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TRANSTORNO DE PÂNICO Diagnósticos mais frequentes/clínicas e serviços de emergência Saber diagnosticar e manejar Várias queixas somáticas = passam por série de especialistas Ballenger (1996): 90% pacientes com TP acreditam terem problema físico Pânico; o termo pode assumir várias conotações, mas é usado de forma geral para descrever uma sensação intensa ligada ao medo e a ansiedade. Ataque de pânico é uma crise aguda de ansiedade, com início súbito e duração limitada, com sintomas físicos e psíquicos intensos Transtorno de pânico são ataques de pânico repetidos, com pelo menos 3 a 4 crises por mês, muitas das quais ocorrendo espontaneamente Não são prazerosos Adaptativos Comportamento de esquiva/modificações comportamentais Ansiedade diretamente relacionada melhor desempenho Intensidade Duração das manifestações Grau de limitação/prejuízo de vida/não adaptativa Intensidade da resposta é desproporcional ao evento desencadeante Crise autolimitada de ansiedade, acompanhada de sintomas físicos e psíquicos Crise de início súbito que deve atingir seu pico de intensidade em até 10 minutos, com uma duração total de cerca de 15 a 30 minutos. Pode ter cansaço após. Pode ser mais longo, mas não é comum. Mãos gelam e ficam úmidas, coração acelera e bate forte, respiração fica difícil, rápida e insatisfatória, como se o ar não atingisse a profundidade dos pulmões e houvesse iminente sufocação Introdução: Conceito Ansiedade e medo: Ansiedade normal x Patológica Ataque de Pânico Ana Paula Grein - T19 TRANSTORNO DE PÂNICO Medo e ansiedade são crescentes, acompanhados da certeza de que algo estranho e muito grave está acontecendo Extremidades ou couro cabeludo formigam, lábios adormecem, sensação de líquidos ferventes nas veias não é rara Ondas de calor ou frio e sudorese são frequentes, inclusive em ondas subindo das coxas para a cabeça Alguns: leve tremor visível nas mãos, característico tremor interno, trepidação sentida mas não observável, nos músculos e ossos, parecida com calafrios Sensação de despersonalização ou desrealização Boca seca e pode referir náusea ou (raro) vômitos Urgência para urinar ou intestino solto Sensação iminente de morte, descontrole ou enlouquecimento Espontâneo/inesperado: sem associação a situação desencadeante Situacional: exposição a certas situações Noturnos: despertar súbito. terror (40% apresentam) Contextos emocionais Prevalência 1,5-3,5% Acomete mais as mulheres 2:1 Indivíduos jovens (padrão bimodal - 14 a 25 e 45 a 54 anos) 4ª causa mais comum de transtorno mental Indivíduos viúvos, separados ou divorciados apresentam maior taxa de prevalência Indivíduos com menos de 12 anos de educação tiveram taxa de prevalência 10x maior comparado ao grupo controle (16 anos ou mais) Ambientais: estilo de vida, nível de estresse, abuso de cafeína e/ou psicoestimulantes Genético/herdado: familiares de 1º grau de indivíduos com TP tem risco 8x maior/grupo controle, gêmeos monozigóticos 55%; polimorfismo em genes Aspectos neuroquímicos: modelo noradrenérgico: estimulação com administração de ioimbina (antagonista alfa 2 adrenérgico), diminuição dos sintomas com administração de benzodiazepínicos e tricíclicos modelo serotoninérgico: resposta terapêutica a drogas serotoninérgicas; modelo gabaérgico: níveis diminuídos GABA em animais desenvolvem comportamento semelhanye a ansiedade humana Presença de vários ataques de pânico Inesperado/recorrente Medo de ter ataque de pânico no período de 30 dias Retorno ao funcionamento normal Epidemiologia Etiologia Quadro Clínico - Transtorno de Pânico F41.0 Ana Paula Grein - T19 TRANSTORNO DE PÂNICO Preocupação ocorrência de novo ataque de pânico e suas consequências Intervalos entre os ataques Ansiedade constante 30-60% dos pacientes que tem TP Medo intenso e comportamento de esquiva (fugir ou evitar) diversas situações, nas quais seria difícil ou embaraçoso sair ou obter ajuda, caso venha a sofrer um ataque de pânico. São geralmente situações públicas em que o indivíduo sente a necessidade da presença de conhecidos ou parentes para sentir-se seguro Situações: sair de casa, enfrentar ruas, multidões e lugares fechados (cinemas, teatros, restaurantes, elevadores, ônibus, congestionamentos) Desenvolvem estratégias para lidar com seu medo, como sair acompanhado, trajetos que passam perto de hospitais, carregar calmante no bolso F41 - Outros transtornos de ansiedade Doenças Cardiovasculares: taquicardia supraventricular, IAM, etc Disfunção tireoidiana: Hipertireoidismo Disfunção adrenal: feocromocitoma, doença de cushing Uso de psicoestimulantes: cocaína, anfetamina Abstinência de drogas: álcool, barbitúricos Doenças pulmonares: Embolia pulmonar, Asma Brônquica Hipoglicemia Epilepsia do Lobo temporal Disfunção Vestibular T. Ansiedade Generalizada Fobia Social T. Depressivo Agorafobia Abuso ou dependência de álcool ou substâncias psicoativas ECG TSH, T4, T3 Cálcio Sérico Catecolaminas plasmáticas e urinárias e seus metabólitos EEG Ansiedade Antecipatória Esquiva ou Evitação Fóbica/Agorafobia - CID F40.0 Diagnóstico Diagnóstico Diferencial Comorbidades: Exames Complementares Ana Paula Grein - T19 TRANSTORNO DE PÂNICO Estudos - relação estressores x início TP Experiências traumáticas na infância e adolescência - TP adulta 53% separação parental na infância Morte, separação, divórcio pais, ansiedade de separação Curso é crônico e flutuante Remissão parcial/remissão total Sintomas residuais são preditores de recaída, cronificação e pior qualidade de vida Prognóstico é bom, com uso de medidas terapêuticas adequadas (tto medicamentoso + abordagem psicoterápica) Psicoeducação Medicação Benzodiazepínicos: obter resposta ansiolítica mais rápida. Clonazepam, Alprazolam... Antidepressivos: Clomipramina aumentando até bloqueio completo ISRS: fluoxetina, sertralina, paroxetina, citalopram, escitalopram IRSN: venlafaxina TCC: resultados mais consistentes, rápido início de ação, boa aceitação e adesão Psicoterapia orientação analítica: poucas evidências para utilização TP deve ser lembrado nos pronto atendimentos quando paciente apresenta vários sintomas físicos sem doença clínica que explique. Está entre os dx mais frequentes que levam os pctes a buscar serviços de emergência Eventos Estressores Curso e Prognóstico Tratamento Psicoterapia Considerações: Ana Paula Grein - T19
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