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PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS 2019 Prof.ª Aline Morais da Silveira GABARITO DAS AUTOATIVIDADES 2 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS UNIDADE 1 TÓPICO 1 1 A última missão americana à Lua partiu em 7 de dezembro de 1972. Sua tripulação passou três dias na superfície lunar, coletando amostras e conduzindo experimentos. Desde então, nenhum ser humano caminhou na Lua. Edwin 'Buzz' Aldrin, o segundo homem a pisar na Lua, em 1969, des- creveu a superfície lunar como sendo coberta por uma fina "poeira de talco" cinza escuro com uma variedade de pedras e pedregulhos es- palhados. Aldrin também descreveu a ausência de peso* como "talvez não muito longe de um trampolim, mas sem a flexibilidade e a instabi- lidade de um". * Em outros planetas ou na Lua, onde a aceleração da gravidade é diferente, o peso é alterado, mas não se tornar nulo. FONTE: Adaptado de Como... (2018) FONTE: Helerbrock (2018) Se um astronauta, que pesa 5000 lbf na Terra, onde g = 32,18 ft/s2, for levado para a Lua, onde g = 5,47 ft/s2, qual será seu peso? E qual será seu peso no Sistema Internacional de unidades (SI)? Lembre-se de que .=F m g . 3 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS R.: Precisa descobrir a massa do astronauta, que será igual tanto na Terra quanto na Lua: m . , / 25000lbf 32 18ft s= m , / 2 5000lbf 32 18ft s = m = 155,376 lbm Peso do astronauta na Lua, no Sistema Inglês: F , . , / 2155 376lbm 5 47 ft s= F = 849,907 lbf Peso do astronauta na Lua, no Sistema Internacional: , F , 4 4482 N849 907 lbf 1lbf = F = 3780,555 N 2 No Brasil, diferentes combustíveis são utilizados, em maior ou menor escala, sendo os principais a gasolina, o diesel e o etanol (álcool). Na tabela a seguir, são apresentadas as temperaturas aproximadas de autoignição de cada um destes combustíveis, em ºC. Converta estas temperaturas para as escalas Kelvin e Fahrenheit, preenchendo a tabela e apresentando o desenvolvimento dos resultados. Combustível Tautoignição [ºC] Tautoignição [K] Tautoignição [F] Gasolina 246 ºC Diesel 210 ºC Etanol 363 ºC FONTE: Adaptado de Pinto Filho (2013) R.: K C , , , T T , , , , 273 15 246 273 15 210 273 15 363 273 15 = + = + = = + = = + = K gasolina K diesel K etanol T T T ℃ ℃ ℃ 519,15 K 483,15 K 636,15 K 4 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS ( ) ( ) ( ) F C , , , T , T , , , 1 8 32 1 8 246 32 1 8 210 32 1 8 363 32 = + = + = = + = = + = F gasolina F diesel F etanol T T T ℃ ℃ ℃ 474,8 F 410 F 685,4 F Combustível Tautoignição [K] Tautoignição [F] Gasolina 519,15 K 474,8 F Diesel 483,15 K 410 F Etanol 636,15 K 685,4 F 3 O abastecimento de água é preocupação em muitas cidades, principalmente nas que são atingidas por secas e períodos de estiagem. Nestas cidades é muito comum o uso de caminhões pipa, que levam água potável para regiões que estão com dificuldades no abastecimento. Calcule o comprimento da entrada hidrodinâmica (Le) da mangueira conectada ao caminhão para abastecer uma cisterna, conforme figura a seguir, sabendo que a mangueira possui diâmetro de 3 polegadas, 10 metros de comprimento e que a água escoa em regime turbulento com Re = 5500. FONTE: Adaptado de Çengel e Cimbala (2015, p. 426) R.: Padronizando as unidades no SI: , D , 0 0254 m3in 0 0762 m 1in = = 5 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS Calculando o comprimento de entrada hidrodinâmica: e ,turbulento e ,turbulento , L , Re D L , , 1 4 1 4 1 6 1 6 5500 0 0762 m = = e turbulentoL = 1,0523 m 4 No Brasil, quando você compra um ar condicionado sua capacidade energética é informada em BTU. BTU (British Thermal Unit) é a unidade de energia no sistema inglês, sendo definida como a energia necessária para elevar em 1 ºF a temperatura de 1 lbm de água a 60 ºF. Supondo que para refrigerar um cômodo são necessários 700 BTU/m2, e para cada usuário adicional (o primeiro usuário não é considerado) deve ser somado mais 600 BTU. Calcule a capacidade energética de um ar condicionado que será instalado em um escritório com 25 m2 e utilizado por 8 pessoas. Apresente este valor no sistema internacional. R.: Capacidade energética em BTU: ( ) ( )E x x 22BTU700 25m 7 600 