Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EXTENSÕES MENDELIANAS Fatores adicionais que atuam em um loci individuais e podem alterar as razões fenotípicas previstas pelos princípios de Mendel. TIPOS DE DOMINÂNCIA Dominância - A ideia de que um organismo tem dois diferentes alelos para uma característica, mas o traço codificado por apenas um dos alelos é observado no fenótipo. 1º A dominância é um resultado de interações gênicas no mesmo locus, em outras palavras, a dominância é uma interação alélica. 2º A dominância não altera a forma na qual os genes são herdados, ela apenas influencia a forma na qual eles são expressos como um fenótipo. A interação alélica que caracteriza a dominância é, portanto, a interação entre os produtos dos genes. 3º A dominância está “nos olhos de quem vê”, o que significa que a classificação de dominância depende do nível no qual o fenótipo é examinado. Dominância completa - Um genótipo homozigoto A1A1 produz o pigmento vermelho, que resulta nas flores vermelhas, outro, A2 A2, não produz pigmentos, resultando em flores brancas. Onde o heterozigoto cai na faixa dos fenótipos determina o tipo de dominância. Se o heterozigoto (A1 A2) produz a mesma quantidade de pigmento que o homozigoto A1A1, resultando em flor vermelha, então o alelo A1 apresenta dominância completa sobre o alelo A2, ou seja, o vermelho é dominante sobre o branco Dominância incompleta - Quando o heterozigoto fica entre os fenótipos dos dois homozigotos. Desde que o fenótipo do heterozigoto possa ser diferenciado e ficar dentro da faixa de dois homozigotos, a dominância é incompleta. Uma razão fenotípica 1:2:1 surge nos descendentes de um cruzamento entre dois genitores heterozigotos para uma característica que exibe dominância incompleta. A razão genotípica entre esses descendentes também é 1:2:1. Quando um traço apresenta dominância incompleta, as razões genotípicas e fenotípicas dos descendentes são as mesmas, porque cada genótipo tem seu próprio fenótipo. É importante lembrar sobre a dominância que ela afeta a forma como os genes são expressos (o fenótipo), mas não a forma como os genes são herdados Codominância - O fenótipo do heterozigoto não é intermediário entre os fenótipos dos homozigotos, mas o heterozigoto expressa simultaneamente os fenótipos de ambos os homozigotos. A penetrância é definida como a porcentagem de organismos individuais com um genótipo particular que expressa o fenótipo esperado Penetrância incompleta - Nem sempre o genótipo produz o fenótipo esperado Binário - Tem ou não tem Expressividade - O grau no qual um traço é expresso. Pleiotropia - Uma única alteração causa problema em diversos sistemas/orgãos. Alelo letal - Um alelo letal provoca a morte, frequentemente no estágio inicial do desenvolvimento, então um ou mais genótipos estão ausentes na prole de um cruzamento. Os alelos letais modificam a razão de descendentes. Alelos múltiplos - Mais de dois alelos estão presentes dentro de um grupo de organismos. Em geral, o número de genótipos possíveis será [n(n+1)/2], em que n é igual ao número de diferentes alelos em um locus. Exemplo - Grupo sanguíneo AB0 Podemos representar as relações de dominância entre os alelos AB0 da seguinte maneira: IA > i, IB > i, IA = IB. Ambos os alelos IA e I B são dominantes sobre i e codominantes um com o outro. Uma pessoa com genótipo ii não produz antígeno e tem o tipo sanguíneo 0. Os anticorpos são produzidos contra antígenos estranhos (ver Figura 5.6 A). Por exemplo, uma pessoa com tipo sanguíneo A produz anticorpos anti-B, porque o antígeno B é estranho. Uma pessoa com tipo sanguíneo B produz anticorpos anti-A e as pessoas com tipo AB não produzem anticorpos anti-A nem anti-B, porque nenhum destes dois antígenos é estranho. Uma pessoa com tipo sanguíneo 0 não tem os antígenos A ou B; consequentemente, ela produz anticorpos anti-A e anti-B. A existência de anticorpos contra antígenos AB0 estranhos significa que é possível fazer transfusão sanguínea apenas entre pessoas com alguns tipos sanguíneos compatíveis. Epistasia - Um gene mascara (esconde) o efeito de outro gene em um locus diferente. Na epistasia, o gene que mascara o efeito é chamado de gene epistático, o gene cujo efeito é mascarado é um gene hipostático. Os genes epistáticos podem ser recessivos ou dominantes em seus efeitos Epistasia recessiva - Duas cópias do gene devem estar presentes para mascarar a expressão do outro gene. LABRADORES EFEITO BOMBAIM - Os alelos IA e IB codificam enzimas diferentes, que adicionam açúcares indicados como A ou B às extremidades das cadeias de carboidrato. O substrato comum no qual essas enzimas atuam é uma molécula chamada H. A enzima codificada pelo alelo i aparentemente não adiciona açúcar a H ou nenhuma enzima funcional está especificada. Na maior parte das pessoas, um alelo dominante (H) no locus H codifica uma enzima que produz H, mas as pessoas com o fenótipo Bombaim são homozigotas para uma mutação recessiva (h) que codifica uma enzima defeituosa. A enzima defeituosa é incapaz de produzir H e, na ausência deste, não são sintetizados os antígenos do sistema AB0. Assim, a expressão dos alelos no locus AB0 depende do genótipo no locus H. O tipo sanguíneo 0 pode surgir em uma das duas formas: (1) a partir da falha para adicionar um açúcar terminal ao composto H (genótipo H_ ii) ou (2) a partir da falha para produzir o composto H (genótipo hh__). Epistasia dominante - Apenas uma única cópia de um alelo é necessária para inibir a expressão do alelo em um locus diferente. Epistasia recessiva duplicada - Dois alelos recessivos em um dos dois loci são capazes de suprimir um fenótipo. Imprinting genômico - A expressão diferencial do material genético dependendo se ele foi herdado do genitor ou genitora
Compartilhar