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ORTOPEDIA 2º BIMESTRE Afecções de quadril · Fratura do colo do fêmur · Quadro clínico – sintomas · Diagnóstico diferencial · Tratamento · Doença de Legg Perthes (necrose da cabeça do fêmur) · Quadro clínico · DD · Diagnóstico · Conduta e tratamento · Osteoartrose de quadril · Causas · Testes para dx · Tratamento · Displasia de desenvolvimento do quadril · Definição · Testes · Medidas radiográficas · Artrografia · Tratamento · Epifisiólise da cabeça do fêmur · Diagnóstico · Definição · Tratamento Fratura do colo do fêmur Quadro clínico: · Dor, impotência funcional · Encurtamento · Rotação externa (EF: fazer rotação para avaliar dor) · Comprometimento neurovascular + em idosos, prevenir tapetes sem antiderrapante: não ter tapetes, objetos no chão, objetos no alto, pontos de apoio pela casa. quebra antes e depois cai: trauma de torção, devido à osteoporose, ver se tem comprometimento neurovascular. Locais de fratura · Intertrocantérica (transtrocanterica) · Colo do fêmur · < 60 anos preserva a cabeça, faz osteossíntese (reduzir e fixar). Jovem: prótese dura menos, complica com o tempo. Fazer só se comorbidade, menor expectativa de vida ou doença dolorida. Maior desvio da cabeça = maior risco de necrose · > 65 anos faz prótese total de quadril, devido a vascularização precária que o paciente já tem, a prótese dura de 30/40 anos, menor risco de reabordagem em + velhos). Tratamento O objetivo é reduzir a fratura e restaurar o comprimento da perna sem deixar rotacionado. Ao reduzir alto risco de dano vascular pode evoluir para necrose asséptica da cabeça do fêmur. Mas no jovem sempre reduzir primeiro e avisar que pode ser necessário prótese (documentar tudo!). DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL · Fratura intertrocantérica: instável · Fratura 1/3 proximal do fêmur: instável. Nessas duas a estabilização deve ser em anatômica ou > 135º (em valgo). Parafuso entra em angulação de 135. Se < 135º, gera coxa vara = encuutamento. · Luxação do quadril: reduz na emergência TRATAMENTO Jovem: Reduzir fixar = osteossíntese reabordar e fazer prótese se necrosar Idosos > 65: prótese = artroplastia do quadril, ideal nas primeiras 72h e prótese total, fisioterapia e meias elasticas mais que isso somam-se complicações clínicas. SUS: não tem muito prótese total (com comp. acetabular), faz prótese bipolar após alguns dias em pacientes hígidos faz lesão de quadril · Tração cutânea no pronto socorro – pré-operatorio: diminui a dor e evita encurtamento, preservando a integridade dos tecidos próximos à fratura. · Colher exames pré-operatórios: RX quadril, ver se há simetria (osteoporose prejudica simetria) encurtamento inevitável, mesmo que pouco – explicar para não ser culpado depois · Orientar pacientes e familiares: gravidade da lesão. Deve-se fazer cirurgia para evitar imobilização prolongada e comprometimento do estado geral · Ideal: operar em 48-60h e sentado. Santos: cerca de 10 dias complicações podem contraindicar a cirurgia DOENÇA DE LEGG PERTHES (necrose da cabeça do fêmur) Quadro: ocorre em crianças. Dor no quadril, dificuldade pra andar e claudicação. Exame físico: dor a deambulação, joelho normal, dor as rotações do quadril direito, limitação da abdução e da rotação interna. - pode haver dor no joelho por causa do nervo do quadril. É uma osteoncondrose, doença da placa de crescimento dos ossos – portanto ocorre em crianças, e é causada por um fornecimento de sangue insuficiente para a parte superior da placa de crescimento do fêmur, provocando osteonecrose ou necrose avascular. Fases: inflamação – fragmentação (amolecimento da cartilagem) – necrose – reossificação – restauração (residual) demora cerca de 2 anos. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: sinovite transitória, pioartrite, tuberculose do quadril, psoíte, apendicite, displasia epifisária múltipla, hipotireoidismo. Diagnóstico AO RX: ACHATAMENTO DA CABEÇA DO FÊMUR (PERTHES) · Doença de Legg Calvé Perthes cçs de 4 a 8 anos · Deve pedir cintilografia óssea para determinar se há hipocaptação quando há diminuição de vascularização ou se há hipercaptação quando há aumento de vascularização – cintilografia (precoce) e RM caso RX saia normal, mas tem grande suspeita · Conduta: diagnóstico precoce – cintilografia e ressonância Tipos · Tipo I: 25% da cabeça comprometida · Tipo II: 50% da cabeça comprometida · Tipo III: 75% da cabeça comprometida · Tipo IV: 100% da cabeça comprometida. · Tratamento Objetivo do tratamento é evitar o colapso da epífise até que ocorra a revascularização. Obter ao final uma epífise esférica prevenindo assim a osteoartrose. Até 50% de comprometimento, tem tratamento conservador (fica dentro do acetábulo). Se > 50% cabeça fica extrusa, sai do acetábulo e deve ter reposicionamento cirúrgico (tipo III e IV). · Conservador – tipo I e II: evitar impacto por 2 anos - imobilização parcial proporcionada pelo repouso no leito · Cirúrgico: reposicionar dentro do acetábulo + osteotomia no trocanter + placa de fixação remodelamento correto OSTEOATROSE DE QUADRIL Quadro clínico: paciente idoso, dor no quadril de duração crônica, com diminuição dos movimentos do quadril (abdução, adução, flexão, rotação interna e externa) DIAGNÓSTICO: Artrose de quadril (artrite degenerativa, lesão da cartilagem) CAUSAS: sequela de Legg Perthes, tabagismo, etilismo, corticoide, sequela de trauma, tratamento de AIDS, imunossupressores, descompressão brusca de quadril, doença autoimune e nefropatia. Diagnóstico: testes e raio X · Teste de Patrick: pct deitado fletir a perna como se fosse fazer o 