BTU 21700 BTUm= + = Capacidade energética em kJ: , E , , 1055 056 J21700 BTU 22894715 2 J 22894 71kJ 1BTU = = = TÓPICO 2 1 Segundo notícia de G1 (2015), cientistas da NASA propõem enviar um submarino robô aos mares de óleo de Titã, uma lua de Saturno. Esses mares são formados por hidrocarbonetos como metano e etano. Submarinos não tripulados são usados em investigação científica, mas seu uso traz desafios, como a cavitação. FONTE: Adaptado de Rinco (2015) 6 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS R.: Para evitar a cavitação a pressão em qualquer ponto não pode cair abaixo da pressão de vapor: Pmin ≥ PV e PV = Psat Como PV água a 20 ºC = 2,34 kPa, conforme Quadro 7, então Pmin = 1,8 kPa é menor que Pv = 2,34 kPa, o que mostra que há risco de cavitação na hélice deste submarino. FIGURA 15 – SUBMARINO ROBÔ NÃO TRIPULADO FONTE: Rinco (2015) A hélice de submarinos é uma das peças que recebe mais atenção na fase de projeto, pois além de uma melhor eficiência, também é desejado anular, ou pelo menos reduzir, a cavitação, pois com a formação de bolhas de vapor com altas pressões, danos são causado às hélices, além de emitir sons que podem ser captados pelo sonar. Determine se há risco de cavitação para um submarino que opera em água a 20 ºC, cuja pressão na extremidade da hélice cai para 1,8 kPa. 2 Caldeiras são equipamentos muito utilizados para geração de vapor em indústrias, transformando água em vapor d’água. Segundo a NR 13, “caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, projetados conforme códigos pertinentes, excetuando-se refervedores e similares”. Na figura a seguir é apresentada uma usina de potência a vapor, composta por caldeira, turbina, bomba e condensador. FONTE: Adaptado de Brasil (2017). 7 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS FIGURA 16 – USINA DE POTÊNCIA A VAPOR FONTE: Adaptado de Çengel e Boles (2013, p. 597) Suponha que neste caso específico, água a 20 ºC e 1 atm, é aquecida em uma caldeira, até atingir a temperatura de 90 ºC, mantendo a pressão constante. Determine a massa específica da água após aquecida, para um coeficiente de expansão volumétrica (β) igual a 0,702 x 10-3 1/K. E se a água, a 90 ºC, escoar a 20 m/s, com uma elevação z = 2 m, e entalpia h = 376,92 kJ/kg, qual a energia total? R.: A massa específica da água antes de ser aquecida é dada no Quadro 5, sendo ρ = 998 kg/m3. T ñ ñâ ∆ ≅ − ∆ , então Tñ âñ∆ = − ∆ ( ), x , , , 3 3 3 kg kg0 702 10ñ 998 363 15K 293 15K 49 04 K m m − ∆ = − − = − A massa específica da água após aquecida será: ,2 1 3 3 kg kgñ ñ 998 49 04 m m = + ∆ = + − = ñ 3 kg948,96 m β ρ ρ ρ βρ ρ ρ ρ ρ 8 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS A energia total é: movimento ve h g.z 2 2 = + + ( ) movimento e , . , 2 2 2 2 m20 m Jsm376920 9 807 2 m 377139 614 s 2 kgs = + + = movimento kJe = 377,139 kg Lembrando que: .. . . 2 2 2 kg mJ N m mm kg kg kg s s = = = 3 Um sistema de refrigeração por compressão de vapor é composto basicamente por quatro componentes: compressor, condensador, dispositivo de expansão e evaporador. O fluido refrigerante é o responsável pelo processo de retirada de calor de um ambiente, e o dispositivo de expansão regula a vazão deste fluido, reduzindo sua pressão. Em sistemas de pequenas capacidades, o dispositivo de expansão mais utilizado é o tubo capilar, conectado na saída do condensador (serpentinas do congelador) e na entrada do evaporador, fazendo com que o fluido refrigerante líquido entre no tubo capilar, tendo sua pressão diminuída. FONTE: Adaptado de Costa (2014) 9 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS FIGURA 17 – SISTEMA DEREFRIGERAÇÃO EM UM REFRIGERADOR DOMÉSTICO FONTE: Çengel e Boles (2013, p. 615) Um tubo capilar de 1,35 mm de diâmetro interno está em contato com fluido refrigerante R-134a a -30 ºC que vem das serpentinas do congelador. Determine a ascensão capilar do R-134a neste tubo capilar, considerando que o ângulo de contato é 15 º. R.: A tensão superficial (σ) do R-134a a -30 ºC é 0,016 N/m conforme Quadro 11. A massa específica (ρ) do R-134a a -30 ºC é 1389 kg/m3 conforme Quadro 5. A aceleração da gravidade (g) é 9,807 m/s2. D = 0,00135 m R = D/2 = 0,000675 m . x , H cos xcos gR x , x , 2 3 2 kg mN 12 0 0162 sm 15 kgñ 1Nm1389 9 807 0 000675m m s = φ = ° H = 0,00336 m = 3,36 mm σ ρ 10 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS TÓPICO 3 1 Uma onda de água está avançando para dentro do Grand Canyon em um audacioso experimento para restaurar as margens do rio Colorado e salvar peixes e plantas que têm rareado ao longo dos últimos 40 anos. A cheia artificial está descendo pelo rio, para dentro do desfiladeiro, a partir de quatro tubos de aço gigantes, carregando sedimentos naturais bastante requisitados junto com eles. Estimadas 800 mil toneladas de sedimento devem ser arrastadas pela água corrente, no ritmo alucinado de 1160 m3/s. Espera-se que o sedimento recrie as margens de areia, as águas calmas e as praias necessárias para peixes, pássaros, cobras e plantas que estão morrendo atualmente. Por milhares de anos, a neve derretida carregou vastas quantidades de areia corrente abaixo, criando barreiras, canais de água parada para peixes e um habitat arenoso para animais terrestres. Mas em 1963 o fluxo natural de areia e água foi alterado permanentemente pela construção da barragem Glen Canyon, logo acima do Grand Canyon. A represa agora prende todo o sedimento que deveria ter fluído para dentro do desfiladeiro, deixando o rio Colorado sem areia e fluindo com água gelada e cristalina usada para gerar eletricidade. Os peixes nativos, que evoluíram em águas mais quentes e arenosas, estão desaparecendo e suas crias são consumidas por trutas de água gelada que agora dominam o rio. Os bancos de areia nas margens do rio estão erodindo e nos que sobram abunda vegetação invasora. FONTE: Adaptado de Hiscock (2004) Para a revitalização do ecossistema do Grand Canyon e do Rio Colorado, foi lançada água a 1160 m3/s, como mostrado na Figura 29. Suponha temperatura de 20 ºC e diâmetro interno da tubulação de 4 m. Este escoamento é laminar ou turbulento? Responda determinando o valor aproximado do número de Reynolds? 11 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS FIGURA 29 – ÁGUA LANÇADA A 1160 M3/S FONTE: Çengel e Cimbala (2015, p. 419) R.: HvDRe ñ ì = Massa específica (ρ) da água a 20 ºC é 998 kg/m3, conforme Quadro 5. Viscosidade dinâmica (μ) da água a 20 ºC é 0,0010 kg/m.s, conforme Quadro 10. AC para tubo circular: ( ) C DA , 22 2ð 4 mð 12 5663m 4 4 = = = C v , A , V 3 2 m1160 s m92 31 s12 5663m = = = DH para tubo circular: μ ρ π π . 12 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS ( ) H D D D D 2 4 4 ð = = Então: . , . , . 3 kg998 mm 92 31 s 4 m kg0 0010 m s = =Re 368501520 Caracterizando um escoamento turbulento. 2 Um sistema de aquecimento solar é composto basicamente por coletores solares, reservatório térmico e interligações hidráulicas. O coletor solar aquece a água que circula em seu interior, o reservatório térmico armazena e mantém a água aquecida e as interligações hidráulicas permitem a circulação de água entre os coletores e o reservatório. Em um sistema com circulação natural, conforme apresentado na Figura 30, ocorre o efeito termossifão, onde a água circula entre os coletores e o reservatório pela força criada a partir da variação de temperatura. A água aquecida possui menor massa específica, ficando mais leve e, consequentemente, sendo “empurrada” pela água fria. Quanto maior o nível de radiação solar, maior será a temperatura e mais rápida será a circulação de água através dos coletores. π π FIGURA 30 – SISTEMA DE AQUECIMENTO SOLAR COM CIRCULAÇÃO NATURAL FONTE: Adaptado de Procobre (2009) 13 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS Suponha que todas tubulações tenham diâmetro de 1/2 polegada e que a água sai da caixa de água fria em direção aos coletores com temperatura de 20 ºC e velocidade de 0,1 m/s. Este escoamento é laminar ou turbulento? E no momento que a água quente sai dos coletores em direção ao reservatório, com temperatura de 50 ºC e velocidade de 1 m/s, qual o regime deste escoamento? Demonstre os dois resultados. R.: HvDRe ñ ì = ( ) H D D D D 2 4 4 ð = = D = 1/2 polegada = 0,0127 m Da caixa de água fria para os coletores: Massa específica (ρ) da água a 20 ºC é 998 kg/m3, conforme Quadro 5. Viscosidade dinâmica (μ) da água a 20 ºC é 0,0010 kg/m.s, conforme Quadro 10. . , . , , . 