério dos Esportes PROESP-BR#.
Periodicidade: aplicada a cada 4 meses.
Aferição: fotos, filmagens, relatório de participação e de atividades.
Periodicidade: a cada evento Aferição: fotos, relatório da atividade e lista de presença.
Periodicidade:a cada atividade.
 
Objetivo geral para Formação:
Oportunizar aos participantes os aspectos envolvidos no aprendizado e aperfeiçoamento do Ginastica Ritmica, bem como a formação física multilateral do participante através de atividades diversificadas, pautados pelos meios e métodos científicos adequados, bem como, respeitando os aspectos biológicos e morfológicos dos participantes. Além disso, tem-se como objetivo geral, desenvolver atividades complementares que promovam a formação integral do participante, com vistas à promoção de inclusão social; de saúde; à preservação de valores morais e o civismo e à conscientização de princípios socioeducativos.
Categorias
Pré-Infantil: 09-10 anos;	Infantil: 11 a 12 anos; Juvenil: 13 a 15 anos;	Adulta: a partir de 16 anos.
Provas
A duração de cada prova individual varia entre 1:15 e 1:30 minuto.
Para o conjunto, a composição é de dois exercícios, sendo a duração de no mínimo 2:15 e de no máximo 2:30 minutos. A pena para cada segundo adicional ou ausente é 0.05 pontos.
As músicas selecionadas para as provas devem ser tocadas e não cantadas.
O cronômetro começa em contagem desde o 1º momento em que a ginasta (ou a primeira ginasta do conjunto) começa o seu movimento, e é parado no momento em que a ginasta estiver completamente imóvel sobre o chão.
Após as Olimpíadas de Barcelona, em 1992, passou a fazer-se ênfase há flexibilidade, porque anteriormente apenas davam ênfase aos movimentos dos aparelhos.
Júri
O júri de composição é formado por um grupo de quatro árbitras que avaliam o valor da dificuldade corporal (D1), o valor da dificuldade do aparelho (D2), e o valor artístico da série (VA).
O júri de execução então, avalia as faltas técnicas (E).
Pontuação
Em uma disputa, são utilizados três painéis de quatro juízes cada:
O júri D, que avalia a dificuldade dos movimentos das ginastas e dos aparelhos, em um máximo a ser atingido de dez pontos na média dos dois;
O júri A, que avalia a parte artística e a sincronia da rotina com a música e a expressividade da ginasta, também em uma nota máxima de dez pontos; e
O júri E, que avalia as falhas técnicas, em um total de dez a ser debitado.
A pontuação final (PF) é feita da seguinte forma: (D1 + D2) / 2 + A + E = PF
ou seja
(10 + 10) / 2 + 10 + 10 = 30 pt
Regras
Pontuação
O resultado base para cada exercício é de 9.6 pontos, aos quais podem ser descontados pontos devido a faltas ou acrescidos bônus para exibições excepcionais.
Cada exercício deve incluir 4 elementos de dificuldade B e 4 elementos de dificuldade A (Elementos mais básicos). Nas finais são exigidos também elementos de maior dificuldade, C e D, um dos quais deve ser executado com a mão esquerda. A totalidade do solo (tablado) deve ser utilizado durante o exercício, e os elementos devem fluir na coreografia e não seguir-se apenas uns aos outros.
Ordem dos aparelhos
A ordem dos exercícios é decidida pela Federação Internacional de Ginástica. Para os Jogos Olímpicos essa ordem é corda, bola, maças e fita e para as outras competições de ginástica rítmica é corda, bola, arco, maças e fita.
Bônus
O acréscimo de pontos pode advir de diversos fatores, entre os quais:
· originalidade da coreografia;
· acompanhamento musical;
· desempenho excepcional por parte da ginasta.
Faltas
Existem diversas faltas que podem ser cometidas ao longo do exercício que vão condicionar a pontuação. Algumas delas são:
· falta de unidade no exercício;
· falta de equilíbrio entre os diversos elementos;
· utilizar os aparelhos apenas como decoração e não como parte integrante dos elementos;
· música inadequada, com pausas prolongadasou com um final brusco;
· falta de variedade nos elementos executados, nos movimentos do corpo ou nas transições;
· começar o exercício sem contato com o aparelho.
