Buscar

Direitos Reais: Conceitos e Aplicações

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

DIREITOS REAIS
PADRÃO-
RESPOSTA
2
CAPÍTULO I
Atividades de Estudo
1. Vimos que o Direito Real é o ramo do direito que compõe um conjunto 
de normas que tem por objetivo regular os direitos (poder) atribuídos 
a pessoas sobre bens corpóreos, móveis ou imóveis, e de conteúdo 
econômico. Responda: bens incorpóreos (por exemplo, a propriedade 
intelectual) podem ser objeto dos direitos reais?
R.: A maioria dos autores admite poder ser objeto de direito real tanto coisas 
corpóreas como incorpóreas, desde que tenham conteúdo econômico.
Maria Helena Diniz, por exemplo, ao tratar de Direito das Coisas, explica que 
tanto os bens materiais (móveis ou imóveis) como os imateriais compreendem-
se no direito das coisas, sendo no caso dos bens imateriais, considerado uma 
modalidade especial de direito de propriedade.
Ex: direitos sobre direitos, usufruto e penhor, propriedade literária, industrial, 
artística e científica.
Atividades de Estudo
1. Partindo do exemplo citado, responda: a averbação premonitória 
prevista no artigo 828, do CPC/2015 (“O exequente poderá obter 
certidão de que a execução foi admitida pelo juiz, com identificação 
das partes e do valor da causa, para fins de averbação no registro de 
imóveis, de veículos ou de outros bens sujeitos a penhora, arresto ou 
indisponibilidade”), pode ser considerada um direito real? Justifique.
R.: Considerando que os direitos reais são típicos e taxativos, e considerando 
que a averbação premonitória não está arrolada dentre os direitos reais (art. 
1225, CC/2002), e, finalmente, considerando que o único efeito da averbação 
premonitória é antecipar o marco inicial da fraude contra a execução (que é, 
via de regra, a citação do executado), a averbação premonitória não pode ser 
considerada um direito real.
3
Atividades de Estudo
1. De acordo com a finalidade, a alienação fiduciária em garantia é um 
direito real de garantia ou à aquisição? Justifique.
R.: Embora o artigo 1.386-B, do Código Civil, inserido pela Lei nº 13.043/2014, 
estabeleça expressamente que “A alienação fiduciária em garantia de bem 
móvel ou imóvel confere direito real de aquisição ao fiduciante, seu cessionário 
ou sucessor”, ainda existem autores que insistem que a alienação fiduciária 
em garantia, por consistir na transferência feita por um devedor ao credor de 
propriedade resolúvel e da posse indireta de um bem móvel infungível ou de um 
bem imóvel, como garantia de seu débito, se trata de um direito real de garantia.
Atividades de Estudo
1. Faça uma pesquisa jurisprudencial e responda: no caso de rescisão 
de contrato de compra e venda de imóvel, em que hipóteses é devida 
a “taxa de fruição pela ocupação do imóvel”?
R.: Os requisitos são (i) que o comprador tenha efetivamente estado na posse 
do imóvel (ou seja, conta-se desde a imissão na posse até a devolução das 
chaves); (ii) que o comprador tenha dado causa à rescisão; (ii) independe de 
previsão contratual, afinal visa à recomposição dos prejuízos causados pela 
indisponibilidade do imóvel, constituindo-se, portanto, parte integrante da 
recomposição indenizatória. Há, porém, discussão se cabe a taxa de fruição 
apenas nos casos de inadimplência ou durante todos os meses em que o 
promissário comprador exerceu a posse sobre o bem.
CAPÍTULO II
4
Atividades de Estudo
1. E por falar em esbulho, você sabe dizer a diferença entre ações 
possessórias e ações petitórias?
R.: Ações possessórias são fundadas no direito de posse (jus possessionis), 
ou seja, pelo fato de alguém que vinha exercendo a posse de um bem imóvel 
vir a ser molestado na posse (através de esbulho, turbação ou ameaça); as 
ações petitórias são fundadas no direito à posse (jus possidendi), ou seja, o 
fundamento do pedido de imissão na posse não é o prévio exercício da posse, 
mas na propriedade. As ações possessórias, quando a moléstia é nova (ocorrida 
há menos de ano e dia), correm pelo rito especial; as ações possessórias de 
moléstia velha correm pelo rito comum, sem, contudo, perder seu caráter de 
natureza possessória; já as ações petitórias são regidas pelo rito comum.
