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Farmacologia e toxicologia veterinária II - Plantas tóxicas em pequenos animais

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Andressa Sousa 
 
Farmacologia e toxicologia veterinária II 
Tema: Plantas tóxicas em pequenos animais 
 
Precisa levar em consideração: 
 Planta Animal Espécies 
Parte ingerida/ idade da planta. 
Princípios tóxicos: Alcalóides 
Beladonados, pirrolizidínicos, 
glicosídeos cianogênicos 
(HCN)/ cardiotóxicos, oxalato 
de cálcio, proteínas tóxicas 
(toxicoalbuminas), resinas 
(álcoois, ácidos e fenóis), 
saponinas. 
Condições ambientais. 
Via de intoxicação 
Quantidade ingerida 
Sensibilidade do animal 
Curiosidade/ tédio (o que o 
leva a mexer?) 
Idade 
Trato digestório: Azaléa, Tulipa, 
Narcisus, Amarulis, Ricinus 
(semente também é toxica). 
Centrais (excitação/ 
depressão): Nicotiana, Datura, 
Cannabis Sativa. 
Mucosa Digestiva: 
Diefenbachia, philodendrum, 
monstera. 
Alterações cardíacas: Nerium 
oleander, Thevetia e Asclepisas 
(composta de digitálicos). 
*É sempre importante identificar a planta. 
 
*Lírios, comigo ninguém pode, violeta, espada de são Jorge, azaléa essas são as plantas que tem mais 
f requências intoxicações. 
 
Dieffenbachia 
Família Aracea 
A famosa Comigo Ninguém Pode (nome popular), muitas pessoas tem elas dentro de casa para 
decoração, por dizer que “afasta mal olhado”. 
Nome cientifico: Dieffenbachia Picta. 
Parte tóxica: Toda planta. 
 
Mecanismo de ação: Mecânica e química. 
Ao quebrar a folha, lança fragmentos parecidos com agulhinhas que são as Ráfides de Oxalato de 
Cálcio. 
Essas ráfides atingem estruturas da boca, causando uma ação, mecânica, pois ela machuca e atinge os 
mastócitos, levando a inflamação. 
Também faz com que tenha liberação de Enzimas Proteolíticas, que irão perpetuar o processo 
inflamatório. 
O processo inflamatório ocorre na boca, onde as ráfides irão passar (orofaringe, esôfago e estômago). 
O animal irá ter edema exacerbado, dificultando a respiração (Ex: edema de glote). 
Pode ter sialorreia. 
 
Tratamento: 
Antihistamínicos = Antagonista de HI 
AINES ou AIES 
Demulcentes 
Analgésicos 
NÃO PROMOVA ÊMESE!!! 
O motivo que não se pode promover êmese e pelo fato de que o mesmo processo que aconteceu 
no momento que o animalzinho comeu vai acontecer de novo ao fazê-lo vômitar, só que de 
dentro para fora e vai machuca-lo mais ainda, então não faça! 
 
Plantas com mecanismo de ação semelhante a este: Costela-de-Adão, Espada de são Jorge e Copo de 
leite. 
 
Canabis Sativa 
Ilegal!!! 
A famosa maconha 
- THC: Delta-9-tetraidrocanabinol (ele que causa o efeito tóxico, as alterações nervosas/ psicoativas). 
- CBD: Canabidiol (ele que tem o efeito do uso medicinal). 
Uso medicinal: Antiemético, estimulador de apetite, analgésico e anticonvulsivante. 
 
É tóxica se ingerir uma grande quantidade. 
Exemplo: cão 3g dose letal. 
E também pode intoxicar através da inalação (é mais rápida do que a via oral). 
Tanto as folhas e flores são tóxicas. 
As fêmeas são as mais tóxicas (não que a macho não seja). 
Você talvez se perguntou fêmea? Como assim? 
A resposta é simples caso você não sabia, mas essa planta existe tanto macho como fêmea 
(depois pesquisa aí na internet, para ver suas diferenças), e no caso as fêmeas contém mais 
folhas. 
 
As principais alterações são neurológicas. 
Vão desde uma excitação até uma depressão respiratória. Também pode ter alterações do trato 
digestório (vômitos e diarreias). 
Ela interfere em neurotransmissores sinápticos como: dopamina, serotonina, acetilcolina, 
noradrenalina, histamina, opioide. 
 
Causa essas alterações, pois temos receptores canabinóides: 
Endógenos (receptores endocanabinóides): CB1/CB2 
CB1= Motora, emocional, resposta rápida. 
CB2= Sistema imunológico. 
O THC tem similaridade com os receptores canabinóides. É um agonista, se liga no pré-sináptico. 
A maconha pode ser utilizada para uso medicinal, se uso é para dor. 
 
Tratamento 
Sintomático e de manutenção 
Uma observação: Pode ser que não consiga promover êmese pela ação antiemético. 
 
Condimentos 
I) Allium Sativum – Alho 
Vermífugo e antioxidante 
Mecanismo de ação que causa toxicidade: 
- Metahemoglobina 
- Ferro da Hb está oxidado 
- E menor transporte e oferta de O2, ou seja, interfere na coagulação inibe a agregação plaquetária, 
quebra a fibrina, tempo de coagulação. 
 
Mecanismo de ação: 
Alicina (alil dissulfeto) ➝ Forma metahemoglobina ➝ ferro se transforma em férrico por oxidação ➝ 
não capta O2 direito ➝ hipóxia tecidual. 
 
II) Allium Cepa – Cebola 
Metahemoglobina 
Anemia hemolítica grave (corpúsculo de heinz) 
Mecanismo de ação: 
Alilpropil dissulfeto ➝ metahemoglobina ➝ oxidação de eritrócitos (corpúsculo). 
 
Manifestação clínicas (alho e cebola): 
Apáticos, taquicardia, taquipneia, mucosas pálidas a azuladas, normotérmicos ou hipotérmicos. 
 
Tratamento: 
Transfusão de hemocomponentes 
N-acetilcisteína: percursor de doador de elétron e glutatião (glutationa, antioxidantes) vai doar o 
elétron para o ferro que está sendo oxidado. 
 
 Andressa Sousa

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