Vestuário
uniforme feminino é composto por maiô sem mangas ou de mangas longas e o tecido pode ser de veludo ou de Lycra, em que pode ser usado um pequeno saiote ou colants por cima, que é ao critério do treinador e o calçado são pontas.
Competições
Competição I – Qualificatória: Qualifica para a Competição II (individual geral), que conta com as três melhores apresentações em cada aparelho para a final geral, para a Competição III (final de cada aparato ) com as oito melhores em cada equipamento, e ainda nessa fase se define a final por equipes, formada pelas oito melhores colocadas.
Competição Final por equipe: Nesta prova conta-se um total de doze exercícios, três para cada aparelho, a serem realizados pelas ginastas participantes. Seu somatório define as dez primeiras colocadas.
CONVITE
PLANEJAMENTO
Data/semana: 06/12/2021 a 10/12/2021
Conteúdo/atividade:
Treinamento de Gr Iniciação/Intermediaria.
Objetivo geral:
Identificar os possíveis erros na realização do movimento e desenvolver as habilidades motoras para que se possam corrigir esses erros.
Objetivo(s) específico (s):
Desenvolver a adaptação e domínio da alternância dinâmica de posições corporais, experimentar a sensação de rolar e recuperar o equilíbrio,promovendo adaptação às rotações.
Vivenciar diversos tipos de saltos.
Desenvolver a noção espacial
Metodologia:
ATIVIDADE
1° Momento
Aquecimento
Corrida de frente e costa.
Galope
Corridinha no lugar.
Polichinelo
Skip
2°Potencia
2 filas- Salto tesouras
1°Saltito (contra- tempo)
2°Saltito
3° Abdominal Remador perna elevada 3x 8 (ou 1 minuto de forma competitiva)(usando maças )
Dificuldade Pivô
Atitude no pivôr
Reversão e Inversão de anti braço (realizada em duplas) uma perna de cada vez joelho estendido
Equilíbrio no passe, estendendo a perna frontal (turmas iniciantes repetições 2x 8, turmas intermediarias 3x10)
Ponto em 8 Tempos 
Equilíbrio no Y
Avião + rolamento perna estendida
Flexibilidade
Hiperextensão da coluna, isto é, dobrar para trás as costas.
Extensão de tronco -Flexibilidade (turmas iniciantes repetições 2x 8, turmas intermediarias 3x10)
Fortalecimento super Mem (turmas iniciantes repetições 2x 8, turmas intermediarias 3x10)
Com as maças
Abertura de pernas em diversos planos. (turmas iniciantes repetições 2x 8, turmas intermediarias 3x10)
sparcat
Alongamentos dos membros inferiores
Mão no chão encostar a cabeça no joelho. (turmas iniciantes repetições 2x 8,turmas intermediarias 3x10)
Andar na ponte e no caranguejo
Manejo de aparelhos com as turmas intermediarias
Aparelho corda, maças, fitas e bolas.
Recursos:
Tatame,colchonetes,cones ,cordas,bolas, maças, fitas e som.
Avaliação:
A avaliação será diagnóstica, por meio de observação, depois de aprenderem um exercício elas deverão tentar realizar o mesmo sozinhas para que possam evoluir a cada dia.
b) Você tem alguns participantes pertencentes ao grupo de “populações especiais”. Maria é cardiopata, tem 40 anos e adoraria participar do evento. João é idoso (74 anos) e também gostaria de participar. Jaime é obeso e o seu maior sonho é participar de um evento como esse. Como você incluiria esses participantes no seu evento? 
Cardiopata
Pessoas com doenças cardiovasculares ou que já sofreram infarto ou AVC são fortemente aconselhadas a realizar exercícios físicos. Há, no entanto, ressalvas. O mais sugerido é misturar o aeróbico, que melhora a atividade respiratória e do coração, com o de resistência, como musculação.
Idoso
Nesta época da vida, as articulações falham, os ossos perdem a densidade e os músculos, o vigor. Felizmente, todos esses problemas são combatidos pela atividade física, sobretudo a musculação, que ajuda a evitar fraturas e é especialmente benéfica para pessoas com osteoporose. Há, inclusive, pesquisas sugerindo que idosos ativos desenvolvem melhor o senso de equilíbrio, correm menor risco de queda e têm maior habilidade para executar atividades do dia a dia. Boas opções de exercícios, segundo a agência governamental de saúde dos Estados Unidos, são tai chi chuan, dança e ioga.