4. Ao pressionar a perna par baixo – dor do mesmo lado = osteoartrose de quadril, dor do outro lado = sacroileíte. Observa o impacto do acetábulo. · Sinal de Thomas: põe paciente em decúbito dorsal e flete perna direita e se a outra perna se flete um pouco (problema é na esquerda) = contratura em flexão do quadril (íliopsoas) = artrose de quadril · Sinal de Tredelemburg: pct em pé pedir pra flexionar o quadril e joelho de um lado obersar o nível das cristas ilíacas. Tredelemburg + = queda da pelve do lado não apoiado insuficiência do glúteo médio do lado oposto. · RX: cistos ósseos, alteração do espaço articular. TRATAMENTO · Tratamento conservador: Perda de peso, Fisioterapia (só piora, não resolve nada a fisio) · Cirurgia – Artroplastia total de quadril (perde vascularização, vale a pena? Em caso de esportistas há desgaste. Orientar não fazer esforço após a prótese, tem melhora da dor. Muitas vezes não espera até 60 anos. Prótese pós tb? E se tiver reativação? Avaliar artrodese. · Prótese com cimento (qualidade de osso muito ruim mais velho) x sem cimento (quando tem osso melhor). Não faz metal – metal porque tem mais chance de ter câncer. · Prótese sem cimento: 3 meses de reabilitação após cirurgia, melhora da dor e mobilidade articular. Para pcts jovens = em osso bom. · Mantém Clexane por 30 dias - anticoagulante (enoxaparina) DISPLASIA DE DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL · Criança de um mês de idade, feminina, primeira filha, encaminhada pelo pediatra por estalido no quadril esquerdo. · Sem alterações congênitas associadas · Exame Físico: Ortolani + e Barlow + · Sem alterações nas pregas cutâneas, sem discrepância MMII (Galeazzi -) Teste de Ortolani: polegar no pequeno trocanter e terceiro dedo no grande trocanter, faz adução e abdução do quadril. Na luxação congênita a adução a cabeça sai do acetábulo e sente um clique no grande trocanter (3º dedo) é considerado positivo. Teste de Barlow: movimenta perna pra baixo e pra cima, que também sai e volta. Se ouvir o estalido (entra no acetábulo) deve acompanhar o paciente por 2 a 3 meses pois pode luxar. Fazer RX após esse período, se estiver luxado: < 1 ano faz gesso, 1 a 2 anos deve abrir, limpar e por gesso, > 2 anos faz osteotomia, cirurgia óssea. Tratamento: Manter a perna em abdução de 45 a 60°, flexão de 110° e com 2 fraldas de pano e fica com perninha aberta até 2 meses. Sinal de Galeazzi: usado para DD. Detecta deslocamento unilaterais congênito do quadril. A criança é posicionada emDD com os quadris fletidos a 90º e os joelhos fletidos. O teste é positivo se um joelho estiver mais alto que o outro. Não é diagnostico de certeza de displasia. Patologias: fêmur curto congênito MEDIDAS RADIOGRÁFICAS · Acetabular index: linha do bordo inferior ao superior do acetábulo. O índice não pode passar de 45 graus (fica normalmente entre 35º – 40º), epífise deve ficar no quadrante inferior esquerdo. Linha entre crista ilíaca e cabeça do fêmur no quadrante inferior) se maior que 40º é igual a PATOLOGIA franca para uso de suspensório de Pavlik. · Linha de Ombrendanne ou Perkins: linha perpendicular a linha de Hilgenreiner que passa na parte superior do acetábulo. Cabeça do fêmur tem que estar dentro do quadrante superior interno. · Linha de Hilgenreiner: linha que passa entre cartilagem trirradiada; no bordo inferior dos 2 acetábulos · Arco de Shenton Menard: tangenciando o colo do fêmur e passa na superfície superior do forame obturado. Se tiver linha descontinua = problema de luxação do quadril ARTROGRAFIA · Luxação · Notar limbus invertido e hipertrofia do ligamento redondo RX: hipertrofia do ligamento redondo: luxação. DIAGNÓSTICO: Diagnóstico com RX: só com 3 meses, antes disso não vê. USG: pode fazer dx precoce. Suspensório de Pavlik por 6 meses se persistir, põe gesso. Como é: Flexão das pernas acima de 90º e deixa aberta = deixar o quadril com uma abdução e flexão. Após 1 ano – mais difícil reduzir. Após 2 anos: osteotomia do osso inominado. Após 8 anos – não opera: risco de artrose. · Antes dos 2 meses: usar 2 fraldas e um macacão encurtado – para manter a criança em abdução de MMII. · Aos 3 meses até 6 meses: usar suspensório de Pavlik · Falha do Pavlik colocar tração cutânea · 6 – 12 meses: Tração cutânea + redução incruenta · Até 1 ano – tto conservador · Após os 2 anos: osteotomia do osso inominado (Salter) nos casos mais graves · Tenotomia percutânea dos adutores EPIFISIÓLISE DA CABEÇA DO FÊMUR · Menino, 13 anos, em crescimento, dor no quadril esquerdo há 2 meses, que piorou após queda. · Ao exame físico dor a mobilização o quadril esquerdo, dificuldade em apoiar perna esquerda no chão · Quadril fletido, em rotação externa. Crianças de 11 a 13 anos pode ter dor no joelho ou quadril, pode fazer rotação externa e interna assimetria. DEFINIÇÃO · É um escorregamento da epífise do fêmur superior em relação ao colo, na placa de crescimento. · Patologia do quadril mais frequente na adolescência · Normalmente, deslocamento posterior e distal da epífise em rotação ao colo femoral ou deslocamento anterior e proximal do colo – escorrega para baixo e para trás. Se fosse fazer redução, teria que fazer osteotomia tridimencional (muita chance de necrose). DIAGNÓSTICO · Epifisiolistese da cabeça do fêmur = descolamento da cabeça do fêmur (11 a 13 anos associado com alterações hormonais hipo/hipergonadismo) · Ocorre quando fraqueza na placa epifisária proximal do fêmur permite um deslocamento da epífise femoral proximal. Essa fraqueza pode ser causada por obesidade, endocrinopatias – hipotireoidismo/ pan hipopituitarismo – período de crescimento