3 kg998 mm 0 1 s 0 0127 m kg0 0010 m s = =Re 1267 Escoamento em regime laminar Dos coletores para o reservatório: Massa específica (ρ) da água a 50 ºC é 988 kg/m3, conforme Quadro 5. Viscosidade dinâmica (μ) da água a 50 ºC é 0,00055 kg/m.s, conforme Quadro 10. . . , , . 3 kg988 mm 2 s 0 0127 m kg0 00055 m s = =Re 45627 ρ µ π π 14 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS Escoamento em regime turbulento 3 Os túneis de vento são estruturas que simulam o comportamento do ar em relação a objetos, como aviões, carros e construções, permitindo observar o movimento do ar ao redor deles. Mas há também quem utilize túneis de vento para diversão, como foi o caso de uma britânica de 102 anos que comemorou seu aniversário praticando paraquedismo indoor, simulando condições reais de queda livre em um túnel de vento vertical, conforme notícia do portal G1. FONTE: Adaptado de G1... (2018) Supondo um túnel de vento com 4 m de diâmetro, temperatura de 20 ºC e escoamento em regime turbulento, com número de Reynolds 13 milhões, qual é a velocidade do vento em km/h? R.: Massa específica (ρ) do ar a 20 ºC é 1,2 kg/m3, conforme Quadro 5. Viscosidade dinâmica (μ) do ar a 20 ºC é 0,000018 kg/m.s, conforme Quadro 10. HvDRe ñ ì = Então H . , Re. . , .D , . 3 kg13000000 0 000018ì m s m48 75 skgñ 1 2 4 m m = = = =v km175,5 h 4 A energia eólica, que é proveniente dos ventos, ultrapassou 14,34 gigawatts de capacidade instalada no Brasil, sendo equivalente a uma usina de Itaipu, que é segunda maior hidrelétrica do mundo. São 568 parques eólicos, em 12 estados, sendo os estados da região Nordeste os que agregam a maior parte da produção. FONTE: Adaptado de Hirata (2018) µ ρ µ ρ 15 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS FIGURA 31 – PARQUE EÓLICO NO RIO GRANDE DO NORTE FONTE: Hirata (2018) Calcule o número de Reynolds, e determine o regime de escoamento, para o ar que passa por uma das pás de um gerador de energia eólica. Admita ar a 20 ºC e velocidade de 20 m/s do lado de fora da camada limite. Para efeito de cálculo, simplifique a hélice como uma placa plana com 30 cm de largura. R.: Número de Reynolds em placa plana: xv xRe ñ ì = Massa específica (ρ) do ar a 20 ºC é 1,20 kg/m3, conforme Quadro 5. Viscosidade dinâmica (μ) do ar a 20 ºC é 0,000018 kg/m.s, conforme Quadro 10. x = 30 cm = 0,3 m x , . . ,v x , . 3 kg1 20 mm 20 0 3 mñ s kgì 0 000018 m s = = =Re 400000 Escoamento em regime turbulento ρ µ µ ρ 16 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS UNIDADE 2 TÓPICO 1 1 A correta calibragem de um pneu aumenta sua vida útil, economiza combustível e aumenta o conforto e a segurança dos passageiros. O fabricante indica diferentes pressões para os pneus dos eixos dianteiro e traseiro, dependendo do tamanho do aro e do uso do porta-malas. Também é importante que o pneu não esteja quente no momento da calibragem e que se verifique qual a unidade de pressão especificada. Supondo que a pressão de ar do pneu do seu carro é determinada por um manômetro, que indica 30 psi, e a pressão atmosférica local é 14,5 psi, determine a pressão absoluta do pneuem pascal. R.: A pressão absoluta é: abs atm man abs P P P P , ,2 2 2 lbf lbf lbf14 5 30 44 5 in in in = + = + = Expressando em pascal: ,, , 2 2 2 2 lbf 4 4482 N 12 in 1 ft N44 5 306825 1 lbf 1 ft 0 3048 min m = = =absP 306,825 kPa 2 Segundo Entenda... (2012), nas profundezas de rios, lagos e oceanos, as pressões tornam-se elevadas, e a pressão exerce algumas alterações importantes no corpo humano, como a diminuição do volume interno dos pulmões, demanda de um maior esforço do coração, mudança do estado físico de alguns gases, como o nitrogênio. Caso o mergulhador suba rápido demais à superfície, o nitrogênio muda de estado de forma súbita, formando bolhas, o que pode causar embolias. Suponha que você é um mergulhador e está 30 metros abaixo da superfície livre do mar. Considerando a pressão barométrica igual a 101,325 kPa, massa específica de 1025 kg/m3 para a água do mar e aceleração da gravidade igual a 9,807 m/s2, determine a pressão exercida sobre o seu corpo. 