Obeso
A maioria das pessoas obesas não tem apenas sobrepeso, mas também problemas cardiovasculares e diabetes. Além dos riscos de exigir demais do coração, elas também sofrem alto risco de se lesionar, em função do peso que a gordura faz sobre as articulações. Na hora de elaborar o treino, é preciso focar em exercícios aeróbicos para queimar a gordura e para melhorar a função cardiorrespiratória, além de atividades de resistência, como musculação, para reforçar músculos e articulações.
No caso da ginástica rítmica o mais indicado seria a competição em grupo, os cinco elementos devem trabalhar de forma unida e coesa, pois a pontuação final depende não só do desempenho individual, mas também da prestação de todas em conjunto.
c) As equipes de Ginástica Rítmica que você convidou para o seu evento possuem seus planos alimentares controlados. Considerando esse público e a disciplina de Nutrição Aplicada ao Esporte, quais são os principais macronutrientes que as atletas devem consumir e o porquê? Lembre-se das características do treinamento de Ginástica Rítmica para responder. Explique e justifique sua resposta. 
A ginástica rítmica (GR) é uma modalidade esportiva que exige graciosidade e leveza de movimentos, combinando a dinâmica corporal com o manuseio harmônico de aparelhos oficiais, como bola, maças, fitas, arcos e cordas. Por ser uma combinação de movimentos corporais de extrema dificuldade, com alto nível de habilidade no manejo de aparelhos, e ainda em coordenação com acompanhamento musical, a GR exige das atletas altos níveis de flexibilidade, força explosiva, coordenação, perfeição técnica, e expressões corporal e facial adequadas. Para desenvolverem tantas habilidades, ginastas rítmicas de alto rendimento costumam iniciar sua carreira esportiva aos seis anos de idade, e na adolescência, podem chegar a dez sessões semanais de treinamento, com média de oito horas diárias.
Diante dessa breve caracterização do cenário em que estão envolvidas as ginastas rítmicas, ficam subentendidas as razões pelas quais tais atletas tornam-se mais susceptíveis a riscos metabólicos e nutricionais, como deficiência de energia relativa no esporte (RED-S), desidratação, estresse oxidativo, e danos musculares, além das possíveis inadequações nutricionais encontradas em outras modalidades esportivas, como ingestão insuficiente de cálcio e deficiência de vitamina D.
 Nutricionistas que atuam na GR devem estar preparados para alcançar objetivos como melhora de performance, prevenção de lesões, alterações de composição corporal (com ênfase em emagrecimento), e principalmente, prevenção de deficiências nutricionais e doenças relacionadas. 
 No que se refere à avaliação nutricional, o trabalho é árduo. Para identificação dos prejuízos de saúde inerentes à RED-S, é fundamental verificar o ponto crucial dessa síndrome, ou seja, a baixa “disponibilidade de energia” (LEA – do inglês low energy availability). A disponibilidade de energia (EA - energy availability) é calculada como a diferença entre a ingestão energética total e o custo energético acrescido pelo exercício realizado naquele dia, em relação à massa livre de gordura (MLG). Importante ressaltar que se trata do gasto energético acrescido pelo exercício, e não todo gasto calórico durante o exercício. Em adultos acredita-se que um valor de EA próximo de 45 kcal/kg MLG/dia seja adequado para um equilíbrio energético. Prejuízos observados na RED´S costumam surgir em casos de EA <30 kcal/kg MLG/dia.
Considerando que a ginástica rítmica é uma modalidade que apresenta movimentos de alto impacto e elevada frequência de lesões, o baixo peso corporal pode ser uma meta de muitas atletas e equipe técnica, como forma de prevenção de sobrecarga sobre tecidos corporais;adicionalmente, a GR é considerada modalidade estética, além de exigir muitas horas de treinamento, o que implica em menor disponibilidade de tempo para alimentação. Esses fatores, em conjunto, podem culminar em baixa ingestão calórica, e o nutricionista deve estar atento para que a EA não esteja inferior a 30kcal/kgMMg.