rápido, causa traumáticas Pct que chegar com essa idade, deve pensar em epifisiolistese – quadril. Dx tardio – pode evoluir para artrose. Linha de Klein: linha pelo trocanter tangenciando o colo do fêmur, deve pegar pedaço da cabeça. Se não pegar é porque escorregou. Deve faz cirurgia para fixar a cabeça. CLASSIFICAÇÃO · TIPO I: 1/3 da cabeça · TIPO II: 2/3 da cabeça escorregam · TIPO III: 3/3 da cabeça escorregam Tipo I, II (reduz) e III (osteotomia em cunhas) TRATAMENTO · Não se faz tratamento conservador – tto cirúrgico imediato · Fixação in situ da epífise com um único parafuso canulado: fixação com parafuso · Casos moderados a severos: associação com osteotomia. Com incisão mínima · Se for aguda pode tentar reduzir, se crônico, melhor ir para cirurgia direto · Cuidados no posicionamento · Vai ter encurtamento de mais ou menos 1 cm, pelo menos (não tem jeito) · Faz preventivo no outro lado, porque tem muita chance de ter! espec. baixa renda. AFECÇÕES DE JOELHO · LESÕES DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR · LESÃO MENISCAL · FRATURA DE PATELA · INSTABILIDADE PATELAR · GENO VARO · ARTROSE DE JOELHO LESÕES DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR Caso: pisou em falso, torção do joelho, estalido, queda, não consegue mexer, dor aguda e aumento da articulação. História de cair, girar o corpo e sentir dor. HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS · 1 · Lesão Ligamentar: Cruzado Anterior, cruzado posterior, colateral medial e colateral lateral, patelo-femural. O cruzado anterior é o mais afetado (85% dos entorces do joelho) · Lesão Meniscal: Menisco Medial (mais comum), mas também pode ser menisco lateral · Fraturas · Lesões Osteocondrais Aumento da articulação geralmente é sangue! Lesão de menisco desestrutura a estabilidade do joelho, é mais incapacitante, tratamento cirúrgico (principalmente no caso de atletas de esporte de impacto). Tto cirúrgico deve ser econômico. Se não operar lesão de cruzado anterior, causa instabilidade - faz geno varo. Então, a maioria das pessoas opera de uma vez. Pode tentar tirar terço central do ligamento patelar. O ligamento cruzado ANTERIOR liga a Tíbia no côndilo LATERAL e o cruzado posterior liga a Tíbia no côndilo MEDIAL. Na recuperação do LCA qual movimento demora a retornar? propriocepção (movimento de mudança de direção) Se o ∆ não é atleta, não faz esporte, não é necessária a reconstrução (cirurgia), mas se ele faz, é necessária a cirurgia. Se continuar fazendo esporte e não fizer a reconstrução pode ter por consequência geno varo. SINAIS E SINTOMAS DE LESÃO LIGAMENTAR AGUDA: dor articular, derrame articular de instalação rápida, impotência funcional, sensação de estalido no momento do trauma. · Indicar: Muleta + Gelo + não pisar o pé no chão + RX (AP, perfil de 30°, túnel intercondilar, axial de patela), importante pedir perfil para ver desinserção de patela. CRÔNICA: instabilidade articular, derrames de repetição (toda vez que tiver algo errado, tem liberação de líquido). Se não opera uma lesão o menisco começa a “falsear”. Sinal da tecla positivo = deve puncionar: na lesão aguda vem sangue, na lesão crônica vem líquido amarelado. Para recuperação: enxerto (1cm de diâmetro) – aloenxerto é o melhor. EXAME FÍSICO TESTES: diagnóstico: 1. Teste de Lachman: fase aguda é difícil de fazer, crônica tem mais movimentação nesse teste. O teste é positivo para lesão da tíbia quando ocorre o amolecimento e rotação anterior da tíbia sobre o fêmur, indica lesão do LCA. 2. Teste da Gaveta Anterior: A dor é indicativa de pequena lesão do LCA. O aumento da amplitude é observado nas rupturas do ligamento cruzado anterior e/ou capsula posterior. Considerar anestesia no pré teste para verificar. a. Pra frente: cruzado anterior b. Pra trás: cruzado posterior 3. Jerk Test: é patognomonico para lesão de LCA, teste positivo tem dor. No teste positivo há o ressalto no final do teste 4. Stress em valgo e em varo DIAGNÓSTICO DE LESÃO MENISCAL 1. Teste de compressão e de tração de Appley: DOR: lateral = lesão menisco lateral; Medial = lesão menisco medial. Lesão no menisco medial normalmente não é cirúrgico, no lateral, é. Menisco discoide é mais comum lateral, por si só não é um problema, mas se tiver lesão, fazer cirurgia. Sempre vai ter dor pro lado que o calcâneo está apontando! Aponta = appley 2. Teste de Mc Murray: Mantém em rotação externa∕interna e estende o joelho. Teste é positivo com clique ao estender. Dor na rotação interna: menisco medial (calcanhar para lado interno) Dor na rotação externa: menisco lateral OBS: paciente com lesão de menisco não consegue ficar agachado (“posição de sapo”). Se dor ou estalido tem lesão no menisco. Lesão em alça de balde = subluxa e paciente não consegue fazer nada. Sutura APENAS paciente jovens e em lesões em áreas mais vascularizadas (periferia), para que não haja prejuízo na articulação. Pede RX perfil e AP para ver o tamanho da articulação! Primeiro sempre RX!!!!!! Quando retiraparte do menisco, não tem que colocar nada no lugar. Parte pontilhada é a parte que é ressecada! Tira a parte lesionada e deixa o resto para ficar um pouco de estabilidade! O que fazer no momento da lesão – AGUDA: Proteção da articulação. Repouso articular (muletas) – não pode ficar pisando. Ice (gelo). Comprimir a articulação – curativos compressivos Elevar o membro Fazer de imediato: gelo e se tiver muita compressão puncionar. TRATAMENTO · Conservador: em quem? Pacientes pouco ativos. Fase aguda fisioterapia para fortalecer mm da coxa e propriocepção, equilíbrio · Cirúrgico: para jovens atletas. Reconstrução por enxerto do tendão patelar · Se tiver um derrame articular muito grande esperar para operar. · São 9 meses de recuperação para voltar a jogar = o resultado ficar MUITO melhor!!!! Esperar cicatrizar bastante · Cirurgia muito mais importante que a fisioterapia FRATURA DE PATELA tratar para não deixar sequela! 