17 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS R.: A pressão em um corpo submersos aumenta com a profundidade, sendo calculada por: ( ) abaixo acimaP P g z ,3 2 ñ kg m101325 Pa 1025 9 807 30 m m s = + ∆ = + = abaixoP 402,890 kPa 3 O maior navio cargueiro e porta contêiner do mundo, que você pode ver na Figura 24, foi lançado em 2013, e tem capacidade para 18270 contêineres. Ele tem 400 metros de comprimento, 59 metros de largura e pesa quase 53 toneladas. ρ FIGURA 24 – MAIOR NAVIO CARGUEIRO DO MUNDO FONTE: Prandi (2011) Um navio cargueiro derrubou no mar (ρ = 1025 kg/m3) um dos contêineres que carregava e para facilitar sua remoção do fundo do mar, ficou definido que a porta seria aberta para a retirada dos produtos e somente depois o contêiner seria içado. Considerando que a porta do container é retangular, com as dimensões de 3 m de altura e 2 m de largura, e que a parte superior do contêiner está a 10 metros abaixo da superfície livre da água, determine a força hidrostática sobre a porta. R.: Considerando a porta do contêiner como uma placa plana que está posicionada de forma vertical, e que a pressão atmosférica é idêntica dentro e fora do contêiner: ( )R,vertical bF P g s ab0 ñ 2 = + + ( ) ( ), .3 2kg m 31025 9 807 10 m m 2 m 3 m2m s = + = RF 693,6 kN ρ 18 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS TÓPICO 2 1 Em 1997, o britânico Andy Green ganhou fama em todo o mundo ao conduzir o Thrust SSC (Figura 35), o primeiro veículo no planeta a romper a barreira do som, com uma velocidade maior que 1200 km/h, cruzando uma pista no deserto com um tanque de 1000 litros de combustível altamente explosivo atrás de si. Alguns destes carros que atingem altas velocidades são chamados de carro-foguete. FONTE: Carro (2015) FIGURA 35 – THRUST SSC, O CARRO MAIS RÁPIDO DO MUNDO FONTE: Auto esporte (2015) Considere um carro-foguete que se move a uma velocidade de 300 m/s e é impulsionado por um motor que queima combustível a uma taxa de 90 kg/s. A entrada de ar (ρ = 1,2 kg/m3) ocorre por um orifício com 0,5 m2 e o motor expele o gás a uma velocidade média de 500 m/s por um bocal de 0,7 m2. Determine a massa específica do gás da exaustão? R.: Será considerado como volume de controle a região dentro do motor que recebe o ar e o combustível, realizando a queima e a exaustão. O regime de escoamento é permanente para um passageiro que se move junto com o carro-foguete. A velocidade de entrada do ar é a mesma velocidade do carro. méd e e e s s s VC SC dV V dA V A V A m t ñ ñ 0 0 ñ ñ 0∂ + = ⇒ − + − = ∂ ∫ ∫ ρ ρ ρ ρ ( ) ( ) ( )2 2skg kgm m1,2 300 0,5m 500 0,7m 90 0m s s s − + − = ⇒ 2 3 kg = 0,771 m ρ ρ 19 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS 2 O uso de bombas de irrigação é bastante comum em lavouras para evitar que mudanças climáticas, como secas, afetem plantações e tragam prejuízos aos agricultores. Na sua plantação, você possui uma bomba que descarrega água (ρ = 1000 kg/m3) a 0,02 m3/s. A pressão de entrada nesta bomba, com diâmetro de 70 mm, é de 120 kPa e na saída, com diâmetro de 25 mm, é de 400 kPa. Na entrada da bomba há um filtro, aumentando a energia interna da água de forma que atinja 35 J/kg na saída, e no interior da bomba também ocorre uma perda de calor de 20 J/s. Qual a potência desta bomba? R.: O escoamento ocorre em regime permanente e a água é considerada um fluido incompressível. O volume de controle considerado é o interior da bomba, que possui a água, o filtro e as regiões de entrada e saída de água. A vazão mássica é: m Q 3 3 kg kgm 1000 0,02 20 s sm = = = As velocidades de entrada e saída são: ( ) ( )e se s Q QV V A A 3 3 2 2 m m0,02 0,02 m ms s5,197 40,743 s sð 0,07 m ð 0,025 m 4 4 = = = = = = Utilizando a equação da conservação da energia: líquido e eixo líquido e s e P V P VQ W m gz u m gz u ñ ñ 2 2 , , , 2 2 + = + + + − + + + ∑ ∑ Considerando que não há mudança na elevação, então z = 0: ( ) ( ) bomba W 2 3 2 3 J20 s m40,743 400000 Pakg s J20 0 35 s kgkg 21000 m m5,197 120 s 000 Pa 0 0 kg 21000 m − + = + + + − + + + ⇒ bomba kJW = 22,65 s ρ π π ρρ 20 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS Lembrando que: 2 2 22 22 2 2 2 3 kg.m kg.mN 1 1 1 kg1 Pa m 1 J 1 N.m m m Js sm 1 kg 1 Pa 1 N kg 1 J 1 N s ss s s m = = = TÓPICO 3 1 Em algumas construções, como hotéis e shoppings, é comum o uso de