Após investigar a principal causa das RED’S, é fundamental avaliar as suas consequências, tais como (1)disfunções reprodutivas, (2)desmineralização óssea, (3)função endócrina anormal, (4)anormalidades metabólicas, (5)prejuízo na função hematológica, (6)prejuízo de crescimento e desenvolvimento, (7)alterações psicológicas, (8)risco cardiovascular, (9)alterações gastrointestinais, e (10)prejuízo imunológico. Sugere-se ainda que sejam avaliados risco de desidratação, estresse oxidativo, danos musculares e deficiência de vitamina D, para que um amplo diagnóstico seja definido, norteando objetivos e condutas pertinentes.
Na definição de condutas, a oferta calórica deve ser definida de acordo com o gasto energético das atletas, bem como, considerando os objetivos da ginasta, no que se refere à sua composição corporal. Invariavelmente, a maior parte das atletas apresenta objetivo de emagrecer, e cabe ao nutricionista definir o limite entra a performance e a saúde da ginasta; o cálculo da DE pode ser um auxílio nessa definição. A velocidade de perda de peso (VPP) entre 0,5-1% /semana é um importante fator a ser considerado, bem como o cálculo do déficit calórico para se alcançar tal VPP.
Quanto à oferta de carboidratos, destaco que grande parte das recomendações e consensos científicos se baseia no endurance, o que se diferencia muito das sessões de treinamento da GR, que em geral são predominantemente intermitentes, com muitas pausas para correções de movimentos e manejos. Assim, é fundamental que o nutricionista conheça os detalhes dos microciclos de treinamento, para compreender a bioenergética relativa a essa modalidade, e então calcular a demanda de carboidratos para cada sessão de treinamento, além da oferta nas demais horas do dia.
A maior preocupação em relação às proteínas também se refere às informações encontradas em consensos e posicionamentos internacionais. Muitos trabalhos considerados nessas publicações são realizados com adultos, e na GR as competições em nível nacional começam ainda na infância. Na prática clínica é comum observarmos atletas ingerindo suplementos à base de proteínas, com doses recomendadas em rótulos; porém, na GR atletas costumam pesar menos de 50kg e não deveriam consumir mais de 110g de proteínas (2,2g/kg peso). Sendo assim, é necessária cautela na prescrição de alimentos protéicos e/ou suplementos de proteínas para ginastas, evitando-se excessos e possíveis efeitos colaterais.
As recomendações para ingestão de gordura para atletas são semelhantes ou ligeiramente superiores às recomendações alimentares para não atletas (cerca de 30% do valor calórico total). Porém, em planos alimentares que objetivam redução de corporal, o que é comum na GR, é aceitável que a gordura represente cerca de 20% do VCT, variando de 0,5 a 1g/kg/dia.
No que se refere a micronutrientes, nutricionistas que atuam na GR devem priorizar a investigação de possíveis deficiências, ou insuficiências, de vitamina D, ferro, cálcio, selênio, zinco e vitamina C. Vale ressaltar que atletas em geral não consomem calorias suficientes, bem como não ingerem quantidades adequadas de cada micronutriente. Desta forma, muitos nutricionistas esportivos têm recomendado o consumo de suplementos de múltiplas vitaminas e minerais de baixas doses durante períodos de treinamento intenso, e essa prática tem sido validada pela Sociedade Internacional de Nutrição Esportiva (ISSN).
A hidratação também é ponto de muita preocupação no cenário da GR, pois algumas atletas podem confundir a perda de peso observada durante as sessões de treinamento com um processo de emagrecimento. É fundamental que o nutricionista, nas suas estratégias de educação alimentar e nutricional, explique que a possível perda de peso observada entre o início e o fim de treinamento não é sinônimo de perda de gordura, e que a perda excessiva de água por meio da sudorese (>2% do peso corporal) pode culminar em perda de performance física e mental, reduzindo inclusive a coordenação e a tomada de decisões, o que na GR é bastante preocupante.
Referências:
Flessas K, Mylonas D, Panagiotaropoulou G, Tsopani D, Korda A, Siettos C, et al. Judging the judges' performance in rhythmic gymnastics. Med Sci Sports Exerc. 2015 Mar;47(3):640-8.