CAPÍTULO III
Atividades de Estudo
1. Faça uma pesquisa doutrinária e jurisprudencial e responda: que 
é ação publiciana? Qual a diferença entre ação publiciana e ação 
reivindicatória? 
R.: A ação publiciana destina-se à declaração de domínio quando o possuidor, 
após ter cumprido o período aquisitivo para a obtenção da propriedade mediante 
usucapião, é desapossado do bem por força de esbulho. A ação publiciana, 
portanto, tem o mesmo fim que a ação de reivindicação. Porém, enquanto a 
ação publiciana tem seu fundamento na posse apta para a prescrição, a ação 
reivindicatória tem seu fundamento no domínio.
Atividades de Estudo
1. Pode o herdeiro pleitear, em face do espólio, usucapião de imóvel 
objeto de herança? 
R.: Ainda que haja entendimento de que o herdeiro não poderá adquirir a 
propriedade individualmente, porque o uso de áreas comuns por um ou algum 
5
Atividades de Estudo
1. Vimos, acima, que propriedade aparente é o exercício da propriedade 
de fato do imóvel, oriunda da crença e do comportamento de que 
o imóvel de fato lhe pertença. Faça uma pesquisa jurisprudencial 
e responda: é válida a venda de um bem feita pelo proprietário 
aparente? 
R.: A questão é bastante controversa. Dois princípios estariam se chocando: o 
princípio de que “ninguém pode transferir mais do que tem” (a alienação feita 
pelo proprietário aparente deve ser considerada nula, porque teria transferido 
coisa pertencente a outrem, transmitindo propriedade de bem que lhe não 
pertencia) e o princípio de que “o erro comum faz direito” (a alienação a non 
domino é válida e eficaz em resguardo dos interesses do terceiro que, de boa-
fé e vencido pelo erro comum da aparência, realizou a aquisição na crença 
legítima de que adquirira de quem podia transferir). Estes dois princípios são 
inconciliáveis, se considerarmos que a invalidação da transferência for admitida 
pela simples aplicação de um deles em consequência de pretensa superioridade.
Os tribunais têm se manifestado no sentido da ineficácia da venda feita a non 
domino: 
“APELAÇÃO CIVEL - AÇÃO ORDINÁRIA - CESSÃO 
E TRANSFERÊNCIA DE DIREITOS - IMPLANTAÇÃO DE 
REFLORESTAMENTO - DAÇÃO EM PAGAMENTO DO TERRENO 
- AUSÊNCIA DE CLÁUSULA QUE DISPUSESSE SOBRE 
A PROPRIEDADE DAS ÁRVORES QUE INTEGRAVAM O 
REFLORESTAMENTO - VENDA A NON DOMINO - RECURSO 
DESPROVIDO. Alienado o imóvel e as plantações pela empresa 
Refloril já em 24/03/1983, ineficaz a cessão de direitos 
dos condôminos é considerado mero ato de tolerância dos demais; e que atos de 
tolerância não induzem posse, mas mera detenção, que é uma posse desprovida 
de qualificação jurídica, o STJ já se manifestou no sentido de que “é possível 
ao herdeiro pleitear a declaração da prescrição aquisitiva em desfavor de seu 
irmão – o outro herdeiro/condômino –, desde que, obviamente, observados os 
requisitos para a configuração da usucapião” (RECURSO ESPECIAL Nº 1.631.859 
- SP), afinal o condômino tem legitimidade para usucapir em nome próprio, 
desde que exerça a posse por si mesmo, ou seja, desde que comprovados os 
requisitos legais atinentes à usucapião, bem como tenha sido exercida posse 
exclusiva com efetivo animus domini pelo prazo determinado em lei, sem 
qualquer oposição dos demais proprietários.
6
realizada por esta ao autor em 22/04/2004, quando não mais 
detinha os direitos objeto da cessão, a revelar verdadeira venda 
a non domino, insuscetível de concretização” (TJPR, Rel. Joatan 
Marcos de Carvalho, Ap. nº 559130-4, Julg. 06/07/2010).
Ainda que haja decisões em que se privilegie os interesses de terceiros de 
boa-fé que realizaram a aquisição na convicção legítima de que adquiriram de 
quem podia transferir.