1. SINTOMAS: aumento do volume articular, escoriação e dor na região anterior do joelho. Dor à palpação e crepitação indica patela partida. Comum entre 20 a 50 anos Se tiver fratura de patela e pegar a articulação, deve reduzir e deixá-la anatômica, porque se ficar degrau, faz artrose (desgaste). DD: ruptura dos tendões quadricipital (patela pra baixo) e patelar (patela para cima) 2. DIAGNÓSTICO · Raio-x (4): AP, perfil 30 graus, axial e túnel intercondilar. · RNM: vê lesão ligamentar! Tudo que pega articulação/sup. Articular: cirúrgico de imediato. Movimento: não consegue subir escadas, pois sente dor. Próteses: total ou patelo-femural: não tem um acordo sobre qual é o melhor. Caso a patela tenha se quebrado porem esses pedaços permanecem unidos, só retirar os pedaços menores e deixar o maior. Caso ela tenha se partido em vários pedaços pequenos e separados fazer patelectomia = perde a força de extensão. 3. Fraturas: Longitudinal, Transversa (somente reduzir) ou Cominutiva (retirar pedaços menores e procura preservar o pedaço maior, desde que seja 40% da patela, senão tira tudo) Patela partida: DD, não sofreu trauma nem nada, é um achado. 4. TRATAMENTO a. Conservador: imobilização – gesso por 4-6 semanas. b. Cirúrgico: fixação interna (osteossíntese com banda de tensão) ou patelectomia parcial ou total(fragmentos muito pequenos). Após a cirurgia, começar o mais rápido possível a fisioterapia. Dois fios paralelos com circlagem em 8 com banda de tensão. – IMAGEM?? INSTABILIDADE PATELAR Período menstrual: tem mais retenção de líquido, por isso tem mais líquido na membrana sinovial. Comum em atletas jovens. O principal sintoma é dor no joelho, mais exatamente abaixo da patela que surge durante ou após a atividade física e, tipicamente, melhora com o repouso. Os pacientes apresentam dor e edema no tubérculo tibial – doença extraarticular. Eixo anatômico do joelho: geno varo x geno valgo: Linha entre centro da cabeça do fêmur -> centro tornozelo, o joelho deve estar no meio ou até 3 graus deslocado = eixo MECÂNICO. Linha entre centro da cabeça do fêmur tíbia = eixo ANATÔMICO. Esse vai de 3-7 graus. Pode chegar a 9 graus nas mulheres por terem quadril mais longo. Para correção de eixo = osteotomia. · Se < 135 graus: coxa vara · Se > 135 graus: coxa valga Ângulo Q: identificação dos desalinhamentos dos MMII, especialmente entre fêmur e a tíbia. M = 13-18; H = 13-15. Espinha ilíaca AP – centro da patela Espinha ilíaca AP – tuberosidade anterior da tíbia Mais que isso: joelho valgo Menos que isso: joelho varo. Calcular a altura patelar: Mensura por RX Índice Caton-Dechamps: Considera alta quando > 1,3. torna alta. O normal é que LT seja igual a LP com o joelho a 30º. Em adultos se alterado indica lesão. Índice de Insall-Salvati: razão do comprimento do tendão pelo maior comprimento diagonal da patela. Considera alta quando > 1,2 (LT e LP) DD: doença de Osgood Schlatter: tratamento é conservador com repouso e AINE. é uma das causas mais comuns de dor do joelho em adolescentes. Repetidas contrações extensoras do joelho levariam à tração (apofisite de tração) na porção anterior do centro de ossificação em desenvolvimento, resultando em múltiplas fraturas de microavulsão subagudas e/ou inflamação tendinosa. Como consequência, tem-se um distúrbio benigno e autolimitado manifestado como dor, edema e hiperemia. Teste da lateralização da patela: o paciente não deixa o médico levantar a perna de cima por causa de dor, indicando teste positivo. Após segunda luxação deve operar. Quadríceps – desacelerador da flexão do joelho na marcha, articulação femoropatelar lateralizada, patela alta. RX AP e 30º - Rx em perfil de 30 graus para analisar posicionamento patelar (alta; baixa) Diagnostico diferencial: tendinite patelar e quadriciptal; Tratamento: · Conservador: alongamento dos isquiotibiais, fortalecimento do vasto medial obliquo, alongamento do retináculo lateral · Cirurgico: osteossíntese – na falha do tto conservador. Ao fazer cirurgia deve avaliar todo o joelho para não sobrecarregar nenhuma estrutura. Corrigir eixo mecânico, anatômico e ângulo Q. GENO VARO Pernas em forma de arcos, com deformidade progressiva, sem dor ou limitação de movimentos. HIPÓTESES DE GENO VARO – CAUSAS: · Raquitismo = deficiência de vitamina D. Investigação: Ca, P sérico, FA, ureia e creatinina séricas. Tto: vitamina D – perna volta ao normal. · Trauma = sequela de fratura · Infecção · Displasia epifisária – tíbia vara de Blount: epífise cresce de forma errônea, só na parte lateral por exemplo, causando varismo congênito. TRATAMENTO QUANDO INTERVIR COM CIRURGIA? Contraindicada no varo fisiológico. Tíbia vara sem correção espontânea: osteotomia da tíbia e fíbula ou epifisiodese da parte lateral da tíbia. Criança em valgo: osteotomia do fêmur TIBIA VARA CONGÊNITA (DOENÇA DE BLOUNT) · Observação em crianças menores que 2 anos · Órteses em crianças maiores · Resposta ruim ao tratamento com órteses: cirurgia · Criança em valgo: osteotomia no fêmur – deve observar quadril porque pode ter epifisiólise, sequela de leg petts · Criança em varo: osteotomia na tíbia ARTROSE DE JOELHO SINAIS E SINTOMAS: · dor no joelho que piora aos esforços e a marcha (avaliar parte vascular); dores de longa data · crepitação articular a movimentação passiva · crises de sinovite com edema e piora com dor · piora progressiva do varo EF: estabilidade lateral e medial, grau de flexão. Pode alongar na cirurgia. Rx em pé com carga monopodal AP: vê redução do espaço articular. Dúvidas? RX: Perfil 30º, axial de patela, e intercondilar HIPÓTESE DIAGNÓSTICAS · Osteoartrose primária - idade · Osteonecrose do condilo femoral medial · Tendinite anserina – tendinite na pata de ganso · Sequela de lesão meniscal/ligamentar: mais provável causa da artrose (lesão no leminisco/ cruzado anterior). TRATAMENTO · Conservador: quando a pessoa vive bem com aquilo, não tem dor, etc · Cirúrgico: quando tem uma qualidade de vida ruim · < 60 anos, qualidade de vida boa: osteotomia (depende se é varo ou valgo para determina se faz no fêmur ou tíbia). Tem que ter o compartimento bom! > 60 anos: prótese (artroplastia) melhora da qualidade de vida mas em pacientes jovens não é indicada, pode dar complicações na idade adulta. Indicação da prótese é dor. Tratamento conservador vs. Tratamento cirúrgico (osteotomias e artroplastias) AFECÇÕES DE PÉ · Fratura de calcâneo · Fasceite plantar · Joanete · Pé chato · Pé torto congênito Fratura de calcâneo Quadro clínico: dor, equimose, desinserção de ligamento, fratura ou luxação, possível edema EF: Sinal de Tompel, palpação do 5 metatarso. Na fratura: perda de uma articulação pelo menos; vascularização precária – [ ] de ATB não chega; cirurgia – enxerto ósseo Imagem: quais posições pedir? Raio-x AP, perfil, oblíqua e RX em estresse – vê estabilidade (essa última importante para dx, ou RNM) Qual o ligamento mais acometido na fratura de calcâneo? Talofibular Tratamento clínico: redução incruenta e gesso suropodálico Tratamento Cirúrgico: quando? Fratura IA com desvio, fratura instável, encurtamentodo maléolo lateral e em caso de atletas. Osteossintese = parafuso e placa de contenção. Retirar em 6 sem, com anestesia local. Se não operar a fratura artrose tíbio-tarsica DD: fratura de tálus – pode levar a necrose asséptica de corpo de tálus, pela alteração da vascularização, precisa acompanhar após reduzir Luxação de Lisfranc: reduzir um por um ou pode dar artrose! Melhor por especialista. Entorse de tornozelo: protocolo PRICE tirar a carga (ex: muleta), elevar o membro, gelo, imobilização, levar ao hospital. Pedir raio-x ou RNM. Complicações: osteoartrose, anquilose em tornozelo (conduta errada) Fasceíte plantar Inflamação na fáscia plantar -> pessoa começa a andar e a ter dor principalmente pela manhã. Pode estar associado com esporão. Esporão do calcâneo: anda descalço. O nervo inflama por microtraumas. EF: verificar mobilidade do retropé fica na ponta do pé? Pode ter barra óssea; palpação da fascia plantar (verruga plantar pode estar presente, trauma); pulsos, perfusão (afastar causa vascular) e sensibilidade (comparar um pé com o outro) Osteófito de tração calcâneo: esporão – pode fraturar. Só operar se romper RNM: casos que a dor não melhora. Pode haver tumoração, verruga plantar e edema ósseo. DD: entesite do calcâneo (Aquiles), bursite retro-calcânea, Haglund (osteofito de compressão), compressão do n. tibial, tendinite de aquile, esporão calcâneo (vê no RX, presença de osteófitos). Dosar ácido úrico – pode ser gota Tratamento: imobilização, tratar edema ósseo e fazer tratamento local. não dar AINE (gastrite) Joanete – hálux valgo Relacionada a história familiar, afeta mais mulheres, bilateral. Pé incha ao longo do dia, com o movimento forma calos calo some após diminuir a pressão ciclo se repete. Causados por sapatos de bico fino. Diagnóstico: pela inspeção! Outras alterações associadas – calosidades plantares, metatarsalgias, deformidades em martelo ou garra dos dedos menores. RX: incidência dorsoplantar e perfil com carga Ângulos Medidos: · Met-Fal (ângulo de halux valgo) < 15 Graus é o nl · Ângulo inter-metatarsal I-II: < 9 Graus é o nl Nunca operar se não há dor!!! Pode ocorrer a formação de um cisto de tendão, aí só se tira esse cisto. DD: aumento de ácido úrico: investigar na mulher pós menopausa. Hiperceratose. Se tem tumefação – pensar em gota Tratamento: · Casos Leves: tratamento conservador (mudar calçados e AINHS) · Casos Moderados: osteotomias capsulopastias da I MIT-FAL (intermetatarso falangianas) · Casos Graves com Artrose: ressecções e artrodeses (indicação de artrose é na poliomielite e artrite reumatoide). Artrodese = fusão artificial dos ossos Pé chato Definição: pé chato, perda do arco plantar medial, que tem sua curvatura mantida pelo tendão tibial posterior – pé muito chato tem perda da função desse tendão. DD: - Pé rígido: barras ósseas, pé talo vertical operar. Ressecção de barra óssea - Pés planos flexíveis (pé calcâneo valgo, insuficiência tibial posterior) – observar, tratar se houver sintomas = osteotomia - Escafoides acessórios - Perda do valgismo: rigidez subtalar - Paralisia cerebral flácida. Tratamento: - Até 2 anos com pé flexível: conservador observar – palmilhas e botas ortopédicas - Até 10 anos com pé flexível: calçado com contraforte firme (se houver sequela neurológica) - Mais de 10 anos pé flexível: cirurgias raras Exercícios: ficar na ponta dos pés, andar na areia fofa - Pé rígido firme: gravidade cirurgia Pé torto congênito Anamnese: deformidade bilateral dos pés desde o nascimento. Sem atraso do DNPM Quadro clínico: Equino, varo, aduto e cavo – deformidade típica · Prega plantar medial · Calcâneo junto ao maléolo medial · Pé de tamanho menor, rígido · Encurtamento do membro acometido · Atrofia muscular Conceito: perda das relações anatômicas normais entre as partes do pé e do pé com a perna. Deformidade está no tálus Diagnóstico: · Tratar e fazer o diagnóstico