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Origens e constituição do Sistema Único de Saúde

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Assistência à saúde no Brasil do início 
do século XX 
Havia o médico da família e só quem tinha esses 
privilégios eram as pessoas que possuíam 
condições de pagar pelo serviço. Quem não tinha 
condição de pagar pela assistência a saúde, ia para 
as santas casas de misericórdia que geralmente era 
uma igreja acoplada a um hospital com intuito de 
prestar caridade. 
Uma outra modalidade eram as práticas populares, 
tais como rezadeiras, benzedeiras, parteiras e etc. 
Assim, a população brasileira não tinha assistência 
a saúde como direito da cidadania. 
Como a importância e exportação de produtos eram 
feitas pelos portos, a saúde pública se dava pelo 
saneamento desses portos para o controle de 
doenças e epidemias. Ou seja, as motivações da 
assistência a saúde eram econômicas para 
assegurar a mão de obra de imigrantes e 
trabalhadores operários. 
Base da Previdência Social no País 
Lei Elói Chaves: criação de caixas de 
aposentadorias e pensões (CAPS). Todo 
trabalhador que tinha carteira assinada contribuía 
mensalmente para uma caixa de aposentadoria, 
guardando um fundo financeiro para usar no 
momento de necessidade. Assim, no inicio do 
século 20 foi criado a base da previdência social no 
país. 
Com a evolução da estruturação das caixas de 
aposentadoria, houve a criação dos IAPS que são 
os institutos de aposentadoria e pensões que p 
(década de 30) – governo Getúlio Vargas. Cada 
trabalhador de um seguimento da produção tinha 
seu instituto, ex: os industriários participavam do 
IAPI (instituto de aposentadoria e pensões dos 
industriários), os comerciários do IAPC e assim por 
diante. 
Assim, houve a unificação a criação do INPS 
(década de 70) através da unificação dos IAPS que 
posteriormente gerou o INAMPS e em seguida o 
INSS. 
Vale ressaltar que nessa época só tinha direito à 
assistência médica quem era trabalhador formal, ou 
seja, um camelô não tinha esse direito. Essa forma 
de saúde vigorou até aproximadamente a década de 
70. 
Crise da Saúde – década de 60 e 70 
 Conjuntura do regime autoritário 
Repressão política e supressão de 
comunicação entre estado e sociedade; 
Progressiva exclusão econômica de grandes 
parcelas da população; 
 Crise da previdência Social (devido ao 
desvio de verbas e outros motivos) 
 Sucateamento das estruturas, programas e 
serviços de saúde, corte de verbas. 
(ocasionou na falta de manutenção de 
equipamentos e um conjunto de outros 
problemas relacionados a estrutura 
hospitalar) 
 Repasse/ subsídios para iniciativa privada – 
construção de hospitais. 
Origens do Movimento Sanitário 
O movimento da reforma sanitária tinha como 
objetivo a reforma em diversos setores da 
sociedade em bases humanitárias; 
Assim, houve: 
 Movimento sanitário nos departamentos de 
medicina preventiva; 
 Produção de conhecimento sobre as 
condições de saúde da população e os 
modos de organização das práticas de saúde 
 Envolvimento com organizações da 
sociedade civil em suas demandas pela 
democratização do país 
Nessa época alguns autores discutiam e 
problematização em suas pesquisas as relações 
entre condições de vida e saúde 
É importante destacar duas instituições importantes 
da saúde coletiva, CEBES e ABRASCO, que 
funcionavam como agregadores de discussões e 
difusores da produção de conhecimento para 
população 
Fim do regime militar e o 
fortalecimento do movimento sanitário: 
1979 – 1985 
Anistia política (transição democrática e o final do 
governo autoritário); 
Representantes do movimento ocupam posições 
em governos estaduais; 
Movimento se fortalece na contestação ao sistema 
de saúde vigente; 
1987: eleição indireta de Tancredo Neves à 
presidência da república. 
Assim, houve a 8° Conferência Municipal de saúde 
que reuniu diversos atores da sociedade civil 
organizada: movimentos sociais, profissionais de 
saúde, docentes de Universidades, entidades da 
saúde coletiva (Abrasco e Cebes). 