Kerksick, C.M., Wilborn, C.D., Roberts, M.D. et al. ISSN exercise & sports nutrition review update: research & recommendations. J Int Soc Sports Nutr 15, 38 (2018). https://doi.org/10.1186/s12970-018-0242-y
Mountjoy M, Sundgot-Borgen J, Burke L, et al. The IOC consensus statement: beyond the Female Athlete Triad—Relative Energy Deficiency in Sport (RED-S).British Journal of Sports Medicine 2014;48:491-497.
d) Considerando a disciplina Psicologia Aplicada ao Esporte e a fim de minimizar o estresse do evento e da sobrecarga de treinamento, quais os elementos importantes a serem trabalhados nas atletas de Ginástica Rítmica? Explique.
A Ginástica Artística é uma modalidade muito específica, principalmente pensando em aspectos psicológicos. Há exigências de “alto rendimento” em atletas em fases de “iniciação esportiva”, pois começam a treinar muito cedo, aproximadamente com 5 ou 6 anos de idade e podem ter seu auge na carreira ainda na adolescência. Sendo assim, pensando nos fatores psicológicos é inevitável se atentar aos aspectos de maturação e desenvolvimento físico que ainda estão em plena ascensão.
As competições na ginástica artística possuem o tempo aproximado de 39 segundos de duração, são realizadas em diferentes aparelhos, sob um conjunto de exercícios e elementos e separadas em competições femininas e masculinas. Essas apresentações, apesar de terem uma pontuação por equipe, são computadas individualmente, fazendo com que ocorra em consequência disso, muita pressão para um boa performance e gerando também muita ansiedade.
Outro aspecto psicológico muito importante a ser trabalhado na Ginástica Artística, são as relações de grupo. Mesmo sendo uma modalidade individual, entretanto, os atletas treinam juntos diariamente, convivendo muitas horas. Às vezes ocorrem conflitos e outras situações geradas pelo convívio frequente. Para se trabalhar com os aspectos, utilizo as “dinâmica de grupo”. As dinâmicas podem focar o trabalho em muitas direções: na cooperação, no respeito, na comunicação, nas diferentes lideranças, nas resoluções de conflitos, na identidade da equipe, etc.
Esse esporte exige movimentos de alta complexidade e risco em um período de tempo muito curto, já que demandam muita flexibilidade, coordenação motora, força e equilíbrio. As quedas dos aparelhos são comuns nos treinos e nas competições. Sendo assim, principalmente nos atletas mais jovens, lidar com o medo e com a ansiedade extrema é uma situação frequente, e certamente é uma das principais demandas da ginástica artística para atuação do psicólogo do esporte.
Mais um aspecto fundamental a ser citado é a “rigidez” dessa modalidade, ou seja, a perfeição na execução de determinados conjuntos de movimentos complexos. Diferente de outras modalidades, em que quanto melhor o desempenho do atleta, mais pontos são somados, na Ginástica Artística os erros é que são evidenciados, a exigência de movimentos e execuções perfeitas, faz com que pontos sejam descontados em cada queda, desequilíbrio, desarmonia. Portanto, é inevitável que nos treinos essa rigidez também seja transferida. Nesse sentido, o psicólogo do esporte acaba se deparando com situações de técnicos exaltados e atletas frustrados com sua performance cotidianamente.
 As intervenções com os técnicos acabam sendo fundamentais para uma melhor comunicação com os atletas, como também para melhorar o clima dos treinos, diminuindo conflitos e propiciando o desenvolvimentoda motivação da equipe. É fundamental criar uma boa relação com toda comissão técnica para que o trabalho seja respaldado. É muito importante acompanhar treinos e competições. Essa aproximação também facilita conhecer a cultura da modalidade, aspecto fundamental para uma boa comunicação com os atletas, seus pais e com os colegas de equipe profissional.
Algumas demandas “externas”, como por exemplo, família, escola, relacionamentos afetivos entre outros aspectos da vida dessas crianças e adolescentes, também podem ser focos da atuação do psicólogo do esporte, pois geralmente estas demandas acabam interferindo em seu rendimento esportivo.
Ressalto que os bons resultados de um trabalho psicológico são verificados em longo prazo, principalmente, quando estamos atuando com crianças e adolescentes. Não podemos pular etapas nesse processo, já que, por exemplo, algumas técnicas utilizadas com atletas de alto rendimento adultos geralmente não são assimiláveis para o publico jovem. Portanto, é imprescindível conhecermos e respeitarmos cada fase do desenvolvimento das pessoas com que estamos atuando.

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