dutos para condicionamento de ar e transporte de ar frio. Supondo que ar entre no duto da Figura 38 com temperatura de 30 ºC, velocidade de 3 m/s e pressão absoluta de 300 kPa, e, após ser resfriado, saia a 10 ºC e pressão absoluta de 298,5 kPa, qual é a força de cisalhamento (F) que atua nas paredes internas deste duto entre as regiões de entrada e saída? Considere o ar como um gás perfeito (R = 286,9 J/(kg.K)). FONTE: Adaptado de Hibbeler (2016, p. 263) FIGURA 38 – ESCOAMENTO DE AR EM UM DUTO FONTE: Hibbeler (2016, p. 263) 21 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS R.: O ar no interior do duto é o volume de controle fixo. Segundo a lei dos gases perfeitos =P RT , então na entrada: ( )J300000 Pa .286,9 . 30 273,15 K kg K= + ⇒ 3A kgñ = 3,449 mA ñ E na saída: ( )Bñ J298500 Pa .286,9 . 10 273,15 K kg K= + ⇒ =Bñ 3 kg3,674 m A velocidade média na saída, para regime permanente, pode ser obtida através da equação geral da conservação da massa: 0∂ + = ∂ ∫ ∫ méd VC SC ñ dV ñV dA t Sendo que para corrente única fica: ( ) ( ) 3 3 mkg3,449 .3 . 0,3 m . 0,1 m m s kg3,674 . 0,3 m . , 0 1 m m = = = =⇒ B V m2,816 s A A A A A A B B B B B ñ V A ñ V A ñ V A ñ A Para a determinação da quantidade de movimento linear: ( ) ∑ = +∫ ∫ r VC SC dF V dV V V n dA dt Como é regime permanente: ( ) ∑ = ∫ r SC F V V n dA ( ) ( ) 0 ∑ = + + − B B B B A A A AF V V A V V A ( ) ( ) ( )3 3 300000 Pa 0 3 m 0 1 m 298500 Pa 0 3 m 0 1 m kgm m2 816 3 674 2 816 0 3 m 0 1 ms sm kgm m 3 0 3 449 3 0 0 3 m s sm − − = + − F . , . , . , . , , . , . , . , . , , . , . , . ,( ) 0 1 m = 45,05 N. , ρ ρ ρ ρ ρ ρ ρ ρ ρ ρ ρ ρ ρ ρ ρ ρ 22 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS 2 Uma das formas de irrigação de jardins, gramados e plantações é com o uso de aspersores, como o da Figura 39, que, através da pressão exercida pela água, giram e molham uma maior área, além de evitar desperdício. FIGURA 39 – ASPERSOR UTILIZADO PARA IRRIGAÇÃO FONTE: Radaelli (2012) Para o aspersor da Figura 39, que recebe água a 3 litros/s em sua base e distribui esta mesma água através de um braço giratório com dois bocais de diâmetro de10 mm e comprimento de 30 mm, com uma taxa constante de ω = 100 rev/min, qual o torque friccional (M) do eixo para que a taxa de rotação seja constante? Considere que a massa específica da água é ρ = 1000 kg/m3. FONTE: Adaptado de Hibbeler (2016, p. 273) FIGURA 40 – ESQUEMA DO ASPERSOR FONTE: Hibbeler (2016, p. 273) 23 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS R.: O escoamento é considerado em regime permanente e o volume de controle fixo contém o braço giratório e a água dentro dele. A água na saída está na pressão atmosférica, então não há forças de pressão. As forças presentes são o peso do braço e da água, a pressão de entrada da água e o torque. A velocidade relativa de descarga em cada bocal é: ( )( ) 3 3 3 2 2 L 10 m 0 0033 m s 1 L s2 0 005m 2 ð 0 000025 m − = ⇒ = ⇒ = =relV m19,098 s , Q V .A V . . , . , A velocidade de cada um dos bocais é: rev 2 rad 1 min 100 0 03m min 1rev 60 s ′ = = = V m0,3141 s r . , Então a velocidade tangencial de saída da água em cada um dos bocais é: m m0 3141 19 098s s= − + = − =′ +V m18,7839 srelV V , , A quantidade de movimento angular é: ( ) ( ) ( ) = × + ×∑ ∫ ∫ r VC SC dM r V dV r V V .n dA dt Aplicando em torno do eixo z, e como as velocidades são iguais para os dois bocais: ( )( ) 20 2 2= + =∑ zM r.V VA rV A ( ) ( )( )2 23kgm2 0 03m 18 7839 1000 0 005ms m= =M 0,088 N.m . , . , . . . , π π ω π ρ ρ ρ ρ π 24 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS UNIDADE 3 TÓPICO 1 Olá! Chegamos ao final deste primeiro tópico. Para reforçar seus conhecimentos, vamos resolver alguns exercícios: 1 A lubrificação industrial é de extrema importância para garantir o bom funcionamento e uma maior vida útil de equipamentos. Uma das formas de realizar esta lubrificação é por meio da gravidade, com o uso de almotolia, como na Figura 8. FIGURA 8 – ALMOTOLIA FONTE: Almotolia... (2019, s.p.) O bico da almotolia possui diâmetro de 0,5 polegadas e comprimento de 20 cm. O óleo lubrificante utilizado possui ρ = 870 kg/m3, μ = 0,06 kg/ m.s e Vméd = 5 m/h. Quando o bico da almotolia é colocado na posição vertical, voltado para