Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Curso de Habilitação Profissional Técnica em Transações Imobiliárias Trabalho de Economia e Análise de Mercado I Descreva como está o Mercado Brasileiro no quesito habitação para compra de apartamentos. No ano de 2020 o mundo passou a enfrentar uma pandemia do novo coronavírus o que afetou a economia de diversos países, quais o Brasil está incluso, e muitos hábitos foram modificados para preservar a vida humana e como resultado diversos setores econômicos foram afetados, a maior parte deles de forma negativa e outros, como o setor de exportação, tiveram o efeito contrário e passaram a obter um lucro maior. O mercado imobiliário sofreu tantas alterações quanto os demais que vão de mudanças nas necessidades das famílias a transformações tecnológicas que ajudaram o setor a obter uma melhor desenvoltura e controle para cumprir prazos, reduzir os custos e obter bons resultados. Ainda sobre 2020, o mercado imobiliário e as vendas de imóveis residenciais novos no país totalizaram 189.857 unidades totalizando um avanço de quase 10% em comparação ao ano anterior, no quarto trimestre as vendas alcançaram 57.968 unidades indicando uma alta de 6,7% um recorde desde o ano de 2016 (InfoMoney, 2021). Entretanto esse crescimento nas vendas de imóveis não ocorreu sem motivo elas foram impulsionadas pelo ambiente de juros baixos e maior incentivo à aquisição de imóveis residenciais, em agosto de 2020 o Comitê de Política Monetária (Copom) abaixou a Taxa Selic de 2,25% para 2% (MIOZZO, 2021). A taxa Selic diz respeito às taxas de juros que temos em âmbito nacional ditando as regras nos bancos e demais instituições financeiras, qualquer ajuste nesta taxa modifica os valores de juros no cenário brasileiro. Quando a Selic está baixa é a injeção de dinheiro na economia, o dinheiro fica por maior tempo na mão do consumidor e é essa ação que aquece os setores econômicos pois tanto as empresas quanto a população conseguem crédito a juros baixos, por outro lado, a entrada anormal de dinheiro na economia gera um desbalanço nas trocas naturais e isso ocasiona os problemas financeiros como o surgimento de bolhas, caso o dinheiro injetado não resulte em ganhos consistentes para o país faltarão postos de trabalho e as dívidas vão se acumular. Em 2021 a Taxa Selic sofreu o seu primeiro aumento em seis anos, a Copom decidiu em 17 de março aumentar a taxa para 2,75%, anteriormente a essa decisão a compra de imóveis estava sendo cotada como a melhor forma de materializar dinheiro, os imóveis para alugar e os imóveis na planta são os favoritos para investimento, entretanto agora a compra pela casa própria pode ficar entre 5% a 10% mais caro no segundo semestre. O dólar mais alto também contribui para aumento, pois encarece o material de construção civil que influência o preço de matérias-primas como resinas de PVC, alumínio e cobre. Celso Petrucci, presidente da Comissão da Indústria Imobiliária da CBIC, afirma que a inflação da construção civil acostumava acompanhar a inflação oficial, o IPCA, mas que isso não está ocorrendo mais (MADUREIRA, 2021). Mesmo com todo esse cenário as pessoas continuam na busca pela casa própria e os imóveis mais amplos são os favoritos, um reflexo das muitas normas de segurança da pandemia, o Home Office e as aulas remotas passaram a ser algo comum e necessário visto que, com todos em casa ao mesmo tempo um espaço pequeno tende a ficar desconfortável, por isso a busca por casas e apartamentos com mais de 50m² tem crescido bastante, muitas pessoas que moram em apartamentos menores estão migrando para outros maiores entre 60m² a 120m², segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), no primeiro trimestre de 2020 houve um aumento de 26,7% na venda de novos apartamentos e a busca por apartamentos em centros turísticos também teve uma grande alta nos últimos anos por estarem em uma localização que dispõe de entretenimento e lazer acaba beneficiando o morador tanto na locação quanto na ida do próprio ao local. Mesmo com a Taxa Selic em 2,75% o mercado imobiliário está otimista sobre as vendas, com tanto tempo de reclusão, as pessoas passaram a valorizar ainda mais a estrutura que o lar pode oferecer, os desafios trazidos pelo ano de 2020 ensinaram aos profissionais do mercado imobiliário que é muito importante estar preparado para mudanças repentinas e ser flexível para se adaptar a todas elas e seguir em frente. Referências Bibliográficas LIMA, Verônica. 10 tendências do mercado imobiliário para 2021. [S.l], 2021. Disponível em: <https://imoveis.estadao.com.br/noticias/10-tendencias- do-mercado-imobiliario-para-2021/>. Acesso em 01 de março, 2021. MIOZZO, Julia. O que é a Taxa Selic e como ela afeta seu dinheiro. [S.l], 2021. Disponível em: <https://blog.nubank.com.br/taxa-selic/>. Acesso em 01 de março, 2021. INFOMONEY. Mercado imobiliário fecha 2020 com alta de 9,8% nas vendas, diz CBIC. [S.l], 2021. Disponível em: <https://www.infomoney.com.br/economia/mercado-imobiliario-fecha-2020- com-alta-de-98-nas-vendas-diz-cbic/#:~:text=Propriedades- ,Mercado%20imobili%C3%A1rio%20fecha%202020%20com%20alta%20de,8% 25%20nas%20vendas%2C%20diz%20CBIC>. Acesso em 01 de março, 2021. IMOBILLE. Porque “2021 é o ano para investir em imóveis”?. [S.l], [S.a]. Disponível em: <https://imobillenegocios.com.br/blog/por-que-2021-e-o-ano- para-investir-em-imoveis/>. Acesso em 01 de março, 2021. MADUREIRA, Daniele. Comprar um imóvel será mais caro em 2021, com dólar alto e maior procura. São Paulo, 2021. Disponível em: <https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2021/03/19/comprar-imovel- casa-propria-2021.htm#:~:text=Economia- ,Comprar%20um%20im%C3%B3vel%20ser%C3%A1%20mais%20caro%20em %202021,d%C3%B3lar%20alto%20e%20maior%20procura&text=Comprar%20 a%20casa%20pr%C3%B3pria%20pode,Brasileira%20da%20Ind%C3%BAstria %20da%20Constru%C3%A7%C3%A3o)>. Acesso em 01 de março, 2021.
Compartilhar