o mais rápido possível: tratamento deve ser feito ao diagnóstico (ao nascimento) · Rigidez é sinal de gravidade · Avaliar sempre sistema urogenital superior e cardiovascular, bem como displasia congênita do quadril · Os tendões que estão encurtados é o tendão do calcâneo, tibial posterior, flexor longo do hálux e flexor comum dos dedos. · Se não trata precocemente, tem que colocar gesso e depois operar (pacientes maiores que 1 ano). O gesso melhora a elasticidade da pele evitando necrose. Tratamento: · Primeiras três semanas: período de ouro – pé deve estar pronto quando ela começar a andar! · Primeira semana: manipulações suaves a cada troca de fraldas · Manipulações de gessos seriados – método de Ponseti: a partir da segunda semana de vida, trocas de gesso semanais por 4 a 7 semanas. · Cirurgia de seis meses a um ano de vida Objetivo do tratamento: Pé plantígrafo, flexível e indolor. Encurtamento, tamanho reduzido do pé e atrofia muscular permanecem. Pé torto congênito talovertical: mais difícil de operar. Chamado de pé mata borrão DD: Obs: esses 4 DD não têm as 4 características fundamentais · Pé torto congênito postural · Pé Talo Oblíquo e Vertical · Pé Calcâneo-Valgo · Metatarso adulto Aconselhamento genético: Pais com PTC tem maior chance de ter filhos com PTC, casal com 1 filho com PTC tem maior chance de ter outro filho com a patologia QUESTÕES PASSADAS 1-Fratura de maléolo lateral e luxação de maléolo medial com o tálus: · Fratura + luxação: · 1º - reduzir a luxação · 2º - ver fratura e sindesmose, se opera ou não (3 a 4 dias depois que o edema abaixar, pois a pele fica esticada e pode prejudicar o procedimento) · Classificação de weber (maléolo lateral maior que maléolo medial): · 3º observar ligamento deltoide, talu fibular anterior, fibular longo/curto · 4º observar e avaliar articulação de chopart e lisfranc (se luxação, reduzir) 2-Halux valgo (joanete) : · Joanete- Halux Valgo que provoca dor e é deformante, desvio do eixo do metatarso em relação a 1ª falange. Há hereditariedade quando ocorre em jovens, pois é comum em idosos. Pode causar desequilíbrio por retração do adutor. · Calçado não é a causa, porem ajuda a piorar. · Cirurgia só é indicada quando há DOR, devido ao resultado estético ruim. · Bunion: nome dado a saliência no Hálux. Um hálux rígido faz o dedo com limitação de movimento devido a bola encima do dedo. 3-Quais são as deformidades do Pé Torto Congênito? · Equino, aduto, cavo e varo 4-Paciente de 20 anos de idade, homem, torceu o tornozelo há 2hs. Apresenta-se com hematoma na região do calcâneo e dor com edema na face lateral do tornozelo. a) Hipótese diagnostica · Fratura de maléolo lateral e luxação do maléolo medial com o tálus (luxação causada pela fratura); incapacitante e dolorosa. b) Radiografias que você pediria · AP e perfil. c) Tipos de tratamento e suas indicações · Tratamento Clínico: 1. Redução incruenta (mecanismo contrário ao da lesão). 2. Gesso suro-podálico (ao engessar, sempre pegar uma articulação antes e outra depois), ficar de tala até a cirurgia. · Cirurgia: Placa Parafuso. Indicações de Cirurgia: 1. Fraturas intra-articulares com desvio. 2. Fraturas instáveis. 3. Encurtamento do maléolo lateral. 4. Fratura de maléolo medial é fixada com um parafuso. 5. Fratura de tálus e calcâneo – raro (ocorre em acidentes de carro). d) diagnostico diferencial 1. Fratura do Tálus 2. Fratura de Calcâneo 3. Luxação de Lisfranc (tarsometatarsiana) 5- Defina pé torto congênito e quando se deve iniciar o tratamento. · Definição: deformidade bilateral dos pés desde o nascimento, sem atraso do DNPM ou outras patologias ortopédicas associadas. Sem antecedentes familiares dessa deformidade. · O osso que apresenta maior deformidade é o talus. · O ângulo formado pelo eixo longo da cabeça e do colo com o eixo longo do corpo do talus e chamado de Angulo de declinação, que em um pé adulto normal é de 150o – 160o e no PTC é de 115o e 135o. · Tratamento: · Primeiras 3 semanas: período de ouro (manipulações continuas para alongar) · Manipulações: alongar calcâneo, flexor próprio do hallux, flexor comum dos dedos, tibialposterior · Gesso seriado: método de ponsete · Cirurgia de 6 meses a 1 ano de vida 6- Paciente do sexo masculino, 20 anos de idade, torceu o tornozelo direito há 2 horas. Apresenta-se com hematoma na região do calcâneo e dor mais edema na face lateral do tornozelo. a) Hipótese diagnóstica mais provável? · Fratura de Tornozelo b) Radiografais que você pediria? · Ap, Perfil e oblíquas do tornozelo c) Tipos de tratamento e suas indicações. · Tratamento Clínico · Redução Incruenta (Mecanismo Contrário Ao Mecanismo De Lesão) · Gesso Suro-Podálico · Tratamento Cirúrgico: · Fraturas Intra-Articulares Com Desvio · Fraturas Instáveis · Encurtamento Do Maléolo Lateral d) Diagnóstico Diferencial. · Fratura do Tálus, Fratura do Calcâneo, Luxação da Lisfranc LESÕES DE COLUNA · LESÃO DE COLUNA CERVICAL · LOMBALGIA – DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS? · HERNIA DISCAL LOMBAR - LOMBOCIATALGIA · ESCOLIOSE · OSTEOCONDRITE DE SCHEUERMANN Lesão de coluna cervical Causada por traumas de alta energia, jovens. São fatais ou deixam sequelas graves. Causas: mergulho em profundidade rasa, enforcamento (fratura ou espondilolistese), batida de carro. Fratura de Jefferson: fratura de C1 em 3 a 4 partes, fratura do tipo explosão se dificuldade resp., entubar na hora – indica compressão do CR. Há 7 vértebras e 8 raízes RX: AP e perfil* Atendimento: tracionar cervical com colar em tração de extensão (imobilização), se precisar movimentá-lo deve “rodar”, nunca fletir o paciente e ATLS pode