CAPÍTULO IV
Atividades de Estudo
1. Acerca da servidão de aqueduto, assinale a alternativa correta:
R.: 
a) ( ) O proprietário do prédio serviente, ainda que devidamente indenizado 
pela passagem da servidão do aqueduto,poderá exigir que seja 
subterrânea a canalização que atravessa áreas edificadas, pátios, jardins 
ou quintais.
b) ( ) Se o uso das águas não se destinar à satisfação das exigências primárias, 
o proprietário do aqueduto não deverá ser indenizado pela retirada das 
águas supérfluas aos seus interesses de consumo.
c) ( ) O aqueduto deverá ser construído de maneira que cause o menor 
prejuízo aos proprietários dos imóveis vizinhos, e a expensas do seu 
dono, mas a quem não incumbem as despesas de conservação.
d) ( X ) Não se aplicam à servidão de aquedutos as regras pertinentes à 
passagem de cabos e tubulações.
7
CAPÍTULO V
Atividades de Estudo
1. Faça uma pesquisa jurisprudencial e responda: Qual o posicionamento 
dos tribunais sobre a validade de cláusula de convenção de condomínio 
que proíbe o proprietário de locar a sua unidade para estudantes?
R.: O entendimento é de que referida proibição, sem qualquer respaldo fático ou 
jurídico, configura discriminação injustificada, afinal se tolerar o impedimento 
de locação à moradia de estudantes ou pessoas que não possuam vínculo 
familiar ou de parentesco entre si, baseada tão somente na ideia preconceituosa 
e genérica de que haverá desvio de finalidade residencial, sem qualquer 
demonstração, no caso concreto, de que a unidade condominial seria utilizada de 
maneira nociva ou danosa à tranquilidade dos demais condôminos, significaria 
uma afronta ao direito de propriedade constitucionalmente garantido. (TJ-SP 
- APL: 92445376620088260000 SP 9244537-66.2008.8.26.0000, Relator: 
Melo Bueno, Data de Julgamento: 06/05/2015, 19ª Câmara Extraordinária de 
Direito Privado, Data de Publicação: 07/05/2015)
Atividades de Estudo
1. Faça uma pesquisa jurisprudencial e responda: Em qual posicionamento 
dos tribunais é possível a aplicação de multa, pelo condomínio ao 
condômino, por latido excessivo de cachorro?
R.: De início, importante destacar que os tribunais têm entendido que ainda 
que exista cláusula expressa prevista na Convenção do Condomínio no sentido 
da proibição da permanência de animais no interior das unidades residenciais, 
tal regra deve ser relativizada para animais de pequeno porte, desde que 
preservado o silêncio, o conforto ou gere riscos à saúde da coletividade 
condominial.
Sobre os latidos, o entendimento é que, salvo se for excessivo o latido – mas 
esporádicos –, não há que se falar em multa:
8
“Condomínio - Ação de Cobrança de multas por infração às Normas Condominiais 
(circulação de bicicleta em lugar indevido, causando estragos, e latidos de 
cachorro) - Sentença de Improcedência – Apelação do Autor – multa primeira 
indevida, por referir-se a infração em Ata da Assembleia Geral Ordinária do 
Condomínio atribuída a condômino diverso do Demandado - o latido esporádico 
de cão mantido no apartamento à custa de permissão condominial, além de ser 
normal, deve ser tolerado, mesmo porque é possível treinar o cão para não latir 
sem parar, mas não, como é notório, para não latir jamais – Recurso desprovido” 
(TJSC, Apelação Cível nº 0027963-39.2006.8.26.0562, 36ª Câmara de Direito 
Privado, Des. Rel. Palma Bisson, d.j. 05/05/2011).
CAPÍTULO VI
Atividades de Estudo
1. Faça uma pesquisa doutrinária e jurisprudencial e responda: o 
que é usufruto sucessivo? Ele é admitido no ordenamento jurídico 
brasileiro?
R.: usufruto sucessivo seria a possibilidade de se estipular que, findo o usufruto 
em relação a determinado usufrutuário, o instituto automaticamente seria 
transmitido para outro usufrutuário. Porém, nossos tribunais e a doutrina (por 
exemplo, Francisco Eduardo Loureiro) têm entendido que a cláusula de usufruto 
sucessivo, por não ter previsão no ordenamento jurídico brasileiro, é vedada.
Atividades de Estudo
1. Faça uma breve pesquisa doutrinária e jurisprudencial e responda: 
qual(is) a(s) diferença(s) entre direito real de superfície e contrato 
de arrendamento?
R.: O arrendamento é direito obrigacional, entre pessoas, enquanto o direito de 
superfície é direito real, muito mais seguro, solene e duradouro, com sequela e 
efeito erga omnes; existe direito de preferência na superfície, de modo que o 
superficiário pode se tornar dono da terra, o que não existe no arrendamento; 
a superfície pode ser gratuita ou onerosa, já o arrendamento é sempre oneroso.

Continue navegando