baixo, inserindo óleo lubrificante no orifício de um equipamento, determine a perda de carga? R.: Para saber as equações necessárias é preciso definir o regime de escoamento: 3 kg m 1 h870 5 0 0127 m h 3600 sm 0 25 kg0 06 m s = = = ⇒méd , V D Re , ì , . escoamento laminar ρ µ 25 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS Fator de atrito para escoamento laminar completamente desenvolvido em tubo circular: 64 64 256 0 25 = = =f Re , Perda de carga: 2 2 2 m 1 h5 h 3600 s0 2 m256 m2 0 0127 m 2 9 807 s ∆ = = = = -43,96 x 10 mmédLL VP L ,h f ñg D g , . , 2 Segundo dados do IBGE, 80% dos brasileiros têm acesso à água tratada. A água que é captada de rios ou represas, passa cerca de três horas dentro de uma estação de tratamento para chegar limpa e sem cheiro às casas, o que inclui fases de decantação da sujeira, filtragem e adição de cloro e flúor, entre outras etapas, como ilustradas na Figura 9. FONTE: Pivotto (2018) ρ FIGURA 9 – COMO FUNCIONA O TRATAMENTO DE ÁGUA EM UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO desinfecção adição de cloro e flúor filtragem cascalho pedregulho areia carvão represa decantação as partículas se depositam no fundo e são retiradas floculação adição de substâncias que aglomeram as partículas de sujeira. reservatório captação filtragem grosseira de folhas e galhos ETA: estação de tratamento de água FONTE: Tratamento... (2016, s.p.) 26 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS Calcule a perda de carga da água ao sair da represa e chegar na estação de tratamento através de uma tubulação com 250 m de comprimento, 0,8 m de diâmetro e rugosidade relativa de 0,05. A vazão de água é de 30 m3/s, ρ = 1000 kg/m3 e δ = 1 x 10-6 m2/s. Calcule também a potência de bombeamento necessária para superar esta perda. Considere o escoamento completamente turbulento. R.: Perda de carga: ( ) 2 0 9 5 23 0 92 6 2 2 35 Q L 3 m 2 1 07 4 62 3 7 m m30 50 m 1x10 0 8 ms 0 04 m s1 07 4 62 m 3 7 0 8 m m9 807 0 8 0 s s − − = + = + , L , Dh , ln , , D QgD . ,,, ln , , . ,, , 2− ≅ 4069 m ἐ δ Potência de bombeamento: 3 3 2 kgm m30 1000 9 807 4069 m s m sbomba,L L W Q gh . . , .= = ≅ 1197 MW ρ 3 Em muitas casas, apartamentos e empresas, é comum o uso de tubulações para que o ar frio proveniente do ar condicionado ou o ar quente da calefação seja distribuído em diversas partes da construção. Considere que o ar, a uma velocidade de 2 m/s, seja transportado através de um duto circular de raio 0,15 m e fator de atrito 0,02, percorrendo uma distância de 22 metros. Ao longo do trajeto existem três curvas suaves flangeadas de 90º, um tê de escoamento de linha também flangeado e duas uniões roscadas. Calcule a perda de carga total do ar ao longo desta tubulação. R.: KL curva suave flangeada 90º: 0,3 KL tê de escoamento de linha flangeado: 0,2 KL união roscada: 0,08 ( ) ( ) ( ) 2 2 2 m2 s22 m0 02 3 x 0 3 1 x 0 2 2 x 0 08 m2 0 3 m 2 9 807 s L,total L L Vh f K , . , , , . D g , . , = + = + + + = ∑ 0,556 m 27 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS TÓPICO 2 Olá! Chegamos ao final deste segundo tópico. Para reforçar seus conhecimentos, vamos resolver alguns exercícios: 1 Todos os anos, os carros de Fórmula 1 passam por modificações, buscando aumentar o número de ultrapassagens e obter melhores resultados nas pistas. Segundo Milani (2019), estava se tornando mais difícil um carro ficar atrás do outro por conta da turbulência gerada, dificultando a ultrapassagem (“pegar o vácuo”), principalmente após 2017 quando os carros se tornaram mais largos e longos. Para solucionar este problema, uma das soluções foi aumentar o aerofólio, conforme Figuras 24a e 24b. FIGURA 24 – AEROFÓLIO DE CARRO DA FÓRMULA 1 EM (A) 2018 E (B) 2019 FONTE: Milani (2019, s.p.) Calcule a força de arrasto de um aerofólio, cujo o coeficiente de arrasto é 0,04, a envergadura é 1,9 m e a espessura é 5 cm. O ar (ρ = 1,2 kg/m3) passa pelo aerofólio a uma velocidade de 150 km/h. R.: 2 2 3 2 kg m0 04 1 2 41 67 1 9 m 0 0 5 m sm 1 2 2 2 D D D D , . , , , . , F C V LD C F V LD = ⇒ = = = 3,96 N 2 Segundo Çengel e Cimbala (2015) e White (2018), as bolas de golfe são fabricadas intencionalmente com pequenas cavidades (Figura 25b) para induzir a turbulência mesmo