ocorrer morte por asfixia (alteração na ventilação). Avaliar - tipo de perda em ambos os lados, avaliar o tipo de perda e o local · Sensibilidade (dermátomos) -> térmica e dolorosa · Motricidade (comando de cada vértebra) · Propriocepção (levanta a perna do paciente e pergunta se está levantada) · Tonicidade (testar para ver se consegue forçar contra resistência ou vê se pelo menos esboça um tônus muscular) · Realizar palpação da coluna. · Testar reflexo bulbocavernoso Com a tração da sonda vesical ocorre a contração reflexa do esfíncter anal – se ausente = choque neurogênico, não consegue respirar também (onde texto se saiu do choque medular). Outro opção é alfinetar o anus com agulha se sim = fora do choque medular = já pode realizar cirurgia Diagnóstico: história, exame físico e raio-x simples/RNM. Raio –x: AP, PERFIL, TRANS-ORAL (paciente com dor, cabeça rodada -> suspeitar de fratura do processo odontoide) + TMC e RNM para avaliar grau de estabilidade da fratura – pct desacordado, sem transoral. Motricidade · C5: flexão do cotovelo · C6: extensão do punho · C7: extensão dos dedos · C8: flexão dos dedos · T1: abdução dos dedos · L2: flexão do quadril · L3: extensão da coxa · L4: dorsiflexão do pé · L5: extensão do hálux · S1: flexão plantar · Reflexo patelar L4 e Aquileu S1 Fraturas estáveis – tto: colar cervical Cirurgia se: fratura instável ou fragmento comprimindo CM. Por que? Fragmentos instáveis podem lesionar a medula ou agravar lesão preexistente. · Critérios de instabilidade: 1) angulação entre os corpos vertebrais maior do que 11°, 2) translação horizontal (deslizamento) maior que 3,5 mm · Fraturas do arco anterior com desvio posterior do atlas em relação ao odontóide · Lesão do ligamento transverso · Lesão medular · Completa: Ausência de função motora e sensitiva do segmento sacral para baixo · Incompleta: Sd. de Brown-Sequard Perda motora e perda da sensibilidade profunda (vibratória e proprioceptiva) ipsilateral e perda da sensibilidade contralateral da dor e temperatura (indica hemissecção da medula) = Sd. de Brown-Secquard Tratamento: cirurgia e estabilização da fratura. Tto definitivo após sair do CN Sempre usar o colar cervical · Metilpredinisolona em altas doses em lesão com < 8h (30mg/kg/h) – evita edema · Redução com halo – tração da cabeça (Reduz lentamente a luxação com parafusos fixos na cabeça e depois tira Rx. Vai reduzindo lentamente e tirando Rx para confirmar que está reduzindo). · Tto definitivo: colar ou cirurgia Cirurgia: Lesão medular completa, fraturas instáveis ou fragmentos comprimindo (as fraturas estáveis não são cirúrgicas), colar pode permanecer por 6 meses ou mais, respeitando o tempo de estabilização. Lombalgia – diagnósticos diferenciais Dor lombar baixa, que piora com a atividade e melhora com o repouso. · Dor de origem degenerativa: doença do trabalhador braçal. Diminui EA: dor. Origem da dor: discogenica, facetaria, espondilogênica, radiculopatia, miofascial e dor referida · Hérnia discal: pode provocar lombociatalgia por hernia na raiz do nervo ciático (nádegas). Disco: Anel fibroso externo e núcleo pulposo (amortecedor) degeneração por traumatismo ou envelhecimento núcleo sai pela parte externa – comprimir, irritar ou lesionar raiz nervosa. RX: mostra redução do espaço do disco, mas TC e RM identificam melhor. Lombociatalgia: ver se a região de hernia é compatível com o quadro clínico, pois pode ter hernia mas ela não ser a causa da dor lombar, por ser hernia em outra região! Tto: cirúrgico quando há lesão neurológica, no mais é clinico – cirurgia com complicações sérias · Estenose do canal medular: pode levar a alterações esfincterianas, claudicação intermitente... pode ser causada por inflamação. Causas principais: CE, DDg, Esp ou oss do LA, HED, LVert (espond.) Quadro clínico: Claudicação neurológica Dor atípica nas pernas. Compressão radicular. Radiculopatia. Pode haver alterações esfincterianas por compressão do nervo. · Espondilolistese: escorregamento de uma vértebra sobre a outra. 90% dos casos, o uso de cintas resolve a dor, mas em traumatismo o tto é difícil. Diagnóstico: determinar – 1) aguda ou crônica, 2) grau de desliz. Pelo RX 3) cintilografia e RNM – ver se há hipercaptação (Aguda). Cirurgia: quando aguda e com mais de 1/3 de escorregamento -> estabilizar (artrodese). · Mais de 1/3 -> fazer artrodese, é cirúrgico; · Escorregamento total -> reduzir pelo menos até 1/3 e fazer artrodese + tirar o disco + enxerto ósseo para estabilização. Idades de maior acometimento: Crianças em fase de crescimento (10 - 15 anos), Meninas na puberdade, Adultos (degenerativo, traumático ou patológico). Hérnia discal lombar Lombociatalgia – forte dor em MMII, região posterior, que irradia até o pé. N. ciátivo passa entre o piramidal e piriforme Cervicobraquialgia: dor na coluna cervical que irradia para os MMSS Ciatalgia: Lasegue +, fazer fisioterapia, medicamentos, evitar assentos duros. Casos que não melhora são cirúrgicos. · Sinal de Lásegue: dor do nervo ciático ao elevar a perna a 20~60° em relação ao plano horizontal – um lado só. Indica HD. Diversos sintomas: dor, formigamento, dormência · Causas: Má postura, Fatores hereditários (são os que mais provocam hérnia de disco), Traumas de repetição no trabalho e no esporte, Traumas diretos; Fumo e a idade avançada também são motivos de lesões degenerativas. · EF: descartar doenças CV, VASC e TGU; dor limita a marcha, dor a flexão da coluna, Teste de Laségue + indica compressão radicular · Segmentos mais acometidos: C4-C7 (entre elas); L4-L5; L5-S1 Obs.: lombociatalgia lombalgia Critérios para sindrome radicular: · 1) Queixa