Corpo doutrinário e proposições 
políticas da RSB: o Relatório da VII CNS 
Concepção ampliada de saúde 
A saúde não é um conceito abstrato. Define-se no 
contexto histórico de determinada sociedade e num 
dado momento do seu desenvolvimento 
Direito à saúde: garantia, pelo estado, de condições 
dignas de vida e aceso universal e igualitário às 
ações de promoção, proteção e recuperação da 
saúde, em todos os seus níveis, a todos os 
habitantes do território nacional 
Necessidade do Estado assumir explicitamente 
uma política de saúde consequente e integrada às 
demais políticas econômicas e sociais, assegurando 
os meios que permitam efetivá-la. 
Assim, foi sintetizado no relatório da Conferência 
Nacional de Saúde a: 
 Reformulação do sistema nacional de 
saúde; 
 Criação do SUS; 
 Equidade em relação ao acesso dos que 
necessitam de atenção; 
 Submissão do setor privado à ação estatal; 
 Controle dos usuários através de seus 
segmentos organizações; 
Movimento pela reforma sanitária e a 
criação do SUS 
Houve a inserção das propostas do movimento 
sanitário na Constituição Federal de 1988, 
debatidas durante a VII Conferência Nacional de 
Saúde (1986) 
Criação das Leis 8.080 e 8.142/1990 que relatam 
sobre o modo de implantação do sistema único de 
saúde. 
A criação do SUS é o resultado da luta política do 
movimento pela reforma sanitária a favor da 
democratização da saúde no Brasil 
Princípios finalísticos do Sistema Único 
de Saúde 
1. A universalidade do acesso da população a 
ações e serviços de saúde 
2. A integralidade do cuidado à saúde 
3. A equidade no acesso da população a ações 
e serviços de saúde para atender às suas 
necessidades de saúde 
Diretrizes Organizativas do Sistema 
Único de Saúde 
Descentralização político-administrativa, com 
direção única em cada esfera de governo: ênfase na 
descentralização dos serviços para os municípios; 
Regionalização e hierarquização da rede de 
serviços de saúde. 
Participação da comunidade. As instâncias 
colegiadas do SUS: conselhos e conferências de 
saúde 
Avanços e desafios para construção do 
SUS 
Avanços: 
 Ampliação da oferta da atenção básica: o 
impacto do Programa de Saúde da Família 
 Maior conscientização da população sobre 
o direito à saúde vinculada à cidadania 
(fortalecimento do controle social) 
 Estruturação das redes de atenção 
Desafios: 
 Insuficiência de recursos 
 Qualidade dos serviços 
 Forma como os problemas são abordados 
pela mídia 
 As desigualdades regionais na distribuição 
de recursos financeiros 
 Os desafios da integração entre as ações de 
vigilância em saúde e as ações de atenção à 
saúde 
 Relações público-privadas: crescimento da 
participação do setor privado supletivo no 
mercado gera contradições, ideologias 
opostas (aceso universal x segmentação) 
 Persistência de distorções no modelo de 
atenção 
 Articulação intersetorial para o 
desenvolvimento de políticas mais 
abrangentes 
“O futuro do SUS” (Paim, 2012) 
Reflexão sobre a sustentabilidade econômica, 
política e institucional do SUS: 
 Do ponto de vista econômico, o setor 
público subfinanciado e um setor privado 
sub-regulado 
 Análise das forças políticas e sociais que se 
aproveitam das fragilidades para ampliar a 
mercantilização e a privatição, diante das 
ambiguidades e omissões da regulação 
estatal 
 Faz-se necessária uma mobilização social 
suficiente que pressione partidos, 
parlamentares e dirigentes a reverterem 
esse quadro 
 Criação de mecanismos que evitem os 
abalos sofridos a cada mudança de governo 
ou de gestor quando quadros técnicos e 
gerenciais são substituídos 
Benefícios do SUS 
Vigilância sanitária de alimentos, cosméticos, 
saneantes, medicamentos; 
Vigilância ambiental – controle de qualidade da 
água; 
Vigilância epidemiológica – ações de prevenção 
contra a dengue (Agentes de saúde), vacinação; 
Políticas e programas (transplantes).Componentes do sistema de serviço de 
saúde 
São eles: 
 População (demandante) 
 Infraestrutura (recursos físicos, humanos e 
materiais) 
 Organização dos serviços de saúde 
 Prestação de serviços ou modelo de atenção 
(oferta – demanda e necessidades) – 
“modelos assistenciais” 
 Financiamento (fontes, volume, formas de 
distribuição e utilização) 
 Gestão (leis e normas, políticas e planos, 
estrutura e processo político gerencial)

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