com números de Reynolds mais baixos, reduzindo o coeficiente de arrasto, e fazendo com que a bola percorra uma maior distância. ρ ρ 28 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS FIGURA 25 – BOLA DE GOLFE (A) SEM CAVIDADES E (B) COM CAVIDADES FONTE: Por que... (2009, s.p.) Suponha que uma bola de golfe, de 100 g, raio 3 cm e coeficiente de sustentação igual a 6, é utilizada em uma experiência, onde é suspensa por um jato de ar (ρ = 1,2 kg/m3) dirigido para cima, como na Figura 26. Qual deve ser a velocidade do ar para que esta bola permaneça suspensa? FIGURA 26 – BOLA SUSPENSA POR UM JATO DE AR FONTE: White (2018, p. 508) R.: Para que a bola permaneça suspensa, o peso da bola deve ser igual à força de sustentação: 29 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS ( ) ( ) L L L . , . , F WC V DV A . ,C . , 2 2 22 3 m2 0 1 kg 9 807 2 s 1 ðñ ð 0 06 mñ kg2 4 6 1 2 4m = ⇒ = = = 9,805 m / s ρ ρ π π TÓPICO 3 Olá! Chegamos ao final deste terceiro tópico. Para reforçar seus conhecimentos, vamos resolver alguns exercícios: 1 Sistemas de ventilação são bastante utilizados em cozinhas industriais para garantir a renovação do ar, manutenção da temperatura e pressão positiva no interior da cozinha. É importante que o sistema seja capaz de retirar doambiente partículas indesejadas como gordura, poeira, vapor e fumaça, além de manter o nível de oxigênio adequado para os trabalhadores (GUIA..., 2018). Considere um sistema de ventilação composto por uma coifa e um duto de exaustão, como ilustrado na Figura 38. A partir das informações a seguir, determine a carga líquida necessária, ou seja, a carga útil do ventilador. FIGURA 38 – SISTEMA DE VENTILAÇÃO FONTE: Çengel e Cimbala (2015, p. 794) 30 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS O ar (ρ = 1,2 kg/m3) entra na coifa com uma velocidade de 2 m/s e, para garantir a ventilação adequada, a vazão volumétrica mínima necessária através do duto é de 0,3 m3/s. A pressão no interior da cozinha é igual à pressão atmosférica e na saída, que fica a uma altura de 3 metros da entrada da coifa, o jato de ar é descarregado para o ar exterior, no telhado do prédio. O duto (f = 0,02) possui 25 cm de diâmetro e 10 metros de comprimento, e ao longo do caminho existem 5 cotovelos com CD = 0,21 cada. O coeficiente de perda na entrada da coifa é 1,3 e no registro, que está totalmente aberto, é 1,8. R.: Velocidade na saída: ( ) ,QV , A , 3 2 2 m0 3 ms 6 12 sð 0 25 m 4 = = = A perda de carga irreversível total: ( )L,total L , L Vh f K , , , . , , D g , . , 2 2 2 m6 12 s10 m0 02 1 3 1 8 5 0 21 1 32 m m2 0 25 m 2 9 807 s = + = + + + = ∑ Carga líquida necessária: ( )disponível L,total P P V V H z z h g g 2 2 2 1 2 1 2 1ñ 2 − − = + + − + Como a pressão na entrada e na saída são iguais: ( ) ( ) ( ) ( )disponível L,total ,V V H z z h , g . , 2 2 2 2 2 1 2 1 2 m m6 12 2 s s 3 m 1 32 m m2 2 9 807 s −− = + − + = + + = 6,026 m π 31 PRÁTICAS DE MECÂNICA DOS FLUIDOS 2 As barragens de usinas hidrelétrica têm por finalidade represar e estocar água, que é a matéria-prima para a produção de energia, obtendo o desnível necessário para que as turbinas das unidades geradoras possam girar. A usina de Itaipu, na Figura 39, é feita de concreto, rochas e terra, com extensão de quase 8 km e altura máxima de 196 metros, com 14 mil MW de potência instalada (QUADRA, 2019). FIGURA 39 – USINA HIDRELÉTRICA DE ITAIPU FONTE: Usina... (2011) Supondo que você está projetando uma usina hidrelétrica, determine a potência produzida por 10 turbinas idênticas em paralelo. A vazão volumétrica através de cada turbina é de 16 m3/s e a carga bruta do reservatório ao canal de rejeição é 325 metros. A eficiência de cada turbina é 96% e do gerador é 94%. Considere que há perdas mecânicas de 5% e que a massa específica de água é 1000 kg/m3. R.: Potência ideal produzida por uma turbina: ideal brutaW gQH , 3 3 2 kg m mñ 1000 9 807 16 325 m sm s = = = 50,99 MW Potência real produzida por uma turbina: ( )real ideal turbina gerador outrasW W , . , . , . ,ç ç ç 50 99 MW 0 96 0 94 1 0 05= = − = 43,71 MW Potência total produzida pelas 10 turbinas: total realW . W . ,10 10 43 71 MW= = = 437,1 MW ρ
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