dominante é a dor no membro. · 2) Sinal de Lasègue + · 3) Sinais neurológicos presentes (alterações da motricidade, reflexo, sensibilidade) · 4) Sd. neurológica específica, respeitando a anatomia da inervação Exames: · RX (AP, P e OB. LAT. E e D), TC e RNM (L3-S1) · USG (rins, apêndice e + inflamações, podem inflamar o ciático, sintomas semelhantes) Tratamento: · Conservador (90%) AINE, repouso relativo, fisioterapia, calor local, calmante, relaxante muscular · Cirúrgico: casos não responsivos a tto clínico só se houver muita dor, atrapalha produtividade, atividade laboral Escoliose O principal sintoma é a dor. É um desvio lateral e rotação da coluna vertebral para a esquerda ou direita, resultando em um formato de "S" ou "C". Causas: importante saber a causa. Má postura, neurofib., escoliose antálgica, encurtamento de MMII, cicatriz tumoral, queimadura, congênita... FazerRX sentado – saber se é por encurtamento de MMII As deformidades idiopáticas são mais comuns e predominam em mulheres EF: Manobra de Adams – se tem giba = rotação de corpos vert. + deformidade progressiva da coluna TL Sinal de Risser: avalia potencial de crescimento ósseo pela apófise de cresc. da CIP, portanto avalia possivel. Risser 0-3: imaturidade esquelética; Risser 4-5: baixo potencial de crescimento e menor poss. de progressão da escoliose. Ângulo de Cobb: mede a angulação da escoliose Tratamento: depende da amplitude da curva, idade, sexo, grau de maturação esquelética · Fisioterapia e fortalecimento da musculatura da coluna 0 a 20° · Colete de Milwaukee (23h/dia) até o final do crescimento 20 a 40° · Cirurgia (se houver potencial de crescimento) > 40° (é indicado quando tem alteração pulmonar, tem alteração cardíaca...) · Cirurgia: artrodese com colocação da haste de Harrigton. Acordar o paciente e pedir para ele movimentar a perna (avaliar se houve compressão nervosa) · Natação e RPG também ajudam na escoliose Osteocondrite de Scheuermann Problema no desenvolvimento da coluna vertebral arqueamento anormal das costas (cifose) causa uma má-postura muito dolorosa · Quadro clínico: · Cervicobraquialgia (compressão do plexo, hérnia de disco cervical, compressão externa) – 90% tto conservador das HD · Lombociatalgia · Cifose torácica ou toracolombar. Nos casos mais severos dificuldade para respirar. · Aparecimento de alterações neurológicas -> irradiação da dor para MMSS DD: mal de Pott e metástase para coluna EF: · Avaliar reflexo, força, sensibilidade e testes especiais: · Manobra militar · Teste de Adison: Se o pulso radial naquele lado for obliterado, o resultado é considerado positivo · Hiperabdução Exames complementares: RX e RNM Tratamento: conservador (eleição) colar cervical, AINES, repouso, relaxantes musculares - Cirúrgico: não responde ao tto conservador objetivo é a descompressão MÃO E PUNHO – CASOS CLÍNICOS · Punho: Fratura de Colles · Fratura luxação transescafo perilunar do carpo · Fratura do escafoide · Fratura de falanges · Lesão de tendão · Síndrome do túnel do carpo Fratura de Colles Osteoporose – maior causa de fratura É a fratura mais comum de mao e punho. Na osteoporose, como não tem massa óssea, apesar de reduzir, a fratura pode recorrer. Atenção à capacidade funcional e sequelas como dor, artrose, etc... Se não voltar após fazer a imobilização e o gesso deve fazer cirurgia, colocar uma placa + enxerto ósseo. Possivel sequela – ulna maior que o radio Se não voltar após fazer a imobilização e o gesso deve fazer cirurgia, colocar uma placa + enxerto ósseo. AP e PERFIL Maioria das fraturas: tto conservador – se atinge articulação cirúrgico, com placa, fixador ext... Dependendo não precisa nem mesmo de imobilização, já que esta pode gerar DISTROFIA SIMPÁTICA REFLEXA (distrofia de Suddek): complicação se deixar a mão muito tempo imobilizada. Fratura luxação transescafo perilunar do carpo mais de 6 horas sem correção: poderia haver necrose asséptica do semilunar correção da luxação é uma emergência Luxaçao de punho com fratura associada do escafoide e semilunar Fratura do escafóide Queda com mão espalmada – grande chance de fraturar o escafoide pedir RX de punho com focalização para escafoide. Deve-se imobilizar desde o polegar até o braço. Se tiver desvio rotacional ou diástase mto grande, o tto é cirúrgico - parafuso de Hebert (vê na TC) 1. Não fazer diagnósticoGerará complicações: Necrose ou alteração funcional! 2. Não fazer a correção 3. Não imobilizar Sobre a SÍNDROME COMPARTIMENTAL: 5 P’s, tto é a prevenção. · Dor (pain) · Paralisia · Parestesia · Palidez · Ausência de pulso Fratura de falanges Desvio rotacional – é incapacitante indicação de cirurgia Síndrome do túnel do carpo Teste de Phalen: flexão do punho e colocar o dorso da mão em contato com a outra mão, permanecendo por 1 minuto. Será positivo se sentir dor ou parestesia. Sinal de Tinel – dor à “percussão” do local do ligamento que irradia. Este começa a comprimir o feixe vásculo nervoso, levando aos sintomas e sinais típicos da síndrome. TTO conservador: Inicia o tratamento com micro imobilizações – órteses. Paciente dorme imobilizado + AINES TTO cirúrgico: Se não houver melhora com o tratamento clínico, é feita a cirurgia, a qual libera o ligamento STC afeta o nervo: mediano. Discriminação de 2 pontos: testar a sensibilidade (nervos ulnar e mediano) Pelo carpo passam 5 nervos · Axilar · Subcutâneo · Radial: dorso flexão · Ulnar: abdução e inervação do 5º dedo · Mediano: este é o afetado na síndrome do túnel do carpo. Haverá diminuição de força de preensão e sensibilidade DD: Tenocinovite de de quervein
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